sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Primeira Semana da Engenharia de Computação termina com homenagem a professores

Evento aconteceu de 18 a 22 de setembro

A primeira Semana da Engenharia de Computação da USP, em São Carlos, contribuiu para complementar a formação profissional e acadêmica dos participantes e contou com uma programação bastante diversificada: palestras, minicursos, viagem técnica, atividades culturais e feira de recrutamento e de exposição de projetos. 

O evento aconteceu de 18 a 22 de setembro e, no último dia, a Secretaria Acadêmica da Engenharia de Computação (SAEComp) realizou a já tradicional homenagem aos professores. Entre os homenageados estão três docentes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC): Everaldo Bonotto, Nivaldo Grulha Júnior; e Valdir Menegatto. Os docentes Aline Corato, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo, e João Navarro Júnior, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), completam a lista dos homenageados.

Para definir os professores que serão reconhecidos, a Secretaria gera, no final de cada semestre, um formulário online, o qual é respondido pelos alunos. Para a escolha, só estão aptos à votação professores do semestre anterior ao atual. Os critérios de escolha são, por exemplo, o empenho do professor com a turma (que engloba o preparo de aula, preocupação do aprendizado, confecção de listas, etc.), o ensino (que abarca tanto o domínio da disciplina quanto a qualidade dos trabalhos pedidos) e características como carisma e humildade.

A cerimônia foi realizada dia 22 de setembro, no auditório Jorge Caron da EESC. Como símbolo da homenagem, os alunos confeccionaram, molduraram e entregaram a cada professor escolhido um certificado de menção honrosa com palavras de agradecimento. O curso de Engenharia de Computação é oferecido em parceria pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

Além disso, também foram homenageados os alunos do curso que tiveram ótimos desempenhos acadêmicos: Giuliano Prado; Moisés Silva e Henrique da Silveira.

Confira nosso álbum de fotos no Flickr e no Facebook!

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Vem chegando a primavera: veja as imagens do evento



O evento Vem chegando a primavera aconteceu na última quinta-feira, 21 de setembro, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. A atividade marcou o Dia da Árvore e a chegada da Primavera e aconteceu das 8h30 às 12h30.

Foram realizadas diversas iniciativas, tais como: plantio de várias espécies de árvores como pau-brasil, jacarandá e quaresmeira; sessão de ginástica laboral; inauguração de um ponto de recolhimento de pilhas e CDs, de um novo local para coleta de doações a campanhas solidárias e de um lavatório para canecas a fim de desestimular o uso de copos descartáveis. Além disso, foi inaugurado o novo jardim em frente ao bloco 4, onde aconteceu a apresentação do Coral da USP São Carlo, marcando o encerramento das atividades.

Veja o álbum de fotos do evento no Flickr e no Facebook.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Minicurso sobre realidade aumentada em jogos será realizado no ICMC

Mestrando do instituto mostrará conceitos básicos sobre a tecnologia da realidade aumentada em curso gratuito




A realidade aumentada chegou há alguns anos para revolucionar a maneira com a qual enxergamos a realidade. Ao misturar o mundo em que vivemos com objetos e ambientes virtuais, essa tecnologia está abrindo novos caminhos quanto à forma com a qual realizamos tarefas e nos entretemos.

No próximo dia 7 de outubro, sábado, um minicurso gratuito sobre o tema acontecerá no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O conteúdo do minicurso abordará como desenvolver uma aplicação de realidade aumentada utilizando a ferramenta Unity 3D, a partir da tecnologia Vuforia, um dos meios atuais mais adequados para integrar a nova tecnologia às plataformas Android e IOS.

Promovido pelo grupo de extensão Fellowship of the Game (FoG), que visa desenvolver e estudar tecnologias na área de jogos eletrônicos, o minicurso será ministrado por Marcio Maestrelo Funes, mestrando no programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação e Matemática Computacional do ICMC. Marcio tem experiência na área de games, tendo atuado como docente e desenvolvedor. Atualmente realiza pesquisas em avaliação de experiência do usuário com interfaces baseadas em gestos, acessibilidade e web.

O evento é aberto a todos os interessados, gratuito e ocorre na sala 5-001 do bloco 5 do ICMC, das 14 às 18 horas, sendo necessário levar um notebook com Unity 3D instalado e também com o kit de desenvolvimento do minicurso (disponível neste link). Para se inscrever, basta preencher o formulário disponível neste link: icmc.usp.br/e/7a20a. As vagas são limitadas.


Texto: Gabriel Toshi (coordenador de Relações Públicas do FoG) e Klinsmann Hengles (membro do Fog)

Mais informações
Link para inscrições: icmc.usp.br/e/7a20a
Kit de desenvolvimento: icmc.usp.br/e/611a4
Site do FoG: http://www.fog.icmc.usp.br

Pesquisadores alemães falam sobre inclusão e exclusão na educação nesta quarta-feira

Programação, gratuita e aberta às pessoas interessadas, acontece na USP e na UFSCar 


Nesta quarta-feira, dia 27 de setembro, São Carlos recebe a visita dos professores alemães David Kollosche, da Universidade de Frankfurt, e Michel Knigge, da Universidade de Potsdam, que farão palestras e participarão de debates sobre inclusão e exclusão na educação como um todo e na educação matemática em particular. 

Às 10 horas, Kollosche falará sobre a autoexclusão na educação matemática a partir de estudos empíricos. A exposição parte da constatação de como as pessoas que têm problemas com a matemática frequentemente a evitam, ou atribuem a si mesmas baixas habilidades matemáticas, em um processo que leva à autoexclusão do discurso matemático e à instalação da matemática como um instrumento incontestável de poder. A apresentação acontece no auditório Luiz Antônio Favaro, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Confira o resumo,

A partir das 14 horas, a programação continua na UFSCar, no auditório do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). A palestra de Knigge será sobre inclusão educacional em escolas da Alemanha, mas o palestrante também apresentará o Potsdam Center para a pesquisa empírica em educação inclusiva e discutirá o termo "inclusão" e a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiências. Veja aqui o resumo.

A participação é gratuita e aberta a todas as pessoas interessadas, sem necessidade de inscrição prévia e com entrega de certificados. Haverá tradução simultânea.

O evento é organizado pela professora Renata Meneghetti, do Departamento de Matemática do ICMC, e pelo professor João dos Santos Carmo, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com patrocínio da Universidade de Potsdam.


Mais informações
Seção de Eventos do ICMC
Tel. (16) 3373-9622 / eventos@icmc.usp.br

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

ICMC contrata professor temporário para o Departamento de Matemática


O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, recebe até o dia 4 de outubro as inscrições no processo seletivo para contratação de um docente temporário para o Departamento de Matemática.

O professor contratado deverá ministrar as disciplinas: Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio, Introdução aos Estudos da Educação, Introdução aos Estudos da Educação I, Estágio Supervisionado em Ensino de Matemática I e Didática, em jornada de 12 horas semanais e salários de R$ 1.849,66 (para os contratados com título de Doutor) e R$ 1.322,41 (para os contratados com título de Mestre) além de auxílio alimentação no valor de R$ 690,00 e assistência médica.

As inscrições devem ser realizadas exclusivamente via internet até às 17 horas do dia 4 de outubro (horário oficial de Brasília/DF) por meio deste link: uspdigital.usp.br/gr/admissao.

Para obter mais detalhes sobre prazos, provas e documentações, acesse o edital completo: icmc.usp.br/e/e417e.


Mais informações
Edital ATAc/ICMC/SMA-USP nº 083/2017: icmc.usp.br/e/e417e

Pesquisa da USP e da UFSCar para evitar quedas em idosos será apoiada pelo Google

Ideia é desenvolver um produto que monitore os padrões de caminhada dos idosos

Dois projetos da USP estão entre os selecionados no Google LARA 2017
(Foto: Divulgação/Google)
Quedas em idosos são consideradas um problema de saúde pública devido à gravidade das lesões que podem gerar. Diversos métodos já existem para auxiliar cuidadores e médicos a prevenir esses acontecimentos, mas eles costumam limitar a liberdade dos idosos. Por isso, uma pesquisa realizada por meio de uma parceria entre o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e o Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tenta resolver essa questão de outra perspectiva. O projeto foi premiado, no fim de agosto, com uma bolsa de estudos financiada pelo Google, com duração de um ano. 

Com a utilização de um acelerômetro, um pequeno aparelho que mede a alteração de velocidade durante um percurso, a pesquisa pretende detectar tendências que podem levar idosos saudáveis a quedas em um futuro próximo. Realizada pela mestranda de Gerontologia da UFSCar, Patrícia Bet, a pesquisa recebe a orientação do professor Moacir Ponti, do ICMC, e também conta com o apoio da professora Paula Costa Castro, da UFSCar.

Segundo Moacir, que é pesquisador do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), sediado no ICMC, o diferencial do projeto é a previsão das quedas: “já existem soluções, inclusive comerciais, que detectam a queda depois que ela aconteceu, ou no momento em que ela acontece. Na nossa pesquisa, já conseguimos identificar se a pessoa tem um histórico de quedas recente. Agora, nós queremos detectar se a pessoa vai cair no futuro”.

Para isso, eles realizaram diversos testes e estabeleceram uma amostra de 74 idosos que não possuem histórico de quedas nos últimos seis meses. A avaliação consiste em um questionário sócio demográfico e outro de rastreio cognitivo, que segundo Patrícia, analisa diversos domínios: atenção, memória, orientação, capacidade de nomeação, de obediência a um comando verbal/escrito, de redação livre de uma sentença e de cópia de um desenho complexo. “Quem possui declínio cognitivo foi excluído da amostra, porque nós sabemos que isso representa um risco maior de quedas”, afirma a pesquisadora.

Esse pequeno aparelho é o acelerômetro. Smartphones que possuem esse sensor
podem ser uma alternativa para fazer os testes no futuro. (Foto: Alexandre Wolf) 

Os pesquisadores também fizeram o teste Timed Up and Go (TUG), que consiste, resumidamente, em cronometrar o tempo que o participante leva para levantar de uma cadeira, caminhar três metros em linha reta e voltar para o assento. O teste é feito com um acelerômetro colocado na altura do umbigo, que coleta os dados com os quais os pesquisadores irão trabalhar. “O desafio é, principalmente, processar os sinais e extrair características que possam indicar futuras quedas. Há uma grande quantidade de sinais brutos, o que inviabiliza fazer uma análise direta”, afirma Moacir.

Com a etapa de teste já concluída, os pesquisadores precisam, agora, de tempo para acompanhar os voluntários e analisar os resultados. “Nós vamos ligar de três em três meses para saber se os idosos caíram e, no final, vamos saber quem caiu em cada período desse tempo. Supondo que uma parte dos participantes venham a cair, nós vamos comparar os dados deles com os dos que não caíram”, ele explica.

O resultado final, segundo os pesquisadores, deve estabelecer padrões de alerta, para que cuidadores e médicos tomem as medidas necessárias que evitem uma queda. “Nós sabemos que a queda é consequência de algo, então, nós esperamos ser capazes de observar algum padrão, no presente, que indique um risco de queda no futuro. Nós vamos ver o quanto esses dados permitem predizer uma queda num prazo de um ano, e como eles vão se alterar”, diz Moacir.

O futuro do projeto - Além disso, eles pretendem avançar os estudos para desenvolver um produto que colete os dados a todo o tempo e possa ser utilizado no dia-a-dia, por qualquer idoso. Como o acelerômetro é pequeno, ele pode ser convertido em um produto dedicado para esse fim, como uma pulseira. Um smartphone que possua esse sensor também poderá ser utilizado, mas ainda existem questionamentos com relação à análise dos dados. “A princípio, o teste para saber se o idoso possui risco de cair poderia ser feito de forma manual por ele mesmo. No entanto, existe potencial para que um aparelho dedicado seja capaz de analisar os dados automaticamente. Nesse caso, ele deveria ser retirado apenas para troca ou recarga da bateria”, explica o orientador. Os códigos e dados da pesquisa estão disponíveis no Github para quem deseja se aprofundar no projeto.

Moacir e Patrícia durante a apresentação do projeto,
no campus do Google. (Foto: Arquivo pessoal)
O Google reconheceu o potencial do projeto no fim de agosto, durante o Google Latin America Research Awards (LARA), que está no quinto ano de existência. Este ano, foram selecionados 27 projetos de pesquisa em toda a América Latina. Ao todo, houve 281 submissões, vindas de nove países, e o Brasil conquistou a maioria das bolsas (17). Duas dessas bolsas de estudos financiadas pelo Google, com duração de um ano, estão relacionadas a projetos do ICMC. “Esses projetos têm que estar, de preferência, em uma área de interesse do Google. O nosso entrou na categoria de tecnologias móveis porque o projeto usa sensores móveis para adquirir dados a partir da marcha dos idosos”, explica Moacir.

A premiação foi realizada no Campus da empresa, em São Paulo, e também teve o objetivo de aproximar a academia da comunidade de empreendedores. “Algumas empresas, principalmente startups, participaram do evento para, futuramente, acompanharem o desenvolvimento dos projetos. Deu para notar que o Google quer apoiar iniciativas que, além de cientificamente sólidas, tenham apelo comercial ou social, com potencial de aplicação em médio prazo”, diz o professor. Segundo ele, não existem contrapartidas do Google para o financiamento do projeto, apenas um relatório de atividades após um ano e menção à empresa como agradecimento nas publicações. 

O outro projeto do ICMC premiado com a bolsa de estudos do Google é intitulado Ferramenta inteligente de escrita com os olhos sem interrupções para usuários sem capacidade motora, e pretende entregar um software para digitação de textos a partir do olhar. Esse produto será destinado para pessoas que tenham deficiências motoras, como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), com adaptações específicas que ajudem a digitar mais rapidamente e reduzir a fadiga ocular.

Texto: Alexandre Wolf - Assessoria de comunicação ICMC/USP


Mais informações
Artigo publicado na Plos ONE com os resultados iniciais da pesquisa: icmc.usp.br/e/929cf
Códigos e dados da pesquisa no Github: icmc.usp.br/e/f60a9
Reportagem do Google sobre os vencedores do LARA: icmc.usp.br/e/4a4e7
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 / e-mail: comunica@icmc.usp.br

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Intel realiza workshop sobre inteligência artificial no ICMC

Empresa mostrará plataformas de aprendizado de máquina e aprendizagem profunda, além de apresentar exemplos de aplicações na vida real 



A inteligência artificial é um campo em franca expansão e, a cada dia, novas plataformas são criadas, possibilitando as mais diversas aplicações na vida real como, por exemplo, o reconhecimento automático de imagens. Com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos estudantes da Universidade de São Paulo (USP), no campus de São Carlos, e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Intel realizará um workshop sobre o tema no dia 30 de setembro, sábado, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

O evento é gratuito e acontecerá das 8h30 às 13 horas. Para participar, é preciso se inscrever na plataforma Eventbrite: icmc.usp.br/e/ed933. Há 100 vagas disponíveis para estudantes da USP e 100 vagas para estudantes da UFSCar. As inscrições podem ser realizadas até dia 29, às 17 horas, ou enquanto houver vagas. 

Um dos coordenadores da iniciativa é Tulio Marin, gerente de Programas Acadêmicos da Intel. Segundo ele, o workshop abordará os fundamentos da área de inteligência artificial, com foco em frameworks recentemente otimizados para a arquitetura da empresa como, por exemplo, Neon, Caffe e Theano. Também serão abordados conteúdos relacionados a aprendizado de máquina, aprendizagem profunda e Redes Neurais Convolucionais (CNN), além de apresentadas aplicações na vida real.

Na opinião do professor André de Carvalho, do ICMC, especialista em inteligência artificial, há uma crescente demanda no mercado de trabalho por profissionais que possuem conhecimentos nessa área. “Constantemente, recebemos o contato de empresas buscando profissionais do ICMC que conheçam aplicações em aprendizado de máquina. Por isso, nossos estudantes precisam saber usar as ferramentas adequadas para essas aplicações e a Intel possui algumas das principais soluções criadas com essa finalidade”, explica o professor. “Poucas universidades têm acesso a essas soluções. Por isso, é um privilégio o ICMC sediar esse workshop”, acrescenta André. O professor é membro do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) e destaca a importância de promover a aproximação entre a academia e as empresas, um dos objetos do Centro. 

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Inscrições abertas na pós-graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional

Programa acaba de receber nota máxima na última avaliação realizada pela Capes e oferece vagas em 12 linhas de pesquisa diferentes

Inscrições para o mestrado podem ser realizadas até dia 25 de outubro; já quem deseja ingressar
no doutorado ou no doutorado direto pode se inscrever em qualquer época do ano

O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, está com inscrições abertas para mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional (PPG-CCMC). São oferecidas até 68 vagas e o processo seletivo será realizado em apenas uma etapa, detalhada no edital disponível no site do Instituto: icmc.usp.br/e/eef2a. As inscrições devem ser realizadas até o dia 25 de outubro. Vale lembrar que, no caso do doutorado e do doutorado direto, as inscrições acontecem em fluxo contínuo durante todo o ano.

Nesta quarta-feira, 20 de setembro, foram divulgados os resultados da última avaliação quadrienal (2013-2016) dos programas de pós-graduação stricto sensu, realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O PPG-CCMC recebeu a nota máxima (7) na avaliação. "A nota 7 é atribuída apenas a programas que têm excelência internacional, ou seja, que são equivalentes aos oferecidos pelas melhores universidades do mundo", explica o coordenador do PPG-CCMC, professor Adenilso Simão. Em todo Brasil, existem hoje 77 programas de pós-graduação na área de computação e apenas sete deles receberam a nota máxima da Capes. 

"Vale lembrar ainda que, aqui na USP, em São Carlos, é possível conquistar a formação em uma universidade de alto padrão sem abrir mão de uma ótima qualidade de vida”, acrescenta Adenilso. Ele explica que muitos estudantes, inclusive estrangeiros, optam por estudar em São Carlos porque o custo de vida é menor, se comparado ao das grandes cidades brasileiras. "Além disso, existe a possibilidade de morar perto da Universidade e vir caminhando estudar ou chegar rapidamente de carro, sem precisar enfrentar os congestionamentos comuns nas metrópoles", conta o professor. 

No caso do mestrado, podem participar do processo seletivo alunos que completaram a graduação e efetuaram a colação de grau até a data da matrícula. Os candidatos devem se inscrever pelo link vagas.icmc.usp.br. Veja, a seguir, as linhas de pesquisa existentes e as vagas disponíveis em cada uma.

Linhas de pesquisa em ciências de computação:
  • Recuperação de informações, descoberta de conhecimento, e engenharia de bancos de dados: 10 vagas .
  • Computação gráfica, imagens e visualização: 8 vagas.
  • Engenharia de software e sistemas de informação: 9 vagas .
  • Inteligência artificial: 12 vagas.
  • Robótica móvel e redes inteligentes: 3 vagas.
  • Sistemas distribuídos e programação concorrente: 6 vagas.
  • Sistemas embarcados e evolutivos: 3 vagas.
  • Sistemas web e multimídia interativos: 5 vagas 
Linhas de pesquisa em matemática computacional
  • Mecânica dos fluidos computacional: 7 vagas.
  • Otimização: 3 vagas.
  • Processamento visual e geométrico: 1 vaga.
  • Sistemas complexos, de partículas e teoria de controle: 1 vaga 

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Edital do mestrado: www.icmc.usp.br/e/eef2a
Edital do doutorado: www.icmc.usp.br/e/c436d
Edital do doutorado direto: www.icmc.usp.br/e/2dfde
Página do Programa: www.icmc.usp.br/ccmc
Avaliação da Capes: www.icmc.usp.br/e/3b78e
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373-9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Game desenvolvido no ICMC é selecionado pelo Simpósio Brasileiro de Games e Entretenimento Digital

Criado pelo grupo de extensão Fellowship of the Game (FoG), que é focado no estudo e criação de games eletrônicos, Stack é um dos 90 jogos selecionados entre os 274 submetidos ao Simpósio

Game será apresentado durante festival de jogos em Curitiba

Um dos jogos desenvolvidos por alunos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, foi selecionado para ser apresentado no XVI Simpósio Brasileiro de Games e Entretenimento Digital, o SBGames 2017, que acontecerá de 2 a 4 de novembro em Curitiba. Criado por três membros do grupo de extensão Fellowship of the Game (FoG), o game Stack foi lançado durante a última Semana de Computação do ICMC, a Semcomp 20.

Inspirado no clássico game Tetris, o objetivo do jogo é empilhar blocos montáveis e formar linhas de peças na mesma cor. Desenvolvido pelos alunos Anayã Gimenes Ferreira, Rafael Gallo e Gil Barbosa Reis, Stack será apresentado durante o festival de jogos, na categoria jogos de estudantes. “A ideia era criar um jogo que desafiasse a visão espacial e o raciocínio lógico do jogador em vez de seus reflexos”, explica Rafael Gallo, game designer e programador do jogo. Por isso, Stack possibilita uma boa visão do tabuleiro: “Assim, o jogador pode considerar muito bem suas opções e descobrir o melhor movimento a cada rodada”. 

Gratuito, o game está disponível gratuitamente para ser jogado em computadores e em navegadores web no link: https://fog-icmc.itch.io/stack. “É ótimo receber esse reconhecimento, mesmo tendo ainda um bom caminho pela frente. O grupo trabalhou muito para ter um jogo de alto nível de que nos orgulhássemos”, conta Anayã Ferreira, game designer e artista do jogo.

Stack é um jogo de puzzle 3D cujo objetivo é conectar blocos de montar em linhas e fazer com que eles não sejam empilhados demais. Quando uma linha fica completa com a mesma cor, desaparece e a pilha abaixa.


Sobre o SBGames – Realizado pela Sociedade Brasileira de Computação, o SBGames 2017 é o maior evento acadêmico da América Latina na área de jogos e entretenimento digital. Anualmente, o evento recebe cerca de mil estudantes, pesquisadores, desenvolvedores e empresários do Brasil e de outros países, como Argentina, Peru, Estados Unidos, Inglaterra e outros. Neste ano, o evento acontecerá na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba. Além do Festival de Jogos, outras atividades fazem parte do simpósio, como exposição de artigos, pôsteres e palestras, tutoriais com especialistas, uma mostra de arte e vários workshops acadêmicos.

Este ano, houve um recorde de jogos inscritos na SBGames 2017: 274 no total. Entre os 90 jogos selecionados, 80 são digitais e 10 analógicos. Na categoria profissional, há 55 jogos, sendo 40 para PC, 13 para mobile e dois boardgames. Entre os 55, 7 jogos são em realidade virtual e seis são serious games (jogos sérios). Já na categoria jogos de estudantes, no qual está o Stack, 35 jogos foram selecionados, sendo 24 para PC, oito boardgames e três para mobile. Desses 35, dois jogos são em realidade virtual e quatro são serious games.

“A​ ​comissão​ ​está​ ​muito​ ​satisfeita​ ​com​ ​a​ ​seleção​ ​oficial.​ ​É​ ​um​ ​conjunto​ ​de​ ​jogos​ ​fantástico,​ ​de diversos​ ​gêneros,​ ​temas​ ​e​ ​públicos,​ ​que​ ​demonstram claramente​ ​o​ ​constante​ ​avanço​ ​da​ ​nossa comunidade de desenvolvedores”, escreveu a comissão de seleção da SBGames na página oficial do evento no Facebook

Palestra – Com a finalidade de estimular a participação dos estudantes do ICMC no mercado de games, o FoG promoverá a palestra Desenvolvimento de games para pesquisadores na próxima quarta-feira, a partir das 14 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. Ministrada pelo mestrando Marcio Maestrelo Funes, do ICMC, a palestra apresentará a área de desenvolvimento de games para pesquisadores e estudantes que desejam analisar a experiência de usuários por meio da coleta de dados.

Marcio tem experiência na área de games e atua como docente e desenvolvedor. Também realiza pesquisas em avaliação de experiência do usuário, com interfaces baseadas em gestos, acessibilidade e web. O evento é aberto, gratuito e não necessita de inscrição prévia. Além disso, será transmitido ao vivo (e ficará disponível posteriormente) no canal do FoG no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCbpQf6ks8uAGblsR1W0eFuQ.

Texto: Gabriel Toschi (coordenador de relações públicas do FoG) e Denise Casatti (assessoria de comunicação ICMC/USP)

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

ICMC celebra a chegada da Primavera com plantio de árvores

Evento realizado pelo Programa ICMC-USP de Gestão Socioambiental marca o Dia da Árvore e a chegada da Primavera


Pau-brasil, jacarandá e quaresmeira são algumas das espécies de árvores que serão plantadas no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, durante o evento Vem chegando a primavera, que acontecerá no próximo dia 21 de setembro, quinta-feira. A atividade, que marcará o Dia da Árvore e a chegada da Primavera, será realizada das 8h30 às 12h30 na região em frente ao bloco 4 (próximo ao redondo). 

Promovido pelo Programa ICMC-USP de Gestão Socioambiental, o evento é gratuito, aberto à participação de todos os interessados e não demanda inscrição prévia. Serão diversas iniciativas, que começarão com uma sessão de ginástica laboral e contarão com a inauguração de um ponto de recolhimento de pilhas e CDs e de um novo local para coleta de doações a campanhas solidárias. Também será instalado um lavatório para canecas a fim de desestimular o uso de copos descartáveis. Haverá, ainda, a inauguração do novo jardim em frente ao bloco 4, onde, a partir das 11h30, acontecerá uma apresentação do Coral da USP São Carlos. Confira a programação completa:

- 8h30: ginástica laboral
- 9h: demonstração de uso de extintores
- 10h: café e apresentação de ações do programa
- 10h30: plantio de árvores e sorteios
- 11h30: apresentação do Coral USP São Carlos

Sobre o Programa - O Programa ICMC-USP de Gestão Socioambiental foi lançado em 2013, com o objetivo de integrar as ações socioambientais do Instituto e alinhá-las às iniciativas da Superintendência de Gestão Ambiental da USP. O objetivo é promover os princípios de sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável em suas diversas dimensões, o uso racional dos recursos e a segurança ambiental no ICMC e na USP, além de difundir essa perspectiva no município e região. Compõem o programa a Brigada de Arboristas, o Museu da Fauna e da Flora, a Subcomissão de Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (SADS), o USP Recicla, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e a Comissão de Ação e Integração Social (CAIS).

Mais informações
Página do programa: www.socioambiental.icmc.usp.br
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622 - eventos@icmc.usp.br

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Time do ICMC vence etapa regional da Maratona de Programação

Equipes do Instituto conquistaram a primeira e a segunda colocação na regional de Piracicaba e participarão da final nacional da disputa, que acontecerá em Foz do Iguaçu dias 10 e 11 de novembro

Equipe campeã: Guilherme, Cezar e Victor (da esquerda para a direita)

No último sábado, 9 de setembro, enquanto a maioria dos estudantes curtia o feriado prolongado descansando, um grupo de 21 alunos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, divertia-se enfrentando uma maratona de desafios de programação. Eles estavam em Piracicaba participando da etapa regional da Maratona de Programação

Dos sete times do ICMC presentes na competição, cada um composto por três participantes, um se consagrou campeão (equipe Tô Nem Vendo), outro ficou em segundo lugar (equipe Trei Linha) e os demais conquistaram posições de destaque no pódio, ocupando as seguintes colocações: quarto lugar (equipe Bla), sexto (A ideia foi do Otvio), sétimo (!NULL), nono (No democracy) e décimo segundo (while(bug)). 

Em Piracicaba, 45 times disputaram a regional. Em todo o Brasil, 837 equipes participaram da Maratona e os resultados obtidos pelo ICMC possibilitaram, em âmbito nacional, que a equipe Tô nem Vendo se classificasse em terceiro lugar e a equipe Trei Linha conquistasse a nona colocação. Ambas garantiram vagas para a final brasileira da Maratona, que ocorrerá em Foz do Iguaçu dias 10 e 11 de novembro.

O professor João Batista, que coordena o Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA) do ICMC, acompanhou os estudantes durante o desafio em Piracicaba. Segundo ele, os resultados foram ótimos e o ICMC só não levará três times para a final nacional porque as regras impossibilitam que uma unidade de ensino e pesquisa tenha mais do que duas equipes na final.

O professor explica que a vaga na nacional é conquistada por quem fica nos 15 primeiros lugares na classificação geral. Além disso, cada etapa regional classifica também dois times para a final. “No caso do ICMC, ficamos em terceiro e nono lugar na pontuação nacional. Como havíamos conquistado o primeiro e segundo lugar na etapa local, essas vagas ficaram disponíveis para as equipes que estavam em terceiro e quarto lugar em Piracicaba”, conta o professor. Como em quarto lugar estava outra equipe do ICMC (BLA), a vaga na nacional foi concedida ao time que conquistou a quinta colocação.

Entre os estudantes do ICMC que irão para final nacional estão Cezar Guimarães, Guilherme Tubone e Victor Forbes – do time Tô Nem Vendo, que teve como técnico Nicolas Oe –, e Lucas Pacheco, Rodrigo Weigert e Samuel Ferreira – do time Trei Linha, que foi orientado por Danilo Tedeschi. Já os estudantes Bárbara Souza, Gabriel Pinto de Camargo e Lucas Turci são da equipe BLÁ. “A Bárbara é a única estudante do ICMC que, este ano, participou das competições de programação, um universo marcadamente masculino. Gostaríamos de incentivar mais mulheres a se engajarem na Maratona e no GEMA”, convida o professor João Batista. As equipes melhor classificadas na etapa nacional disputarão a final mundial da competição em Beijing, na China, de 15 a 20 de abril do próximo ano.

“Apesar da regional ser só uma etapa classificatória para a nacional, acredito que esses resultados demonstram como nossos times estão aptos a disputar uma colocação entre os melhores times na próxima fase e têm plena condição de trazer um bom resultado para o ICMC”, revela Bruno Sanches, integrante do GEMA. “O desempenho que se pode ver na regional é o resultado de uma combinação de dedicação contínua de várias gerações para fortalecer a cultura da Maratona de Programação dentro do ICMC e também do trabalho duro que os membros desses dois times tiveram ao longo dos anos”, finaliza.

Este ano, os estudantes do ICMC partiram de São Carlos para disputar a etapa regional em Piracicaba

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Site da Maratona: http://maratona.ime.usp.br
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E-mail: comunica@icmc.usp.br

Veja como foi o Workshop de Teses e Dissertações em Matemática do ICMC

Na abertura do evento, Felipe recebeu o Prêmio Gutierrez

Realizado entre os dias 28 e 29 de agosto, o VII Workshop de Teses e Dissertações em Matemática promoveu a divulgação das pesquisas realizadas no âmbito do Programa de Pós-graduação em Matemática do Instituto. Durante a abertura do evento, ocorreu a cerimônia do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado 2017, que reconhece, a cada ano, a melhor tese de doutorado em matemática defendida no Brasil no ano anterior. 

Este ano, o Prêmio foi entregue a Felipe Ferreira Gonçalves por sua tese Extremal Problems, Reconstruction Formulas and Approximations of Gaussian Kernels. Mestre e doutor pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada, Felipe é professor assistente da Universidade de Alberta, em Edmonton, no Canadá. Além disso, a tese intitulada Decomposição de Grafos em Caminhos, de Fábio Happ Botler, recebeu menção honrosa. Com graduação e mestrado na Universidade Federal de Pernambuco, ele fez doutorado no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP e é professor da Universidade do Chile.



Veja o álbum de fotos no Flickr e no Facebook!

Confira a reportagem do IMPA sobre a premiação: icmc.usp.br/e/0de6d

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

ICMC abre concurso para professor titular nas áreas de matemática e sistemas de computação

Inscrições podem ser realizadas até dia 23 de fevereiro

Estão abertas as inscrições para dois concursos que oferecem vagas de professor titular no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O salário é de R$ 15.862,33. 

Uma das vagas é no departamento de matemática e a outra no departamento de sistemas de computação. As inscrições devem ser realizadas exclusivamente via internet até às 17 horas do dia 23 de fevereiro de 2018 (horário oficial de Brasília) por meio deste link: https://uspdigital.usp.br/gr/admissao

Para obter mais detalhes sobre prazos, provas e documentações, acesse os editais nos links a seguir: icmc.usp.br/e/f4ee2 (área de matemática) e icmc.usp.br/e/6b420 (área de sistemas de computação).

Crédito da imagem: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC

Mais informações
Edital ATAc/ICMC/SMA-USP nº 065/2017 (matemática): icmc.usp.br/e/f4ee2
Edital ATAc/ICMC/SSC-USP nº 066/2017 (sistemas de computação): icmc.usp.br/e/6b420
E-mail: sacadem@icmc.usp.br

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Confira as imagens da Feira USP e as Profissões


Durante a Feira USP e as Profissões, que aconteceu de 24 a 26 de agosto em São Paulo, os estudantes tiveram a oportunidade de esclarecer as dúvidas no estande do ICMC. Professores, funcionários e alunos participaram da iniciativa, que contribuiu para divulgar os oito cursos de graduação oferecidos pelo Instituto.

Confira algumas imagens marcantes do evento no Flickr e no Facebook!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Como a diplomacia da ciência pode contribuir para transformar nosso mundo

Pesquisador da USP é o único brasileiro a fazer parte de um comitê recém-criado com o objetivo de aproximar cientistas e gestores públicos na busca por solucionar problemas que afligem a América Latina e o Caribe.

Workshop sobre assessoramento científico governamental na Argentina debateu os desafios da diplomacia da ciência

Construir redes para conectar cientistas e tomadores de decisão não é tarefa simples nem para os mais experimentes cientistas da computação. Porém, esse é um dos desafios que o professor André de Carvalho decidiu enfrentar. Pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, André foi selecionado para uma vaga no comitê criado pela Rede Internacional para Assessoramento Científico Governamental (INGSA, na sigla em inglês) especialmente para debater os desafios da diplomacia da ciência na América Latina e no Caribe.

Ele e mais cerca de 60 pesquisadores e gestores públicos se reuniram em Buenos Aires, na Argentina, de 28 a 30 de junho, para participar do Wokshop da América do Sul para Assessoramento Científico Governamental, organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina em conjunto com a INGSA e a Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAI). Financiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pelo Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento, o evento analisou as contribuições que a ciência pode prover para o aprimoramento de políticas públicas em diferentes áreas, além de promover uma troca de experiências entre os participantes e discutir os desafios que devem ser enfrentados. 

Segundo o professor André, as atividades do centro estão muito ligadas a uma área conhecida por diplomacia da ciência, que tem crescido em importância nos países desenvolvido nos últimos anos: “A UNESCO possui várias iniciativas para fortalecer a diplomacia da ciência e a AAAI possui um centro dedicado ao tema. A diplomacia da ciência estimula a colaboração científica entre países, por considerá-la parte essencial da política externa na era do conhecimento”. O professor conta que, na época da Guerra Fria, era comum existirem militares como membros de embaixadas e consulados. Atualmente, em vários países, eles vêm sendo substituídos pela crescente presença de diplomatas cientistas.

No início de agosto, André recebeu a notícia de que havia sido selecionado para fazer parte do seleto comitê, que conta apenas com oito membros. Ele é o único brasileiro a fazer parte do time, do qual participam dois cientistas argentinos, dois chilenos, uma colombiana, uma peruana e uma venezuelana. Diretor do Centro de Aprendizado de Máquina em Análise de Dados (NAP-AMDA), André também é vice-diretor do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas a Indústria (CeMEAI) e faz parte da Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE).

Nesta entrevista, o professor fala sobre a relevância de participar desse comitê recém-criado pela INGSA, dá exemplos de como a análise de dados pode ser relevante para a construção de políticas públicas mais bem-sucedidas e explica como pretende promover a diplomacia científica no Brasil. 

Professor André é o único brasileiro que fará parte
do comitê recém-criado pela INGSA

Qual a relevância de se tornar membro do comitê criado pela INGSA especialmente para a América Latina e para o Caribe?
A INGSA é uma instituição internacional que procura fortalecer os laços entre academia e estado. Isso é muito forte no Reino Unido, lá todo primeiro ministro tem um cientista chefe que faz essa interlocução. Ele não vai responder todas as dúvidas do primeiro ministro e aconselhá-lo sozinho. Sua função é saber quem, na comunidade científica, pode ajudar o governo a resolver certos desafios. A ideia é dar soluções científicas, baseadas em evidências, para a solução dos problemas enfrentados por um país. A INGSA também possui importantes contribuições na diplomacia da ciência. Esse tipo de diplomacia já é realizado de forma efetiva no Reino Unido, na Nova Zelândia, no Japão e no Canadá. Algumas embaixadas, pelo menos dos países mais desenvolvidos, contam com um cientista. Porque muitas discussões que ocorrem entre os países estão relacionadas a descobertas cientificas, colaborações, patentes e propriedade intelectual. 


No Workshop de que você participou na Argentina houve exemplos de como a diplomacia da ciência pode contribuir com o desenvolvimento dos países?
No Workshop, houve várias atividades práticas. Por exemplo: imagine que está acontecendo uma catástrofe em um país, como a epidemia do zika vírus. Como o cientista pode sugerir ao governo políticas para lidar com esse problema? É claro que os gestores públicos não vão, necessariamente, seguir os conselhos dos cientistas, mas pelo menos precisam saber que os cientistas podem ajudar a resolver esses problemas, com base científica. É necessário reconhecer que os governos podem tomar decisões baseadas em evidências. 

Quais são os principais desafios no começo dessa sua nova jornada?
A primeira questão é sensibilizar o governo para a importância de ouvir os cientistas e sensibilizar os cientistas para que contribuam mais com o governo na solução dos problemas que afetam a população. Não adianta convencer só uma dessas partes. Em vez de ficarem discutindo entre elas, precisam entender que uma parte precisa da outra e que, no final, é o país que se beneficia dessa relação. Então, talvez esse esforço já possa criar uma consciência maior no país da importância dessa interlocução. Nesses países onde a diplomacia da ciência é bem estabelecida, há uma forte comunicação do governo com a academia de ciências dos países. Nós temos uma academia de ciências aqui no Brasil, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), que pode ser um importante interlocutor do estado.


Existem algumas ações que você pretende desenvolver aqui no Brasil para promover essa aproximação entre cientistas e gestores públicos?
Primeiro, minha intenção é discutir com a ABC essa iniciativa da criação do comitê da INGSA. Depois, vou procurar interlocutores no governo, não só no âmbito executivo, mas também no legislativo, para mostrar que existe essa necessidade de conectarmos academia e estado. Porque isso acaba beneficiando a população inteira, com melhores políticas públicas para a saúde, para lidar com catástrofes que possam ocorrer e para planejar o futuro também. Quer dizer, não sou eu que vou tomar decisão nenhuma, eu só quero ajudar a conectar essas duas pontas. 


Você poderia dar alguns exemplos sobre como a área científica em que você atua, o campo da ciência de dados, pode contribuir com o desenvolvimento de políticas públicas mais bem-sucedidas? 
Os cientistas de dados podem, por exemplo, avaliar dados para fazer predições de catástrofes ou de epidemias. Outra possibilidade é a análise de dados educacionais, que nos permitem avaliar as ações que estão trazendo bons resultados e as que precisam ser realizadas de outra forma. É assim que podemos chegar a conclusões do tipo: “a gente está indo mal porque estamos fazendo assim e outro país está indo muito bem porque está fazendo de outro jeito”.

A análise de dados também é fundamental para planejarmos o futuro e melhorar alguma política pública que não está dando certo. Por exemplo: atualmente, a segurança no Rio de Janeiro é um problema muito grave. Então, podemos estudar os dados e empregar técnicas de ciência de dados para propor uma nova política pública. Existem várias pesquisas que aplicam técnicas de ciência de dados para analisar a segurança. Mas esses estudos ficam restritos à academia e não chegam ao conhecimento dos gestores públicos. Isso não tem que ser uma iniciativa de um governo, tem que uma atitude do estado, você não pode ficar à mercê do governante da vez. 


Qual a diferença entre uma política de governo e uma política de estado?
Quando você tem política de governo, você acaba tendo política de curto prazo. Por isso, é comum que, quando entra um novo governo, ele não continue o que o anterior fez. Já a política de estado independe de partido político, de viés ideológico. É aonde a gente quer chegar. Claro, cada um pode achar que um caminho é mais interessante que outro, mas tem que haver um método em comum com alguns submétodos no caminho. Cada um dá seu “tempero” quando está no governo, mas a política de estado deve ser uma só. Por exemplo, se estabelecermos que, em 20 anos, a gente tem que acabar com o analfabetismo, isso passa a ser uma meta independentemente de quem esteja no governo.


Você acredita que se houvesse uma política de estado para a ciência, não estaríamos passando pela atual crise de falta de recursos?
Eu acho. Porque o governo hoje está olhando a ciência como se fosse um luxo. Não enxerga a ciência a longo prazo. Isso também tem a ver com a forma como alguns políticos pensam o país, enxergando apenas o curto prazo, a próxima eleição. Precisamos pensar a longo prazo e levar em conta toda a população em vez dos nossos próprios interesses. Eu sempre penso que a gente tem que olhar primeiro para o mundo, depois para o país, a seguir para o Estado de São Paulo, para a universidade e, só então, para nós mesmos. No entanto, as pessoas fazem o contrário.


Na sua opinião, a falta dessa diplomacia da ciência contribuiu para chegarmos à crise de credibilidade que a área vive hoje em âmbito mundial?
Sim. Quando existe uma crise econômica por exemplo, os gestores públicos nem levam em conta chamar um cientista para ajudar a pensar na direção que se deve seguir. As decisões são baseadas no que o político pensa e não em conceitos sólidos da ciência, em evidências. A ideia é termos uma governança mais baseada em evidências do que em dogmas, é isso que alguns países desenvolvidos estão tentando fazer. E isso é olhar a longo prazo também. Não adianta gerar riqueza se você destrói o planeta, se as pessoas não têm boa qualidade de vida.


Muitos cientistas estão deixando o Brasil porque não estão enxergando uma perspectiva futura promissora no campo da ciência. Você vê de maneira otimista o futuro da ciência no nosso país?
Sim. A gente não pode largar nosso país para deixar que destruam ele. Eu não critico quem quer sair do Brasil, mas por outro lado você pode trabalhar para mudar o nosso país. Eu entendo os dois lados. No entanto, posso apontar exemplos bem-sucedidos como o da Nova Zelândia. O país está crescendo, a população tem qualidade de vida. Como eles estão conseguindo fazer isso? Estão usando a ciência. Quando surgiu um boato de que um vulcão entraria em erupção lá e haveria um grande terremoto em uma determinada cidade, a população entrou em pânico. O que o governo fez? Chamou o comitê de cientistas que o assessora para pedir sugestões. A proposta desse comitê foi enviar a equipe do governo para aquela cidade no dia previsto para a tragédia acontecer. Dessa forma, eles passaram a mensagem para a população de que confiavam nos cientistas, os quais diziam que não haveria erupção nem terremoto. Com todos os ministros na cidade, a população foi tranquilizada.


Durante a última reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, alguns cientistas lançaram a ideia de criar um partido político no Brasil em prol da defesa da ciência. Você acredita que essa é a melhor solução para a atual crise?
Eu acho que não. Porque esse partido político seria setorizado. Nesse caso, precisaríamos ter um partido para cada tema importante para a população. Na minha opinião, a preocupação com a ciência e o apoio aos cientistas precisa existir em todos os partidos. 

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Encontro de Experiências em Estatística: evento no ICMC debate projetos e estágios na área

Aberto a todos os interessados, evento será realizado no dia 21 de outubro, às 8 horas


A terceira edição da iniciativa reuniu cerca de 60 participantes

Estimular o debate entre alunos, professores e egressos sobre a realização de estágios e projetos na área de estatística. Esse é o objetivo do Encontro de Experiências em Estágios e Projetos (EEEP Best 2017), evento que acontecerá no dia 21 de outubro, sábado, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

O evento é organizado pela professora Katiane Silva e contará com palestras, dinâmicas e bate-papos com professores do curso de Estatística, estudantes que fazem estágio em empresas da região e egressos que já estão no mercado de trabalho. O encontro, que está na sua quarta edição, acontecerá no auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111) do ICMC, das 8 às 12h30.

Para participar, é preciso preencher o formulário disponível no link www.icmc.usp.br/e/49ae0 e pagar a taxa de inscrição na Seção de Eventos do ICMC (sala 4-000) ou por depósito na conta indicada no formulário. No caso de depósito, é preciso enviar o comprovante para eventos@icmc.usp.br. Até 30 de setembro, o valor para alunos de graduação e pós-graduação é de R$ 5, enquanto demais participantes pagam R$ 10. A partir de 1º de outubro, a taxa será de R$ 10 para todas as categorias.

Texto: Alexandre Wolf - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622
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Cursos do ICMC são cinco estrelas na avaliação do Guia do Estudante

Dos 121 cursos da USP avaliados com cinco estrelas pelo Guia do Estudante, 6 são do ICMC

Instituto oferece cursos nas áreas de computação, matemática e estatística

Se você ainda está na dúvida sobre qual curso e universidade escolher pode contar com a ajuda da avaliação do Guia do Estudante Profissões Vestibular 2018. O Guia concedeu cinco estrelas, a avaliação máxima, a seis cursos de graduação oferecidos pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Considerando-se toda a USP, 121 cursos da Universidade receberam essa avaliação (confira a lista dos cursos avaliados).

No ICMC, a nota máxima foi alcançada pelos cursos de Ciências de Computação, Sistemas de Informação, Licenciatura em Matemática, Bacharelado em Estatística, Engenharia de Computação (oferecido em parceira com a Escola de Engenharia de São Carlos) e Licenciatura em Ciências Exatas (oferecido em parceira com o Instituto de Física de São Carlos e com o Instituto de Química de São Carlos). Já o Bacharelado em Matemática e o Bacharelado em Matemática Aplicada e Computação Científica foram avaliados na mesma categoria e receberam quatro estrelas. Os estudantes que desejam obter mais informações sobre os cursos oferecidos pelo ICMC podem consultar o guia Faça parte do futuro.

Vale lembrar que as inscrições para o vestibular da Fuvest 2018 terminam dia 11 de setembro e que os estudantes também podem ingressar na USP por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).

Gráfico mostra evolução dos cursos da USP avaliados com cinco estrelas (fonte: Jornal da USP)

Metodologia do Guia – Publicado pela Editora Abril, o Guia do Estudante Profissões Vestibular 2018 passará a circular nas bancas a partir de 16 de outubro e é um dos principais veículos de avaliação de cursos superiores de bacharelado e licenciatura. A avaliação do Guia do Estudante é constituída de uma pesquisa de opinião feita, basicamente, com professores e coordenadores de curso. Eles emitem conceitos que permitem classificar os cursos em bons (três estrelas), muito bons (quatro estrelas) e excelentes (cinco estrelas).

O questionário que é enviado para os educadores é composto por 15 questões com temas relativos ao corpo docente, produção científica e instalações físicas, entre outros. Vale lembrar que, por se tratar de uma pesquisa de opinião, os resultados refletem, sobretudo, a imagem que o curso tem perante a comunidade acadêmica.

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Foto: Nilton Junior/ArtyPhotos

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Site do ICMC: icmc.usp.br/graduação
Guia Faça Parte do Futuro: icmc.usp.br/e/19bf6
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