quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Programação: time do ICMC que irá disputar competição nacional vence desafio na UFSCar

Time classificado para a final nacional da Maratona de Programação obteve prêmio de R$ 1 mil durante a Semana de Computação da UFSCar

Eles ficaram com a medalha de prata na etapa regional da Maratona de Programação

Eles vão representar o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, na final nacional da Maratona de Programação, que acontecerá dias 13 e 14 de novembro, em São Paulo. Para se prepararem, esses três alunos do ICMC – Bruno Sanches, Tomás Fonseca e Danilo Tedeschi – estão participando de várias competições simuladas e, na última sexta-feira, 25 de setembro, conquistaram R$ 1 mil depois de resolverem os 10 problemas apresentados no Desafio de Programadores da Semana de Computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Mas essa não é a única conquista que está sendo comemorada por quem se dedica à tarefa de treinar as equipes do Instituto. “O time que ficou em quarto lugar na etapa regional da Maratona de Programação é formado somente por calouros. Há menos de um ano atrás, eles não tinham nenhuma noção do que era programação”, entusiasma-se o professor João Batista Neto. No total, o ICMC levou cinco times para a etapa regional da Maratona, realizada em Araras dia 12 de setembro. 

O professor também está surpreso com a quantidade de alunos que estão participando dos treinamentos oferecidos semanalmente pelo Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA), do qual é coordenador. “Com certeza, sem o GEMA, não teríamos nos classificado para a etapa nacional da maratona de programação e não teríamos ganhado o Desafio de Programadores da UFSCar”, revela Sanches. “O GEMA já é uma iniciativa sólida no Instituto e autogerida pelos próprios alunos. Enxergo aqui um circulo virtuoso: os membros que foram campeões brasileiros em 2013 estão treinando os atuais competidores e há times muito promissores. Quando eles saírem, também treinarão as gerações futuras”, vislumbra Batista Neto.

O time também venceu o Desafio de Programadores da UFSCar

Os campeões brasileiros citados pelo professor são Bianca Oe e Luís Fernando Dorelli, pós-graduandos que têm contribuído para disseminar a cultura das competições de programação no Instituto. O outro membro do time de ouro do ICMC, Bruno Adami, trabalha no Google, em Londres, e também assumiu uma importante função este ano: ajudou a preparar os 12 problemas presentes na prova da etapa regional da Maratona de Programação.

Realizada em 41 sedes regionais, a etapa contou com a participação de 639 equipes provenientes de 209 instituições de todo o Brasil. Foram selecionados 62 times para participar da final nacional. “Cada instituição pode classificar, no máximo, duas equipes para a final nacional. Mas isso é muito difícil, a maioria consegue levar apenas uma equipe. Os cinco times do ICMC que participaram da regional se saíram muito bem de modo geral, conseguindo resolver pelo menos metade dos problemas apresentados”, ressalta Dorelli.

ICMC levou cinco times para a etapa regional da Maratona

Na opinião de Sanches, participar de competições de programação também contribui para melhorar o desempenho dos estudantes em sala de aula: “Além colocarmos em prática alguns conceitos vistos em aula, as competições também ajudam a desenvolver o raciocínio lógico dos participantes. Depois de um tempo treinando para essas provas, você começa a abordar os problemas de maneira mais objetiva, isso ajuda tanto na graduação quanto no futuro profissional”.

A torcida agora é para que o time Bob, do qual participam Sanches, Tomas Fonseca e Danilo Tedeschi – todos eles estudantes do curso de Ciências de Computação – continue a obter bons resultados. “Se considerarmos todos os times brasileiros que participaram das regionais, eles estão entre as dez melhores equipes do Brasil”, conta Dorelli. “As competições podem parecer muito difíceis a princípio, pois realmente são. Porém, com o passar do tempo, você vai ganhando experiência e conhecimento. Nunca vai ficar fácil, mas pelo menos já não é tão difícil quanto era no início. O mais importante de tudo é que nunca deixa de ser divertido”, finaliza Sanches.

Competições trazem aprendizados que serão úteis tanto na graduação quanto no futuro profissional

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Grupo de Estudos da Maratona de Programação (GEMA) no Facebook: https://www.facebook.com/groups/gemaicmc
Site da Maratona de Programação: http://maratona.ime.usp.br
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Pós-graduação em computação do ICMC elege novo coordenador

O programa de pós-graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, está sob nova coordenação. Quem tomou posse no cargo de coordenador é o professor Adenilso Simão, tendo a professora Maria da Graça Pimentel como sua suplente. A eleição ocorreu dia 13 de agosto e seu mandato teve início dia 15 de setembro, com duração de 2 anos.

Simão é bacharel em Ciências de Computação pela Universidade Estadual de Maringá, possui mestrado e doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional pelo ICMC e realizou estágio sabático no Centro de Pesquisa Computacional de Montreal. É professor do ICMC desde 2004, tem experiência na área de engenharia de software, atuando principalmente nos seguintes temas: teste de software, métodos formais e linguagens de programação.

Já a professora Maria da Graça é bacharel em Ciências de Computação pela UFSCar, mestre em Ciências de Computação e Matemática Computacional pelo ICMC, doutora em Ciências de Computação pela Universidade de Kent, na Inglaterra, e realizou estágio sabático no Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos. É professora no ICMC desde 1987, atua na área de engenharia de documentos, computação ubíqua, web semântica, interação usuário-computador e CSCW, com pesquisas aplicadas a tecnologias assistivas, TV Digital e à educação

O programa de pós-graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional do ICMC é reconhecido em nível internacional, tendo recebido conceito 6 (em uma escala que vai até 7) na última avaliação trienal realizada pela Capes.

Mais informações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Palestras da semana - 28 de setembro a 2 de outubro


Palestra
Criação e desenvolvimento de uma empresa startup de sucesso
Palestrante: Francisco Barguil (ESPM)
Quando: quarta-feira, 30 de setembro, às 18h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
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Seminários da Pós-Graduação em Matemática
Recognition of singularities
Palestrante: Yutaro Kabata (Hokkaido University, Japão)
Quando: quarta-feira, 30 de setembro, às 13h
Onde: sala 3-010
Clique aqui para ver o resumo
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Seminários da Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Choice, Exploration and Interaction: some questions about High-Dimensional InfoVis
Palestrante: Stephen Payne (University of Bath, Reino Unido)
Quando: quarta-feira, 30 de setembro, às 14h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resultado
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Seminário Conjunto do Programa Interinstitucional de Pós-graduação em Estatística
Zero-Modified Power Series Models
Palestrante: Katiane Conceição (ICMC)
Quando: sexta-feira, 2 de outubro, às 14h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
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Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

Estudantes do ICMC recebem prêmio durante experiência na China

Alunos passaram três semanas em Xangai, onde acompanharam aulas sobre cultura, política e economia, além de desenvolverem projeto coletivo que foi premiado

Grupo de Matheus (à frente) e Giuliano (terceiro da direita para a esquerda)
ganhou prêmio de melhor trabalho  

Ficar longe de casa é difícil para muita gente, mas quando a distância ultrapassa os 18 mil quilômetros e você está do outro lado do mundo, será que vale a pena? “Dá vontade de voltar e fazer tudo de novo. A experiência me surpreendeu, ganhei muito com isso”, revela Matheus Beleboni, aluno do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, depois de participar de um projeto na China.

Foram três semanas de aulas em Xangai, além de atividades e passeios turísticos. No final do período, Beleboni desenvolveu um trabalho em grupo, relacionando Brasil e China, com tema livre. Intitulado O impacto da educação superior no desenvolvimento de um país na perspectiva Brasil e China, o trabalho rendeu o prêmio de melhor projeto aos estudantes.

Outro aluno do ICMC, Giuliano Prado, também foi para a China e fez parte do grupo de Beleboni. Ele resolveu se candidatar à vaga após receber um e-mail da USP avisando sobre a oportunidade oferecida pelo Programa Top China Santander, cujo objetivo é incentivar a cooperação e promover debates sobre temas de interesse global entre Brasil e China.

O programa disponibiliza bolsas de estudos para estudantes de 24 universidades do país. A USP tem direito a cinco vagas e duas delas foram preenchidas por alunos do ICMC. No total, cerca de 100 universitários e professores brasileiros e chineses participaram da iniciativa em julho. As aulas ocorreram na Shanghai Jiao Tong University. Veja, a seguir, como foi a experiência dos dois alunos do ICMC.

15 minutos de famaNo Brasil, Giuliano Prado é apenas mais um aluno de Engenharia de Computação, mas na China, ele parecia um artista internacional. “Os chineses gostam muito dos estrangeiros. Paravam a gente na rua para tirar fotos, faziam vídeos, foi uma fama temporária”, diz o graduando.

Prado ficou hospedado no alojamento da Universidade. As aulas aconteciam em dois períodos: manhã e tarde. No final do dia, os participantes tinham a oportunidade de conhecer pontos turísticos e tradições locais, visitar monumentos, participar de cerimônias do chá e de trabalhos com argila e porcelana.

“A arquitetura e as decorações de lá são muito diferentes, os lugares sempre estão cheios e os chineses são bem solícitos. Outro ponto que impressionou é que, em Xangai, grandes plataformas eletrônicas, como Youtube e Google, não são utilizadas, eles criam os próprios produtos”, conta o estudante.

O aluno, que também já havia participado anteriormente de um programa nos Estados Unidos, afirma que ter uma oportunidade como essa é importante porque vivemos em um mercado globalizado: “O conhecimento que você traz do exterior pode ajudá-lo, no futuro, a pensar no desenvolvimento de um serviço ou produto adequado para diferentes culturas”.


Matheus (à esquerda) e Giuliano durante passeio na Muralha da China

Santa caronaNatural de Bauru, Matheus Beleboni é aluno de Ciências de Computação do ICMC e costuma oferecer caronas para os colegas de sua cidade. Mas o que ele não imaginava é que, em uma dessas viagens, quem ganharia uma carona especial para o outro lado do mundo seria o próprio estudante. “Um dos meus amigos que fez intercâmbio namora uma menina da Coreia do Sul. Ele estava no carro comigo e disse que iria se inscrever no Programa para poder visitá-la, já que, se fosse selecionado, estaria perto dela. Então, ele sugeriu que eu tentasse também”.

Depois de ser selecionado, Beleboni encarou 28 horas de viagem até Xangai. Toda a espera valeu a pena: “Foi uma das melhores oportunidades da minha vida. A parte cultural é a maior bagagem que eu trago de lá. Eles possuem um incrível legado da história do país, existem cidades com mais de dois mil anos de existência. Conhecemos templos budistas, estátuas e construções históricas”.

O estudante destacou também a prestatividade dos chineses, que sempre estavam dispostos a ajudar. “Se você estivesse jantando com os chineses e perguntasse onde poderia encontrar uma bebida, por exemplo, eles paravam tudo o que estavam fazendo para atendê-lo e só voltariam a comer depois que você conseguisse o que queria”. O graduando contou ainda que, para facilitar a comunicação com os estrangeiros, os chineses criavam até um nome “americano”.

Beleboni diz que poder passar por uma experiência como essa, ter contato com pessoas diferentes, traz um grande crescimento pessoal a abre a cabeça de qualquer um. O aluno, que já havia passado por experiências internacionais nos Estados Unidos e na Inglaterra, se encantou com o que viveu no lado oriental do planeta: “Superou as minhas expectativas, eu moraria lá. Sou muito grato por ter a oportunidade de participar”, finaliza o estudante que, em agosto, foi a São Paulo receber os alunos chineses que vieram ao país pelo Programa Top Brasil Santander.

Alunos do ICMC passaram três semanas em Xangai

Carta de reconhecimento - O desempenho dos dois estudantes no Programa foi destacado em carta enviada pelo Instituto de Relações Internacionais da USP, que ressaltou “o comportamento exemplar, a seriedade acadêmica e o espírito de busca de novos conhecimentos demonstrados pelos alunos”. A carta parabeniza o ICMC e a EESC por terem em seu quadro “alunos tão qualificados do qual a USP só tem de se orgulhar”.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do ICMC

Mais informações
Assessoria de Comunicação ICMC/USP: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Defesas e qualificações da semana - 28 de setembro a 2 de outubro



Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Compilação adaptativa para uma arquitetura orientada a objetos e configurável
Aluno: Jecel Mattos de Assumpção Júnior
Orientador: Eduardo Marques
Quando: segunda-feira, 28 de setembro, às 9h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Mestrado em Matemática
Espectro de geradores de dinâmica em EDPs estocásticas
Aluna: Samanta Santos Avelino Silva
Orientador: Paulo Afonso Faria da Veiga
Quando: segunda-feira, 28 de setembro, às 10h
Onde: sala 3-102
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Qualificação de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Caracterização de informações de teste de software no processo de estabelecimento de arquiteturas de referência
Aluno: Diógenes Dias Simão
Orientador: José Carlos Maldonado
Quando: segunda-feira, 28 de setembro, às 14h
Onde: sala 3-103
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Defesa de Doutorado em Matemática
Cohomologia local formal definida por um par de ideais
Aluno: Thiago Henrique de Freitas
Orientador: Victor Hugo Jorge Pérez
Quando: segunda-feira, 28 de setembro, às 14h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Análise de sentimentos baseada em aspectos por meio de aprendizado semissupervisionado aplicada em Websensors
Aluna: Ivone Penque Matsuno
Orientadora: Solange Oliveira Rezende
Quando: terça-feira, 29 de setembro, às 9h
Onde: sala 3-002
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Qualificação de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
RAModel: representação de informações de teste de software no contexto de arquiteturas de referência
Aluno: Nilton Mendes de Souza
Orientador: José Carlos Maldonado
Quando: terça-feira, 29 de setembro, às 13h30
Onde: sala 3-002
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Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

Tema da Semana da Licenciatura de Ciências Exatas será a nova geração de professores diante a tecnologias e acessibilidade

Evento começa na próxima segunda-feira, 28 de setembro, e prossegue até 2 de outubro; inscrições podem ser realizadas até domingo


Minicursos, oficinas, palestras e apresentações de pôsteres e materiais didático agitarão os participantes da 10ª Semana da Licenciatura de Ciências Exatas (SeLic), evento que começa na próxima segunda-feira, 28 de setembro, e prossegue até 2 de outubro. A SeLic é organizada pelos estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, que é oferecido em parceria pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC). 

O evento é gratuito e voltado a alunos de cursos de licenciatura e a professores da rede pública e privada de toda a região. Este ano, terá como tema A nova geração de professores diante a tecnologia e acessibilidade. Para participar, basta se inscrever no site do evento até o próximo domingo, 27 de setembro: http://selic.ifsc.usp.br. A SeLic é gratuita, os organizadores solicitam apenas a doação de um quilo de alimento não perecível ou um litro de leite, que pode ser entregue na abertura do evento, a qual acontecerá às 19 horas da próxima segunda-feira, no anfiteatro Sergio Mascarenhas, no IFSC.

Games, simulação e gamificação serão os assuntos debatidos em uma das palestras do evento. Também serão abordadas questões como a tecnologia assistiva na educação especial, a inclusão no ensino de matemática e a unificação das disciplinas no ensino médio. Confira a programação completa abaixo ou no site http://selic.ifsc.usp.br/programacao.html. A 10ª SeLic ocorrerá simultaneamente com a Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos (SIFSC)















































Mais informações
Site da SeLic: http://selic.ifsc.usp.br

Iniciação científica: mostra reunindo 62 projetos, palestras e mesa redonda acontecerão no ICMC

Os melhores projetos apresentados serão selecionados para participar do 23º Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), que ocorrerá em São Paulo


Uma mostra para apresentar 62 projetos de iniciação científica realizados pelos estudantes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e também por alunos de instituições de ensino superior da região. Essa é uma das atrações do evento que acontecerá na próxima quarta-feira, 30 de setembro, das 9 às 17 horas no Instituto.

Além disso, duas palestras e uma mesa redonda mobilizarão os participantes da iniciativa. Aberto a todos os interessados, o evento é gratuito e não demanda inscrições prévias. Os melhores projetos apresentados serão selecionados para o 23º Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), que ocorrerá em São Paulo. 

Para abrir o evento, o doutorando Renan Mezabarba, do ICMC, vai ministrar a palestra Shakespeare, um jogo de dardos e a hipótese do contínuo, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano às 9 horas. Depois, haverá apresentação de pôsteres no Hiperespaço Gilberto Loibel, no hall da Biblioteca Achille Bassi.

Computação: Turing revela tudo é o tema da palestra da professora Marina Andretta, do ICMC, que acontecerá às 14 horas. A seguir, prosseguem as apresentações de pôsteres e, para finalizar o evento, às 16h30, ocorrerá uma mesa redonda com professores e alunos.

O SIICUSP é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP e tem como objetivo divulgar os resultados dos projetos de pesquisas científicas e tecnológicas realizadas por alunos de graduação da USP e de outras instituições nacionais e internacionais. Realizado anualmente, o evento conta com a inscrição de cerca de 5 mil trabalhos referentes às diversas áreas do conhecimento.

Mais informações
Confira a programação completa do evento: icmc.usp.br/e/820f0
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Google reconhece potencial de pesquisas desenvolvidas no ICMC e fornecerá bolsas para três projetos

Única instituição que terá três projetos financiados pelo programa Bolsas de Pesquisa Google para a América Latina é o ICMC: empresa apoiará 12 projetos no total, sendo oito brasileiros e quatro da USP

A professora Sandra orientará Leandro em um
dos projetos do ICMC selecionados pela empresa

Criar ferramentas que contribuam para resolver três problemas que afetam a humanidade: o diagnóstico de demências, o combate à dengue e a tradução e classificação automática de textos. Uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, o Google, acaba de reconhecer o potencial e a relevância de três projetos com esses objetivos, que nasceram no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, a cerca de 240 quilômetros da capital paulista.

Os projetos concorreram com outras centenas de propostas no programa Bolsas de Pesquisa Google para a América Latina. Das 12 iniciativas selecionadas, o que representa menos de 5% do total de projetos inscritos, oito são brasileiros, sendo quatro da USP. Desses quatro, três pertencem ao ICMC e serão realizados por doutorandos que receberão do Google, durante pelo menos um ano, uma bolsa mensal de US$ 1,2 mil. Seus orientadores também serão contemplados com uma bolsa de US$ 750.

"Estamos vivendo uma época em que todos os dias somos surpreendidos por avanços tecnológicos incríveis. Saúde, meio ambiente, planejamento urbano: nada está fora do alcance da inovação tecnológica. Os projetos da USP São Carlos vencedores do Bolsas de Pesquisa Google para a América Latina mostram o papel crucial da pesquisa para ajudar a resolver problemas reais das nossas vidas", diz Berthier Ribeiro-Neto, diretor de Engenharia do Google para a América Latina.

O desafio do doutorando Leandro dos Santos é contribuir para o diagnóstico precoce de demências. A professora Sandra Aluísio irá apoiá-lo na jornada. Já a meta do estudante de doutorado André Maletzke é ajudar no combate à dengue, contando com a orientação do professor Gustavo Batista. Encerrando o trio de projetos contemplados, o doutorando Edilson Corrêa Júnior trabalhará na criação de um novo método que promete aprimorar as técnicas empregadas atualmente para tradução e classificação automática de textos. Como no universo da web os textos são fundamentais, tal método também tem potencial para melhorar os resultados dos mecanismos de busca empregados, por exemplo, pelo próprio Google. Corrêa Júnior será orientado pelo professor Diego Amancio.

O professor Diego (à esquerda) vai orientar Edilson

Foco nas demências – Mesmo que você não conheça ninguém com Alzheimer, já deve ter ouvido falar nessa doença. A má notícia é que, com o aumento da expectativa de vida da população, a tendência é que, a cada dia, mais e mais pessoas sejam acometidas pelo Alzheimer ou por outros tipos de síndrome menos conhecidos como o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL). “Quando um paciente é diagnosticado com CCL, ainda é possível reverter a situação. Mas se nenhum tratamento for realizado, existe uma alta taxa de conversão para Alzheimer”, explica Sandra Aluísio.

Diagnosticar essas doenças é um desafio que os profissionais da área médica enfrentam diariamente em todo o mundo. Para isso, eles costumam realizar uma bateria de exames com os pacientes visando identificar as áreas mais afetadas, tais como memória, orientação, linguagem e resolução de problemas. 

É muito comum, durante esses testes, que o avaliador relate uma história para o paciente, que precisará recontá-la logo depois de ouvi-la e contá-la novamente após um período maior de tempo. A principal dificuldade, nesse caso, é que essa tarefa é aplicada manualmente e depende da avaliação subjetiva de quem relatou a história. “Criar um método computacional que automatize essa avaliação é muito bem-vindo para possibilitar a ampla utilização do teste e uniformizar a avaliação”, ressalta a professora. 

Ela explica que o projeto será realizado em colaboração com pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e que a meta é criar um avaliador neuropsicológico pessoal automatizado e acessível via web ou a partir de dispositivos móveis. Com esse avaliador será possível detectar os primeiros sinais de CCL. “A ideia não é substituir psicólogos nem fonoaudiólogos, mas criar uma ferramenta da área de Processamento de Línguas Naturais que os auxilie no diagnóstico das demências”, destaca Sandra, que é pesquisadora do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), sediado no ICMC.

Gustavo (à esquerda) orientará André na busca pelo desenvolvimento
de uma armadilha inteligente eficaz no combate à dengue

Foco na dengue – A dengue é a principal doença viral transmitida por mosquitos e um dos principais problemas de saúde pública enfrentado no Brasil e em quase todos os países localizados em áreas tropicais e subtropicais do mundo. Atualmente, devido à falta de uma vacina efetiva contra a dengue, as epidemias somente podem ser evitadas com o controle do mosquito vetor, o Aedes aegypti. 

“A verdade é que estamos perdendo a guerra contra a dengue”, afirma o professor Gustavo Batista, que faz parte do Laboratório de Inteligência Computacional do ICMC. Ele explica que, para realizar as ações de controle do mosquito, os órgãos que combatem a doença levam em conta dados referentes aos pacientes diagnosticados com dengue. Mas como esses dados demoram certo tempo para serem gerados, eles não são indicadores eficazes para mostrar onde, de fato, os mosquitos estão e onde deve ser o foco das ações de combate. 

Esse desafio mobiliza o professor Gustavo Batista há cerca de quatro anos. Seus esforços já resultaram na criação de um sensor capaz de identificar, com uma acurácia de 96,1%, as espécies e o sexo dos insetos. Isso é muito importante no caso da dengue, em que apenas as fêmeas são vetores da doença. “Nossa meta, agora, é transformar esse sensor em um produto eletrônico: uma armadilha inteligente que possa ser comercializada”, diz Batista. 

De acordo com o professor, quem possuir a armadilha em casa poderá realizar a contagem dos mosquitos em tempo real e tomar providências para o combate ao Aedes, antes da ocorrência de surtos da dengue. Também é viável conectar o equipamento à internet, possibilitando que os dados obtidos pelas armadilhas gerem mapas de controle para os órgãos públicos. Além disso, é possível criar aplicativos que poderão alertar a população sobre a presença do mosquito. 

Com o apoio do Google, a pesquisa prosseguirá com a realização de testes fora do laboratório, onde não há controle em relação à temperatura, umidade e demais condições ambientais, nem sobre as espécies de insetos que poderão adentrar a armadilha. Depois dos testes, é preciso desenvolver um protótipo do equipamento. A estimativa é de que seu custo para os consumidores não ultrapasse R$ 200,00.

Meta de um dos projetos é disponibilizar à população
armadilha inteligente para captura de insetos

Foco nos textos – Faça um simples teste e você verá o quanto é preciso aprimorar os mecanismos que usamos hoje para traduzir e classificar automaticamente textos. Neste exemplo, vamos usar os versos finais do poema Noturno à janela do apartamento, de Carlos Drummond de Andrade: “A soma da vida é nula. Mas a vida tem tal poder: na escuridão absoluta, como líquido, circula”. Use um tradutor automático e passe os versos para o chinês. Depois, converta-os novamente para o português. Provavelmente, você chegará a um resultado próximo a isso: “A soma de vida é zero. Mas há uma força na vida: na escuridão absoluta, tal como a circulação de líquido”.

Um leitor atento logo verá que os inúmeros sentidos presentes no verso original de Drummond se perderam durante o processo de tradução automática. “Uma das principais causas desse tipo de alteração de sentido é a ambiguidade presente nos textos, uma das questões que mais afetam os mecanismos de tradução automática”, explica o professor Diego Amancio. 

Chamamos de ambíguo, de forma geral, aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado. O poema usado como exemplo propicia várias interpretações e, por isso, a ambiguidade está ali presente tal como na maioria dos textos. Acontece que o computador não tem a habilidade que nós temos para realizar essa tarefa adequadamente e levar em conta essas inúmeras possibilidades de interpretação. 

Atualmente, para ensinar uma máquina a interpretar um texto, os pesquisadores empregam técnicas de aprendizado de máquina. Para deduzir o significado de um termo, levam-se em consideração as palavras vizinhas. Voltando ao exemplo de Drummond, “líquido” é vizinho de “circula”. Como o computador já traduziu muitas vezes essas duas palavras, ele “aprendeu” que, normalmente, as pessoas escrevem “circulação de líquido”.

“Nossa meta é criar uma estratégia complementar que não leve em conta somente as palavras vizinhas, mas também os diferentes significados que um termo pode ter e a estrutura do texto”, revela Amancio. A fim de chegar a melhores resultados, os pesquisadores usam o computador para transformar os textos em redes complexas (veja a imagem abaixo). 
Imagem exemplifica como pesquisadores transformam textos em redes complexas

Na imagem, em vez de enxergarmos um texto, observamos uma rede com vértices repletos de bolinhas coloridas (P1, P2, P3...): cada uma representa uma palavra e as diferentes cores (laranja e azul) indicam que essa palavra tem dois significados. Já os fios mostram como os termos se conectam uns com os outros. “Analisando essas redes, podemos compreender melhor como os sentidos das palavras se distribuem e descobrir maneiras de medir as relações entre elas”, completa o professor, que também faz parte do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional.

Segundo ele, a pesquisa poderá gerar resultados relevantes para aprimorar as ferramentas automáticas de tradução e classificação de textos, recuperar informações em páginas da web e melhorar as ferramentas de buscas que usamos hoje em dia. Se a pesquisa obtiver os resultados esperados, é provável que, em um futuro não muito distante, o próprio Google possa empregar a nova metodologia.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Fotos: Reinaldo Mizutani - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666

Confira quais são os projetos do ICMC selecionados pelo Google

Título do projeto: ANAA-Dementia: Aplicação de testes neuropsicológicos automatizados para acompanhamento de cidadãos brasileiros durante o percurso de uma vida
Coordenadora: Sandra Aluísio
Doutorando: Leandro dos Santos

Título do projeto: Controlando mosquitos transmissores da dengue usando sensores e armadilhas inteligentes
Coordenador: Gustavo Batista
Doutorando: André Maletzke

Título do projeto: Resolvendo a ambiguidade em textos por meio da análise dinâmica e topológica de redes complexas
Coordenador: Diego Amancio 
Doutorando: Edilson Corrêa Júnior

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

SIPAT: campus promove Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho

De 28 de setembro a 2 de outubro, será realizada a 28ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho Conjunta do Campus USP de São Carlos (SIPAT). Confira, a seguir, a programação completa das palestras que integrarão o evento.



Segunda-feira, dia 28 - Abertura oficial
Prefeitura do Campus USP de São Carlos - PUSP-SC
Horário: 14 horas
Tema: Quer melhorar sua qualidade de vida? Comece com sua alimentação 
Palestrante: Paula Zulin Memari Coelho - Técnica de Nutrição da PUSP-SC
Local: anfiteatro Armando T. Natsume da Engenharia Elétrica 
Café


Terça-feira, dia 29

Instituto de Física de São Carlos - IFSC
Horário: 8h30 - Café
Tema: Exercício físico na prevenção de doenças (início às 9 horas)
Palestrante: Marcela Sene Fiorese - Pós-doutoranda do Grupo de Óptica do IFSC
Local: auditório Sérgio Mascarenhas - IFSC


Quarta-feira, dia 30

Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - ICMC
Horário: 8h30 - Café
Tema: Qualidade de vida no trabalho: segurança, saúde e ergonomia (início às 9 horas)
Palestrante: Márcio Roberto S. Rinaldi - Técnico de Segurança do Trabalho
Local: auditório Luiz Antônio Favaro (sala 4-111) - ICMC


Quinta-feira, dia 1º 

Instituto de Química de São Carlos - IQSC
Horário: 9h30 - Café
Tema: Desperdício e aproveitamento total dos alimentos (início às 10 horas)
Palestrante: Camila Belasalma Pigatin - Nutricionista do SESI
Local: auditório 1 do CETEPE


Sexta-feira, dia 2 - Encerramento

Escola de Engenharia de São Carlos - EESC
Horário: 8h30 - Café
Tema: Postura errada causa problemas na boca? (início às 9 horas)
Palestrante: Daniel Nastri de Lucca – Cirurgião Bucomaxilofacial
Local: anfiteatro Armando T. Natsume da Engenharia Elétrica


Nas datas das palestras haverá um Cantinho da Saúde, promovido pela ETEC – Prof. Paulino Botelho – Curso de Enfermagem, onde serão realizadas aferições de pressão arterial, cujo acompanhamento pode ser feito durante toda a semana. Também haverá uma campanha de conscientização para doação de sangue, fornecendo informações e incentivando que membros da USP sejam doadores.

A Semana é promovida pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs) das diferentes unidades do Campus e pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (DSO-SESMT) - São Carlos. Clique aqui para ver o cartaz do evento.

Texto: Suzana Xavier - Assessoria de Comunicação do Campus da USP em São Carlos
Fotos: Suzana Xavier e Keite Marques

Mais informações:
SESMT: (16) 3373.9198 e 3373.8322
E-mail: sesmt@sc.usp.br

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Modelo criado no ICMC faz reconhecimento automático de espécies de inseto e pode ser aplicado a várias áreas do conhecimento

Doutorando já conquistou dois prêmios com trabalho que combina técnicas de processamento de sinais e aprendizado de máquina para construir modelos úteis em áreas tão diversas quanto a saúde pública, o reconhecimento de fala e o processamento de música


Diego (à esquerda) foi orientado por Gustavo Batista no mestrado

Quem nunca foi perturbado, no meio de uma noite de sono, pelo zumbido irritante e característico de um inseto? Esse som da batida das asas é a chave para que os pesquisadores possam identificar um inseto. Ensinar o computador a reconhecer esse som e a classificar automaticamente as espécies foi o desafio que mobilizou Diego Silva durante seu mestrado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. 

O método criado por Silva já está sendo aplicado em um sensor e uma armadilha que poderão contribuir para combater a dengue, a malária e diversas pragas agrícolas em um projeto coordenado pelo professor Gustavo Batista, do ICMC, que foi orientador de Silva durante o mestrado. A novidade é que, além dessa aplicação, há diversas outros campos em que os métodos estudados podem ser empregados como no reconhecimento de fala, no processamento de música ou na obtenção de informações em dados numéricos que variam com o tempo, conhecidas como séries temporais. 

Um bom exemplo disso são os trabalhos gerados em um estágio sanduíche no exterior realizado por Diego na Columbia University, sob a supervisão do pesquisador Daniel Ellis, entre fevereiro e julho de 2013, quando recebeu uma Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior da FAPESP. Em um desses trabalhos, os pesquisadores propuseram uma técnica para encontrar músicas semelhantes a uma canção consultada, obtendo resultados melhores que o estado-da-arte. Com uma técnica semelhante, puderam classificar séries temporais geradas a partir de batimentos cardíacos, movimento humano, formas de objetos, entre outros.
Dois sinais produzidos por um violino e por um piano: muito similares no 
domínio temporal, mas muito diversos no domínio de frequências

Para alcançar seu objetivo, Diego estudou uma série de técnicas para extrair características do som. Dessa forma, ele conseguiu obter uma ferramenta capaz de selecionar as informações relevantes, excluindo ruídos e transformando o que eram apenas sinais sonoros em uma série de características descritivas do sinal. A ferramenta reconhece os atributos específicos de cada uma das espécies de inseto e as identifica. É como se atribuíssemos, por exemplo, o número 1 ao batimento das asas da abelha e o número 2 ao batimento das asas do Aedes aegypti. Esses números são o ingrediente-chave para ensinar o computador a identificar cada espécie. 

O modelo criado também é capaz de reconhecer os diferentes sexos dos mosquitos. Isso é muito relevante, pois no caso de doenças como a dengue, apenas as fêmeas são vetores da doença. “Nosso sistema de classificação conseguiu obter uma acurácia de 96,1% na correta identificação das espécies e sexo desses insetos”, explica Batista. 

Silva conta que, no início do projeto, não sabia qual técnica funcionaria melhor para a classificação automática dos insetos, por isso, precisou explorar diversos métodos e algoritmos de outras áreas para ver qual alcançava os resultados mais satisfatórios. “Chegamos à conclusão de que os atributos utilizados em reconhecimento de fala eram os que funcionavam melhor”, diz Silva. Esses atributos são os mesmos empregados por sites como o Google, por exemplo, para reconhecer o que diz um internauta.

Reconhecimento – A dissertação de mestrado de Silva (Classificação de séries temporais por similaridade e extração de atributos com aplicação na identificação automática de insetos) conquistou a segunda colocação no 28º Concurso de Teses e Dissertações do 35º Congresso da Sociedade Brasileira de Computação, realizado em Recife entre os dias 20 e 23 de julho. Além disso, obteve também o terceiro lugar no Concurso de Teses e Dissertações em Inteligência Artificial e Computacional (CTDIAC) do Encontro Nacional de Inteligência Artificial e Computacional (ENIAC) e do Brazilian Conference on Intelligent Systems (BRACIS), realizados em outubro do ano passado em São Carlos. 

“O trabalho de Silva resultou em mais de 10 artigos científicos em diferentes áreas, o que é um índice bastante relevante para um mestrado”, ressalta Gustavo. No momento, Silva prossegue com suas investigações no campo da inteligência artificial e do aprendizado de máquina em seu doutorado no ICMC, também com bolsa da FAPESP.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Tecnologia inovadora desenvolvida no ICMC contribui para combater dengue, malária e pragas agrícolas: icmc.usp.br/e/f6415
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Oportunidade: ICMC seleciona professor temporário para o Departamento de Ciências de Computação


Estão abertas, até 25 de setembro, as inscrições para contratação de um docente temporário para ministrar disciplinas junto ao Departamento de Ciências de Computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Os contratados, que serão nomeados como Professor Contratado Nível II (Assistente), terão jornada de 12 horas semanais e salário de R$ 1.245,44.

As inscrições para o processo seletivo devem ser feitas pessoalmente ou por procuração na Assistência Acadêmica do ICMC, que fica na Avenida Trabalhador são-carlense, 400. O candidato precisará apresentar: cópia do documento de identificação; prova de que é portador do título de mestre, cópia do título e do comprovante de votação da última eleição – ou da respectiva multa ou justificativa. 

A seleção será realizada por meio de notas atribuídas em uma prova didática e outra escrita. O contrato terá duração até 31 de dezembro de 2015 com possibilidade de prorrogações até completar, no máximo, dois anos de serviços. Para mais informações sobre o processo seletivo, acesse o edital completo em icmc.usp.br/e/af4ea.

Mais informações
Assistência Acadêmica do ICMC: (16) 3373.8163/3373.8109
E-mail: sacadem@icmc.usp.br

Combinação entre matemática, computação e estatística diferencia profissionais formados no curso de matemática aplicada do ICMC

Atuando no mercado ou no meio acadêmico, eles vieram de Brasília, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de diversas outras cidades para compartilharem suas experiências durante encontro de ex-alunos

Evento possibilitou que ex-alunos, atuais estudantes e professores compartilhassem suas histórias

Eles têm um pouco de computação, de matemática e de estatística percorrendo suas veias: uma combinação especial que os diferencia no mercado de trabalho. Essa foi uma das conclusões a que chegaram os ex-alunos do curso de Matemática Aplicada e Computação Científica do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, durante o encontro realizado no último sábado, 19 de setembro.

Reunidos para compartilharem histórias, trocar experiências, rever os amigos e estreitar os laços entre a Universidade e o mercado de trabalho, eles participaram do 3º Encontro de Egressos do Bacharelado em Matemática Aplicada e Computação Científica do Instituto. 

“A gente aprende no curso a unir conhecimentos de diferentes áreas e nos tornamos multidisciplinares. É isso que o mercado procura e precisa”, ressaltou o ex-aluno Leandro Mattiolli, que é assessor de unidade estratégica na Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais do Banco do Brasil, em Brasília, e se formou em 2009. 

Quem também compartilha da opinião de Mattiolli é o analista sênior de risco de mercado do Banco PAN, Alan de Sousa: “O mercado tem muita carência de ferramentas de matemática e de computação capazes de resolver seus problemas.” Sousa também se formou em 2009 e diz que um dos diferenciais do curso é formar alunos com poder de abstração. “Nunca tive dificuldade para arrumar emprego e já mudei cinco vezes de trabalho, sempre em busca de melhores oportunidades”, disse o ex-aluno, que já atuou no Banco Votorantim, no Itaú Unibanco e na Serasa Experian.

“O curso é um ótimo caminho para quem deseja ter um perfil interdisciplinar. Grande parte da base da minha formação foi construída aqui”, revelou Cristiane de Faria, que é professora no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Cristiane concluiu sua graduação no ICMC em 2004 e fez parte da primeira turma de formandos do curso.

Cristiane, que está na UERJ, fez parte da primeira turma de formando dos curso

Para Rafael Lima de Melo, que é analista de riscos na Unicred do Brasil, em São Paulo, o curso vale muito a pena exatamente por fornecer uma forte base em computação e matemática: “A computação já era minha paixão. Mas a matemática me abriu muito a mente, até para eu entender melhor o mundo”.

Já a recém-formada Camila Antunes, que é analista no Itaú Unibanco, em São Paulo, recomendou aos atuais estudantes que se envolvam no maior número de atividades extracurriculares que conseguirem para enriquecerem a formação. Ela fez iniciação científica e também participou da Secretária Acadêmica do ICMC (Sacim). “O aluno USP tem esse diferencial: se você der um abacaxi no colo dele, ele consegue descascar no dente”, contou Camila.

Recém-formada, Camila está trabalhando no Itaú Unibanco

Descoberta – Cibele Russo estava decidida a se inscrever no Bacharelado em Matemática em 2011 quando, ao ler o manual de inscrições para o vestibular da FUVEST, descobriu que existia um curso de Matemática Aplicada e Computação Científica. Achou interessante a possibilidade de unir conhecimentos e resolveu arriscar. Hoje, é professora no ICMC e foi uma das coordenadoras do 3º Encontro de Egressos.

“Estudar no ICMC possibilita que a gente reúna uma caixa de ferramentas. Ao sairmos daqui, somos capazes de identificar ou desenvolver as ferramentas mais adequadas para resolver os problemas específicos que encontramos no dia a dia de trabalho”, destacou Cibele, que atuou no banco Itaú antes de optar pela carreira acadêmica. 

“Os depoimentos dos ex-alunos nos mostraram que há muito mercado de trabalho para quem se forma no curso. Como somos muito exigentes, os alunos que conseguem concluir a formação estão prontos para se dar bem em qualquer lugar”, disse o coordenador do curso, professor Leandro de Souza, que também ajudou a coordenar o 3º Encontro de Egressos.

“As oportunidades de atuação para os formandos só tendem a aumentar”, finalizou o professor Paulo da Veiga, que ajudou a criar o curso no ICMC, em 1999, e foi seu segundo coordenador.

Foram formadas duas mesas de debate durante o evento:
uma com os ex-alunos que atuam no meio acadêmico
 e outra com quem está trabalhando no mercado

Texto e fotos: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
Email: comunica@icmc.usp.br

Palestras da semana - 21 a 25 de setembro


Palestra
Evolution of Digital Education and Impact on Learning Performance
Palestrante: Fernando Koch (diretor da Samsung Research)
Quando: segunda-feira, 21 de setembro, às 15h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
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Seminário de Singularidades
Obstrução de Euler: este ilustre desconhecido
Palestrante: Nivaldo de Góes Grulha Junior
Quando: segunda-feira, 21 de setembro, às 16h
Onde: sala 3-010
Clique aqui para ver o resumo
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Colóquios de Matemática
Diffusive models and their intrinsic regularity theories
Palestrante: Eduardo Teixeira, da Universidade Federal do Ceará
Quando: quarta-feira, 23 de setembro, às 16h
Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001)
Clique aqui para ver o resumo
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Palestra
Internet das Coisas - Conectando você e tudo ao seu redor
Palestrante: André Márcio de Lima Curvello (mestrando na EESC e professor na UNIFRAN)
Quando: quarta-feira, 23 de setembro, às 18h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
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Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Defesas e qualificações da semana - 21 a 25 de setembro



Qualificação de Mestrado no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística - PIPGES
Modelos de regressão linear e não linear com erros t-Student: uma abordagem bayesiana objetiva
Aluna: Aline Campos Reis de Souza
Orientador: Vicente Garibay Cancho
Quando: segunda-feira, 21 de setembro, às 14h
Onde: sala 3-002
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Qualificação de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Mineração de trajetórias em redes sociais geolocalizadas
Aluno: Ricardo Miguel Puma Alvarez
Orientador: Alneu de Andrade Lopes
Quando: terça-feira, 22 de setembro, às 14h
Onde: sala 3-002
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Qualificação de Mestrado no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística - PIPGES
Abordagens clássica e bayesiana nos modelos com respostas binários
Aluna: Amélia Milene Correia Fernandes
Orientador: Marinho Gomes de Andrade Filho
Quando: terça-feira, 22 de setembro, às 14h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Sistema de apoio à reabilitação neuromotora: modelo de acompanhamento remoto para a terapia do espelho
Aluno: Rodolfo Dias Correia
Orientadora: Maria da Graça Campos Pimentel
Quando: quarta-feira, 23 de setembro, às 9h
Onde: sala 3-103
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Simulação numérica de escoamentos tridimensionais com superfícies livres governados pelo modelo Giesekus
Aluno: Reginaldo Merejolli
Orientador: Murilo Francisco Tomé
Quando: quarta-feira, 23 de setembro, às 14h30
Onde: sala 3-103
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Defesa de Mestrado em Matemática
Estudo global de sistemas polinomiais planares no disco de Poincaré
Aluno: Caio Augusto de Carvalho Pena
Orientadora: Regilene Delazari dos Santos Oliveira
Quando: quinta-feira, 24 de setembro, às 14h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Escrita científica em português por hispano falantes: recursos linguísticos-computacionais baseados em métodos de alinhamento de textos paralelos
Aluna: Lianet Sepúlveda Torres
Orientadora: Sandra Maria Aluisio
Quando: quinta-feira, 24 de setembro, às 15h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Semi-supervised clustering approaches with applications in Medicinal Chemistry
Aluno: Jadson Castro Gertrudes
Orientador: Ricardo José Gabrielli Barreto Campello
Quando: quinta-feira, 24 de setembro, às 16h
Onde: sala 3-103
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Análise de espalhamento de dados em redes FANET
Aluno: Rayner de Melo Pires
Orientadora: Kalinka Regina Lucas Jaquie Castelo Branco
Quando: sexta-feira, 25 de setembro, às 8h30
Onde: sala 3-103
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Exploração de sequências de otimização do compilador baseada em técnicas híbridas de mineração de dados complexos
Aluno: Luiz Gustavo Almeida Martins
Orientador: Eduardo Marques
Quando: sexta-feira, 25 de setembro, às 14h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Solução numérica do modelo Giesekus para escoamentos com superfícies livres
Aluno: Matheus Tozo de Araujo
Orientador: Murilo Francisco Tomé
Quando: sexta-feira, 25 de setembro, às 14h30
Onde: sala 3-103
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Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Novidade na pós-graduação em computação no ICMC: ingresse no doutorado em qualquer época do ano

Fluxo contínuo de inscrições no doutorado foi lançado este mês; já as inscrições para mestrado e doutorado direto podem ser realizadas até 29 de outubro




Um dilema que afeta a vida de muitos pós-graduandos no Brasil é que, muitas vezes, ao finalizar o mestrado, eles precisam aguardar a abertura de inscrições para o doutorado. Esse tempo pode atrapalhar o andamento de uma pesquisa e causar desmotivação. Para solucionar esse problema, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, lançou uma novidade: as inscrições para o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional agora podem ser realizadas durante todo o ano.

“Com essa mudança, nosso objetivo é tornar o processo de ingresso no doutorado mais dinâmico e flexível. É muito natural, para um estudante de pós-graduação, terminar o mestrado e já começar o doutorado”, explica o professor Adenilso Simão, coordenador do Programa. 

As 55 vagas de doutorado disponíveis no Programa poderão ser preenchidas até outubro de 2016. Para se candidatar, é preciso ter mestrado em Ciências de Computação, Engenharia de Computação, Matemática, Estatística e áreas afins. O processo seletivo continuará acontecendo com base na análise da formação acadêmica (60% da nota) dos candidatos, levando-se em conta o histórico da graduação e de pós-graduação; e do Currículo Lattes (40% da nota), considerando-se as atividades acadêmicas, de pesquisa e profissionais.

De acordo com a época em que o candidato se inscrever, deve seguir o cronograma disponível na última página do edital (acesse aqui), acompanhando as datas-limite para cada etapa do processo, que consiste desde o envio de cartas de recomendação até a matrícula. Reconhecido com nota 6 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na última avaliação trienal realizada pela instituição, o Programa possui 15 linhas de pesquisa divididas em dois grupos: Ciências de Computação e Matemática Computacional. 

Mestrado e doutorado direto – Diferentemente do doutorado, o ingresso no mestrado e no doutorado direto continua sendo realizado de forma tradicional, já que a maioria dos estudantes que se inscreve nessas duas modalidades conclui a graduação no final do ano e inicia as atividades na pós-graduação a partir de março. Nesses dois casos, as inscrições devem ser realizadas até 29 de outubro no site do Programa (icmc.usp.br/e/0cc0e), onde também é possível acessar os respectivos editais e obter informações detalhadas sobre os processos seletivos. Há 45 vagas disponíveis no mestrado e 10 vagas no doutorado direto.

Criado em 1971, o ICMC é reconhecido como um centro de excelência nacional e internacional na formação de pesquisadores e profissionais nos campos da computação, matemática aplicada, matemática, estatística e de suas áreas relacionadas, por intermédio dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão.

Os programas de pós-graduação estão entre os melhores do país, tendo formado um número expressivo de mestres e doutores que hoje ocupam posições em prestigiadas empresas e em unidades de ensino e pesquisa no Brasil e no exterior. A vivência do aluno no exterior durante seu processo de formação é estimulada por meio de programas sanduíches ou de dupla titulação.

Além do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional, o ICMC oferece pós-graduação em Matemática e, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos, pós-graduação em Estatística. Há, ainda, dois mestrados profissionais: o Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (MECAI), oferecido pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), e o Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (ProfMat), oferecido em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). 
Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Editais dos processos seletivos: icmc.usp.br/e/0cc0e
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Transparência na web: livro de pesquisadores da USP e da Universidade Federal de Alagoas ensina como disponibilizar dados abertos conectados

Obra é a primeira a ser lançada no Brasil sobre o assunto e, além de suprir a carência de informações na área, tem como meta aprimorar o ensino e o treinamento, contribuindo para o aumento da transparência


Imagine se qualquer cidadão pudesse acessar todos os dados sobre o transporte público urbano no Brasil via web, obtendo informações sobre horários, rotas e destinos. Agora pense na relevância desses dados se estivessem ao alcance dos gestores desse sistema, possibilitando que conseguissem otimizar o transporte local, disponibilizando mais veículos em horários com maior demanda e comparando os dados com os de municípios similares para analisar a eficiência do serviço.

Utopia? Pode até ser, mas, na verdade, muitos desses dados já existem na web, a questão é como disponibilizar essas informações de maneira que qualquer pessoa ou computador possa acessá-las, manipulá-las, reutilizá-las e redistribui-las, relacionando-as a outros dados disponíveis sobre o assunto. Explicar como fazer isso é a meta do livro Dados Abertos Conectados, que será lançado no próximo dia 23 de setembro, durante a Conferência Web.br, em São Paulo. A obra é de autoria dos professores Seiji Isotani – do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, em São Carlos – e de Ig Bittencourt, do Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas.

Lançado pela Novatec Editora, o livro é o primeiro do Brasil a tratar desse assunto e nasceu a partir de uma parceira dos pesquisadores com o Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), que resultou também em um curso online. “Como não existiam referências consolidadas sobre o tema no Brasil, construímos o conteúdo com zelo e muita discussão, inclusive consolidando a tradução do termo Open Linked Data para Dados Abertos Conectados”, ressaltam os autores. 

Eles afirmam que o conceito de dados abertos conectados é fundamental para ampliar a transparência pública de informações divulgadas pelos órgãos dos governos federal, estadual e pelos municípios, os quais devem atender à Lei de Acesso a Informação (Lei 12.527), que entrou em vigor em março de 2012. O professor Isotani diz que já existem iniciativas importantes para disseminar os dados abertos conectados no Brasil e cita como exemplo o portal dados.gov.br, mas ressalta que ainda há muito a ser aprimorado. “A Inglaterra e os Estados Unidos estão liderando o movimento em prol da produção dos dados abertos conectados. Nossa publicação é uma forma de fomentar isso no Brasil”, diz o pesquisador.

Entre os desafios que permeiam a área, os autores citam a falta de conhecimento técnico sobre como disponibilizar os dados de forma aberta e conectada e também a falta de conhecimento tecnológico sobre as ferramentas existentes para realizar essa tarefa de forma adequada. Neste contexto, o professor Bittencourt ressalta: “A obra é voltada para pessoas de qualquer área do conhecimento interessadas em disponibilizar dados na internet, quer sejam técnicos ou gestores. Por isso, tentamos escrever da forma menos técnica possível”. 

Tal como os dados abertos conectados, em breve, a obra estará disponível e acessível gratuitamente na Web (http://ceweb.br/publicacao/livro-dados-abertos), sob a licença Creative Commons, com a atribuição uso não comercial (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/). Isso significa que, para fins não comerciais, qualquer pessoa poderá utilizar partes ou todo o livro e redistribui-lo em qualquer suporte ou formato, além de modificá-lo. Bastando, para isso, atribuir o crédito para a obra original e seus autores. “Como recursos educacionais, o livro e os cursos geram capacitação e formam pessoas aptas a utilizar essas tecnologias, que podem produzir novos negócios e novas soluções para a sociedade”, destaca Vagner Diniz, gerente do Ceweb.br. 

Seiji atua no Laboratório de Computação Aplicada à Educação do ICMC

Ranking estrelado – No livro, os pesquisadores destacam um ranking com cinco níveis para classificar os dados disponibilizados na web. O nível mais básico, que ganha somente uma estrela, são aquelas informações que apenas pessoas conseguem visualizar. Isotani cita como exemplo os dados contidos em arquivos de imagens como JPG ou BMP.

Já no nível duas estrelas, o computador consegue processar as informações. Contudo, elas são disponibilizadas em formato proprietário e precisam de software específico para acessá-las. Como exemplo, o professor cita uma planilha construída e salva no padrão Excel. Subindo um nível na escala e ganhando três estrelas, estão as informações disponibilizadas em um formato aberto, ou seja, mesmo quem não possuir o software proprietário em que o arquivo foi construído poderá acessá-lo (por exemplo, arquivos em formato CSV). 

Para chegar às quatro estrelas, além de colocar as informações no formato aberto, é preciso disponibilizá-las usando uma linguagem padronizada e recomendada pelo Consórcio World Wide Web (W3C), voltada especificamente para facilitar o compartilhamento de dados na internet: a Resource Description Framework (RDF). Com o emprego dessa linguagem, os dados ganham a propriedade de se tornarem facilmente acessíveis e processáveis por um computador de forma quase automática. Como vivemos na era do Big data, em que há um grande volume de dados gerados na web, é essencial que os sistemas sejam capazes de processar esses dados de maneira automatizada. 

O nível cinco estrelas do ranking é alcançado quando, além de colocar as informações no formato aberto e usar a linguagem RDF, os dados estão relacionados a outras informações disponíveis na web. É aí que a conexão com outras fontes se dá. Para dar um exemplo, voltemos ao início deste texto: o que aconteceria caso todos os dados sobre o transporte público urbano no Brasil estivessem disponíveis na web de forma estruturada e conectada, possibilitando que um computador pudesse processá-los? 

Um verdadeiro universo de possibilidades se abriria. Seria viável criar um aplicativo para analisar o transporte público de centenas de municípios e realizar diversas comparações e análises estatísticas, que são fundamentais para obter uma visão geral sobre a cobertura e a qualidade do serviço realizado. Em vez de demorar dias, tarefas complexas e trabalhosas poderiam ser realizadas em poucos minutos. Não é por acaso que, em busca de incentivar o leitor a pensar sobre as necessidades e potencialidades de produzir e disponibilizar dados livremente na web, Isotani e Bittencourt citam o exemplo do transporte público no livro. Agora imagine poder fazer isso com os dados referentes a todos os serviços públicos do nosso país e, por que não, do mundo.
 
A parceria de Ig e Seiji (à frente, da esquerda para a direita) também
resultou na criação da startup Meu Tutor

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Convite à imprensa para o lançamento do livro Dados Abertos Conectados
Quando: 23 de setembro, das 10h30 às 11 horas
Local: Centro de Convenções Rebouças (avenida Dr. Enéas de Aguiar, 23)
Formulário: é necessário preencher o formulário disponível neste link para obter a credencial que dá acesso ao evento: http://icmc.usp.br/e/3bf4d

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br