terça-feira, 30 de junho de 2015

Aluno do ICMC desenvolve técnica capaz de gerar automaticamente conteúdo para jogos

Pesquisa mede também o grau de imersão dos usuários, analisando os níveis de diversão, atenção e dificuldade experimentados durante as fases de um jogo

Tela do jogo usado pelo mestrando para testar o modelo criado

Desde criança, o aluno de mestrado do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, Lucas Ferreira, era um apaixonado por games. O gosto pelos jogos cresceu junto com ele e, hoje, ele aplica sua paixão pelo mundo virtual na criação de novos desafios para os amantes de jogos eletrônicos. O trabalho do estudante, no qual são geradas automaticamente fases dentro de um game, faz parte de sua dissertação de mestrado, que será defendida em breve no Instituto.

Ferreira desenvolveu um algoritmo, uma sequência de comandos que é passada para o computador a fim de definir uma tarefa, capaz de gerar automaticamente conteúdo e novos níveis dentro de um jogo. O game utilizado para testar seu modelo durante o mestrado foi o Angry Birds. “A gente procurou um contexto em que alguns estudos ainda não haviam sido aplicados. Como o Angry Birds é baseado em física, ele nos traria diversos desafios para gerar conteúdos”, diz o estudante.

O estudo desenvolvido pelo mestrando foi criado para analisar a interação dos jogadores com as fases geradas. “Nossa ideia era medir o grau de imersão dos usuários, descobrir se eles perderam a noção do tempo durante o jogo, esquecendo-se do mundo. Esses são alguns dos principais sentimentos que a indústria de jogos quer promover nos jogadores”, explica o mestrando.

Para obter essas informações, o aluno criou um questionário para que os usuários, após terem jogado algumas fases, pudessem responder e dar um feedback ao desenvolvedor, opinando sobre o nível de diversão, dificuldade e interação experimentados. Com essas respostas, é possível comparar as fases geradas pelo aluno com as do jogo original.

Antes de iniciar seu mestrado no ICMC na área de Geração Procedural de Conteúdo, Ferreira trabalhava em uma empresa de jogos australiana no formato de home office e essa experiência contribuiu muito para seu mestrado: “Eu consegui aliar a experiência de jogador e desenvolvedor, o que me ajudou bastante a criar mais rápido o jogo utilizado nos experimentos. Se eu não tivesse essa experiência, teria sido muito mais difícil”.

O trabalho, que começou há cerca de dois anos, está sendo orientado pelo professor Claudio Toledo, do ICMC. O docente já havia atuado anteriormente na área de games, quando foi orientador de uma iniciação científica no Instituto, a qual desenvolveu algoritmos baseados em computação evolutiva para inteligência artificial do jogo.

Toledo diz que a execução de todas as etapas, tal como realizado no trabalho de Lucas, é algo difícil de ser encontrado: “Nós geramos conteúdo, avaliamos a jogabilidade e fizemos testes com humanos. Fechamos essas três etapas. Dificilmente você vê pesquisadores, mesmo no exterior, terminando esses três passos na área de geração de conteúdo. Essa foi a principal contribuição do projeto”.

Professor Cláudio (à esquerda) e Lucas: trabalho abarcou geração de conteúdo, avaliação e testes
Além de desenvolver conteúdos para diversão, o orientador diz que essa técnica pode ser utilizada em outras áreas. Ele conta que é possível, por exemplo, usar o modelo na recuperação de pessoas com algum tipo de lesão, tratamento de fisioterapia ou, então, ajudar idosos a combater doenças que vêm com a idade, fazendo com que eles se movimentem e exercitem a memória e a atenção. Com isso, seria possível um tratamento de baixo custo nos hospitais públicos. Com todas essas ideias em mente, o professor busca atrair parcerias com empresas para realizar pesquisas nesta área, além de novos talentos para o ICMC.

Mais de uma centena de pessoas já jogaram as fases desenvolvidas pelo aluno de mestrado, oriundas de vários lugares do mundo. Quem desejar passar pela experiência, basta clicar aqui.  As pesquisas desenvolvidas já resultaram em dois artigos aceitos em congressos internacionais. No momento, o estudante está escrevendo um artigo final com todo o resultado de seu mestrado para a revista Evolutionary Computation, do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT). Em setembro, Lucas irá fazer doutorado na Universidade da Califórnia na mesma área de atuação.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Palestras da semana - 29 de junho a 3 de julho


Seminários da Pós-graduação em Matemática
Normal varieties
Palestrante: Otoniel Nogueira da Silva
Quando: quarta-feira, 1 de julho, às 13h
Onde: sala 3-011
Clique aqui para ver o resumo
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Palestra
O teorema de Curtis-Hedlund-Lyndon para espaços shift sobre alfabetos enumeráveis
Palestrante: Marcelo Sobottka (UFSC)
Quando: sexta-feira, 3 de julho, às 16h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
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Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

Oportunidade: ICMC seleciona docente para o Departamento de Ciências de Computação


Estão abertas, até o dia 3 de julho, as inscrições para contratação de um docente temporário para ministrar disciplinas junto ao Departamento de Ciências de Computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Os contratados, que serão nomeados como Professor Contratado Nível III (Doutor), terão jornada de 12 horas semanais e salário de R$ 1.741,99.

As inscrições para o processo seletivo devem ser feitas pessoalmente ou por procuração na Assistência Acadêmica do ICMC, que fica na Avenida Trabalhador são-carlense, 400. O candidato precisará apresentar: cópia do documento de identificação; prova de que é portador do título de doutor, cópia do título e do comprovante de votação da última eleição – ou da respectiva multa ou justificativa. 

A seleção será realizada por meio de notas atribuídas em uma prova didática e outra escrita. O contrato terá duração até 31 de dezembro de 2015 com possibilidade de prorrogações até completar, no máximo, dois anos de serviços. Para mais informações sobre o processo seletivo, acesse o edital completo em icmc.usp.br/e/adefc.

Mais informações
Assistência Acadêmica do ICMC: (16) 3373.8163/3373.8109
E-mail sacadem@icmc.usp.br

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Defesas e qualificações da semana - 22 a 26 de junho




Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Architectural design of service-oriented robotic systems
Aluno: Lucas Bueno Ruas de Oliveira
Orientadora: Elisa Yumi Nakagawa
Quando: terça-feira, 30 de junho, às 9h30
Onde: Sala 3002
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Visualização de similaridades em bases de dados de música
Aluno: Jorge Henrique Piazentin Ono
Orientador: Luis Gustavo Nonato
Quando: terça-feira, 30 de junho, às 14h30
Onde: Auditório “Prof. Luiz Antonio Favaro”
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Defesa de Doutorado em Matemática
Non-degeneracy of polynomial maps with respect to global Newton polyhedra
Aluno: Jorge Alberto Coripaco Huarcaya
Orientador: Marcelo José Saia
Quando: quinta-feira, 2 de julho, às 9h30
Onde: Sala 3002
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Programação matemática e métodos heurísticos para o corte de itens irregulares
Aluno: Leandro Resende Mundim
Orientadora: Marina Andretta
Quando: quinta-feira, 2 de julho, às 9h30
Onde: Sala 3102
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Mais informações
Agenda de defesas e qualificações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

Teoria de Singularidades: dois eventos acontecem em Salvador entre 8 e 17 de julho


Os eventos Brazil-Mexico 2nd Meeting on Singularities e Brazilian Northeastern Meeting on Singularities (3rd Meeting) serão realizados de 8 a 17 de julho no campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em Ondina, Salvador.

A organização é do grupo de Singularidades do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, em conjunto com os grupos de Singularidades da UFBA, da Universidade Federal da Paraíba e da Universidad Nacional Autónoma de México.

Na semana de 8 a 11 de julho ocorrerá uma escola em Teoria de Singularidades para alunos de pós-graduação, pós-doutorandos e jovens pesquisadores. Na segunda semana do evento, será realizado um workshop para especialistas na área de Teoria de Singularidades, Teoria de Folheação, Teoria de Bifurcação, Sistemas Dinâmicos e áreas afins.

Entre os palestrantes confirmados estão Terence Gaffney, da Northeastern University (Estados Unidos), Jean-Paul Brasselet, do Institut National des Sciences Mathématiques do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, França), Osamu Saeki, do Institute of Mathematics for Industry da Kyushu University (Japão), e Carmen Romero Fuster, da Universitat de València (Espanha).

Com informações da Agência FAPESP

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E-mail: comunica@icmc.usp.br

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Coral da USP em Ribeirão Preto é atração gratuita na próxima segunda no ICMC

Serão apresentados sucessos da música popular brasileira e internacional, além de peças sacras

Grupo Madrigal Revivis será uma das atrações no ICMC

Dois grupos do coral da USP em Ribeirão Preto se apresentarão gratuitamente no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, na próxima segunda-feira, 29 de junho, às 20 horas. Haverá 200 ingressos à disposição do público, que poderá retirá-los antecipadamente no Centro Cultural da USP ou no serviço de pessoal do ICMC. 

O grupo feminino Zênite será uma das atrações da noite, seu repertório reflete uma das características do grupo, que é a abertura para o mundo e para o bem estar social e pessoal. Nesse sentido, canta muitas peças com temática humanística e popular, ligadas às raízes de diversos países, como Japão, Espanha, Brasil, Israel. Participou de concertos e encontros, dentre os quais o Festival Internacional de Corais de Minas Gerais em 2012 e 2013 e do Cruzeiro Coral este ano. Entre as músicas que serão apresentadas destacam-se Eu sei que vou te amar, de Tom Jobim; Descobridor dos sete mares, de Michel e Gilson Mendonça; e Imagine, de John Lennon.

Haverá, também, a apresentação do grupo Madrigal Revivis, que está completando 45 anos de existência e traz em seu currículo participações em grandes festivais como o de Cabo Frio e o de Córdoba, na Argentina. Além disso, é vencedor do projeto Mapa Cultural Paulista. O grupo, que foi incorporado ao coral da USP de Ribeirão Preto em 1989, irá apresentar no ICMC uma série de peças sacras.

Os dois grupos serão regidos pelo maestro Sergio Alberto-de-Oliveira, diretor artístico e regente titular do coral da USP de Ribeirão Preto. A apresentação é uma iniciativa da Comissão de Integração Social (CAIS) do ICMC, apoiada pela Comissão de Cultura e Extensão Universitária do Instituto. Os ingressos podem ser retirados das 8h30 às 12 horas e das 14 às 17 horas no Centro Cultural da USP em São Carlos (acesso pela avenida Dr. Carlos Botelho, 1465) ou no serviço de pessoal do ICMC (avenida Trabalhador são-carlense, 400). 

Grupo feminino Zênite é a outra atração da noite de segunda, 29 de junho

Coral da USP de Ribeirão Preto no ICMC
Quando: segunda-feira, 29 de junho, às 20 horas
Local: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC
Como retirar os ingressos gratuitamente: das 8h30 às 12 horas e das 14 às 17 horas no Centro Cultural da USP em São Carlos (acesso pela avenida Dr. Carlos Botelho, 1465) ou no serviço de pessoal do ICMC (avenida Trabalhador são-carlense, 400). 
Mais informações: ligue para (16) 3373.8184/3373.9630 ou escreva para cais@icmc.usp.br

quarta-feira, 24 de junho de 2015

ICMC contrata dois docentes para o Departamento de Sistemas de Computação


Estão abertas, até o dia 30 de junho, as inscrições para contratação de dois docentes temporários para ministrar disciplinas junto ao Departamento de Sistemas de Computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Os contratados, que serão nomeados como Professor Contratatado Nível III (Doutor), terão jornada de 12 horas semanais e salário de R$ 1.741,99.

As inscrições para o processo seletivo devem ser feitas pessoalmente ou por procuração na Assistência Acadêmica do ICMC, que fica na Avenida Trabalhador são-carlense, 400. O candidato precisará apresentar: cópia do documento de identificação; prova de que é portador do título de doutor, cópia do título e do comprovante de votação da última eleição ou prova da respectiva multa ou da devida justificativa. 

A seleção será realizada por meio de notas atribuídas em uma prova didática e outra escrita. O contrato terá duração até 31 de dezembro de 2015 com possibilidade de prorrogações até completar, no máximo, dois anos de serviços. Para mais informações sobre o processo seletivo, acesse o edital completo em icmc.usp.br/e/e7bd3.

Mais informações
Assistência Acadêmica do ICMC: (16) 3373.8163/3373.8109
E-mail sacadem@icmc.usp.br

Inscrições abertas para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática Aplicada e Estatística


Estão abertas, até o dia 8 de julho, as inscrições para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática Aplicada e Estatística (SME) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O início das monitorias acontece em agosto e terão a duração de quatro meses, com três horas semanais de atendimento aos alunos.

Podem participar do processo seletivo alunos de graduação, desde que tenham concluído pelo menos os dois primeiros semestres do curso, ou de pós-graduação. É preciso, também, ter cursado a disciplina em que pretende ser monitor ou outra de conteúdo equivalente, além de não possuir outras bolsas.

Os interessados deverão se inscrever na secretaria do SME munidos de histórico escolar atualizado, que pode ser impresso pelo Sistema Júpiter, Fênix ou Janus. Confira, abaixo, as disciplinas disponíveis para monitoria.

SME0110 – Programação Matemática
SME0123 – Estatística (Turma 1)
SME0123 – Estatística (Turma 2)
SME0245 – Funções de Variável Complexa
SME0300 – Cálculo Numérico (Turma 3)
SME0300 – Cálculo Numérico (Turma 4)
SME0302 – Métodos Numéricos para Engenharia II
SME0306 – Métodos Numéricos e Computacionais II (Turma 1)
SME0306 – Métodos Numéricos e Computacionais II (Turma 2)
SME0510 – Introdução à Pesquisa Operacional
SME0800 – Probabilidade I
SME0809 – Inferência Bayesiana
SME0892 – Cálculo Numérico

Mais informaçõesSecretaria do SME: (16) 3373.8121
E-mail: sme@icmc.usp.br

terça-feira, 23 de junho de 2015

Uma ideia na cabeça e um smartphone na mão: estudantes do ICMC criam aplicativos e são reconhecidos

Eles ainda estão cursando a graduação, mas já estão de olho no mercado de aplicativos brasileiro


Douglas, Joyce e Pedro: reconhecimento pela criação do CheckProvas
Uma ideia na cabeça e um smartphone na mão. A frase sintetiza o que está acontecendo na vida de inúmeros estudantes de graduação brasileiros matriculados em cursos de computação. A maioria deles tem entre 18 e 25 anos e é movida pelo entusiasmo que caracteriza quem tem vontade de inovar e empreender. Duas histórias de sucesso surgidas recentemente nos corredores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, exemplificam como nascem essas ideias e aplicativos.

Imagine se você pudesse desbloquear seu smartphone simplesmente olhando para a tela do dispositivo? Foi com essa intenção que três alunos do ICMC criaram um projeto para aumentar a segurança em celulares. Outras opções oferecidas pelo aplicativo é o desbloqueio por meio da realização de uma sequência de movimentos ou de um desenho. É possível, ainda, desativar essas opções quando você estiver em uma determinada “zona de segurança”, em sua casa ou em seu ambiente de trabalho, por exemplo.

Chamado 3Pi Unlocker, o projeto nasceu pelas mãos de Marcos Cruz e Fábio Alves, alunos do curso de Ciências de Computação do ICMC, e por Rogério Souza, que está fazendo Sistemas de Informação no Instituto. A iniciativa ficou em segundo lugar no concurso cultural Fast Forward, promovido pela empresa alemã Visual-Meta GmbH. Como prêmio, a equipe recebeu R$ 1,5 mil. “Quando entrei no ICMC, tive contato com a tecnologia móvel. Então, eu já tinha conhecimento técnico suficiente para pensar em um aplicativo e no escopo do que íamos fazer”, conta Marcos.

O estudante revela, ainda, que um impulso importante para o desenvolvimento do aplicativo foi a disciplina Tópicos Avançados em Comunicação. “Desenvolvemos um plano de negócio para um produto na disciplina”, lembra Marcos. “Mas quando decidimos participar do concurso, só conhecíamos as técnicas que íamos usar para desenvolvê-lo. Não tínhamos o produto final”, completa. Segundo o estudante, a meta da equipe é disponibilizar o produto para o público até o fim do ano e já há planos para a criação de mais dois aplicativos. No momento, eles estão em busca de alternativas para obter mais recursos e viabilizar o lançamento futuro de uma empresa

Essa é uma busca que mobiliza atualmente outro grupo de estudantes do ICMC que criou o CheckProvas, um aplicativo que serve para os estudantes se organizarem para provas. A ideia é possibilitar que o usuário cadastre os conteúdos de cada avaliação e, automaticamente, são enviados alertas sobre os tópicos que ainda precisam ser estudados em três momentos diferentes: sete dias antes da prova, três dias e um dia. Mas o usuário pode alterar essas datas, conforme suas necessidades. 

O projeto ficou em segundo lugar na competição Sua Ideia na Prática, evento idealizado pela Ideation Brasil, empresa incentivadora do empreendedorismo nas universidades. Criado por Douglas de Oliveira e Pedro de Araújo – do curso de Ciências de Computação do ICMC – e por Joyce Costa, que cursa Engenharia Ambiental na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), o aplicativo também contou com a colaboração do designer Mateus Andrade, que cursa Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FATEC, em São Paulo. Como prêmio, a equipe receberá mentorias e assessoria jurídica. Além disso, eles já foram convidados para apresentar o projeto a uma aceleradora da região e estão participando, no momento, de uma outra edição da competição na capital paulista.


Criando um aplicativo em 20 dias – Douglas conta que o aplicativo foi criado em cerca de 20 dias durante a competição, que durou cinco semanas e contou com a participação de 120 pessoas. Em um primeiro momento, eles formaram a equipe, no dia 5 de maio, e começaram a pesquisar possíveis problemas que poderiam ser resolvidos por meio de um aplicativo. O grupo realizou, então, uma pesquisa com estudantes da USP e da UFSCar e identificaram que, entre os problemas que mais afetavam os universitários entrevistados estavam a falta de organização e de produtividade.

No dia 18 de maio, um post no Facebook literalmente trouxe o insight de que o grupo precisava: “Era 22 horas e um dos nossos colegas escreveu uma mensagem perguntando qual matéria ia cair na prova que aconteceria na manhã do dia seguinte”. Com o cronograma estourando, o grupo correu para desenvolver um protótipo do CheckProvas e fazer a validação do aplicativo. “Criamos um formulário descrevendo o produto, pedindo sugestões, críticas e perguntando se as pessoas teriam interesse em usá-lo. Divulgamos a pesquisa em grupos de alunos de 34 universidades públicas e particulares das cinco regiões do Brasil por meio do Facebook”, revela Oliveira. Resultado: 849 respostas, sendo que 84,1% dos estudantes afirmaram que usariam o aplicativo. “Também recebemos respostas positivas de mais de 300 pessoas interessadas em testar o produto”, completa. A meta, agora, é colocar o aplicativo à disposição dos universitários brasileiros o mais rápido possível.

Para Oliveira, que está no segundo ano do curso, estudar no ICMC foi fundamental em todo o processo em virtude dos conteúdos que têm aprendido e dos contatos estabelecidos: “Quanto mais você estuda algo complexo, mais você tende a expandir sua visão e a ter ideias para problemas que antes você não via, além de encontrar soluções para resolver as coisas de forma mais prática e simples”.

Moreira: com poucos recursos é possível colocar um produto no mercado usando apenas o conhecimento

Cenário promissor – No final de 2014, as duas principais lojas do mundo de aplicativos hospedavam juntas cerca de 2,64 milhões de aplicativos. Desse montante, 1,43 milhão pertenciam à Google Play contra 1,21 milhão da Apple Store, segundo relatório da appFigures. A mesma pesquisa mostra que a Google Play contava na época com 388 mil desenvolvedores conta 282 mil da Apple. 

A briga dessas duas gigantes pela liderança mostra quanto o mercado de software tem se transformado nos últimos anos. “Esse mercado mudou muito recentemente, a ponto de permitir que indivíduos ou pequenos grupos, com pouquíssimos recursos, consigam colocar um produto no mercado usando basicamente apenas o conhecimento”, explica o professor Edson Moreira, do ICMC.

Na visão do professor, o cenário anterior levava as universidades a formaram alunos, na área de computação, muito direcionados a se tornarem funcionários de uma empresa. Agora, a possibilidade de ter o próprio negócio está ao alcance de todos. “O Brasil precisa de novos empreendedores. Por isso, é importante que a gente tenha mais empreendedores saindo das universidades. Sabemos que, nesse mundo moderno, os motores do desenvolvimento são as pequenas e médias empresas”, completa Moreira.

De fato, o mercado brasileiro de software e serviços é liderado por micro e pequenos negócios, com participação de 45,62% e 49,02%, respectivamente, segundo o estudo Mercado Brasileiro de Software e Serviços 2015, produzido pela International Data Corporation (IDC) em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES). A pesquisa mostrou também que, considerando-se o mercado de software isoladamente, sem as exportações, o faturamento atingiu a marca de US$ 11,2 bilhões no ano passado.

“A gente quer que o aluno seja empreendedor, mas nós estamos fazendo as modificações nos processos de ensino e aprendizagem para chegarmos a esse resultado?”, questiona Moreira. Na opinião dele, os mecanismos formais de estímulo ao empreendedorismo e à inovação precisam ser ampliados nas universidades. 

Há cinco anos o professor inclui a demonstração do protótipo de um produto e a construção de um plano de negócio na avaliação de uma das disciplinas que ministra no ICMC, Tópicos Avançados em Comunicação. “O aluno tem que demonstrar que entendeu a teoria e que conseguiu transformar essa teoria em um produto vendável, com clientes, com mercado, com a ideia da cadeia de custos e tudo mais”, conta Moreira. A história de sucesso do aplicativo 3Pi Unlocker é um sinal de que a estratégia do professor está funcionando.

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Palestras da semana - 22 a 26 de junho




Palestras de informação profissional
Ética
Palestrante: Renata Pontin (ICMC)
Quando: segunda-feira, 22 de junho, às 14h
Onde: sala 4-003
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Seminários de Singularidades
Singularidades dicriticas homogêneas
Palestrante: Gabriel Calsamiglia
Quando: segunda-feira, 22 de junho, às 15h
Onde: sala 3-103
Clique aqui para ver o resumo
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Seminários de Pós-Graduação em Matemática
On the topology of Morin singularities
Palestrante: Camila Mariana Ruiz
Quando: quarta-feira, 24 de junho, às 13h
Onde: sala 3-010
Clique aqui para ver o resumo
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Seminários de Computação - Pós-Graduação
Opinion Mining: uma função de marketing a cargo da computação
Palestrante: Magali Sanches Duran
Quando: quarta-feira, 24 de junho, às 14h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
Clique aqui para ver o resumo
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Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Defesas e qualificações da semana - 22 a 26 de junho


Defesa de Doutorado em Matemática
Dinâmica de correspondências holomorfas
Aluno: Carlos Alberto Siqueira Lima
Orientador: Daniel Smania Brandão
Quando: segunda-feira, 22 de junho, às 14h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Mestrado em Matemática
Equações elípticas com não lineradidades críticas e perturbações de ordem inferior
Aluno: Maycon Sullivan Santos Araújo
Orientador: Eugenio Tommaso Massa
Quando: terça-feira, 23 de junho, às 10h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Doutorado em Matemática
Geometria de curvas e subvariedades bi-harmônicas
Aluno: Apoenã Passos Passamani
Orientadora: Irene Ignazia Onnis
Quando: terça-feira, 23 de junho, às 14h
Onde: sala 3-002
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Qualificação de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Visualização de grafos dinâmicos empregando encurvamento de arestas
Aluno: Fábio Henrique Gomes Sikansi
Orientador: Fernando Vieira Paulovich
Quando: quarta-feira, 24 de junho, às 9h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Anotação automática de papéis semânticos de textos jornalísticos e de opinião sobre árvores sintáticas não revisadas
Aluno: Nathan Siegle Hartmann
Orientadora: Sandra Maria Aluisio
Quando: quinta-feira, 25 de junho, às 14h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Localização baseada em odometria visual
Aluno: André Toshio Nogueira Nishitani
Orientador: Denis Fernando Wolf
Quando: sexta-feira, 26 de junho, às 9h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Mestrado em Matemática
Fórmula de aproximação de Baouendi-Treves e aplicações
Aluno: Luís Márcio Salge
Orientador: Éder Rítis Aragão Costa
Quando: sexta-feira, 26 de junho, às 14h
Onde: sala 3-002 
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
SWI: Um gazetteer interativo para dados sobre biodiversidade com suporte a web semântica
Aluno: Silvio Domingos Cardoso
Orientador: Dilvan de Abreu Moreira
Quando: sexta-feira, 26 de junho, às 9h
Onde: sala 3-103
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Agenda de defesas e qualificações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Computação e medicina: USP sedia evento internacional que integra as áreas e contribui para formação de profissionais qualificados

Simpósio acontecerá de 22 a 25 de junho, unindo pesquisadores de São Carlos, Ribeirão Preto e convidados internacionais


Um evento para reforçar a integração entre dois campos científicos será realizado pela primeira vez na América Latina durante a próxima semana, de 22 a 25 de junho: o Simpósio Internacional de Computação Aplicada a Sistemas Médicos (IEEE International Symposium on Computer-Based Medical Systems – CBMS 2015). Este é o principal congresso que integra computação e medicina.

Os três primeiros dias do Simpósio, que está em sua 28ª edição, ocorrerão no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e o último dia do evento será realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). “As palestras, a apresentação de artigos científicos inovadores e os cinco painéis de debate serão em São Carlos. Já em Ribeirão acontecerão os minicursos, voltados à qualificação dos profissionais, bem como a apresentação dos trabalhos de pós-graduação em andamento”, explicou uma das coordenadoras gerais do evento, professora Agma Traina, do ICMC.

“A cada dia, intensifica-se a necessidade de construirmos um modelo de atenção à saúde integral e integrado. Para isso, é fundamental termos acesso a todas as informações disponíveis dos usuários do sistema de saúde para cuidarmos dessas pessoas nos diversos níveis de atenção, inclusive preventivamente”, destacou o outro coordenador geral do evento, Paulo Azevedo-Marques, que também é professor da FMRP e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde.

Campo científico em expansão acelerada, a área da informática em saúde ou informática médica lida, basicamente, com o armazenamento, a recuperação e o uso da informação para a resolução de problemas e a tomada de decisão na área da saúde. Segundo os especialistas, gerenciar as informações sobre os pacientes por métodos tradicionais baseados em papel já não faz sentido com o avanço nas tecnologias de computação e comunicação, especialmente levando-se em conta o aumento na quantidade e qualidade de dados disponíveis. Nesse sentido, há a necessidade crescente de pesquisar e desenvolver soluções computacionais adequadas para a área médica.

As pesquisas realizadas na intersecção entre computação e medicina abrangem diversos segmentos, tais como prontuário eletrônico de pacientes; telemedicina; sistemas de apoio à decisão; sistemas de informação em saúde; processamento de sinais biológicos; internet em saúde; padronização da informação em saúde; e processamento de imagens médicas. Todos esses segmentos estão inseridos na programação do Simpósio.

De acordo com a professora Agma, os principais convidados internacionais são Sameer Antani e Leonard Rodney Long, ambos do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), e Rangaraj Rangayyan, da Universidade de Calgary, do Canadá. Na palestra de abertura do evento, dia 22 de junho, às 8h45, Antani explicará como a computação pode contribuir para enfrentarmos alguns desafios globais da área da saúde, tal como o HIV/Aids e a tuberculose. No dia seguinte, 23 de junho, às 10h20, é a vez de Rangayyan falar sobre a detecção precoce de câncer de mama em mamografias por meio da identificação de distorções arquiteturais nas imagens. Já no dia 24 de junho, às 8h45, Long apresentará alguns exemplos práticos de sistemas computacionais aplicados à biomedicina.

Haverá, ainda, uma palestra com o professor Marco Antônio Gutierrez, do Instituto do Coração (InCor/USP), sobre os avanços e progressos nos sistemas de informação utilizados em hospitais. Confira a programação completa no site do evento.

As inscrições online para o CBMS já estão encerradas, mas é possível participar inscrevendo-se na recepção do evento em São Carlos, dia 22 de junho, a partir das 8 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC. Quem desejar participar do Simpósio apenas em Ribeirão Preto também poderá se inscrever no dia 25 de junho, a partir das 8 horas, na recepção do auditório do Centro de Educação e Aperfeiçoamento Profissional em Saúde (CEAPS) no Hospital das Clínicas da FMRP. Confira o valor de cada taxa de inscrição no site do evento. O CBMS é realizado pelo ICMC, pela FMRP e pelo Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), a maior organização profissional do mundo em computação.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

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Workshop de Teses e Dissertações em Matemática: inscreva seu trabalho até 31 de julho


Os interessados em apresentar seus trabalhos no Workshop de Teses e Dissertações em Matemática do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, devem enviar suas propostas até 31 de julho. A quinta edição do evento acontece de 31 de agosto a 2 de setembro no Instituto e tem como objetivo promover a integração e a divulgação das pesquisas realizadas no âmbito do Programa de Pós-graduação em Matemática do ICMC.

Os alunos em fase final da produção de sua tese ou dissertação podem apresentar os resultados parciais obtidos em suas pesquisas. Quem é aluno de mestrado do ICMC ou estudante de pós-graduação em outra instituição poderá participar da seção de pôsteres do evento, já quem é aluno de doutorado poderá ministrar palestras. Os resumos das propostas de pôsteres e palestras devem ser enviados por e-mail para wpgmat@icmc.usp.br. É preciso seguir o modelo estabelecido pelos organizadores do evento (veja aqui) e possuir, no máximo, uma página. O idioma utilizado para o resumo, apresentação de slides e para o pôster deve ser o inglês. Já nas apresentações orais, poderá ser empregado o português.

Quem se inscrever no evento até dia 14 de agosto tem direito a um desconto nas taxas de inscrição, que custam R$ 30,00 para alunos de mestrado, R$ 40,00 para doutorandos e R$ 50,00 para demais pesquisadores. Após essa data, as taxas aumentam R$ 10,00.

Prêmio Gutierrez – No dia 31 de agosto, em conjunto com a abertura do Workshop, ocorrerá a cerimônia do Prêmio Professor Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon, que premia, a cada ano, a melhor tese de doutorado em matemática defendida no Brasil no ano anterior. Para mais informações sobre o prêmio, clique aqui

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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Olimpíada Brasileira de Robótica registra recorde de participação em São Carlos

12 equipes consagraram-se campeãs no último final de semana durante a modalidade prática da Olimpíada, que aconteceu no ginásio de esportes da USP

Em todo o Brasil, 2,5 mil equipes se inscreveram na modalidade prática da OBR

“O que eu acho mais legal da robótica é a forma de aprender, não com alguém ensinando, mas com você descobrindo. É o que mais diverte”, explicou, entusiasmado, o estudante Luís Vinícius Paudissera, 16 anos, exibindo a medalha de ouro que recebeu durante a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) em São Carlos. Luís e mais três colegas são do Sesi Rio Preto Robotic Team, de São José do Rio Preto, uma das 200 equipes que se inscreveram para participar da competição que aconteceu no último final de semana, dias 13 e 14 de junho, no ginásio de esportes da USP, em São Carlos.

“Nós nos esforçamos para que todas as equipes possam competir em nível de igualdade”, declarou a coordenadora da etapa regional da OBR, Roseli Romero, durante a abertura do evento. Professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, Roseli destacou que, este ano, a competição registrou um verdadeiro recorde de participação: o número de inscritos dobrou em relação ao ano passado, quando 99 equipes da região participaram da modalidade prática. 

Roseli durante a abertura do evento, no ginásio de esportes da USP em São Carlos

A participação das escolas estaduais da região também aumentou: no ano passado, foram 6 equipes, da quais uma chegou à final nacional; este ano, 23 times competiram. “Nossa meta é dobrar o número de equipes no próximo ano”, disse a dirigente regional de ensino, Débora Blanco. Segundo ela, por meio de projetos atrelados ao currículo dos alunos, foi possível obter recursos da secretaria de Educação do Estado de São Paulo e adquirir os kits de robótica para as escolas. “Precisamos despertar o interesse dos nossos alunos para a ciência. Com a robótica, eles desenvolvem habilidade e competências que perpassam todas as disciplinas”, concluiu.

Este ano, em todo o Brasil, 2,5 mil equipes se inscreveram na modalidade prática da OBR. “Cerca de 20% desse total, 547 equipes, são do Estado de São Paulo”, explicou Flavio Tonidandel, representante estadual da competição e professor do Centro Universitário da FEI, em São Bernardo do Campo, onde acontecerá a etapa estadual da OBR no dia 8 de agosto. Participarão dessa etapa as equipes que melhor se classificarem em todas as regionais. Em São Carlos, 12 times conquistaram medalhas (ouro, prata e bronze) nos dois níveis que compõem a OBR: o nível 1, voltado aos alunos do ensino fundamental, e o nível 2; destinado a quem está no ensino médio e técnico (confira o nome dos vencedores no final da reportagem).

Educando o robô – “Se a gente não for educado com o robô, ele não faz o que a gente pede”, explicou a estudante Nicoli Costa, de 10 anos. No aplicativo que ela e seu time usou para ensinar o robô, antes de dar qualquer ordem, era preciso sempre começar com a palavra “Por favor” e terminar com “Obrigado”. Nicoli estuda na escola municipal Governador Mário Covas, em Tupã, a cerca de 340 quilômetros de São Carlos. Ela veio participar da competição junto com mais seis equipes de Tupã. Chegou na tarde do dia 12, dormiu em um hotel e estava animada para participar da OBR depois da longa jornada que incluiu a montagem do robô e a programação. 

Nicoli (à esquerda) com sua equipe: de Tupã para São Carlos

Nas pistas de competição, que são plataformas de madeira, simula-se o resgate de uma vítima e os robôs precisam ter sido programados para enfrentar os desafios sozinhos. No ano passado, a vítima era representada por uma lata. Este ano, passou a ser uma bola prata. No nível 1, basta o robô encontrar a vítima. Já no nível 2, além de encontrá-la, deve pegá-la e jogá-la dentro de um triângulo de madeira. Nesse nível, o robô pode resgatar mais do que uma vítima. 

Na opinião do professor Marcelo Prado, da escola estadual professora Alice Madeira João Francisco, de São Carlos, que trouxe duas equipes para participar da competição, foi essencial fazer o curso preparatório oferecido no ICMC. “É a segunda vez que participamos. Este ano foi bem melhor, porque tivemos cinco aulas preparatórias junto com os oito alunos. Eles gostaram muito de conhecer o ambiente da Universidade”, contou Prado. “Conseguimos tirar dúvidas com os professores que estavam dando as aulas, especialmente em relação à forma como devíamos lidar com os sensores e calibrá-los”, completou. “Eu era apenas um tutor, colocava os desafios e os alunos iam buscar as respostas sozinhos. Temos muitos desafios ainda a enfrentar, mas vale a pena participar”, concluiu o professor.

Marcelo (em pé, o quarto da esquerda para a direita) destacou importância de participar do curso preparatório
Enquanto a competição rolava no térreo do ginásio de esportes da USP, no primeiro andar, acontecia a última aula do curso extensão O uso das tecnologias na aprendizagem: Excel, Word, PowerPoint e Robótica. Coordenado pelas professoras do ICMC Esther Prado e Miriam Utsumi, o curso contou com a participação de nove professores de escolas da região e oito estudantes do ensino básico. Usando cinco kits de robótica, eles também montaram seus robôs e construíram uma pista para testes. “A robótica encanta porque há muitos desafios para serem enfrentados. Por isso, optamos por encerrar o curso aqui na OBR”, finalizou Esther.

O evento contou com o apoio do ICMC, do Centro de Robótica de São Carlos, da Escola de Engenharia de São Carlos, da prefeitura do campus da USP em São Carlos, da UFSCar e da Comissão Especial de Robótica (CER) da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Entre os docentes envolvidos com a realização da OBR também estão o professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSCar, Rafael Aroca, que é vice-coordenador geral da OBR; o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da EESC e coordenador do CROB, Marco Henrique Terra; o coordenador do CER, Fernando Osório; a professora do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSCar, Tatiana Pazelli; e a professora do Colégio Técnico de Campinas (COTUCA) da UNICAMP, Cintia Aihara.



Confira os vencedores

Sábado, 13 de junho -  Nível 1 (ensino fundamental)
Medalha de ouro: equipe Sigma 1, de São Carlos.
Medalha de prata: equipe Sigma 2, de São Carlos.
Medalha de bronze: equipe O.G.E.L. Valinhos, de Valinhos.

Sábado, 13 de junho - Nível 2 (ensino médio e técnico)
Medalha de ouro: equipe Sesi Rio Preto Robotic Team, de São José do Rio Preto.
Medalha de prata: equipe Sesi Jabuka Force, de Jaboticabal.
Medalha de bronze: equipe Sesi T-Rex, de Monte Alto.

Domingo, 14 de junho - Nível 1 (ensino fundamental)
Medalha de ouro: equipe Rio Branco 1, de Campinas.
Medalha de prata: equipe Sabin 2, de Ribeirão Preto.
Medalha de bronze: equipe Robótica Ourinhos Roboteam, de Ourinhos.

Domingo, 14 de junho - Nível 2 (ensino médio e técnico)
Medalha de ouro: equipe Xablebous Team, de São Carlos.
Medalha de prata: equipe IFSP, de São Carlos.
Medalha de bronze: equipe Átons, de Araras.

Texto e fotos: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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Palestras da semana - 15 a 19 de junho


Seminário do grupo Topologia do Interior
How a topological game can help us in our lives again
Palestrante: Dione Andrade Lara (ICMC)
Quando: terça-feira, 16 de junho, às 19h
Onde: sala 3-102
Clique aqui para ver o resumo
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Seminários da Pós-Graduação em Matemática
Measures of Maximal Entropy and Equilibrium States
Palestrante: Jorge Luis Crisostomo.
Quando: quarta-feira, 17 de junho, às 13h
Onde: sala 3-010
Clique aqui para ver o resumo
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Seminários de Computação (Bacharelado em Ciências de Computação)
Acessibilidade na Web
Palestrante: Johana Maria Rosas Villena
Quando: quarta-feira, 17 de junho, às 14h20
Onde: sala 4-003
Clique aqui para ver o resumo
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Seminários do Laboratório de Engenharia de Software (LabES)
Dynamic variability for runtime reconfiguration challenges
Palestrante: Rafael Capilla (Universidade Rey Juan Carlos, Madrid, Espanha)
Quando: quarta-feira, 17 de junho, às 16h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
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Palestra sobre equações diferenciais
Convergence to steady-state and boundary layer profiles in a linear chromatography system
Palestrante: J. Solà-Morales (Universidade Politécnica da Catalunha, Barcelona, Espanha)
Quando: quarta-feira, 17 de junho, às 17h
Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001)
Clique aqui para ver o resumo
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Seminário de Coisas Legais
Problemas de (quase) um milhão de dólares
Palestrante: Lúcio Tunes Santos (IMECC-UNICAMP)
Quando: sexta-feira, 19 de junho, às 13h13
Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001)
Clique aqui para ver o resumo
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Inscrições abertas para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática do ICMC


Estão abertas, até dia 7 de julho, as inscrições para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática (SMA) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. As monitorias começam em agosto e tem duração de 4 meses.

Para se candidatar, os alunos devem estar na graduação ou pós-graduação, não podem ter outras bolsas e precisam ter cursado a disciplina que irão atuar ou equivalente. Serão 4 horas semanais de monitoria com bolsa no valor de R$ 300,00 mensais.

Os documentos para inscrição são: histórico escolar atualizado; uma foto 3x4 e a ficha de inscrição preenchida. Tudo deve ser enviado em formato PDF por e-mail para sma@icmc.usp.br. Os documentos também podem ser entregues pessoalmente na secretaria do SMA. Confira, abaixo, as disciplinas disponíveis para inscrição.

Disciplinas disponíveis
SMA0187-Prática de Ensino de Matemática II
SMA0200-Prática de Ensino de Geometria e Desenho Geométrico
SMA0300-Geometria Analítica
SMA0301-Cálculo I
SMA0304-Álgebra Linear
SMA0308-Análise II
SMA0332-Cálculo II
SMA0341-Elementos de Matemática
SMA0354-Cálculo II
SMA0356-Cálculo IV
SMA0501-Cálculo I
SMA0802-Cálculo II
SMA0804-Álgebra Linear
SLC0613 -Estagio Supervisionado em Ensino de Matemática II
Laboratório de Ensino de Matemática (LEM)

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Telefones SMA: (16) 3373-9711 ou 3373-9621
E-mail: sma@icmc.usp.br

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Defesas e qualificações da semana - 15 a 19 de junho



Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Using spatial/temporal information to integrate heterogeneous biodiversity semantic data
Aluna: Flor Karina Mamani Amanqui
Orientador: Dilvan de Abreu Moreira
Quando: segunda-feira, 15 de junho, às 14h
Onde: sala 3-103
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Wavelet-based visualization of time-varying data on graphs
Aluna: Paola Tatiana Llerena Valdivia
Orientador: Luis Gustavo Nonato
Quando: quarta-feira, 17 de junho, às 9h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
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Qualificação de Doutorado no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística - PIPGES
Quadratic and cubic ranking transmutation maps: modeling structural properties, estimation and applications
Aluna: Daniele Cristina Tita Granzotto
Orientador: Francisco Louzada Neto
Quando: quarta-feira, 17 de junho, às 14h30
Onde: sala 3-103
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Qualificação de Doutorado no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística - PIPGES
Inferência em modelos alternativos à distribuição Beta sob abordagem Bayesiana
Aluna: Rosineide Fernando da Paz
Orientador: Jorge Luis Bazán Guzmán
Quando: sexta-feira, 19 de junho, às 10h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
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Agenda de defesas e qualificações
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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Descobrindo a robótica na pré-escola: crianças da creche da USP em São Carlos aprendem a montar e controlar robôs

Os princípios básicos da robótica e da programação já não são um mistério para 28 crianças que têm entre 4 e 6 anos e participam de um projeto piloto criado por uma professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação

Ação, diversão e aprendizado andam juntos nas aulas de robótica

Ele tem apenas quatro anos e está eufórico. Ao ver o professor na porta da sala com um robô e suas demais ferramentas de trabalho, não resiste: vai logo explorando aquela máquina com as mãos ansiosas. “Leandro, onde está o cérebro do robô?”. O garoto aponta certeiro para a central de comando do objeto. “E as pernas dele, onde estão?” De novo, o menino movimenta rapidamente as mãos em direção as rodas que fazem o robô andar.

É segunda-feira, quase 15 horas, e as nove crianças que compõem a Turma do Vulcão, todas com quatro ou cinco anos, voltam do lanche afoitas para aprender mais sobre robôs. Não estamos em uma escola primária inglesa, onde desde o ano passado as crianças a partir de cinco anos passaram a ter aulas de programação. Estamos na creche da USP em São Carlos, a cerca de 230 quilômetros da capital do Estado de São Paulo. É aqui que, desde março, o projeto idealizado pela professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, ganha vida.

“Prender a atenção deles é o meu maior desafio”, revela o estudante Isaak Machado, que abraçou a ideia do projeto criado por Roseli e ministra aulas de robótica para duas turmas da creche nas segundas à tarde. Isaak sempre gostou de ensinar e, ainda no ensino médio, ministrava aulas de reforço para seus colegas. Ele também já participou, como voluntário, de uma iniciativa para ensinar pré-adolescentes de baixa renda, mas nunca havia trabalhado com crianças na educação infantil. “Aqui, eu preciso de ação, não posso ficar na teoria”, diz o estudante, que cursa Engenharia Mecatrônica na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). 

Aliás, ação é a palavra que melhor sintetiza o que acontece nessa aula de robótica. Agitadas para tocar e mexer no robô que elas mesmas montaram ao longo do projeto, as crianças não ficam quietas um minuto sequer. Com a ajuda das professoras da creche, Isaak vai aos poucos conseguindo explicar alguns conceitos importantes: “Vamos fazer nosso robô andar seguindo uma faixa?”. Ele logo angaria um grupo de voluntários que ajudam a fixar a fita adesiva no chão. “E agora, como vamos ensinar esse robô a andar na faixa? O que eu usei para falar com o robô na outra aula?”, pergunta o professor. “Um computadorzinho!”, responde imediatamente Leandro Pascual. Então, Isaak liga o laptop e entra em uma plataforma de programação chamada LEGAL.

De novo, o professor lança outra pergunta para seus alunos: “Qual palavra usamos para começar a ensinar o robô?”. As crianças respondem em coro: “Por favor”. E lá vai Isaak escrevendo “Por favor” no computadorzinho. “Mas eu preciso falar para o robô seguir a faixa por quanto tempo? Vamos contar quantos passos ele precisa dar?”. Magicamente, os pequenos atendem ao pedido e fazem um trenzinho, andando sobre a faixa que está no chão. Os números surgem naturalmente para contar os movimentos dos pés: 1, 2, 3... 16. Alguns contam um pouco mais, mas a maioria termina no 16. Isaak explica às crianças que o robô não sabe o que são passos, mas que ele entende o que são segundos e que vai dizer para o robô andar durante 16 segundos. Antes de finalizar, o professor pergunta: “O que a gente fala para o robô, no final, para ele obedecer a gente?”. Outra vez, ouvimos o coro das crianças: “Obrigado”. 

A disputa agora é para ver quem aperta o botão “Ensinar” na plataforma LEGAL. A cada aula, é vez de uma criança. Felizes, os pequenos acompanham atentos os passos do robô sobre aquela linha branca. Tal como eles, o robô parece feliz em sua trajetória pelo jardim da infância. 

Leandro (ao centro) e seus amigos explorando o robô que montaram

Múltiplos aprendizados – “É a primeira vez que temos a oportunidade de trazer essa tecnologia existente na USP para os nossos alunos”, conta a coordenadora da creche, Beatriz Boriollo. Três turmas de crianças entre 4 e 6 anos participam da iniciativa, totalizando 28 alunos que têm uma aula de robótica por semana. Isaak é o professor em duas turmas e o estudante Guilherme Moreira, também da EESC, ministra aulas para o outro grupo.

“As crianças não estão apenas entrando em contato com um equipamento sofisticado, estão investigando como um robô funciona, explorando as possibilidades de montagem. É um processo investigativo em que diversos conceitos são trabalhados como a coordenação motora fina, a importância da concentração, o trabalho em equipe e questões matemáticas como ordens de grandeza, formatos e encaixes”, explica Beatriz. A brincadeira de montar o robô foi tão fascinante para as crianças que algumas passaram a procurar pela caixa de ferramentas quando estavam em casa.

Porém, as descobertas realizadas nesse trabalho não se restringem ao universo infantil. Quando os quatro kits de robótica chegaram à creche, também surpreenderam as professoras. “O maior aprendizado foi durante a montagem dos robôs, muitas delas não conheciam as ferramentas”, diz Fabrícia Bedinotto, que é coordenadora de módulo de 4 a 6 anos na creche. 

“Precisamos realizar várias adaptações no projeto, pois nunca havíamos trabalhado com crianças nessa faixa etária. Desenvolvemos uma nova forma de passar o conhecimento para elas e investimos mais tempo na montagem dos robôs do que havíamos planejado inicialmente, porque elas adoraram fazer isso”, explica Isaak. Comparar as partes de um robô com o corpo humano é uma das técnicas empregadas por ele, além de dar mais foco na ação do que na teoria. 

“O mais interessante é que as crianças deixam de enxergar o robô como uma máquina misteriosa. Elas entendem que, para que o robô deixe de ser apenas um monte de peças e passe a interagir com o meio ambiente, é preciso colocar sensores e programá-lo”, conta Roseli, que é vice-coordenadora do Centro de Robótica de São Carlos (CROB) e pretende dar prosseguimento ao projeto que começou a ser realizado em março na creche.

O projeto realizado na creche faz parte do Programa Aprender com Cultura e Extensão da USP e recebeu o apoio da empresa Pete, que forneceu os kits de robótica, além de recursos da FAPESP e do CNPq. “Esse tipo de iniciativa é um estímulo fantástico para as crianças. Essa geração assimila muito rápido as questões tecnológicas, já nasceram com o dedo pronto para as telas sensíveis ao toque. Por isso, é muito bom que eles sejam apresentados a conhecimentos mais avançados porque, lá na frente, tudo isso já será muito natural para eles”, aprova o físico Rogério Pascual, que é pai de Leandro Pascual e funcionário do ICMC.

Isaak (ao fundo) aperta o comando do "computadorzinho"

Se você gosta de robôs, não perca a oportunidade de assistir gratuitamente às provas práticas da Olimpíada Brasileira de Robótica. A etapa regional da competição contará com a participação de mais de 200 equipes e acontecerá no próximo sábado e domingo, dias 13 e 14 de junho, no ginásio de esportes da USP em São Carlos. Saiba mais!

Texto e fotos: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC

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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Campus da USP em São Carlos sedia etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica

Evento ocorre neste final de semana, é gratuito e aberto à participação de toda a comunidade, que poderá conhecer e experimentar kits de robótica

No ano passado, 99 equipes participaram do evento; este ano, serão 200
No próximo final de semana, dias 13 e 14 de junho, os robôs invadirão novamente São Carlos: 200 equipes de escolas públicas e particulares da região vão disputar a modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) no ginásio de esportes do campus da USP.

“O aumento no número de equipes inscritas foi tão expressivo que precisamos dividir o evento em dois dias”, afirmou a coordenadora local do evento, professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemática e de Computação (ICMC) da USP. No ano passado, a cidade sediou pela primeira vez a etapa regional da competição, que contou com a participação de 99 equipes.

Há quatro competidores em cada equipe e dois níveis de disputa: o nível 1 é voltado aos alunos do ensino fundamental e o nível 2 aos do ensino médio e técnico. Haverá 50 equipes competindo em cada nível nos dois dias do evento. Basicamente, o que muda de um nível para outro é o grau de dificuldade a ser enfrentado pelos competidores. No nível 1, há uma simulação de resgate e o robô competidor precisa encontrar uma vítima, superando várias adversidades. Já no nível 2, além de encontrar a vítima durante a simulação, o robô deve resgatá-la, passando também por diversos obstáculos. Cada nível conta com três rodadas de disputa nas categorias fácil, médio e difícil. Os melhores classificados dessa regional irão disputar a etapa estadual no dia 8 de agosto, nas dependências do Centro Universitário da FEI.

Além dos competidores, espera-se a participação de técnicos, voluntários, pais, curiosos, visitantes e imprensa. Estima-se em torno de 1,3 mil pessoas no evento. O público que não irá participar das provas está convidado para assistir às competições nos dois dias, que acontecem a partir das 8h30 e prosseguem até por volta das 18h30. O evento é gratuito e haverá empresas disponibilizando kits de robóticas para que o público possa conferir como montar e programar um robô.


Motivação – Segundo a professora Roseli, que é vice-coordenadora do Centro de Robótica de São Carlos (CROB), é difícil precisar o que causou a intensificação da procurar por esta edição: “Um fator importante e que motiva o aluno é o fato dele perceber, por meio da robótica, que pode exercer o poder de criação que possui e ver que é capaz de propor algo novo, feito por ele e que funciona”, afirmou. 

Para motivar e preparar os alunos e as escolas interessadas, foi organizado um curso de extensão no ICMC que contou com a presença de 120 inscritos majoritariamente da região de São Carlos e das cidades de Bauru, Rio Claro, Descalvado e Araraquara, realizado durante os meses de abril e maio.

Roseli destacou a importância da USP em realizar mais uma etapa regional do evento: “Um dos objetivos do CROB é divulgar a robótica para as escolas do ensino fundamental e médio, por meio de minicursos, exposições, feiras, competições, visando atrair estudantes para as áreas de ciências exatas e estimular a inovação tecnológica”.

De acordo com o vice-coordenador geral da OBR, Rafael Aroca, a realização da etapa regional da OBR em São Carlos em 2014 foi muito positiva. “Recebemos vários comentários de professores da cidade e da região dizendo que a participação na OBR fez reduzir o número das faltas dos alunos. Também tivemos notícia, ainda, de que a missão do evento foi atingida, pois vários alunos se empolgaram com o assunto e disseram que não imaginavam que poderiam criar um robô como aquele feito para a competição”, destacou Aroca, que é professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSCar.

O evento tem o apoio do CROB, do ICMC, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da prefeitura do campus da USP em São Carlos, da UFSCar e da Comissão Especial de Robótica (CER) da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Entre os docentes envolvidos com a realização da OBR estão o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da EESC e coordenador do CROB, Marco Henrique Terra; o coordenador do CER, Fernando Osório; a professora do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSCar, Tatiana Pazelli; a professora do Colégio Técnico de Campinas (COTUCA) da UNICAMP, Cintia Aihara; e o professor da FEI e coordenador da regional da OBR de Santo André, Flávio Tonidandel.




Modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica – etapa regional
Quando: sábado e domingo, 13 e 14 de junho, das 8h30 às 18h30
Local: ginásio de esportes do campus da USP em São Carlos
Endereço: rua dos Inconfidentes, 85 (acesse o mapa)
Evento gratuito e aberto à participação de todos os interessados
Mais informações: (16) 3373.9622 ou eventos@icmc.usp.br