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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Alunos do ICMC garantem vaga para competição mundial de programação na Rússia

Estudantes fazem parte de um grupo de estudos que vai oferecer treinamentos e simulações de desafios de programação de 2 a 6 de dezembro 

Time Triple G recebeu medalha de prata na final realizada em Campina Grande, na Paraíba

Cinco horas e 13 problemas de programação. Esse é o resumo do desafio enfrentado pelos estudantes Guilherme Tubone, Gabriel Camargo e Gustavo Soares, que participaram da Maratona Brasileira de Programação. Membros do time Triple G, eles conseguiram medalha de prata e, com isso, se classificaram para a final mundial, que ocorrerá nos dias de 21 a 26 de junho de 2020, em Moscou, Rússia. 

Alunos do curso de bacharelado de Ciências de Computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, os finalistas fazem parte do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA). O grupo realiza atividades ao longo de todo o ano para preparar os estudantes para competições de programação e, no início do próximo mês, de 2 a 6 de dezembro, promoverá um Training Camp para os estudantes interessados em treinar e participar de simulações de desafios de programação. 

O objetivo do Training Camp é apresentar o que é programação competitiva e como estudar para a modalidade, com aulas sobre os tópicos mais usualmente abordados nas diversas competições que existem na área. Para se inscrever gratuitamente e conferir a programação do evento, basta acessar este link: http://gema.icmc.usp.br/camp

Tradição no ICMC – “É muito gratificante poder representar o ICMC e conquistar uma medalha em uma competição desse nível”, diz Guilherme Tubone. O time Triple G ficou na 6ª colocação da final da Maratona Brasileira de Programação, realizada em Campina Grande, na Paraíba, de 7 a 9 de novembro. No total, 55 times participaram da iniciativa.

Times de universidade de todo o Brasil participaram do desafio
A competição é muito intensa. Para se ter uma ideia, das 13 perguntas que deveriam ser respondidas pelos times, duas não tiveram resposta de nenhuma equipe. A prova desafia os alunos nos quesitos de criatividade, capacidade de trabalho em equipe, busca de novas soluções de software e habilidade de resolver problemas sob pressão. Por isso, já é considerada um diferencial no currículo. 

Com a conquista da vaga para a final mundial em 2020, o ICMC estará representado no International Collegiate Programming Contest (ICPC pela sexta vez. "Estamos muito felizes com esse resultado. São três anos consecutivos ganhando medalha e com participações em finais mundiais, isso é uma prova da força do nosso grupo de extensão”, afirmou Samuel Ferreira, técnico do time. Ele foi integrante da equipe do ICMC que venceu a competição brasileira em 2018

Como avisa o vitorioso Gabriel Camargo, depois de cinco anos de dedicação ao GEMA, é preciso se esforçar para obter sucesso nas disputas: "A maior lição que tirei da maratona foi ser perseverante, não deixar de encarar desafios pelo medo de errar. Afinal, ninguém começa bom em alguma coisa, isso leva tempo, esforço e muitos tombos no meio do caminho". 

O ICMC foi uma das cinco instituições que conseguiu classificar dois times para a final brasileira. Outra equipe do Instituto, chamada de Um minuto para o fim do coffee, formada pelos alunos Raphael Medeiros, Andre Fakhoury e Frederico Bulhões, conquistou a 12ª posição na final brasileira. Eles também tiveram como técnico o aluno Samuel Ferreira.

O ICMC foi uma das cinco instituições que conseguiu classificar dois times para a final

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC

Mais informações
Site da Maratona de Programação: http://maratona.ime.usp.br/
Grupo de Estudos da Maratona de Programação (GEMA) no Facebook: https://www.facebook.com/groups/gemaicmc/

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

O melhor time de programação da América Latina é da USP São Carlos

Estudantes de Ciências de Computação conquistaram o primeiro lugar na Maratona de Programação 

Campeões da Maratona de Programação: Cezar, Samuel, Lucas e o técnico Danilo (da esquerda para a direita, com camisetas azuis)

Depois de três anos de muita dedicação, três estudantes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, conquistaram o sonhado primeiro lugar na final brasileira da Maratona de Programação. Formado por Lucas de Oliveira Pacheco, Samuel Santos e Cezar Guimarães, que cursam Ciências de Computação, o time foi comandado pelo técnico Danilo Tedeschi, mestrando do ICMC. 

No total, 746 equipes brasileiras participaram da Maratona Brasileira de Programação, mas apenas 71 foram selecionadas para a etapa final, que aconteceu no dia 10 de novembro, no SENAI Cimatec, em Salvador, na Bahia. Considerando toda América Latina, foram 404 times competindo. Chamado Time do dia 10, a equipe do ICMC conseguiu resolver 10 dos 13 problemas de programação propostos no evento em um tempo menor do que todos os demais times que participaram da disputa em toda a região, o que resultou na conquista do primeiro lugar também entre os times da América Latina. “É sempre uma grande responsabilidade representar o ICMC em uma competição desse nível, estamos muito felizes com o resultado e determinados a continuar treinando para obtermos uma boa colocação no mundial”, conta Samuel. 

É a segunda vez que uma equipe do ICMC é campeã na competição – que está na 23ª edição – e será a quinta vez que um time do Instituto representará o Brasil na final mundial da maratona, o International Collegiate Programming Contest (ICPC), que será realizado na cidade do Porto, em Portugal, de 31 de março a 5 de abril de 2019. “Estamos honrados em poder representar a USP São Carlos no mundial de programação, esperamos manter o alto nível na etapa mundial”, diz Lucas Pacheco. 

71 equipes foram selecionadas para a etapa final da competição

Grupo de Estudos - Todos os participantes da Maratona são membros do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA), que exerce um papel crucial na preparação dos estudantes, possibilitando que se reúnam frequentemente, adquiram novos conhecimentos e formem equipes com alto grau de afinidade. Nas reuniões do grupo, são discutidos aspectos teóricos e práticos que servirão de base para os estudantes resolverem os desafios de programação. “Gostaria de agradecer aos integrantes do GEMA e aos nossos nossos professores, que foram fundamentais para o nosso desempenho. Espero que esse resultado inspire as próximas gerações de estudantes, como a conquista de 2013 nos inspirou”, ressalta Cézar Guimarães. 

Outro time composto por membros do GEMA também participou da final da Maratona e conquistou o 14º lugar. Composto por Victor Forbes, Guilherme Tubone e Lucas Turci, o time foi comandado pelo técnico Rodrigo Weigert. Todos eles são alunos do curso de Ciências de Computação do ICMC. 

Victor, Lucas, Guilherme e Rodrigo (da esquerda para a direita) conquistaram o 14º lugar

“Esses alunos têm como característica gostar de desafio e isso é um diferencial para as grandes empresas de tecnologia, que sempre estão em busca de profissionais capazes de desenvolver soluções inovadoras e com habilidade para assimilar novos conhecimentos de forma fácil e rápida. Eles têm uma excelente base matemática e uma capacidade de programação excepcional”, destaca o professor João Batista Neto, que coordena o GEMA. 

Como as empresas já perceberam que podem se beneficiar diretamente dessa mão de obra altamente qualificada, muitas têm buscado apoiar a participação dos estudantes nas maratonas de programação. Este ano, por exemplo, a Vtex, multinacional brasileira de tecnologia com foco em cloud commerce, arcou com os custos das passagens aéreas de todos os alunos do ICMC que foram a Salvador. Já os custos da ida a Portugal ficarão sob responsabilidade da TFG, empresa de games mobile

“Meu sonho, agora, é conseguir uma empresa para exercer o papel de investidor-anjo do GEMA. Assim, poderemos ter recursos disponíveis durante todo o ano para viabilizar as viagens e os treinamentos dos alunos”, finaliza o professor. 

O professor João Batista Neto com os times do ICMC selecionados para a final da Maratona

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Sobre a final mundial: https://icpc.baylor.edu/

Contato para esta pauta 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Programação é com eles: time da USP São Carlos está entre os melhores da América Latina

Uma das equipes do ICMC levou a medalha de ouro na final nacional da Maratona de Programação, o que garantiu a conquista da terceira melhor colocação entre os competidores da América Latina

No total, 72 times participaram da final nacional da Maratona de Programação

Não seria exagero comparar a grandeza da Usina Hidrelétrica de Itaipu com a dos 72 times brasileiros que participaram da final nacional da Maratona de Programação no último final de semana, dias 11 e 12 de novembro. Mergulhados na resolução de 13 desafios de programação, havia ao menos 288 estudantes, levando em conta que cada equipe possui três competidores e um técnico. 

Entre eles estavam dois times do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, que cruzaram os mais de 900 quilômetros que separam o município do interior paulista da cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, onde ocorreu a competição. Um desses times regressou da jornada com uma recompensa luminosa no peito: a medalha de ouro por ter conquistado o segundo lugar entre as equipes brasileiras, o que assegurou também a obtenção da terceira melhor colocação entre os competidores da América Latina.

O resultado garantiu, ainda, o direito de participar da final mundial da competição em Beijing, na China, de 15 a 20 de abril do próximo ano. “Estamos honrados por poder representar o ICMC e o Brasil nessa importante competição. Faremos nosso melhor para obter um bom resultado", diz Samuel Ferreira, um dos membros do time de ouro.

Além de Samuel, fazem parte do time – chamado de Trei Linha – Lucas Pacheco e Rodrigo Weigert, todos eles estudantes do curso de Ciências de Computação e membros do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA) do ICMC. "Gostaria de ressaltar a importância do ICMC, dos nossos professores e do GEMA para o nosso desempenho. Entramos na universidade com pouquíssimo conhecimento em computação e através do incentivo e excelência deles, pudemos obter tal resultado”, ressalta Samuel.

Time de ouro do ICMC que vai participar da final mundial da competição em Beijing

Os dois técnicos que orientaram a equipe também são do GEMA: Bruno Sanches e Danilo Tedeschi, alunos de mestrado do Instituto. Eles conhecem bem a trajetória de um maratonista-programador ou de um programador-maratonista, pois conquistaram a medalha de ouro na Maratona de Programação em 2015 e já participaram de uma final mundial da competição, realizada na ilha de Phuket, na Tailândia, em maio de 2016. 

“A estratégia de passar o conhecimento obtido nas competições de uma geração de estudantes para outra tem sido muito bem-sucedida, conforme mostram os excelentes resultados alcançados nos últimos anos pelo Instituto”, explica o professor João Batista, que coordena o GEMA. “É um ciclo virtuoso que precisamos manter: os ex-competidores treinam os atuais participantes. Em termos técnicos, os ex-competidores conhecem mais sobre os desafios de programação do que os professores e sabem quais lacunas precisam ser eliminadas para que os estudantes possam seguir adiante”, revela João, que acompanhou os alunos durante o desafio em Foz do Iguaçu. A prova ocorreu no Cine Teatro Barrageiros, que ficou todo colorido por balões porque, a cada problema resolvido durante a competição, a equipe ganha um balão.

Os balões coloridos tomaram conta do Cine Teatro Barragieros

Estímulo para ir além – Outro time formado por membros do GEMA, o Tô Nem Vendo, conquistou o 18º lugar entre as 72 equipes brasileiras da Maratona. Composto por Cezar Guimarães, Guilherme Tubone e Victor Forbes, todos estudantes de Ciências de Computação do ICMC, o time teve como técnico o mestrando Nicolas Oe. 

O sobrenome de Nicolas já é conhecido pela comunidade do ICMC. A irmã dele, Bianca Oe, fez parte do time que trouxe para o ICMC, pela primeira vez, a medalha de ouro da Maratona Brasileira de Programação em 2013. Além de Bianca, participaram da equipe Bruno Adami e Luís Dorelli de Abreu. Atualmente, Bianca está trabalhado na Microsoft, no Canadá, e Luiz, no Google, em Londres. 

“Participar da Maratona de Programação contribui para que os estudantes se preparem melhor para os processos seletivos dessas grandes companhias”, garante o professor João. O técnico Bruno Sanches vai finalizar seu mestrado no ICMC em dezembro e também partirá para a Microsoft, no Canadá. Um dos estudantes que ganharam medalha de ouro este ano, Rodrigo Weigert, começará seu estágio em Belo Horizonte, no Google, já no próximo semestre. Não é à toa que, desde que o GEMA foi criado, em 2007, os estudantes se interessam cada vez mais em fazer parte do grupo.

“O apoio do ICMC tem sido fundamental para o alcance de todas essas conquistas”, finaliza João. A viagem dos times a Foz do Iguaçu foi patrocinada pela diretoria do ICMC e pelo Itaú Unibanco.

Final nacional reuniu times de todos os estados brasileiros, com exceção do Amapá

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Site da Maratona de Programação: http://maratona.ime.usp.br
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 3 de maio de 2017

ICMC é uma das sedes da Olimpíada Brasileira de Informática

Primeira fase da modalidade universitária da competição acontecerá dia 12 de maio no Instituto

Para realizar a prova no ICMC, estudantes devem se inscrever até 11 de maio

As inscrições para a 19ª Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) estão abertas e o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, será uma das sedes que aplicará a prova da primeira fase da modalidade universitária da competição. Essa modalidade é destinada a estudantes que estão cursando o primeiro ano de um curso de graduação pela primeira vez.

Para realizar essa prova no Instituto, os candidatos devem se inscrever, até dia 11 de maio, por meio do formulário eletrônico disponível neste link: icmc.usp.br/e/f2860. Há 60 vagas disponíveis, as quais serão preenchidas segundo a ordem de inscrição. A prova dessa primeira fase acontecerá dia 12 de maio, sexta-feira, no ICMC, das 16 às 18 horas, nos laboratórios 6-303 e 6-304, no bloco 6. 

O objetivo da OBI é despertar nos alunos o interesse pelas ciências de computação por meio de uma atividade que envolve desafio e engenhosidade. A iniciativa segue os mesmos moldes de outras olimpíadas científicas brasileiras, como a de Matemática, a de Física e a de Astronomia, além de ser muito parecida com a Maratona de Programação

A OBI é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Computação, organizada pelo Instituto de Computação da UNICAMP com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No ICMC, a prova será aplicada pelo Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA).

A competição também possibilita a participação de estudantes matriculados no ensino fundamental e médio. Para obter mais detalhes sobre todas as modalidades, bem como acessar o regulamento da OBI e obter informações sobre o que estudar, acesse o site www.obi.org.br.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Foto: Neylor Fabiano – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Formulário de inscrição para fazer a prova no ICMC: icmc.usp.br/e/f2860
Telefone: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

sexta-feira, 7 de abril de 2017

O código para ingressar nas grandes empresas de tecnologia

Ser um bom programador é apenas um dos pré-requisitos para concorrer a uma vaga nas áreas de pesquisa e desenvolvimento das grandes empresas de tecnologia, também é necessário ter fluência em inglês e capacidade para trabalhar em equipe


Da esquerda para a direita: Henrique, Danilo e Bruno são alunos do ICMC
e foram selecionados para atuar na Microsoft

O estudante Henrique Silveira tem apenas 23 anos, mas já tem muita história para contar. Uma plateia escuta atenta seu relato: são cerca de 130 jovens que lotam dois dos maiores laboratórios de informática do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. “No ano passado, eu estava aí no lugar de vocês”, diz ele, revelando que chegou dos Estados Unidos há menos de uma semana, depois de passar três meses estagiando na sede da Microsoft, em Redmond, Washington.

Nesses laboratórios, Henrique deu os primeiros passos rumos a Redmond. Foi aqui que, no ano passado, ele participou de uma competição de programação organizada pela Microsoft e entregou seu currículo a Elizabeth Arredón, recrutadora da empresa na América Latina. Naquele momento, ele não podia imaginar que, no dia 31 de março, um ano depois, estaria novamente no mesmo local, contando para aquela plateia como foi sua experiência.

No telão, as imagens de Henrique em Seattle parecem reluzir os olhos daqueles jovens. Muitos deles têm o sonho de, um dia, atuar em uma grande empresa de tecnologia como a Microsoft. “O que descobri lá é que nós somos muito bem preparados aqui na USP. É claro que a gente precisa aprender muita coisa quando começa a trabalhar em uma empresa, mas todos os fundamentos de que precisamos já temos”, explica Henrique, que está cursando o último ano de Engenharia de Computação, curso oferecido pelo ICMC em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos.

“Eu tive todo o apoio da empresa para desenvolver meu projeto, contei com a supervisão de um mentor e de um gerente. O mais interessante é que tive a chance de ser avaliado pelo que eu fiz lá e consegui provar meu valor”, conta o estudante. No final da apresentação, ele revela que recebeu um convite para voltar a Redmond e que, assim que finalizar seu trabalho de conclusão de curso, trabalhará como engenheiro de software na Microsoft.

Cerca de 130 jovens acompanharam a palestra da Microsoft,
realizada antes do início da competição de programação

A trajetória de sucesso de Henrique não é um caso isolado. Muitos outros estudantes do ICMC têm uma história parecida para contar. Danilo Tedeschi também participou da competição de programação da Microsoft no ano passado e, tal como Henrique, contou para a plateia como foi sua experiência de estágio na empresa: “Não pense que é algo difícil, que você não poderá conseguir porque todos que estão aqui têm capacidade para estagiar lá”. Danilo está cursando o último ano de Ciências de Computação no ICMC e, logo depois, continuará seus estudos fazendo mestrado no Instituto. Por isso, apesar de ser convidado para trabalhar na Microsoft em tempo integral, optou por fazer um segundo período de estágio de três meses no final deste ano para que possa retornar ao ICMC em 2018.

No ano passado, na competição de programação da Microsoft, Danilo conquistou o terceiro lugar no pódio junto com seu time, do qual fizeram parte Tomás Fonseca e Bruno Sanches. Essa equipe representou o ICMC na última edição da Maratona de Programação e se consagrou como a terceira melhor da América Latina. Em maio do ano passado, eles embarcaram para a Tailândia, com o apoio do Google, e disputaram o mundial de programação (ICPC) na ilha de Phuket. Tomás e Bruno também foram contratados pela Microsoft e aguardam apenas a emissão dos últimos documentos para fazer parte da equipe da empresa, que contabiliza 192 mil funcionários no mundo.

Da esquerda para a direita: Bruno, Tomás, Bianca (técnica do time) e Danilo
durante o mundial de programação na ilha de Phuket

Grupo de estudos – Os bons resultados alcançados por Danilo, Tomás e Bruno se devem a um intenso trabalho de preparação que vem sendo realizado pelo Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA). Criado em 2007, o grupo organiza treinamentos em laboratório e reuniões semanais para preparar os estudantes para as competições de programação. Não é à toa que, no desafio proposto pela Microsoft dia 31 de março, das 10 equipes melhor classificadas, sete eram compostas por membros do GEMA.

O estudante Victor Forbes e seu time, todos integrantes do GEMA, conquistaram a primeira colocação na competição. “Eu me interesso muito pela área de aprendizado de máquina e, se receber uma oferta, com certeza vou estagiar na Microsoft. Eles desenvolvem muitas tecnologias interessantes na área de reconhecimento de imagens e de processamento de linguagem natural”, diz Victor, que faz Ciências de Computação no ICMC. No ano passado, ele também fez parte do time que conquistou o primeiro lugar no desafio organizado pela Microsoft.

Este ano, além de Victor, o time vencedor contou com a participação de Cezar Guimaraes e de Nicolas Oe. O sobrenome de Nicolas já é conhecido pela comunidade do ICMC. A irmã dele, Bianca Oe, fez parte do time que trouxe para o ICMC, pela primeira vez, a medalha de ouro da Maratona Brasileira de Programação em 2013. Por causa de Bianca, que está trabalhando na Microsoft, Nicolas começou a fazer mestrado no ICMC e a participar do GEMA, seguindo os passos da irmã. Formado em Ciências de Computação pela Universidade Federal de São Carlos, ele tem 24 anos e está aberto para possibilidades de carreira no futuro, trabalhar em uma grande empresa de tecnologia pode ser uma delas ou atuar na área de animação, um campo que, segundo Nicolas, está em franca expansão no Brasil.

Time vencedor: Nicolas (segundo à esquerda) ao lado de Victor (ao centro) e de Cezar

Já os caminhos que levaram Cezar para o GEMA começaram a ser percorridos quando ele tinha apenas 10 anos e começou a programar: “Meu pai, formado em engenharia elétrica, estimulava aquele hobby porque conhecia um pouco sobre programação”. Antes de ingressar no curso de Ciências de Computação no ICMC, em 2016, Cezar nunca havia ouvido falar sobre competições de programação. Durante a semana de recepção aos calouros, descobriu que o GEMA existia e entrou para o grupo. “Muita gente critica quem participa das competições de programação dizendo que isso não tem aplicação prática porque, na vida real, os problemas não vêm prontos para a gente resolver. O que essas pessoas esquecem é que, resolvendo esses problemas, a gente desenvolve o nosso raciocínio lógico”, explica Cezar. Nicolas completa: “É assim que aprendemos estratégias para resolver problemas, um conhecimento que podemos aplicar em todas as áreas da nossa vida”.

Outro aprendizado relevante destacado pelos dois estudantes está relacionado ao trabalho em equipe. “Na maratona de programação, você precisa confiar muito na sua equipe porque o erro de um poderá derrubar todo o time. Por isso, a gente deve ser capaz de dar suporte aos colegas e suprir os possíveis erros que cometerem”, ensina Nicolas. Com certeza, esse é um aprendizado que contará muitos pontos na hora que esses estudantes se tornarem profissionais, não importa se optem por trabalhar em uma grande, média ou pequena empresa.

Ser um bom programador é apenas um dos pré-requisitos para
concorrer a uma vaga nas grandes empresas de tecnologia

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Crédito das imagens: três primeiras - Denise Casatti; foto do mundial de programação - divulgação; foto com Nicolas, Victor e Cezar - Neylor Fabiano; última imagem - Denise Casatti.

Mais informações
Grupo de Estudos para a Maratona de Programação: www.facebook.com/groups/gemaicmc
Veja como foi o Microsoft Coding Competition no ICMC em 2016: icmc.usp.br/e/def6b
Saiba mais sobre o processo seletivo da Microsoft: https://careers.microsoft.com/students

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E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

ICMC conquista medalha de ouro na Maratona de Programação

Time é o terceiro melhor de toda a América Latina e participará da final mundial, que será realizada no próximo ano na Tailândia

Equipe é formada por Tomás, Bruno e Danilo (da esquerda
 para a direita, de vermelho) e pela técnica Bianca Oe

A consolidação de um ano de muito trabalho e dedicação. É assim que Bruno Sanches define a medalha de ouro conquistada por seu time durante a Maratona de Programação, que aconteceu no último final de semana em São Paulo. O evento consolidou o time do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, como o terceiro melhor da América Latina. Além de Sanches, os estudantes Tomás Fonseca e Danilo Tedeschi também fazem parte da equipe.

A conquista carimbou o passaporte dos estudantes para a Tailândia, já que garantiu uma vaga para o time disputar o mundial de programação no próximo ano, que será realizado entre os dias 15 e 20 de maio, na ilha de Phuket. “Essa medalha é uma conquista do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA)”, destaca Tedeschi. “A maior parte do que sabemos quem nos ensinou foi a Bianca Oe, o Luís Fernando Dorelli e o Bruno Adami durante as reuniões do Grupo”, completa o estudante. Bianca, Dorelli e Adami foram campeões brasileiros na Maratona em 2013 e estão treinando os atuais competidores, contribuído para disseminar a cultura das competições de programação no Instituto. Este ano, Bianca tornou-se a técnica do time do ICMC.

“Nosso maior desafio foi manter a calma. Nós tentamos nos concentrar e fazer a melhor prova que podíamos, sem nos preocuparmos com a posição final que alcançaríamos”, conta Sanches. “O que nos ajudou bastante também é que ninguém tinha expectativas tão altas com a nossa equipe. Nós achávamos que ficaríamos entre a 10ª e 6ª colocação no máximo”, adiciona Tedeschi. “Acho que o principal fator que contribuiu para o nosso resultado foi o trabalho em equipe. É muito importante, em provas como essa, que a equipe tenha certa afinidade. Isso nos levou a superar times com competidores que, individualmente, tinham uma qualidade muito superior à nossa”, revela o estudante.
Bianca, Luís, Tomás, João, Bruno e Danilo durante a abertura
do evento, no vão livre do MASP, em São Paulo

O professor João Batista, que coordena o GEMA, concorda que a afinidade é um fator fundamental durante esse tipo de competição. Na opinião dele, o Grupo exerce um papel crucial nesse aspecto ao reunir os estudantes, permitir que se conheçam, troquem informações e formem equipes com esse alto grau de afinidade. “Nas reuniões descontraídas, são discutidos aspectos teóricos e práticos que servirão de base para os estudantes resolverem a maioria dos problemas. O GEMA também realiza outras ações fundamentais para a formação dos alunos, como os simulados de programação mais avançados e os treinamentos específicos para os calouros”, explica Batista. Segundo o professor, essas ações estimulam os alunos, levando-os a dedicarem horas e horas do tempo livre à resolução de problemas de programação: “Como resultado, temos hoje calouros com conhecimentos avançados de programação, um conteúdo que eles ainda não viram nas disciplinas que cursam na graduação”. 

No total, 639 equipes brasileiras inscreveram-se na Maratona Brasileira de Programação, mas apenas 62 chegaram à final, que aconteceu dias 14 e 15 de novembro, em São Paulo. Considerando-se toda a América Latina, foram 388 times competindo. A equipe do ICMC conseguiu resolver 10 dos 11 problemas propostos na final e obteve o primeiro lugar entre os participantes da região sudeste e o terceiro lugar na América Latina. O desafio agora é continuar a preparação para enfrentar os melhores do mundo na Tailândia.


Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

ICMC destaca-se na Olimpíada Brasileira de Informática

Na modalidade universitária da competição, três estudantes que estão no primeiro ano do curso de Ciências de Computação obtiveram duas medalhas de prata e uma de honra ao mérito

Estudantes participam do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA)

Eles ingressaram este ano no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e conquistaram bons resultados na modalidade universitária da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Os estudantes Lucas Pacheco e Victor Forbes obtiveram, respectivamente, a 3ª e a 5ª melhor classificação, garantindo medalhas de prata na competição. Já Caio Candido recebeu uma honra ao mérito por ter alcançado a 20ª colocação.

Os três estudantes cursam Ciências de Computação no ICMC e participam do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA). “O Grupo já nos ajuda a treinar para maratonas em geral e os nossos técnicos nos incentivaram a participar da OBI”, conta Pacheco, que treinou para a competição por meio de provas de simulação online. 

“A OBI, assim como a Maratona de Programação, é uma competição que desafia os participantes a resolverem problemas que demandam um raciocínio lógico um pouco mais avançado. O estímulo em fazer essas competições está exatamente aí: na busca por uma solução para resolver esses exercícios, o que requer o conhecimento de algum algoritmo novo algumas vezes e, em outros casos, é preciso reconhecer alguns truques”, revela Candido. 



Na opinião do aluno, os conhecimentos adquiridos no ICMC foram fundamentais para alcançar os resultados: “As aulas do ICMC nos forneceram uma forte base sobre programação, ainda mais para quem entrou no Instituto sem saber programar, como é o meu caso. Além disso, o ICMC também financiou e apoiou as equipes que se classificaram para os regionais”.

Para Candido, há muitas vantagens em participar desse tipo de competição. “O treinamento para as maratonas desenvolve um raciocínio rápido e muito amplo, de modo que o aluno fica apto a resolver diferentes tipos de problemas computacionais, uma característica muito requisitada hoje no mercado de trabalho”, explica. Segundo ele, com esse desenvolvimento, o estudante também conquista um melhor desempenho na graduação, aprimorando técnicas e habilidades essenciais para o sucesso no futuro profissional.

A prova da modalidade universitária da OBI é composta por tarefas de programação com níveis variados de dificuldade: há tarefas em que é exigido um conhecimento mínimo de programação e outras que demandam um conhecimento mais avançado, com noções de estruturas de dados, em um nível ensinado no primeiro ano de cursos superiores de computação, engenharia ou em colégios técnicos. A última fase dessa modalidade da competição foi realizada dia 28 de agosto na Unicamp.

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações

Quadro de medalhas da OBI: http://olimpiada.ic.unicamp.br/noticias/qmerito/programacaoU
Grupo de Estudos da Maratona de Programação (GEMA) no Facebook: https://www.facebook.com/groups/gemaicmc
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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Programação: time do ICMC que irá disputar competição nacional vence desafio na UFSCar

Time classificado para a final nacional da Maratona de Programação obteve prêmio de R$ 1 mil durante a Semana de Computação da UFSCar

Eles ficaram com a medalha de prata na etapa regional da Maratona de Programação

Eles vão representar o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, na final nacional da Maratona de Programação, que acontecerá dias 13 e 14 de novembro, em São Paulo. Para se prepararem, esses três alunos do ICMC – Bruno Sanches, Tomás Fonseca e Danilo Tedeschi – estão participando de várias competições simuladas e, na última sexta-feira, 25 de setembro, conquistaram R$ 1 mil depois de resolverem os 10 problemas apresentados no Desafio de Programadores da Semana de Computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Mas essa não é a única conquista que está sendo comemorada por quem se dedica à tarefa de treinar as equipes do Instituto. “O time que ficou em quarto lugar na etapa regional da Maratona de Programação é formado somente por calouros. Há menos de um ano atrás, eles não tinham nenhuma noção do que era programação”, entusiasma-se o professor João Batista Neto. No total, o ICMC levou cinco times para a etapa regional da Maratona, realizada em Araras dia 12 de setembro. 

O professor também está surpreso com a quantidade de alunos que estão participando dos treinamentos oferecidos semanalmente pelo Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA), do qual é coordenador. “Com certeza, sem o GEMA, não teríamos nos classificado para a etapa nacional da maratona de programação e não teríamos ganhado o Desafio de Programadores da UFSCar”, revela Sanches. “O GEMA já é uma iniciativa sólida no Instituto e autogerida pelos próprios alunos. Enxergo aqui um circulo virtuoso: os membros que foram campeões brasileiros em 2013 estão treinando os atuais competidores e há times muito promissores. Quando eles saírem, também treinarão as gerações futuras”, vislumbra Batista Neto.

O time também venceu o Desafio de Programadores da UFSCar

Os campeões brasileiros citados pelo professor são Bianca Oe e Luís Fernando Dorelli, pós-graduandos que têm contribuído para disseminar a cultura das competições de programação no Instituto. O outro membro do time de ouro do ICMC, Bruno Adami, trabalha no Google, em Londres, e também assumiu uma importante função este ano: ajudou a preparar os 12 problemas presentes na prova da etapa regional da Maratona de Programação.

Realizada em 41 sedes regionais, a etapa contou com a participação de 639 equipes provenientes de 209 instituições de todo o Brasil. Foram selecionados 62 times para participar da final nacional. “Cada instituição pode classificar, no máximo, duas equipes para a final nacional. Mas isso é muito difícil, a maioria consegue levar apenas uma equipe. Os cinco times do ICMC que participaram da regional se saíram muito bem de modo geral, conseguindo resolver pelo menos metade dos problemas apresentados”, ressalta Dorelli.

ICMC levou cinco times para a etapa regional da Maratona

Na opinião de Sanches, participar de competições de programação também contribui para melhorar o desempenho dos estudantes em sala de aula: “Além colocarmos em prática alguns conceitos vistos em aula, as competições também ajudam a desenvolver o raciocínio lógico dos participantes. Depois de um tempo treinando para essas provas, você começa a abordar os problemas de maneira mais objetiva, isso ajuda tanto na graduação quanto no futuro profissional”.

A torcida agora é para que o time Bob, do qual participam Sanches, Tomas Fonseca e Danilo Tedeschi – todos eles estudantes do curso de Ciências de Computação – continue a obter bons resultados. “Se considerarmos todos os times brasileiros que participaram das regionais, eles estão entre as dez melhores equipes do Brasil”, conta Dorelli. “As competições podem parecer muito difíceis a princípio, pois realmente são. Porém, com o passar do tempo, você vai ganhando experiência e conhecimento. Nunca vai ficar fácil, mas pelo menos já não é tão difícil quanto era no início. O mais importante de tudo é que nunca deixa de ser divertido”, finaliza Sanches.

Competições trazem aprendizados que serão úteis tanto na graduação quanto no futuro profissional

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Grupo de Estudos da Maratona de Programação (GEMA) no Facebook: https://www.facebook.com/groups/gemaicmc
Site da Maratona de Programação: http://maratona.ime.usp.br
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Venha participar da Maratona de Programação no ICMC

Alunos de graduação e pós-graduação da USP em São Carlos podem se inscrever até 14 de agosto; no ano passado, a equipe do Instituto venceu a competição brasileira e ficou em 69º lugar no mundo

Equipe do ICMC participou da final mundial na Rússia em junho
Eles estão entre as 69 melhores equipes do mundo quando o papo é Maratona de Programação. Formada pelos cientistas de computação Bianca Oe, Bruno Adami e Luis Fernando de Abreu – sob a regência do técnico Filipe Nascimento –, a equipe Ñtemtempabobagi alcançou essa colocação depois de enfrentar 122 concorrentes na última edição da Maratona Mundial de Programação (International Collegiate Programming Contest – ICPC), ocorrida na Rússia, em junho. Mas antes de chegar lá, eles venceram 585 concorrentes e conquistaram a primeira colocação na Maratona Brasileira de Programação. Agora, o desafio deles é outro: angariar mais alunos para participar da iniciativa e manter o ICMC entre os melhores times do Brasil.

Quem quiser fazer parte dessa história de sucesso, precisa se inscrever até 14 de agosto por meio de formulário eletrônico disponível aqui: icmc.usp.br/e/20d90. Podem participar alunos de graduação e pós-graduação da USP, em São Carlos, independentemente do curso em que estejam matriculados. Também é preciso ter iniciado os estudos universitários em 2010 ou posteriormente, levando-se em conta a entrada no primeiro curso de graduação, ou ter nascido a partir de 1991 (confira os critérios no site http://maratona.ime.usp.br/regras14.html).

O processo seletivo será realizado em duas etapas. Cada prova conterá cerca de 7 problemas a serem resolvidos de forma individual durante 4 horas. Na primeira prova, que ocorrerá dia 17 de agosto, um número específico de alunos será selecionado para ir diretamente à fase regional da Maratona, a ser realizada dia 13 de setembro. Aqueles que não forem selecionados na primeira prova terão uma nova chance na segunda etapa, que acontece dia 23 de agosto.

As regras que definem a classificação final, após as duas etapas, serão divulgadas depois do período de inscrições. No final do processo, os 15 melhores colocados estarão classificados para formar equipes compostas por 3 alunos para representar a USP São Carlos na Maratona de Programação. Dependendo da performance dos candidatos, poderão ser selecionados até 18 alunos. Detalhes como os horários e locais das provas serão enviados por e-mail aos inscritos.

Treinamento e muito esforço – A chegada do ICMC ao primeiro lugar no pódio brasileiro da Maratona de Programação e a ida da equipe ao ICPC é resultado de um trabalho que vem acontecendo desde 1996. No gráfico a seguir, é possível acompanhar a evolução da participação do Instituto na competição desde 2007. “É notável o crescimento do ICMC nos últimos anos, quando o Instituto saltou de posições intermediárias (15º a 27º) para as primeiras posições do ranking”, constatou o professor do ICMC Gustavo Batista.



De acordo com o professor, entre os motivos que levaram a essa evolução está a criação do Grupo de Estudos da Maratona de Programação (GEMA) em 2007, o qual realiza, durante todo o ano, treinamentos em laboratório e reuniões semanais. “Acredito que, assim como levou tempo para dominarmos a competição nacional, também levará tempo para que possamos nos sair melhor no mundial. Vamos precisar participar duas, três, quatro vezes até que possamos compreender melhor como funciona essa prova e quais são suas tendências”, opinou.

A prova deste ano do ICPC, segundo Bruno Adami, foi a mais difícil de todos os tempos: o time campeão resolveu apenas 7 dos 12 problemas propostos. “Nossa equipe foi bem e, este ano, os times brasileiros se esforçaram para treinar juntos com a finalidade de elevar o nível do nosso país na competição. O resultado final mostra que a colaboração é o caminho para conseguirmos um resultado expressivo no futuro”, afirma Bruno.

Nesse contexto, fica a valiosa dica do técnico Filipe Nascimento: “Treine muito e não se sinta frustrado facilmente. Se fosse fácil, não haveria competições”. A recomendação dos competidores para quiser treinar antes das provas é resolver exercícios disponibilizados no site SPOJ (https://www.spoj.pl), participar de disputas no CodeForces (http://codeforces.com) e TopCoder (http://topcoder.com). Como livro de apoio, indicam Competitive Programming (https://sites.google.com/site/stevenhalim/).

Vantagem no currículo – Mas, afinal, qual vantagem um estudante tem ao participar desse tipo de competição? “Antes de entrar para a maratona, eu tinha sido reprovado em 4 matérias. Depois, não reprovei em nenhuma. Estudar ficou mais fácil e comecei a gostar disso”, confessou Bruno. Ele e seus colegas de equipe participam das maratonas desde quando começaram a cursar Ciências de Computação no ICMC. 

Da esquerda para a direita: professor Gustavo, Bruno, Bianca, Luis e o técnico Filipe
Segundo o professor Gustavo, a maioria das grandes empresas da área de tecnologia, como Google e Facebook, por exemplo, aplicam em seus processos de seleção questões muito similares às que aparecem nas maratonas de programação. Dessa forma, participar das disputas passa a ser também uma vantagem competitiva no mercado de trabalho.

Não é à toa que todos os membros da equipe do ICMC que foram à Rússia carregam a marca do Google ou do Facebook em seus currículos. Todos eles se formaram em 2013. Luis Fernando estagiou durante três meses no Facebook em Palo Alto, nos Estados Unidos e, atualmente, faz mestrado no ICMC. Bianca também é mestranda no Instituto e, assim como Bruno, estagiou no Google nos Estados Unidos. Mas Bianca passou sua temporada de três meses na empresa em Mountain View, enquanto Bruno ficou em Nova York. Após esse período de estágio, Bruno foi contratado e, em breve, vai se mudar para Belo Horizonte.

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Site da Maratona de Programação: http://maratona.ime.usp.br/
Formulário para inscrições: icmc.usp.br/e/20d90
Grupo de Estudos da Maratona de Programação (GEMA) no Facebook: https://www.facebook.com/groups/gemaicmc/