quinta-feira, 30 de junho de 2016

Escola Brasileira de Probabilidade acontece de 4 a 9 de julho no ICMC

Discutir o futuro da pesquisa na área de probabilidade é uma das metas dos pesquisadores que participarão da 20ª edição do evento


A probabilidade estará no centro das discussões a partir da próxima segunda-feira, 4 de julho, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. É quando começa a Escola Brasileira de Probabilidade, um evento internacional e tradicional nessa área de pesquisa, que está em sua 20ª edição e acontecerá pela primeira vez no Instituto.

Criada com o intuito de se tornar um fórum de discussões para os pesquisadores da área, estimulando a troca de experiências e o estabelecimento de novas colaborações, a Escola também é uma oportunidade para os estudantes que desejam atuar nesse campo iniciarem sua trajetória acadêmica. “Ao longo dos anos, a participação dos pesquisadores estrangeiros no evento foi aumentando. Hoje, a Escola é fundamental para quem atua na área e contribui para definir as orientações e interesses dos participantes”, revela o professor Paulo da Veiga, do ICMC. Veiga coordena a iniciativa juntamente com os professores Roberto Imbuzeiro, do  Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), e Luiz Renato Fontes, do Instituto de Matemática e Estatística da USP.

Minicursos, palestras, sessões plenárias e de pôsteres fazem parte da programação do evento, que se encerrará sábado, 9 de julho. Entre os destaques da programação está a palestra Periodic Orbits for Stationary Hamiltonian Systems I, que será ministrada pelo professor Fraydoun Rezakhanlou, da Universidade da Califórnia, Berkerley, na segunda-feira, dia 4, a partir das 15 horas. Outro destaque é a palestra Set estimation from reflected Brownian motion, do professor Ricardo Fraiman, da Universidade da República, do Uruguai, que será ministrada na quinta, dia 7, também a partir das 15 horas. 

As inscrições podem ser realizadas por meio do site da Escola ou no credenciamento para o evento, no dia 4, a partir das 9 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC. A taxa varia de R$ 350,00 (estudantes, mestres e doutorandos) a R$ 500,00 (demais pesquisadores). Realizada pelo ICMC e pelo IMPA, a Escola conta com o apoio de diversas instituições, tais como Bernoulli Society, Capes, CNPq, FAPEMIG, FAPERJ e FAPESP.



Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373-9622
E-mail: ebp@impa.br

Inscrições abertas para o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência



Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O Programa é destinado aos alunos dos cursos de Licenciatura em Matemática e de Licenciatura em Ciências Exatas (núcleo geral ou habilitação em Matemática) que estejam cursando a partir do terceiro semestre. As atividades começarão no segundo semestre de 2016 e as inscrições, que são gratuitas, podem ser realizadas até o dia 6 de julho.

O valor da bolsa é de R$ 400,00 e, durante o período de sua vigência, o bolsista deverá dedicar-se, no mínimo, 30 horas mensais às atividades do Programa. A concessão das bolsas obedecerá a critérios classificatórios que envolvem entrevista, análise de histórico escolar e disponibilidade do candidato. As entrevistas acontecerão no dia 8 de julho e, até o dia anterior, serão divulgados os horários de cada uma delas. Já a divulgação dos selecionados acontecerá no dia 9 de julho.

Os interessados devem preencher a ficha de inscrição e enviá-la, por e-mail, à professora Esther Prado (estherprado2@gmail.com), juntamente com o histórico escolar completo (incluindo as reprovações). O e-mail deve conter como assunto Processo seletivo PIBID 2s 2016. Para acessar o edital completo e ter acesso à ficha de inscrição, clique aqui.

Sobre o Pidid - O Programa é uma iniciativa da Capes para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. São concedidas bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino. Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.

Mais informações
Edital do Programa e ficha de inscrição: icmc.usp.br/e/ad1ba
E-mail: estherprado2@gmail.com

terça-feira, 28 de junho de 2016

Aluno do ICMC participa de projeto que propõe ampliar acesso de pessoas com deficiência ao mercado de trabalho

Estudante do curso de Engenharia de Computação contribuiu com o desenvolvimento de iniciativa para a cidade de Barueri, que é finalista na competição internacional Mayors Challenge 2016




Barueri é uma das 20 cidades na América Latina e Caribe selecionadas como finalistas no Mayors Challenge 2016, promovido pela Bloomberg Philanthropies, uma competição que incentiva as cidades a desenvolverem ideias inovadoras para resolver problemas urbanos, melhorar a vida dos cidadãos e que tenham potencial para serem reproduzidas em outros locais. O município está concorrendo ao primeiro prêmio de USD 5 milhões e a quatro prêmios de USD 1 milhão, que serão entregues no final deste ano.

O projeto que levou a cidade a estar entre as finalistas foi desenvolvido com a colaboração de cinco estudantes da USP, em São Carlos. Entre eles está Murilo Pratavieira, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). Ele é aluno de Engenharia de Computação, curso oferecido em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Também participaram do projeto mais quatro alunos do curso de Engenharia Civil da EESC: Ana Luiza Santos de Sá, Gabriela Nicoleti de Freitas, Guilherme Rocha Eller e Lucas Bello Gonçalves.

O projeto propõe aumentar o acesso ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência com a criação de uma rede física e virtual para melhorar a capacitação para o trabalho, analisar as condições dos locais de trabalho e prestar assistência técnica aos empregadores e candidatos a emprego. A proposta é unir uma ferramenta tecnológica (plataforma digital) e uma equipe interdisciplinar para permitir o cruzamento de informações de vagas de trabalho com as habilidades vocacionais da pessoa com deficiência, tendo como retaguarda instituições educativas destinadas à capacitação. Isso possibilitará o planejamento de estratégias e ações, de acordo com os requisitos da pessoa com deficiência, do mercado e das instituições educativas.

O projeto apresentado por Barueri foi selecionado entre 290 propostas cadastradas. O município é uma das cinco cidades do Brasil concorrendo ao primeiro prêmio, as outras são Corumbá (MS), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). As 20 ideias finalistas foram avaliadas segundo quatro critérios básicos: visão, potencial de impacto, plano de implementação e possibilidade de serem reproduzidas em outras cidades. A equipe de Barueri e das outras finalistas participarão de um evento de dois dias em Bogotá, na Colômbia, o Bloomberg Philanthropies’ Ideas Camp, na qual trabalharão com especialistas e cidades congêneres para melhorar ainda mais suas propostas.

"Recebemos uma quantidade tão grande de boas ideias para este Mayors Challenge que escolher apenas 20 finalistas já foi, por si, um grande desafio. Essas ideias realmente captam a diversidade da região e a criatividade e compromisso de seus líderes e cidadãos em melhorar as cidades. Cada uma delas tem potencial de melhorar as vidas dos residentes locais e, caso funcionem, de serem amplamente difundidas", disse Michael Bloomberg, fundador da Bloomberg Philanthropies e três vezes prefeito da cidade de Nova Iorque (EUA). “Estamos animados para trabalhar com Barueri em sua proposta e concorrer ao primeiro prêmio”, finalizou.

Com informações da Assessoria de Comunicação da EESC e da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Barueri

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Palestras da semana - 27 de junho a 4 de julho




Seminários de Singularidades
The Reeb graph of a map germ from R3 to R2
Palestrante: Érica Batista
Quando: segunda-feira, 27 de junho, às 14h
Onde: sala 3-011
Clique aqui para ver o resumo
---------

Seminários do Grupo de Topologia do Interior
Some applications of Set Theory, episode III: Associations between compact Hausdorff spaces and Banach spaces and some interesting classes
Palestrante: Juan Francisco Camasca Fernandez
Quando: segunda-feira, 27 de junho, às 19h
Onde: sala 3-104
Clique aqui para ver o resumo
---------

Seminários de Álgebra
Generalized derivations determined by action on zero products.
Palestrante: Mateja Grasic
Quando: segunda-feira, 27 de junho, às 16h
Onde: sala 3-103
Clique aqui para ver o resumo
---------

Seminários de Álgebra
The use of computer algebra systems in abstract algebra.
Palestrante: Dusan  Pagon
Quando: segunda-feira, 27 de junho, às 16h
Onde: sala 3-103
Clique aqui para ver o resumo
---------

Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Inscrições abertas para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática do ICMC


Estão abertas, até o dia 15 de julho, as inscrições para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática (SMA) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. As monitorias começam em agosto e têm duração de 4 meses.

Para se candidatar, os alunos devem estar na graduação ou pós-graduação, não podem ter outras bolsas e precisam ter cursado a disciplina que irão atuar ou equivalente. Serão 8 horas semanais de monitoria com bolsa no valor de R$ 300,00 mensais.

Os interessados deverão se inscrever por meio de formulário online (icmc.usp.br/e/7486e) e enviar, para o e-mail sma@icmc.usp.br o histórico escolar atualizado (formato PDF), que pode ser obtido pelo Sistema Júpiter, Fênix ou Janus, e uma foto 3x4 digitalizada. Confira as disciplinas disponíveis para monitoria neste link: icmc.usp.br/e/d5390

Mais informações
Telefones SMA: (16) 3373-9711 ou 3373-9621
E-mail: sma@icmc.usp.br

Defesas e qualificações da semana - 27 de junho a 1 de julho


Defesa de Doutorado em Matemática
Sistemas semidinâmicos dissipativos com impulsos
Aluna: Jaqueline da Costa Ferreira
Orientador: Everaldo de Mello Bonotto
Quando: segunda-feira, 27 de junho, às 10h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
------------------

Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Detecção de patologias em plantações de eucaliptos com aprendizado de máquina
Aluno: Matheus Della Croce Oliveira
Orientador: Denis Fernando Wolf
Quando: segunda-feira, 27 de junho, às 16h
Onde: sala 3-002
------------------

Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Recomendação Baseada em Múltiplas Interações Utilizando Abordagens de Agrupamento de Dados
Aluno: Arthur Fortes da Costa
Orientador: Ricardo José Gabrielli Barreto Campello
Coorientador: Marcelo Garcia Manzato
Quando: terça-feira, 28 de junho, às 9h
Onde: sala 3-002
------------------

Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Programação de múltiplos cross-docks com múltiplas docas
Aluna: Pâmella Sátiko Miyazaki Tenório
Orientadora: Franklina Maria Bragion de Toledo
Quando: sexta-feira, 1 de julho, às 10h
Onde: sala 3-002
------------------

Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quinta-feira, 23 de junho de 2016

ICMC oferece curso sobre manual de desenvolvimento para aplicações web


Estão abertas as inscrições para o curso gratuito Tópicos avançados de PHP aplicados na construção padronizada de softwares abertos, que será oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, entre os dias 5 e 7 de julho. Há 25 vagas disponíveis e as inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de junho por meio do Sistema Apolo.

Voltado para servidores e alunos do Instituto, o curso tem como objetivo proporcionar formação e conhecimento sobre os tópicos abordados pelo Manual de Desenvolvimento para Aplicações Web e Sistemas da Seção Técnica de Informática do ICMC, apresentando conceitos, técnicas e procedimentos instituídos pelo Manual.

As aulas acontecerão das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas na sala 1-004 do Instituto e serão ministradas pelo professor do ICMC Francisco Monaco e pelos funcionários Erick Previato e Igor Custódio. Confira, abaixo, os tópicos que serão abordados durante o curso:
  • Manual de Desenvolvimento para Aplicações Web da STI/ICMC 
  • Licenciamento de software 
  • Introdução ao desenvolvimento com framework PHP CodeIgniter 
  • Introdução ao Bootstrap / Jquery 
  • Introdução ao PHP PEAR 
Mais informações
Link para inscrições: icmc.usp.br/e/7f72fComissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373-9146
Email: ccex@icmc.usp.br

terça-feira, 21 de junho de 2016

Uma oportunidade para quem ensina matemática compartilhar aprendizados e superar desafios

Na busca por estratégias para aprimorar o processo de ensino e aprendizagem, educadores trocam experiências e conhecem projetos durante encontro realizado no ICMC

Oficinas, palestras, relatos de experiências, mostras de trabalho e sessões de pôsteres:
evento movimentou professores e futuros professores durante três dias

“Quando fui desafiada, descobri que é possível dar aulas de matemática de um jeito diferente. É viável produzir materiais simples em pouco tempo e fazer os alunos participarem do processo de criação da matemática”, revela a estudante Raissa Moda, que está no último ano do curso de Licenciatura em Ciências Exatas na USP, em São Carlos. O desafio a que Raissa se refere surgiu a partir do momento em que ela ingressou no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e, pela primeira vez, precisou participar de todas as etapas do trabalho realizado por um professor em uma escola pública de educação básica: preparou a sequência de aulas que iria ministrar, aplicou aos alunos a proposta e, depois, fez uma reflexão sobre os resultados alcançados. 

Para Raíssa, foi uma experiência única, diferente de todas as atividades de que ela já havia participado na Universidade. Sob a supervisão da professora Esther Prado Rodrigues, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), a estudante teve a oportunidade de preparar, aplicar e avaliar quatro sequências de aulas, já que participa do Pibid desde agosto do ano passado. Durante o 1º Encontro de Educadores que Ensinam Matemática, realizado entre os dias 9 e 11 de junho no ICMC, ela compartilhou alguns aprendizados que obteve. 

Nas mãos da plateia que assistia ao evento, destacavam-se triângulos feitos com canudinhos. Era irresistível não mexer naquele simples objeto, esticando e recuando os lados para ver o triângulo se transformar e seus ângulos expandirem e contraírem, num jogo de vaivém em que os dois canudos, unidos pela linha que passa no meio de cada um, não se desgrudavam. Era assim que a mágica da matemática se construía na sala de aula quando Raíssa e seus dois colegas de projeto e de curso – Luís Salles e Dayana Santos – empregavam esse material manipulativo para explicar alguns conceitos fundamentais sobre triângulos e suas classificações, terminando com as considerações sobre o famoso Teorema de Pitágoras.

Raissa e o triângulo feito com canudinhos: tentativa de fazer estudantes
participarem do processo de construção do conhecimento

“Quando você escreve conceitos na lousa, muitos alunos ficam na dúvida: será que é isso mesmo? Ter um material e mostrar na prática o que você está dizendo faz o aluno conseguir enxergar na hora aquele conceito”, diz Raissa. “A atividade não serve apenas para comprovar uma coisa que já foi dita, mas também para estimular a criatividade do aluno. Sem que o professor precise lhe dizer, ele é capaz de estabelecer diferenças e semelhanças, participando da formulação do próprio conhecimento”, completa a estudante.

Motivar os alunos nessa construção do aprendizado também foi a proposta da oficina Trabalhando com estatística no ensino fundamental, ministrada pelas doutorandas Betina Cambi e Maria Carolina Magnus, do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “A gente parte de um tema de interesse dos alunos, algo que gere curiosidade para eles e aproveitamos isso para criar uma pesquisa”, explica Maria Carolina. “A ideia é que o aluno participe de todo o processo, desde a criação das hipóteses, a construção da ferramenta de pesquisa, a representação dos dados coletados, a análise desses dados até chegar à refutação ou não das hipóteses”, completa Betina. Elas mostraram um exemplo da aplicação da metodologia em sala de aula com crianças que estão nos anos iniciais para identificar a preferência por animais de estimação. 

“Para mim, essa dica de deixar as hipóteses claras para os alunos desde o início do processo dá um colorido diferente para a pesquisa”, explica Rosângela Rossi enquanto participa da oficina. Ela é professora de matemática na rede pública e particular de ensino em Tatuí e conta que vai passar a usar a metodologia em sala de aula. “Achei interessante a proposta de trabalhar com as questões qualitativas da pesquisa e não só as quantitativas”, revelou Márcia Tassone, que atua na rede estadual de ensino como professora de matemática em São João da Boa Vista e como diretora em Aguaí.

Márcia (à esquerda) e Rosângela na oficina Trabalhando com estatística no ensino fundamental

Facilitando o aprendizado – A abertura do 1º Encontro de educadores que ensinam matemática foi marcada por duas palestras que levaram a plateia a refletir sobre o uso da tecnologia na sala de aula e a respeito da inclusão nas escolas. O professor Leonardo Perez, que dá aulas de matemática na Escola Sesi 108 de São Carlos e no Colégio Oca dos Curumins, mostrou o projeto que desenvolveu durante seu mestrado profissional em matemática (PROFMAT) no ICMC. Ao tornar o ensino de geometria mais atraente para jovens do 7º ano do ensino fundamental usando jogos digitais e outros instrumentos tecnológicos, Leonardo conseguiu observar, durante as avaliações, uma melhora significativa no desempenho dos estudantes que apresentavam dificuldades de aprendizagem.

Já a psicóloga Nathalia Manoni, que atua há 12 anos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Carlos, explicou como é possível estruturar o ensino para que as crianças autistas possam ser incluídas no processo de aprendizagem. “No ensino estruturado, procuramos entender os problemas que o autismo causa para que possamos criar oportunidade de resolvê-los de forma funcional, mudando a forma como os estímulos são apresentados”, afirmou Nathalia. Nos vários exemplos de adaptações que podem ser realizadas nas salas de aula, a psicóloga destacou a necessidade de usar recursos visuais e de organizar as tarefas de forma sequencial e por níveis de complexidade: “A previsibilidade organiza a mente caótica do autista”. Ela ressaltou, ainda, a importância de identificar quais são os interesses particulares que chamam a atenção de cada criança autista para que o professor possa favorecer o desenvolvimento de novas habilidades a partir desses interesses. 

“Tanto o projeto do Leonardo quanto o trabalho da Nathalia lançam luz sobre como podemos lidar com as crianças que apresentam dificuldades de aprendizado, empregando diferentes recursos”, disse a professora Miriam Utsumi, do ICMC, uma das coordenadoras do evento. Ela se surpreendeu com o número de participantes nesse 1º Encontro, que contou com 70 inscritos: “Esperamos que esse seja o primeiro de muitos outros eventos que acontecerão aqui no ICMC com esse objetivo de trazer os professores da educação básica para interagirem com nossos alunos e professores”.

Na abertura do Encontro, a professora do ICMC Janete Simal, que também coordenou o evento, relembrou um episódio em que disse a seus alunos que o professor é alguém que fica feliz à custa de pequenas migalhas: “Mas no dia seguinte, quando estava dando uma aula e ouvi aquele som maravilhoso de um de meus alunos dizendo ´Ah, entendi´, percebi que não são migalhas, são pepitas de ouro que a gente tenta garimpar. Esse evento é maravilhoso porque traz aqui esses mineradores que acreditam nas pepitas de ouro”. 

Para a professora Edna Zuffi, que representou o diretor do ICMC na abertura do Encontro, a educação possibilita oferecer às pessoas ferramentas para que se tornem criativas, esperançosas e tenham instrumentos para modificar suas vida e, consequentemente, a situação do Brasil. “Que esse seja um espaço para a construção de novos conhecimentos. Lembrem-se de que o fim maior é levar esses conhecimentos para seus alunos na sala de aula, porque as nossas crianças e jovens merecem a oportunidade de se transformarem e de transformarem o nosso país”, finalizou. 

Janete, Edna, Esther e Miriam (da esquerda para a direita) durante a abertura do Encontro

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Crédito das imagens: primeira foto - Reinaldo Mizutani; demais imagens - Denise Casatti

Mais informações
Álbum de fotos no Flickr: icmc.usp.br/e/f5721
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

Inscrições abertas para Ênfase em Mecânica dos Fluidos Computacional no ICMC


O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, está com inscrições abertas, até o dia 1º de julho, para a Ênfase em Mecânica dos Fluidos Computacional. São oferecidas 10 vagas para os estudantes que queiram complementar sua formação. 

Podem participar do processo seletivo todos os alunos de graduação da USP, em São Carlos, que possuam média geral igual ou superior a 7,0. Para se inscrever, os interessados deverão apresentar, no Departamento de Matemática Aplicada e Estatística, uma cópia do histórico escolar atualizado (versão impressa do sistema Júpiter).

Mais informações
Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do ICMC: (16) 3373.8121 ou 3373.9175
E-mail: sme@icmc.usp.br

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Palestras da semana - 20 a 27 de junho



Seminários de Topologia do Interior
Bornologies, hyperspaces and covering properties
Palestrante: Renan M. Mezabarba
Quando: segunda-feira, 20 de junho, às 19h
Onde: sala 3-104
Clique aqui para ver o resumo
---------

Workshop de Teses e Dissertações
O fantasma do plágio na redação científica
Palestrante:  Marcelo Krokoscz  (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado)
Quando: quarta-feira, 22 de junho, às 14h
Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001)
Clique aqui para ver o resumo
---------

Colóquio de Matemática
Hilbert's 16th problem
Palestrante: Jaume Llibre (Universitat Autonoma de Barcelona)
Quando: sexta-feira, 24 de junho, às 14h
Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001)
Clique aqui para ver o resumo
---------

Seminários de Probabilidades e Sistemas Complexos
Mecânica Estatística e o Argumento de Peierls
Palestrante:Michael O'Carroll
Quando: sexta-feira, 24 de junho, às 16h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
---------

Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

Aluno do ICMC utiliza técnica para classificar sentimentos de usuários no Instagram

Por meio da análise de textos e imagens é possível determinar se postagens são positivas ou negativas



Pesquisa de Gabriel rendeu prêmio de melhor projeto durante
intercâmbio realizado em universidade norte-americana

Como descobrir se os cidadãos de uma cidade ou de um país estão satisfeitos com os serviços oferecidos por uma instituição? A rede social é um bom caminho para sanar essa dúvida e foi com esse propósito que o aluno de graduação Gabriel Giancristofaro, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, utilizou uma técnica computacional que pode determinar, automaticamente, se os usuários do Instagram estão felizes ou insatisfeitos com alguma entidade, através da análise de infinitas postagens ou comentários. Seu projeto foi premiado na Universidade do Estado da Califórnia, campus de Fullerton, onde o estudante realizou intercâmbio. 

O modelo funciona da seguinte forma: por meio de um algoritmo, sequência de comandos que é passada para o computador a fim de definir uma tarefa, é possível analisar as imagens e textos (legendas e comentários) que são postados na rede social e classificá-los como positivos ou negativos. Tomamos como exemplo uma loja de eletrodomésticos que deseja medir o grau de aceitação dos clientes com seus produtos. Para que isso seja possível, a empresa deve apenas criar uma hashtag (palavra-chave antecedida pelo símbolo #) que remeta à loja ou ao produto vendido e, toda vez que um ou outro for mencionado, automaticamente o que foi publicado será coletado e classificado. 

“O computador conta quantas palavras tem cada frase e identifica, por exemplo, se o usuário escreveu termos ofensivos, elogios, algo em maiúsculo, ou então se repetiu alguma letra para dar ênfase a um argumento”, explica o estudante de Ciências de Computação. Gabriel fala ainda sobre a importância de analisar as imagens juntamente com os textos das postagens: “Nós fazemos essa junção para que o resultado seja mais próximo da verdade, tendo em vista que, às vezes, a pessoa está sendo irônica no texto”. O aluno diz que existem muitos trabalhos que analisam somente textos e a inclusão de imagens é a maior contribuição de sua pesquisa: “Esse estudo conseguiu concluir que a análise dos dois juntos melhora a classificação dos sentimentos dos usuários”. 

Publicação elogia serviço de limpeza em rodovia interestadual da Califórnia

Como tudo começou - Gabriel foi selecionado em novembro do ano passado para realizar um intercâmbio na Universidade do Estado da Califórnia, com o objetivo de desenvolver seu trabalho de conclusão de curso. A ideia de realizar o projeto surgiu depois que ele fez iniciação científica com o professor Jó Ueyama do ICMC. Com a ajuda do docente, o estudante entrou em contato com o pesquisador norte-americano Anand Panangadan, que se tornou seu orientador.

Sua pesquisa, que faz parte da área de aprendizado de máquinas, foi aplicada especificamente ao Departamento de Trânsito da Califórnia, que fazia o uso da #Caltrans. “Uma professora e uma aluna da área de comunicação da Universidade Politécnica do Estado da Califórnia, campus de Pomona, estavam conduzindo um estudo para descobrir como as pessoas enxergavam essa instituição de trânsito. O problema é que elas faziam a classificação dos comentários manualmente e em pequenas quantidades. Então, a gente se ajudou: eu ofereci o método para elas e, em troca, elas me passavam os dados”, conta o aluno que se forma no final deste ano.

O projeto Predizendo sentimentos em postagens de redes sociais com base em características visuais e textuais ganhou o prêmio Best in college, que contempla anualmente o melhor projeto entre alunos de graduação dos cursos de computação da Universidade norte-americana. Gabriel chegou aos Estados Unidos em janeiro para ficar um semestre desenvolvendo seu trabalho. Além disso, o aluno cursou três disciplinas interdisciplinares, que eram ligadas a negócios, tecnologias na engenharia de computação e segurança na computação. Durante o período de estada no exterior, recebeu uma bolsa do Banco Santander para arcar com os custos do intercâmbio.

“A experiência fora do Brasil mudou a visão que eu tinha do curso e do mercado de trabalho. O contato com outras pessoas, com os professores, faz com que você abra a cabeça. Para mim, foi algo que confirmou meu desejo de seguir na área de pesquisa”, afirma o estudante. Para ele, o sucesso de seu trabalho tem uma explicação: “Acredito que o diferencial foi eu ter buscado dar um sentido ao intercâmbio e não viajar apenas para passear ou aprender uma nova língua. Isso contribuiu para que o resultado fosse melhor”, finaliza o aluno. Ele redigiu um trabalho de conclusão de curso sobre seu projeto e o apresentará nesta terça-feira, 21 de junho, às 9h20, na sala 3-103 do ICMC, quando será avaliado por uma banca examinadora.

Postagem critica erros de ortografia em placa de sinalização do Departamento de Trânsito da Califórnia

Parceria – O contato feito pela Comissão de Relações Internacionais do ICMC (CRInt) com a Universidade do Estado da Califórnia para o intercâmbio de Gabriel possibilitou o estreitamento da relação entre as duas instituições. Em dezembro de 2015, membros da Universidade norte-americana visitaram o ICMC pela primeira vez e puderam conhecer um pouco mais sobre o Instituto.

Em maio deste ano, eles voltaram para a realização de um workshop, a fim de discutir possíveis contribuições entre as entidades. Professores do Instituto apresentaram suas áreas de pesquisa e encaminharam um acordo de intercâmbio para alunos de graduação e pós-graduação. A expectativa é que muitos outros estudantes possam entrar por essa porta de oportunidades que foi aberta por Gabriel.


Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação ICMC/USP


Mais informações
Assessoria de Imprensa do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Defesas e qualificações da semana - 20 a 24 de junho


Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Contribuições ao teste de cobertura de aplicações CUDA
Aluno: Helder Jefferson Ferreira da Luz
Orientador: Paulo Sergio Lopes de Souza
Quando: segunda-feira, 20 de junho, às 16h
Onde: sala 3-002
------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Noise detection in classification problems
Aluno: Luís Paulo Faina Garcia
Orientador: André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho
Quando: quarta-feira, 22 de junho, às 9h
Onde: sala 3-002
------------------

Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
FlexPersuade - Explorando uma abordagem flexível em softwares de persuasão: um estudo de caso com players de música
Aluno: Leandro Yukio Mano Alves
Orientador: Jó Ueyama
Quando: quarta-feira, 22 de junho, às 14h
Onde: sala 3-104
------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Eliminação de ruídos e retoque digital em imagens com textura via difusão anisotrópica
Aluno: Marcos Proença de Almeida
Orientador: Antonio Castelo Filho
Quando: quinta-feira, 23 de junho, às 16h
Onde: sala 3-002
------------------


Defesa de Mestrado em Matemática
Grafos e aplicações de Gauss estáveis
Aluno: Flavio Henrique de Oliveira
Orientadora: Ana Claudia Nabarro
Quando: sexta-feira, 24 de junho, às 10h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Estudo de métodos de interface imersa para as equações de Navier-Stokes
Aluna: Gabriela Aparecida dos Reis
Orientador: José Alberto Cuminato
Quando: sexta-feira, 24 de junho, às 14h
Onde: sala 3-002
------------------

Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

Oito projetos para infraestrutura de laboratórios são apresentados em workshop

Projetos foram apresentados no dia 1º de junho

Visando proporcionar um ambiente que estimule e favoreça o desenvolvimento de trabalhos de interesse dos alunos e relevantes para sua formação, a Comissão Gestora Administrativa da Engenharia de Computação (CGA-EC) realizou uma chamada de projetos de Laboratórios de Incentivo e Apoio a Ensino, Pesquisa e Extensão. As oito propostas registradas foram apresentadas no dia 1º de junho em um workshop realizado no Anfiteatro do prédio da Engenharia de Computação, na Área 2 do campus da USP em São Carlos.

Os espaços foram pensados para o curso de Engenharia de Computação, oferecido pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) em conjunto com o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, mas também podem acolher atividades em parceria com outras áreas. Os proponentes descreveram toda a infraestrutura necessária – equipamentos, sistemática de trabalho e apoio operacional – e tiveram até 10 minutos para apresentar sua proposta à comunidade acadêmica presente.

Acompanharam e avaliaram os projetos os chefes dos departamentos de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC, Denis Vinicius Coury, e de Sistemas de Computação (SSC) do ICMC, Alexandre Cláudio Botazzo Delbem, além de alunos e professores do curso e docentes da Comissão de Coordenação do Curso de Engenharia de Computação.

Os laboratórios pretendem hospedar atividades no segmento de ensino, para desenvolvimento dos trabalhos de conclusão de curso, atividades extracurriculares e experimentações "livres". Também abrangem iniciativas de pesquisa e inovação, pensando no favorecimento à iniciação científica, remunerada e voluntária, além de poderem contribuir nos projetos de extensão ou outros que estimulem o estudo complementar e a prática de conceitos da área.

De acordo com o membro da CGA-EC e chefe do SSC, professor Delbem, o evento serviu como um momento de integração para que as partes interessadas conheçam e discutam as propostas de melhoramento do ensino, estrutura e ambientes acadêmicos. "É um momento para que haja um desenvolvimento do curso para um patamar mais elevado envolvendo outros aspectos de aprendizagem, não voltado apenas para as disciplinas", comentou.

O chefe do SEL, professor Coury, que também é membro da Comissão, salientou que a iniciativa de lançar um edital para a submissão dos projetos partiu após a construção da terceira fase do prédio que abriga o curso na Área 2 do Campus, o qual dispõe de um espaço grande com capacidade para instalações de laboratórios inovadores para os estudantes.

"Os projetos são excelentes do nosso ponto de vista, e acredito que há espaço para conciliar todos. Esse edital foca no curso de Engenharia de Computação, mas não impede que alunos de outros cursos possam participar, pois os laboratórios serão multidisciplinares e integrados, permitindo que os usuários compartilhem ideias e experiências", comentou Coury.



Ampliando as possibilidades de ação, o Centro Avançado EESC para Apoio à Inovação (EESCin) apresentou a proposta de apoiar o potencial empreendedor dos alunos, por meio de um ambiente de pré-incubação para o desenvolvimento de uma empresa semente ou de uma startup. "Muitos projetos morrem entre a fase inicial da ideia e o processo de consolidação de uma empresa. Nossa proposta é fornecer o suporte necessário para o aluno buscar com maior clareza os seus caminhos e as oportunidades de recursos e parcerias", comentou o membro da equipe da EESCin, Rosane Aranda.

Ao final das apresentações, o público presente preencheu um questionário opinativo sobre as propostas. Considerando esse registro, além da análise técnica dos projetos, a CGA-EC irá avaliar as possibilidades de implementação. A previsão é de que o resultado final seja divulgado no dia 15 de julho.

Aproveitando o público reunido, no mesmo dia do workshop, durante o período da tarde, a Secretaria Acadêmica da Engenharia de Computação (Saecomp) utilizou o espaço para realizar o Fórum da Engenharia de Computação, com o intuito de debater alguns problemas do curso e coletar opiniões sobre possíveis soluções, com vistas à elaboração de um documento oficial para ser encaminhado aos órgãos responsáveis.

Conheça as propostas apresentadas:
Nome do projeto
Responsável
Professor José Carlos de Melo Vieira Jr
Professor Fernando Santos Osório
Gabriel Simmel Nascimento
Professor Maximiliam Luppe
Professor Maximiliam Luppe
Professor Paulo Sérgio Lopes de Souza
Professor Eduardo do Valle Simões
Rafel Lang

Texto e fotos: Keite Marques - Assessoria de Comunicação da EESC

Mais informações
Departamento de Sistema de Computação do ICMC: (16) 3373.9655 ou 3373.883
E-mail: ssc@icmc.usp.br

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Mobilizações nas redes sociais levantam discussão sobre acessibilidade virtual

O uso das tecnologias assistivas também vem sendo discutido, como o projeto Facilitas Player, desenvolvido por aluna de doutorado e aluno de iniciação científica, ambos da USP, que conquistou o segundo lugar no Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web (Todos@Web)


Tela do Facilitas Player com alguns recursos ao lado

Quando deu início às pesquisas para desenvolver sua tese de doutorado, defendida em maio deste ano, a aluna Johana Rosas, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, percebeu que não existia naquela época nenhum reprodutor de vídeos acessíveis para deficientes visuais ou auditivos. Foi então que nasceu a ideia de criar o Facilitas Player, uma ferramenta que disponibiliza vídeos com conteúdo alternativo (legenda, audiodescrição, transcrição e linguagem de sinais) para pessoas com deficiência ou idosos. O programa oferece diversas funções, como mudar o tamanho, a cor ou o fundo da legenda, adicionar anotações ao longo do vídeo, mudar o idioma e buscar palavras. Desenvolvido por Johana, em conjunto com o aluno de iniciação científica, Bruno Ramos, também do ICMC, o projeto recebeu o segundo lugar em um dos maiores prêmios de acessibilidade virtual do País, o Todos@Web, em 2014.

Ainda assim, de acordo com Johana, enquanto aprofundava seu projeto de doutorado, ela percebeu que o Facilitas sozinho não seria suficiente. “Quando fiz testes com usuários que eram autores de vídeos, surgiu a necessidade de ter uma ferramenta para criação de transcrição, e foi assim que nasceu o Transcript4All”, conta. Esse programa tem como objetivo ensinar produtores amadores de vídeo a tornar seus vídeos mais acessíveis. Além de possibilitar que o produtor faça a transcrição de qualquer vídeo salvo no computador ou que esteja no YouTube, o T4A, como ficou conhecida a ferramenta, oferece orientações de como fazer a acessibilidade corretamente.

Nos últimos meses, hashtags como #AcervoAcessível e #FacebookAcessível tomaram conta das redes sociais, retomando a discussão sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência no meio virtual. A ideia dessas hashtags é que cada usuário que poste uma imagem faça um breve texto descrevendo-a e explicando seu sentido, para que pessoas com deficiência visual possam ter acesso a ela através de leitores de tela.

Facilitas Player, uma ferramenta que disponibiliza vídeos com conteúdo alternativo
(legenda, audiodescrição, transcrição e linguagem de sinais) para pessoas com deficiência ou idosos

Professor do curso de Sistemas da Informação na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, Daniel Cordeiro explica que a maioria das tecnologias assistivas para deficientes visuais funcionam a partir de sintetizadores de voz. Essas ferramentas descrevem textualmente elementos da interface gráfica da tela, utilizando o sintetizador para gerar uma representação audível daquela descrição. Por conta disso, os deficientes enfrentam muitas dificuldades ao navegar pela Internet. “As páginas na Internet são projetadas para que sejam visualmente atraentes. Isso significa usar recursos multimídia mais atrativos, como imagens ou animações, no lugar de texto, o que atrapalha o funcionamento das tecnologias assistivas”, explica o professor.

No Brasil, a garantia da acessibilidade virtual é obrigatória e foi determinada pela Lei 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) ou Estatuto da Pessoa com Deficiência – com outras medidas de acessibilidade. No entanto, a grande maioria das páginas na Internet ainda não estão de acordo com essa lei, como explica Katia Regina Cezar, que realizou pesquisas na área de inclusão de pessoas com deficiência e é atualmente doutoranda em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da USP. Para ela, o estatuto trouxe maior visibilidade social para os direitos das pessoas com deficiência, mas, por conta da falta de conscientização e de mecanismos efetivos de fiscalização, não foi suficiente. “A negativa de acesso à informação e comunicação às pessoas com deficiência afeta diretamente o direito à cidadania, dificultando ou até mesmo impedindo sua participação social. É importante mencionar que a negativa de acesso é considerada atitude discriminatória”, adiciona.

Katia diz ainda que a inclusão digital é um dever e um direito de todos. “O Estado e as empresas poderiam oferecer cursos gratuitos de audiodescrição, e o ensino obrigatório do idioma libras poderia ser incluído no currículo da rede regular, como o do português. Estas questões podem ser facilmente fundamentadas na Lei Brasileira de Inclusão”, afirma. Johana concorda que todos devem participar, mas lamenta que muitos clientes, na hora de contratar um serviço, não façam questão de garantir que o site encomendado seja acessível. “Acontece que os desenvolvedores de websites não conhecem acessibilidade”, diz. “Ano passado fizemos um questionário e muitos nem sabiam o que era, outros explicavam que demora muito implementar.”

Cordeiro, por sua vez, acredita que estamos no caminho certo. Ferramentas que utilizam inteligência artificial para reconhecer e descrever imagens já estão sendo desenvolvidas, e são indicativos positivos de que as tecnologias assistivas ainda têm muito o que avançar. “A dificuldade agora é fazer com que seja possível disponibilizar essa tecnologia ao grande público. Para oferecer serviços desses em grande escala é preciso de muito investimento”, afirma. “É um processo lento, dificultado pela criação contínua de novas tecnologias, que muitas vezes se tornam populares antes que as suas implicações em problemas de acessibilidade sejam compreendidas. Mas é preciso conscientizar os desenvolvedores e mostrar que preocupações com acessibilidade devem ser prioridade.”

Texto: Leticia Fuentes - Jornal da USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

Tese de doutorado do ICMC é premiada pela Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional

É o terceiro prêmio que o trabalho de Wallace Casaca recebe em menos de um ano




A Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC) anunciou, no último dia 31 de maio, o trabalho vencedor do prêmio SBMAC de Doutorado "Odelar Leite Linhares": a tese Graph Laplacian for Spectral Clustering and Seeded Image Segmentation. O autor do trabalho é Wallace Casaca, que defendeu seu doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Na tese, o pesquisador desenvolveu uma ferramenta inovadora para facilitar a vida de quem precisa segmentar uma imagem e que pode contribuir para aprimorar a personalização artística de fotografias, a identificação de indivíduos e a análise de imagens médicas. Seu trabalho já lhe rendeu outras duas premiações: o primeiro lugar no Concurso Latino-americano de Teses de Doutorado da 41ª edição da Conferência Latino-americana em Informática (CLEI 2015) e recebeu menção honrosa no Prêmio CAPES de Teses. Além disso, Wallace também teve sua tese reconhecida pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) no 28º Concurso de Teses e Dissertações do XXXV Congresso da Sociedade Brasileira de Computação, em 2015.

Em setembro, ele irá apresentar sua tese no XXXVI Congresso Nacional de Matemática Aplicada e Computacional (CNMAC), que acontecerá em Gramado, Rio Grande do Sul. A tese de Casaca foi orientada pelo professor Luis Gustavo Nonato do ICMC, defendida em dezembro de 2014 e pode ser acessada na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. Atualmente, Wallace é pós-doutorando no ICMC e continua realizando pesquisas nas áreas de visão computacional, visualização da informação e matemática aplicada e computacional.

Mais Informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373-9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Grupo de Robótica da USP oferece bolsas de iniciação científica


O Warthog Robotics, grupo de pesquisa em robótica da USP, em São Carlos, está oferecendo bolsas de iniciação científica para alunos de graduação da Universidade que desejarem desenvolver pesquisas na área. As inscrições são gratuitas e os interessados devem preencher,  até o dia 19 de junho, o formulário disponível neste link: icmc.usp.br/e/f1c94. O valor da bolsa é de R$ 400,00. Confira, abaixo, algumas possibilidades de temas para pesquisa:
  • Arquiteturas de controle de robôs
  • Algoritmos de navegação
  • Estudos do movimento humano
  • Estruturas e materiais para chute
  • Estruturas e materiais para locomoção robusta
  • Estruturas e materiais para transmissão de movimentos
  • Interfaces homem-máquina
  • Localização robótica em ambientes mapeados
  • Modelagem dinâmica de corpo (modelos de plataforma robótica)
  • Modelagem de robô humanóide
  • Odometria inercial
  • Odometria visual
  • Reconhecimento de objetos e padrões
  • Visão omnidirecional
  • Visão estéreo
Sobre o Warthog Robotics - É considerada a maior equipe de extensão do campus da USP em São Carlos, sendo também um dos maiores grupos de competição em robótica no Brasil quando o assunto é futebol e combate de robôs. Criado em 2010, o Warthog é resultado da união de dois grupos de desenvolvimento de futebol de robôs da USP, o USPDroids e o GEAR. No mesmo ano de criação da equipe, o Warthog conquistou o primeiro lugar na categoria 2D e o segundo lugar na categoria Very Small Size na Competição Brasileira de Robótica (CBR). Já em 2011, pela mesma competição, o grupo conquistou o primeiro lugar nas categorias Very Small Size e 3D, também ficando em segundo lugar na categoria 2D.

Mais Informações
Página do grupo no Facebook: https://www.facebook.com/WarthogRobotics/?fref=ts
Formulário para inscrições: icmc.usp.br/e/f1c94
E-mail: warthog@sc.usp.br

Coral da USP São Carlos fará apresentação nesta quinta

Público poderá conferir gratuitamente a apresentação didática que acontecerá no térreo do bloco E1 da Escola de Engenharia de São Carlos a partir das 13h15

O Coral da USP São Carlos vai se apresentar nesta quinta-feira, 16 de junho, no térreo do bloco E1 da Escola de Engenharia de São Carlos. O evento acontecerá às 13h15, é gratuito e aberto a todos os interessados. 

O espetáculo trata-se de uma apresentação didática em que o público poderá conferir os sucessos Dindi, de Tom Jobim; Skyfall, de Adele e Paul Epworth; Amazing Grace, de John Newton; e Va Pensiero, de Giuseppe Verdi. A coordenação e regência do coral estão por conta do maestro Sergio Alberto de Oliveira, fundador do coral da USP em Ribeirão Preto. O maestro possui experiência na área de artes, com ênfase em música, atuando principalmente em temas como canto coral, música coral, teatro musical, música popular, canção polifônica e coro cênico. Ele já levou seus grupos a apresentações e turnês pelo Brasil e por países como Itália, Argentina e Grécia.

Promovido pela Comissão de Ação e Integração Social do ICMC, o Coral começou seus ensaios em outubro de 2015 e conta com participantes da comunidade são-carlense, além de funcionários, professores e alunos do campus da USP em São Carlos. A iniciativa conta, ainda, com o apoio da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC e do Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e Extensão Universitária do campus.

Apresentação didática do Coral da USP São Carlos
Onde: térreo do bloco E1 da Escola de Engenharia de São Carlos (campus 1 da USP, em São Carlos - Avenida Trabalhador São-carlense, 400)
Quando: quinta-feira, 16 de abril, às 13h15
Evento gratuito e não é necessário retirar ingresso antecipadamente
Mais informações: (16) 3373.9146 ou ccex@icmc.usp.br

Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do ICMC oferece bolsas de monitoria


Estão abertas, até o dia 1º de julho, as inscrições para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática Aplicada e Estatística (SME) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O início das monitorias acontece em agosto e terão a duração de quatro meses, com três horas semanais de atendimento aos alunos. O valor da bolsa é de R$ 300,00.

Podem participar do processo seletivo alunos de graduação, desde que tenham concluído pelo menos os dois primeiros semestres do curso, ou de pós-graduação. É preciso, também, ter cursado a disciplina em que pretende ser monitor ou outra de conteúdo equivalente, além de não possuir outras bolsas.

Os interessados deverão se inscrever por meio de formulário online (icmc.usp.br/e/dcd9f) ou na secretaria do SME, das 8 às 12 horas ou das 14 às 17 horas, munidos de histórico escolar atualizado, que pode ser impresso pelo Sistema Júpiter, Fênix ou Janus. Confira as disciplinas disponíveis para monitoria neste link: icmc.usp.br/e/ad1aa

Mais informações
Site: icmc.usp.br/e/ad1aa
Secretaria do SME: 3373.8121 ou 3373.9175
E-mail: sme@icmc.usp.br

Uma Olimpíada, 149 robôs e centenas de estudantes na corrida por aprender mais

As emoções da etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica tomaram conta do ginásio de esportes da USP, em São Carlos, no último final de semana


Ao entrar na pista de competição, robôs precisam estar prontos para enfrentar vários desafios

Cada um desses 149 robôs carrega o sonho de uma equipe. Em seus fios e circuitos estão as digitais dos estudantes que passaram meses ali mexendo para que tudo o que programaram e vislumbraram pudesse ser concretizado no momento em que ele surgisse na pista. Ao chegarem aqui na etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica, no ginásio de esportes da USP, em São Carlos, esses robôs ganham uma força adicional para enfrentar os desafios: a torcida animada das escolas que representam e dos pais que vieram apoiar seus filhos. 

Nesta manhã fria do dia dos namorados, 12 de junho, ela acordou às 3h30 em Vinhedo para acompanhar o filho, Pedro Aued, de 11 anos, na sua primeira participação na OBR. “É muito gratificante ver que ele se esforçou e, por mérito, vai passando pelas etapas”, conta Luciana Aued, que trouxe toda a família para assistir ao evento. Desde o ano passado, quando Pedro estava no sexto ano do ensino fundamental no Colégio Etapa, em Valinhos, e começou a participar das aulas de robótica, ela notou mudanças. Ele está menos introspectivo e se integrou melhor com os colegas da turma. O raciocínio lógico deu um salto: está se saindo muito melhor nas aulas de matemática e física. 

No final da tarde, quase às 18 horas, Luciana ainda tinha energia para pular e comemorar quando viu o nome da equipe do filho no telão: SuperBot. Entre as 42 equipes que competiram no nível 1 neste dia 12, a SuperBot conquistou a oitava colocação e garantiu uma vaga para participar da etapa estadual da OBR, que acontecerá em São Bernardo do Campo dia 13 de agosto, nas dependências do Centro Universitário da FEI.

A equipe de Pedro (à direita) conquistou um lugar na próxima etapa da OBR

“Não é nenhum sacrifício. A gente curte muito, é um ambiente muito saudável e vale muito a pena”, revela Cristina Israel, que já é veterana na OBR. É a segunda vez que ela acompanha o filho, Rafael Simões, no evento. No ano passado, ele chegou a competir na final nacional, em Uberlândia. Rafael sempre foi um garoto muito curioso, mas desde que começou a trabalhar com os robôs, há um ano e cinco meses, seu foco está na inovação. “Em tudo o que vai fazer, mesmo um trabalho simples do Colégio Etapa, onde estuda, ele tenta levantar muita informação e encontrar uma forma diferente de fazer aquilo”, conta o pai, Marcus Israel. Nas mãos do garoto, garrafas pet ganham motores e se transformam em carrinhos. O tempo das últimas férias foi dedicado à construção de um carro anfíbio. O resultado não poderia ser diferente: sua equipe, BatBots, conquistou a quarta colocação entre quem competiu no nível 1 no dia 12 e também garantiu uma vaga na etapa estadual.

“O plano é passar as férias inteiras programando e mexendo no hardware do robô”, conta Vinicius Gouveia, 12 anos, entusiasmado com a medalha de prata da OBR que acabou de ganhar. Ele está no oitavo ano do ensino fundamental na Escola Estadual de Ensino Integral Professor Sebastião de Oliveira Rocha, de São Carlos, e, junto com seu colega de equipe, Caio Mendonça, 11 anos, que está no sétimo ano, conquistou o segundo lugar entre as 37 equipes do nível 1 que participaram da competição no dia 11 de junho. “Foi uma surpresa superarmos tantas escolas particulares que têm recursos”, conta o diretor da escola, Geandro de Oliveira.

A vibração de Vinicius Gouveia na hora da premiação contagiou a plateia

Os dois alunos fazem parte do clube de robótica criado este ano por iniciativa dos próprios estudantes. Com um kit emprestado pela empresa PETE, a colaboração dos professores Gustavo de Souza, de Física, e Marcelo Prado, de Matemática, e a ajuda do pai de Caio, que trabalha na PETE, o clube superou as expectativas. “Nós apoiamos a iniciativa, fornecendo uma sala e os notebooks. Com esse apoio, eles se sentiram mais responsáveis e motivados. Surgiu um protagonismo juvenil que, antes, eles não tinham”, constata Oliveira.

“Tenho certeza de que quem participa dessa Olimpíada, tem um grande ganho de aprendizado. Não sai daqui da mesma forma como entrou, há um amadurecimento e isso é de grande valor. É algo que, com certeza, vai impactar nas carreiras que esses estudantes vão seguir no futuro”, destaca a coordenadora da etapa regional da OBR em São Carlos, Roseli Romero, professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. 

Mais competidores – Este ano, em todo o Brasil, 2.968 equipes se inscreveram na modalidade prática da OBR, sendo que 640 delas são do Estado de São Paulo. No ano passado, participaram da competição 2,5 mil equipes em todo o Brasil, sendo 547 delas de São Paulo. Com o aumento no número de competidores, mais cidades passaram a realizar etapas regionais da competição, tal como Campinas e São José do Rio Preto, totalizando nove cidades-sede. 

Em São Carlos, das 184 equipes inscritas para participar da etapa regional, 149 compareceram ao evento e 12 conquistaram medalhas (ouro, prata e bronze) nos dois níveis que compõem a OBR: o nível 1, voltado aos alunos do ensino fundamental, e o nível 2; destinado a quem está no ensino médio e técnico (confira o nome dos vencedores no final desta reportagem).



“A competição ficou mais difícil este ano, está de nível internacional, tal como nos demais países que participam da Robocup. Mas as equipes estão correndo atrás e conseguindo fazer pontuações altas”, ressalta Rafael Aroca, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de São Carlos e vice-coordenador nacional da OBR. O professor explica que a principal novidade da competição regional foi a inserção de marcadores no trajeto dos robôs. A mudança foi realizada para alinhar a OBR com a regra internacional da Robocup. Os marcadores são discos da cor laranja colocados pelos competidores em dois locais na pista da competição e, conforme os robôs passam por eles, ganham pontos. Caso ocorra algum erro e eles precisem recomeçar o trajeto, é preciso voltar ao local onde está o último marcador. “Isso obriga as equipes a desenvolverem diferentes estratégias, conforme o local em que o marcador é inserido”, completa Aroca.

A etapa regional da OBR em São Carlos contou com o apoio do ICMC, da Escola de Engenharia de São Carlos, da prefeitura municipal da cidade, do Centro de Robótica de São Carlos, do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria, da escola Yadaa e das empresas PETE e Ca And Ma. "Ano que vem tem mais!", finalizou a professora Roseli, lembrando que a competição é anual e que a participação na OBR é gratuita.



Confira o nome das equipes vencedoras

Sábado, 11 de junho - Nível 1 (ensino fundamental)
Medalha de ouro: equipe Sigma II, de São Carlos.
Medalha de prata: equipe SOR-Robótica, de São Carlos.
Medalha de bronze: equipe Anglo_Primal, de São Carlos.

Sábado, 11 de junho - Nível 2 (ensino médio e técnico)
Medalha de ouro: equipe Sesi Asimov, de São Carlos.
Medalha de prata: equipe Sesi Riberdroid Generation, de São José do Rio Preto.
Medalha de bronze: equipe Sesi Thunderbóticos, de Rio Claro.

Domingo, 12 de junho - Nível 1 (ensino fundamental)
Medalha de ouro: equipe Seletivo Robóticos, de Mogi Guaçu.
Medalha de prata: equipe 9º ano/Robô acadêmico, de Limeira.
Medalha de bronze: equipe Tigers Team Three, de Novo Horizonte.

Domingo, 12 de junho - Nível 2 (ensino médio e técnico)
Medalha de ouro: equipe RoboCraft 3.0, de Valinhos.
Medalha de prata: equipe Androides Maníacos, de Valinhos.
Medalha de bronze: equipe DarkSiders 2.0, de Valinhos.

Texto e fotos: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Site da OBR: http://www.obr.org.br
Confira o álbum de fotos do evento: icmc.usp.br/e/a994f
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br