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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Estudantes do ICMC recebem prêmio durante experiência na China

Alunos passaram três semanas em Xangai, onde acompanharam aulas sobre cultura, política e economia, além de desenvolverem projeto coletivo que foi premiado

Grupo de Matheus (à frente) e Giuliano (terceiro da direita para a esquerda)
ganhou prêmio de melhor trabalho  

Ficar longe de casa é difícil para muita gente, mas quando a distância ultrapassa os 18 mil quilômetros e você está do outro lado do mundo, será que vale a pena? “Dá vontade de voltar e fazer tudo de novo. A experiência me surpreendeu, ganhei muito com isso”, revela Matheus Beleboni, aluno do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, depois de participar de um projeto na China.

Foram três semanas de aulas em Xangai, além de atividades e passeios turísticos. No final do período, Beleboni desenvolveu um trabalho em grupo, relacionando Brasil e China, com tema livre. Intitulado O impacto da educação superior no desenvolvimento de um país na perspectiva Brasil e China, o trabalho rendeu o prêmio de melhor projeto aos estudantes.

Outro aluno do ICMC, Giuliano Prado, também foi para a China e fez parte do grupo de Beleboni. Ele resolveu se candidatar à vaga após receber um e-mail da USP avisando sobre a oportunidade oferecida pelo Programa Top China Santander, cujo objetivo é incentivar a cooperação e promover debates sobre temas de interesse global entre Brasil e China.

O programa disponibiliza bolsas de estudos para estudantes de 24 universidades do país. A USP tem direito a cinco vagas e duas delas foram preenchidas por alunos do ICMC. No total, cerca de 100 universitários e professores brasileiros e chineses participaram da iniciativa em julho. As aulas ocorreram na Shanghai Jiao Tong University. Veja, a seguir, como foi a experiência dos dois alunos do ICMC.

15 minutos de famaNo Brasil, Giuliano Prado é apenas mais um aluno de Engenharia de Computação, mas na China, ele parecia um artista internacional. “Os chineses gostam muito dos estrangeiros. Paravam a gente na rua para tirar fotos, faziam vídeos, foi uma fama temporária”, diz o graduando.

Prado ficou hospedado no alojamento da Universidade. As aulas aconteciam em dois períodos: manhã e tarde. No final do dia, os participantes tinham a oportunidade de conhecer pontos turísticos e tradições locais, visitar monumentos, participar de cerimônias do chá e de trabalhos com argila e porcelana.

“A arquitetura e as decorações de lá são muito diferentes, os lugares sempre estão cheios e os chineses são bem solícitos. Outro ponto que impressionou é que, em Xangai, grandes plataformas eletrônicas, como Youtube e Google, não são utilizadas, eles criam os próprios produtos”, conta o estudante.

O aluno, que também já havia participado anteriormente de um programa nos Estados Unidos, afirma que ter uma oportunidade como essa é importante porque vivemos em um mercado globalizado: “O conhecimento que você traz do exterior pode ajudá-lo, no futuro, a pensar no desenvolvimento de um serviço ou produto adequado para diferentes culturas”.


Matheus (à esquerda) e Giuliano durante passeio na Muralha da China

Santa caronaNatural de Bauru, Matheus Beleboni é aluno de Ciências de Computação do ICMC e costuma oferecer caronas para os colegas de sua cidade. Mas o que ele não imaginava é que, em uma dessas viagens, quem ganharia uma carona especial para o outro lado do mundo seria o próprio estudante. “Um dos meus amigos que fez intercâmbio namora uma menina da Coreia do Sul. Ele estava no carro comigo e disse que iria se inscrever no Programa para poder visitá-la, já que, se fosse selecionado, estaria perto dela. Então, ele sugeriu que eu tentasse também”.

Depois de ser selecionado, Beleboni encarou 28 horas de viagem até Xangai. Toda a espera valeu a pena: “Foi uma das melhores oportunidades da minha vida. A parte cultural é a maior bagagem que eu trago de lá. Eles possuem um incrível legado da história do país, existem cidades com mais de dois mil anos de existência. Conhecemos templos budistas, estátuas e construções históricas”.

O estudante destacou também a prestatividade dos chineses, que sempre estavam dispostos a ajudar. “Se você estivesse jantando com os chineses e perguntasse onde poderia encontrar uma bebida, por exemplo, eles paravam tudo o que estavam fazendo para atendê-lo e só voltariam a comer depois que você conseguisse o que queria”. O graduando contou ainda que, para facilitar a comunicação com os estrangeiros, os chineses criavam até um nome “americano”.

Beleboni diz que poder passar por uma experiência como essa, ter contato com pessoas diferentes, traz um grande crescimento pessoal a abre a cabeça de qualquer um. O aluno, que já havia passado por experiências internacionais nos Estados Unidos e na Inglaterra, se encantou com o que viveu no lado oriental do planeta: “Superou as minhas expectativas, eu moraria lá. Sou muito grato por ter a oportunidade de participar”, finaliza o estudante que, em agosto, foi a São Paulo receber os alunos chineses que vieram ao país pelo Programa Top Brasil Santander.

Alunos do ICMC passaram três semanas em Xangai

Carta de reconhecimento - O desempenho dos dois estudantes no Programa foi destacado em carta enviada pelo Instituto de Relações Internacionais da USP, que ressaltou “o comportamento exemplar, a seriedade acadêmica e o espírito de busca de novos conhecimentos demonstrados pelos alunos”. A carta parabeniza o ICMC e a EESC por terem em seu quadro “alunos tão qualificados do qual a USP só tem de se orgulhar”.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do ICMC

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Assessoria de Comunicação ICMC/USP: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

De São Carlos para a China: grupo da USP participa de Copa do Mundo de Robótica

Grupo Warthog Robotics obteve seu melhor desempenho desde que começou a disputar a competição há quatro anos

Equipes de vários países do mundo participaram da Robocup 2015

“Conseguimos ser competitivos e tivemos nossa melhor participação”. Foi assim que o estudante Adam Moreira avaliou o desempenho do grupo Warthog Robotics na Copa do Mundo de Robótica, RoboCup 2015, realizada na cidade de Hefei, na China, em julho.

Vinculado ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e à Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), o Warthog Robotics é considerada a maior equipe de extensão do campus da USP em São Carlos, sendo também um dos maiores grupos de competição em robótica no Brasil quando o assunto é futebol e combate de robôs. 

Este ano foi a quarta vez que o grupo da USP – coordenado pelos professores Ivan Nunes, da EESC, e Roseli Romero, do ICMC –  marcou presença no mundial. Nesta edição, realizada entre os dias 17 e 23 de julho, o resultado final agradou aos membros do grupo, apesar de não terem vencido. “Caímos em um dos grupos mais fortes do torneio, com equipes que já disputam há muito tempo o campeonato e, mesmo assim, conseguimos competir bem e tivemos um ótimo desempenho”, conta Moreira, que é doutorando no ICMC. 

Competindo na categoria Small Size de futebol de robôs, disputada por um total de 18 equipes do mundo, o Warthog participou de um grupo composto pelas equipes Cm Dragons (Estados Unidos), Persia Robot Machine (Irã) e Kiks (Japão). Além de Moreira, a equipe brasileira foi representada na China por outros dois membros: pelo diretor geral do grupo, Rafael Lang, e por Guilherme de Oliveira, ambos estudantes da EESC. 

“Para nós, foi muito interessante participar porque conseguimos usar o mundial como preparação para o campeonato brasileiro, que acontece em outubro. Pudemos testar nossos protótipos e algumas estratégias. Vamos corrigir alguns erros, com certeza essa experiência vai refletir no nacional”, explica Lang. O aluno disse ainda que disputar anualmente a RoboCup faz com que eles aprendam com as equipes mais estruturadas do ramo.

A recepção no país asiático não poderia ter sido melhor e Moreira acredita que, com a experiência nas competições, a equipe só tende a crescer. “Foi a melhor recepção que já tivemos, havia voluntários sempre dispostos a nos ajudar com comida, transporte e a língua. Se a gente quiser um dia ganhar, temos que continuar participando, ver tudo de perto”, afirmou.

A Robocup conta com várias categorias. Duas escolas municipais de João Pessoa, na Paraíba, também participaram do torneio e conquistaram o título na categoria Dança com Robôs, no nível primário. 

Como tudo começou – Criado em 2010, o Warthog é resultado da união de dois grupos de desenvolvimento de futebol de robôs da USP, o USPDroids e o GEAR. No mesmo ano de criação da equipe, o Warthog conquistou o primeiro lugar na categoria 2D e o segundo lugar na categoria Very Small Size na Competição Brasileira de Robótica (CBR). Já em 2011, pela mesma competição, o grupo conquistou o primeiro lugar nas categorias Very Small Size e 3D, também ficando em segundo lugar na categoria 2D. 

Veja outros títulos conquistados pela equipe:
  • 2012: Primeiro lugar na categoria Very Small Size e segundo colocado na categoria 3D;
  • 2013: Terceiro lugar na categoria 3D;
  • 2014: Segundo lugar na categoria Very Small Size e teceira colocação na Small Size.
Guilherme, Adam e Rafael (da esquerda para a direita) com o Javali, mascote do Warthog

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Crédito das imagens: Divulgação

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Página do grupo no Facebook: www.facebook.com/WarthogRobotics
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br