quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Inscreva-se nos minicursos do Programa de Verão em Matemática do ICMC


Estão abertas, até o dia 13 de janeiro, as inscrições para os cinco minicursos do Programa de Verão em Matemática 2016 do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O evento ocorrerá entre os dias 4 de janeiro e 19 de fevereiro.

O Programa reúne alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores, agregando uma série de atividades além dos minicursos, tais como palestras e o Workshop do Verão, uma oportunidade para os estudantes fazerem exposições orais e apresentarem pôsteres sobre seus projetos. 

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por meio do formulário disponível no site do evento. Para informações sobre as datas, os horários e os locais em que cada um dos minicursos serão ministrados, acesse o site do evento.

Confira, a seguir, os cinco minicursos que serão oferecidos no período: 

• Geometria hiperbólica grosseira, grupos e dinâmica. Palestrante: Victor Guerassimov.
• Introdução aos complexos de operadores diferenciais. Palestrante: Éder Rítis Aragão Costa.
• Singularidades de aplicações e germes quase homogêneos. Palestrantes: Carlos Humberto Soares Junior e Marcelo José Saia.
• Uma breve introdução à teoria de módulos. Palestrantes: Leandro Aurichi e Renan Mezabarba.
• Dissipative forces in Celestial Mechanics. Palestrante: Clodoaldo Ragazzo

Mais informações
Site do Programa de Verão em Matemática: http://verao.icmc.usp.br/
Comissão de Cultura e Extensão Universitária: (16) 3373.9146
E-mail: ccex@icmc.usp.br

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Inscrições abertas para o ICMC Summer Meeting on Differential Equations


Estão abertas as inscrições para a edição de 2016 do ICMC Summer Meeting on Differential Equation. O evento internacional e tradicional na área de equações diferenciais é realizado anualmente no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, desde 1996.

Estudantes de pós-graduação e pesquisadores vão apresentar seus trabalhos nas seções de pôsteres ou nas palestras do evento, que acontecerá de 1 a 3 de fevereiro de 2016 e faz parte do Programa de Verão em Matemática do ICMC. As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de janeiro por meio do site do evento.

O ICMC Summer Meeting on Differential Equations é uma iniciativa do grupo de Sistemas Dinâmicos Não Lineares do ICMC e faz parte das ações do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCTMat), contando com o apoio das principais agências de fomento do país.

Mais informações
Setor de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

ICMC estreita parceria com Universidade do Estado da Califórnia

Representantes da universidade norte-americana visitaram São Carlos, conheceram estudante do ICMC que desenvolverá trabalho de conclusão de curso durante intercâmbio na Califórnia e já estão planejando organizar um futuro workshop entre pesquisadores das duas instituições


Gabriel fará seu trabalho de conclusão de curso na Universidade do Estado da Califórnia

A chegada do ano novo está carregada de uma expectativa adicional no caso do estudante Gabriel Giancristofaro, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Em janeiro, ele vai embarcar para os Estados Unidos, onde desenvolverá seu trabalho de conclusão de curso na Universidade do Estado da Califórnia, no campus de Fullerton.

“Será uma experiência acadêmica e profissional incrível, estou muito ansioso para ir. Tenho certeza de que fazer esse trabalho lá vai me abrir novos horizontes”, conta Giancristofaro. A ideia de realizar esse projeto surgiu depois que ele fez iniciação científica com o professor Jó Ueyama. Com a ajuda do professor, o estudante entrou em contato com o pesquisador norte-americano Anand Panangadan, da Universidade do Estado da Califórnia. Mas o que Giancristofaro não imaginava é que esse contato possibilitaria também o estreitamente da parceria entre o ICMC e a universidade norte-americana. 

Depois desse primeiro contato do estudante, a Comissão de Relação Internacionais (CRInt) do Instituto encaminhou uma mensagem à área de Programas Internacionais e Engajamento Global da Universidade do Estado da Califórnia para identificar as possiblidades de ida do estudante para os Estados Unidos. “Ficamos muito empolgados quando recebemos o e-mail da Comissão de Relações Internacionais do ICMC. A mensagem chegou em um excelente momento, pois já estávamos com uma viagem agendada para o Brasil”, revelou Kari Knutson Miller, vice-presidente da área de Programas Internacionais da Universidade da Califórnia. Ela esteve no ICMC dia 19 de novembro, junto com Christine Pircher-Barnes, diretora da área que atende os estudantes e pesquisadores estrangeiros.

Durante a visita, as representantes da universidade norte-americana foram recepcionadas pelo presidente da CRInt, José Carlos Maldonado, e pelos professores Adenilso Simão, Daniel Levcovitz e João Garcia Rosa. “Essa é uma parceria que nasceu a partir de uma colaboração concreta científica e que, agora, irá se fortalecer com a realização de convênios e outras ações”, ressaltou Maldonado. “Estamos interessados em todas as possibilidades de parceiras que poderão surgir a partir desse encontro, tanto em relação à mobilidade de estudantes de graduação e pós-graduação quanto no que se refere à colaboração científica”, completou o presidente da CRInt.

O professor Adenilso Simão sugeriu a realização de workshops entre pesquisadores das duas instituições a fim de identificar linhas de pesquisa comuns que poderão gerar futuras colaborações. A ideia foi muito bem recebida e as representantes da Universidade da Califórnia já colocaram os professores do ICMC em contato com os diretores da Faculdade de Ciências Naturais e Matemática e da Faculdade de Engenharia e Ciências de Computação para o planejamento do futuro workshop. “Identificamos quatro professores do Departamento de Matemática interessados em trabalhar com o ICMC para explorar as possibilidades de mobilidade e pesquisa”, disse Kari em mensagem enviada no final de novembro.

Kari e Christine (à esquerda) visitaram o ICMC em novembro

Intercâmbio – “Sempre tive vontade de fazer intercâmbio, mas queria dar um sentido adicional para ele. Agora estou indo para os Estados Unidos com um objetivo bem definido”, conta Giancristofaro. Ele ficará um semestre na Universidade da Califórnia desenvolvendo seu trabalho de conclusão de curso sob supervisão do professor Panangadan. O estudante continuará pesquisando a área de sensores e internet das coisas, com a qual já atuou na iniciação científica. Também cursará algumas matérias interdisplinares que ajudarão a completar seu curso. 

A universidade norte-americana não cobrará taxa do aluno, que arcará com os custos da viagem e da estadia, pois não receberá bolsa para realizar o intercâmbio. “Minha família está animada e torcendo por mim, eles gostam da ideia de que eu conclua meu curso fazendo um trabalho no exterior”, finaliza Giancristofaro, que é de Bauru e tem apenas 21 anos.

Kari deu as boas-vindas a Gabriel


Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Fotos: Reinaldo Mizutani e Denise Casatti

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Aplicativo vai facilitar ensino e compreensão da geometria

Sistema propõe novo modelo de interação com softwares de ensino de geometria

Para tornar o aprendizado da geometria mais atraente e menos complicado, cientistas do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, desenvolveram um aplicativo que pode ser usado por estudantes de diversos níveis, desde aqueles com idade entre 13 e 14 anos até os que já estão na universidade. O Geotouch, como foi denominado, funciona em dispositivos móveis (smartphones e tablets) por meio de gestos simples, deslizando os dedos na tela do aparelho.

O novo aplicativo foi desenvolvido pela pesquisadora Helena Macedo em sua dissertação de mestrado Concepção de um Software de Geometria Interativa Utilizando Interfaces Gestuais para Dispositivos Móveis apresentada no ICMC, e que teve a orientação do professor Seiji Isotani. “Nosso sistema propõe um novo modelo de interação com softwares de ensino de geometria e faz uma síntese das funcionalidades de outros já existentes, como o Sketchometry, Geometry Pad e o Geogebra”, explica a pesquisadora. Aliás, os três sistemas citados foram analisados em seu trabalho.

Ela explica que as diferenças avaliadas foram as funcionalidades e os problemas de interação que estes aplicativos possuem. “No caso do Geotouch não há, por exemplo, um menu fixo. Isso iria gerar problemas de espaço e navegação na tela dos tablets e smartphones. Os aplicativos avaliados usam menus fixo, alguns até com figuras, como linhas retas, triângulos, circunferências, etc.

Geotouch é acionado com toque e deslizamento dos dedos na tela

“A diferença é que, além de não ter o menu em nenhum espaço da tela, o Geotouch é acionado com o toque e o deslizamento dos dedos na tela”, explica Helena. Ela exemplifica como pode ser desenhada uma circunferência utilizando-se o aplicativo: “Como toda circunferência parte de um centro, o usuário deve construir o ponto central com um breve toque de um dos dedos na tela. Em seguida, basta fazer o gesto de uma circunferência”. Comparando-se o mesmo movimento num desktop, utilizando-se um mouse, dificilmente a circunferência seria precisa. “No Geotouch, mesmo que o movimento não seja perfeito, a circunferência será exata”, garante a pesquisadora.

Movimentos também podem determinar figuras e cálculos de medidas, como a distância entre dois pontos, intersecção para achar uma mediatriz, além de funcionalidades básicas da geometria, como segmento de reta, semi reta, perpendicular e triângulos, entre outros. Veja neste vídeo uma demonstração de uso do Geotouch.

Interatividade - Outra vantagem destacada por Helena é que o Geotouch pode ser utilizado por mais de uma pessoa, em aparelhos diferentes, interagindo no mesmo desenho. “Por meio de uma conexão wi-fi, dois ou mais usuários poderão trabalhar colaborativamente num mesmo desenho. E não há limite para o número de pessoas, desde que estejam conectados via wi-fi”, garante a pesquisadora. Estas opções podem ser usadas no modo somente de visualização e também de edição simultânea.

Entre as vantagens do seu protótipo, Helena destaca que a ausência de menus na tela facilitam a interação e podem contribuir com o aprendizado. “É sabido que interfaces com muitos botões ou ícones fazem com que o aluno direcione mais a atenção para o aprendizado da interface do que para o aprendizado da geometria”, afirma.

Aplicativo disponibiliza um manual que permite o rápido aprendizado

O aplicativo passou por um teste de usabilidade com cinco estudantes de pós-graduação do ICMC, especialistas em análise de interfaces. O resultado foi satisfatório. “Usuários iniciantes podem demorar mais tempo para aprender os gestos, principalmente se não possuem conhecimentos de geometria. Mas o Geotouch disponibiliza um manual que permite o rápido aprendizado”, ressalta a pesquisadora, lembrando que entre todos os aplicativos avaliados, o Geotouch é o único a ter um manual.

O projeto de Helena recebeu o prêmio de melhor dissertação de mestrado no 4º Congresso Brasileiro de Informática na Educação, que aconteceu em outubro, em Maceió, Alagoas.

Texto: Antonio Carlos Quinto - Agência USP de Notícias
Fotos: Divulgação

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Defesas e qualificações - 21 a 23 de dezembro



Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Menus de navegação em aplicações Web para dispositivos móveis: questões de acesso e usabilidade
Aluno: Humberto Lidio Antonelli
Orientadora: Renata Pontin de Mattos Fortes
Quando: segunda-feira, 21 de dezembro, às 10h30
Onde: Sala 3-002
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
LALP+: um framework para o desenvolvimento de aceleradores de hardware em FPGAs
Aluno: Cristiano Bacelar de Oliveira
Orientador: Eduardo Marques
Quando: segunda-feira, 21 de dezembro, às 14h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)

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Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

Natal solidário do ICMC: funcionários entregam presentes a idosos e crianças

Ação social do Instituto beneficiou duas instituições de São Carlos

Idosos do Asilo Cantinho Fraterno Dona Maria Jacinta foram beneficiados pelas doações

Mais de 200 crianças e outros 31 idosos terão um natal mais feliz depois dos presentes distribuídos pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Foram arrecadados desde brinquedos até produtos de uso pessoal e doados a duas instituições de São Carlos.

Uma das instituições beneficiadas é a Fundação Salesianos São Carlos, que presta assistência a menores carentes. Nela, são atendidos 208 jovens com idade entre 6 e 16 anos, os quais receberam do ICMC cerca de 340 brinquedos, além de vários tipos de acessórios que foram destinados aos adolescentes. “Através desse gesto de solidariedade, de amor e carinho, presenciamos a importância desse momento, pois sabemos que a maioria das crianças não teria possibilidade de ganhar nenhum outro presente nesse Natal”, revela Elaine Hage, coordenadora pedagógica da Fundação. A visita para a entrega das doações aconteceu na última quinta-feira, 10 de dezembro. 

Na semana seguinte, foi a vez do Asilo Cantinho Fraterno Dona Maria Jacinta receber os representantes do ICMC. A fundação, que tem 93 anos de história, cuida hoje de 31 idosos com idade entre 60 e 88 anos. Eles ganharam, além de presentes, 309 produtos como roupa de cama, toalhas, fraldas, produtos de higiene pessoal e roupas íntimas. “Eles recebem muito bem esse carinho, gostam de interagir com as pessoas. Nós tentamos suprir a falta que as famílias deles fazem, somos a casa deles”, diz Mariangela Pedreschi, assistente social do asilo.

Promovida pela Comissão de Ação e Integração Social (CAIS) do ICMC, a iniciativa fez parte da campanha “Natal Sustentável”, que recebeu doações de produtos e de brinquedos. “O que mais nos motiva é a participação e a colaboração das pessoas. A cada ano, o número de doações só aumenta e esses números demonstram que o nosso trabalho, além de ajudar quem precisa, também é reconhecido”, conta Renata Bertoldi, membro da CAIS.

Papai Noel do ICMC entregou brinquedos a centenas de crianças

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação ICMC/USP


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Comissão de Ação e Integração Social: (16) 3373.8184
E-mail: cais@icmc.usp.br

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

ICMC e UFSCAR realizam 4° Workshop de Métodos Estatísticos e Probabilísticos

O prazo para submissão de trabalhos termina dia 15 de janeiro



Entre os dias 1 e 3 de fevereiro de 2016, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, realizará, junto com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o 4° Workshop de Métodos Estatísticos e Probabilísticos. O evento faz parte do Programa de Verão em Estatística 2014, atividade do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs), organizado em conjunto pelo ICMC e pela UFSCar. O objetivo principal do Workshop é difundir novos resultados em estatística, probabilidade e suas aplicações, com o intuito de estimular a troca de experiências entre os participantes.

Estão programadas, entre várias atividades, palestras de convidados, sessão de pôsteres e um minicurso. Os temas abordados incluem probabilidade e processos estocásticos, inferência estatística, modelos de regressão, análise de sobrevivência e sistemas estocásticos complexos. Os interessados em submeter trabalhos para apresentação devem enviar os resumos em formato PDF até o dia 15 de janeiro para o e-mail wpsm@icmc.usp.br.

Já as inscrições podem ser realizadas até o dia 2 de fevereiro por meio de formulário eletrônico. Estudantes membros da Associação Brasileira de Estatística (ABE) pagam R$ 15,00, já os não membros R$ 20,00. Para pós-doutorandos e professores, os preços são RS 40,00 para membros da ABE e R$ 50,00 para não membros. As taxas de inscrição deverão ser pagas no primeiro dia do evento.

Veja, abaixo, os palestrantes que participarão do Workshop:
  • Alexandra Schmidt, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
  • Anders Tolver, University of Copenhagen. 
  • Cristian Bayes, Pontificia Universidad Católica de Perú.
  • Florencia Leonardi, Instituto de Matemática e Estatística da USP. 
  • Glauco Valle, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
  • Pablo Groisman, Universidade da Bahia. 
  • Patricia Giménez, Universidad Nacional de Mar del Plata. 
O minicurso Dose finding with escalation with overdose control in cancer clinical trial sserá ministrado por André Rogatko, da Samuel Oschin Comprehensive Cancer Institute for Biostatistics.

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Seção de eventos do ICMC: (16) 3373-9622
E-mail: jucobre@icmc.usp.br ou sandro.gallo@ufscar.br

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Coral da USP São Carlos canta sucessos e emociona público durante apresentação

Depois de apenas dois meses de ensaios, funcionários, professores, alunos e participantes da comunidade são-carlense surpreenderam maestro



São rostos apreensivos e ansiosos que tomam o palco: é a primeira vez que eles vão soltar a voz em um auditório com mais de uma centena de pessoas. “Emoção é a palavra que traduz tudo o que passamos ali no palco”, revela Glaucia Cristianini, bibliotecária do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e integrante do Coral da USP São Carlos. O grupo fez sua primeira apresentação depois de pouco mais de dois meses de ensaios, cantando sucessos natalinos, da bossa nova e da ópera.

Foram quatro clássicos da música escolhidos para a apresentação que ocorreu na última quinta-feira, 10 de dezembro, em um evento gratuito realizado no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC: Dindi de Tom Jobim; Va Pensiero interpretada por Giuseppe Verdi; Amazing Grace de John Newton e White Christmas de Irving Berlin.

Apesar do pouco tempo de ensaios, o maestro Sergio de Oliveira se surpreendeu com os resultados, ainda mais com o repertório escolhido para a apresentação que, segundo ele, não é fácil. “Eu sempre busco deixá-los à vontade e passar confiança, dizendo que devem fazer isso com alegria. Com certeza, a proximidade que existe entre eles também os incentiva”, diz o maestro. 

Outra bibliotecária do ICMC que faz parte do grupo é Juliana Moraes. Para ela, depois do resultado da apresentação, foi possível concluir que tudo valeu a pena: “Além de aprendermos a parte técnica do canto, nós conseguimos nos divertir. As aulas servem até como terapia”, conta Juliana, que ficou emocionada ao ver o auditório cheio. Assim como Glaucia, que não vê a hora das aulas de canto recomeçarem, Juliana também pretende continuar no coral no próximo ano.

Promovida pela Comissão de Ação e Integração Social do ICMC (CAIS), a iniciativa conta com a participação de quase cem pessoas entre funcionários, professores, alunos e participantes da comunidade são-carlense. O professor Roberto Onody, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), é um dos membros do Coral: “O mérito é da Comissão do ICMC que trouxe um segmento cultural que não existia aqui no nosso campus”, conta o docente, que sempre gostou de cantar. “Agora acho que estou mais afinado do que antes”, completa.

"Estou mais afinado do que antes", diz Roberto Onody

As inscrições para o Coral foram abertas em setembro e cerca de 150 pessoas manifestaram interesse em participar. Houve um processo de seleção dos participantes, realizado por meio de uma análise e classificação vocal feita pelo maestro do coral, mas apenas os que não atingiram o mínimo de percepção auditiva não foram aprovados.

As aulas tiveram início dia 1º de outubro e foram realizadas semanalmente no mesmo auditório da apresentação. “Um dos pontos mais marcantes das aulas foi a coragem dos integrantes em encontrar e desafiar seu potencial vocal, além do companheirismo que favoreceu o desenvolvimento profissional e pessoal de cada um”, revela Anderson Alexandre, presidente da CAIS. Para 2016, as expectativas são as melhores: “Já temos novos interessados em ingressar no grupo e, com a competência de cada um, com certeza faremos mais apresentações surpreendentes”. A iniciativa conta com o apoio da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC e do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão Universitária do campus da USP em São Carlos.




Assista ao vídeo com a apresentação do Coral: https://youtu.be/YKfj6SFxRa8


Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Palestras da semana - 14 a 18 de dezembro


Palestra
Particle-driven secondary flow in turbulent pipe flows
Palestrante: Luis M. Portela (Delft University of Technology)
Quando: terça-feira, 15 de dezembro, às 16h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
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Palestra
Forecasting vulnerable plaque response to haemorheological flow
Palestrante: Glaucia Pereira
Quando: quarta-feira, 16 de dezembro, às 16h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
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Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
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Pesquisa desenvolvida no ICMC é destaque no Jornal Nacional

Reportagem mostrou como funciona a tecnologia que está sendo desenvolvida há quatro anos


Professor Gustavo Batista explica como funciona o sensor (assista à reportagem)

Identificar automaticamente um mosquito pelo barulho que ele faz é a proposta do projeto coordenado pelo professor Gustavo Batista, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. A pesquisa foi destaque na última edição do Jornal Nacional, exibida sábado, 12 de dezembro.

O desafio mobiliza o professor há cerca de quatro anos e os esforços já resultaram na criação de um sensor capaz de identificar, com uma acurácia de mais de 90%, as espécies e o sexo dos insetos. Isso é muito importante no caso do Aedes aegypti, em que apenas as fêmeas são vetores de doenças como a dengue, a zyka e a chikungunya. “Nossa meta, agora, é transformar esse sensor em um produto eletrônico: uma armadilha inteligente que possa ser comercializada”, diz Batista. 

Na semana passada, o projeto para construir o protótipo da armadilha foi aprovado no 3º ciclo do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O doutorando do ICMC Vinícius Souza coordenará a iniciativa e abrirá uma empresa para produzir o protótipo, tendo à disposição até R$ 200 mil nessa primeira fase.

Segundo Batista, a futura armadilha possibilitará à população realizar a contagem dos mosquitos em tempo real. Dessa forma, será viável conectar o equipamento à internet, possibilitando que os dados obtidos pelas armadilhas gerem mapas de controle para os órgãos públicos. Também será possível criar aplicativos para alertar e orientar a população no combate ao Aedes. Desenvolver esses aplicativos é o foco de outro doutorando do ICMC, André Maletzke, bolsista do Google.

Histórico do projeto - A pesquisa teve início em 2011, quando o professor Batista estava fazendo seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Riverside, nos Estados Unidos. Nessa época, o Laboratório de Inteligência Computacional (LABIC) do ICMC estabeleceu uma parceria, que dura até hoje, com pesquisadores da universidade norte-americana.

Naquela época, o trabalho foi financiado pela FAPESP e pela Fundação Bill and Melinda Gates, cujo objetivo é apoiar pesquisas altamente inovadoras. Na ocasião, o objetivo dos pesquisadores era criar um sensor específico para os vetores da malária. Hoje, ainda com financiamento da FAPESP, o trabalho conta com a colaboração da professora do ICMC Solange Rezende, além do professor da Universidade da Califórnia, em Riverside, Eamonn Keogh, e do fundador e presidente da Isca Technologies, Agenor Mafra-Neto. Também colaboraram para a pesquisa os seguintes alunos e ex-alunos do ICMC: Diego Silva, Denis dos Reis, Cristiano Lemes e Luan Soares. Além dos doutorandos norte-americanos Yanping Chen, Adena Why, Moses Tataw, Bing Hu e Yan Hao. O professor Gustavo Batista também faz parte do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI)

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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Reportagem do Jornal Nacional: icmc.usp.br/e/a7e36
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Tese desenvolvida no ICMC é premiada no Congresso Brasileiro de Inteligência Computacional


Facilitar a separação e classificação de clientes em uma loja ou de pacientes diagnosticados com uma doença em uma clínica médica ou um hospital. Essas são algumas das possíveis aplicações para as técnicas de agrupamento de dados desenvolvidas por Thiago Covões durante seu doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o trabalho Algoritmos evolutivos para modelos de mistura de gaussianas em problemas com e sem restrições recebeu o prêmio de melhor tese de doutorado no Concurso de Teses e Dissertações do 12º Congresso Brasileiro de Inteligência Computacional, realizado de 13 a 16 de outubro, em Curitiba. Atualmente, Covões está realizando pós-doutorado na USP, em Ribeirão Preto, também na área de inteligência computacional.

Possíveis aplicações - No caso de uma grande loja, um desafio comum a ser enfrentado é a identificação automática de grupos em milhares de clientes baseando-se, por exemplo, em suas informações sociodemográficas. Com tantos registros e novos cadastros sendo gerados a todo instante, o processo de agrupamento pode se tornar computacionalmente complexo e quase impossível de ser realizado. Uma das vantagens das técnicas criadas por Covões é possibilitar a classificação online desses dados: “Trabalhando de forma online, o computador passa a processar localmente um conjunto menor de dados e o consumo de memória da máquina é menor”. 

As técnicas desenvolvidas por Covões envolvem algoritmos – sequências de comandos passadas para um computador a fim de definir uma tarefa. Nesse caso, foram utilizados algoritmos evolutivos, que possuem como característica particular analisarem, simultaneamente, mais de uma solução para um determinado problema. “Essa foi a maior dificuldade durante a pesquisa, pois os algoritmos evolutivos geralmente são muito custosos computacionalmente. Na tese, consegui mostrar que é possível desenvolvê-los de forma que sejam competitivos com outros algoritmos que costumam ser usados para o problema”, revela o pesquisador. 

Uma das vantagens das técnicas criadas na pesquisa é possibilitar que um usuário forneça informações ao sistema antes de realizar a separação dos dados, por meio de restrições. Dessa forma, uma das técnicas pode, por exemplo, auxiliar a identificação de subdivisões em pacientes diagnosticados com câncer ou algum outro tipo de doença. Segundo o pesquisador, essas mesmas técnicas podem ser aplicadas em outras esferas como no processamento de imagens ou no reconhecimento de voz.

No doutorado, Covões foi orientado pelo professor Eduardo Hruschka, do ICMC: “O professor foi fundamental no trabalho, acompanhou tudo de perto. Nós discutíamos os algoritmos em detalhes e conversávamos bastante sobre cada etapa do trabalho”. Além disso, o professor também orientou Covões em seu mestrado no ICMC e durante sua iniciação científica, realizada na Universidade Católica de Santos (UNISANTOS), onde o estudante se graduou em Ciências de Computação. 

Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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Inscrições abertas para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática do ICMC



Estão abertas, até dia 15 de janeiro, as inscrições para bolsas de monitoria no Departamento de Matemática (SMA) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. As monitorias começarão em março de 2016 e têm duração de 4 meses.

Para se candidatar, os alunos devem estar na graduação ou pós-graduação, não podem ter outras bolsas e precisam ter cursado a disciplina em que irão atuar ou uma equivalente. Serão 8 horas semanais de monitoria com bolsa no valor de R$ 300,00 mensais.

Os interessados deverão enviar um histórico escolar atualizado e uma foto 3x4 para o e-mail sma@icmc.usp.br, além de preencher a ficha de inscrição disponível neste link. Confira, abaixo, as disciplinas disponíveis para inscrição: 

- SLC0612 - Estagio Supervisionado em Ensino de Matemática I
- SMA0186-Prática de Ensino de Matemática I
- SMA0300-Geometria Analítica
- SMA0301-Cálculo I
- SMA0332-Cálculo II
- SMA0333-Cálculo III
- SMA0334-Fundamentos para a Matemática do Ensino Superior
- SMA0353-Cálculo I
- SMA0355-Cálculo III
- SMA0356-Cálculo IV
- SMA0505-Matrizes, Vetores e Geometria Analítica
- SMA0508-Matemática Discreta
- SMA0800-Geometria Analítica
- SMA0801-Cálculo I
- SMA0803-Cálculo III
- SMA0805-Tópicos de Matemática
- Laboratório de Ensino de Matemática (LEM)

Mais informações

Secretaria do Departamento de Matemática do ICMC: (16) 3373.9621
E-mail: sma@icmc.usp.br

Defesas e qualificações da semana - 14 a 18 de dezembro



Defesa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT
O movimento da matemática moderna e o ensino das operações com números fracionários: uma análise histórica de livros didáticos
Aluno: Jose Luiz Soares dos Santos
Orientador: Rogério Monteiro de Siqueira
Quando: segunda-feira, 14 de dezembro, às 10h
Onde: Sala 3-002
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Simulação de grandes escalas de escoamentos turbulentos com filtragem temporal via método de volumes finitos
Aluna: Laís Corrêa
Orientador: Fabrício Simeoni de Sousa
Quando: segunda-feira, 14 de dezembro, às 13h
Onde: Auditório Prof. Luiz Antonio Favaro
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Defesa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT
O impacto da matemática moderna no ensino dos números naturais: uma análise de sete livros
Aluno: Wilian Faias da Silva
Orientador: Rogério Monteiro de Siqueira
Quando: segunda-feira, 14 de dezembro, às 14h
Onde: Sala 3-002
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Analise visual de dados multimodais via decomposição tensorial
Aluna: Luzia de Menezes Romanetto
Orientador: Luis Gustavo Nonato
Quando: segunda-feira, 14 de dezembro, às 15h30
Onde: sala 3-103
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Defesa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT
Um estudo sobre o uso de avaliações apoiadas pelas tecnologias
Aluno: Leonardo Anselmo Perez
Orientadora: Miriam Cardoso Utsumi
Quando: quarta-feira, 16 de dezembro, às 10h
Onde: Sala 3-002
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Middleware orientado a serviços para gerenciar dinamicamente e em tempo-real geosensores heterogêneos na gestão de inundações
Aluno: Luiz Fernando Ferreira Gomes de Assis
Orientador: João Porto de Albuquerque Pereira
Quando: quarta-feira, 16 de dezembro, às 9h
Onde: Sala 3-103
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Defesa de Mestrado em Estatística - PIPGES
Técnicas de classificação aplicadas a credit scoring: revisão sistemática e comparação
Aluno: Renato Frazzato Viana
Orientador: Francisco Louzada Neto
Quando: sexta-feira, 18 de dezembro, às 14h
Onde: Sala 3-002
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Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Pesquisadores do ICMC são premiados em eventos científicos da área de computação

Os professores do ICMC André Carvalho e Thiago Pardo

Três artigos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, foram premiados em dois eventos científicos nacionais de computação: o Encontro Nacional de Inteligência Artificial e Computacional (ENIAC) e o Simpósio Brasileiro em Tecnologia da Informação e da Linguagem Humana (STIL). Dois professores do Instituto, um aluno e uma ex-aluna receberam a premiação.

O professor Thiago Pardo, do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), é um dos autores do segundo melhor artigo do STIL (On Strategies of Human Multi-Document Summarization) e também do terceiro melhor artigo do evento (Joint semantic discourse models for automatic multi-document summarization), que também tem como autora a ex-aluna de Doutorado do ICMC Paula Cardoso. 

Já o professor André de Carvalho, do Núcleo de Apoio à Pesquisa de Aprendizado de Máquina em Análise de Dados (NAP-AMDA), é um dos autores do artigo Tratando dados desbalanceados em classificação hierárquica, que recebeu menção honrosa no ENIAC. O artigo tem como primeiro autor o aluno do ICMC Victor Barella.

Sobre os eventos - Os eventos aconteceram entre os dias 4 e 7 de novembro e foram realizados na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que também sediou simultaneamente o 4º Congresso Brasileiro de Sistemas Inteligentes (BRACIS) 2015. O ENIAC é um fórum nacional para os investigadores, profissionais, educadores e estudantes para apresentar e discutir inovações, tendências, experiências, desenvolvimentos e trabalhos em curso nos domínios da inteligência artificial e computacional. Já o STIL é uma conferência multidisciplinar que reúne participantes da academia e da indústria, os quais atuam em um amplo espectro de disciplinas relacionadas à tecnologia da linguagem humana, como linguística, ciência de computação, psicolinguística, ciência da informação, entre outros. 


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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Aplicativo e drone para entregar medicamentos na casa dos idosos: ideia conquista prêmio internacional

Estudantes da USP em São Carlos fazem parte da equipe que ganhou US$ 10 mil depois de ficar em primeiro lugar no Hackathon Code4Inclusion MasterCard, realizado em Miami

Os estudantes brasileiros venceram a maratona de programação promovida pela MasterCard em Miami

Eles vislumbraram avôs e avós comprando medicamentos por meio de aplicativos e recebendo os produtos na porta de casa diretamente por um drone. Os quatro estudantes brasileiros que lançaram essa proposta conquistaram US$ 10 mil por terem ficado em primeiro lugar no Hackathon Code4Inclusion MasterCard. A competição foi realizada durante o Fórum de Inovação da MasterCard para a América Latina e Caribe (LAC), que aconteceu em Miami de 1 a 3 de dezembro.

Entre os idealizadores da solução estão três estudantes da USP, em São Carlos: Bruno Lemos, que faz Sistemas de Informação no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC); Pedro Góes, que estuda Engenharia de Computação, curso que é oferecido em parceira pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC); e Vinicius Neris, que é aluno de Engenharia Mecânica na EESC. Também faz parte do grupo Renato Rodrigues, recém-formado em Engenharia de Produção nas Faculdades de Campinas (Facamp).

“O aplicativo permite que você salve uma lista com os medicamentos que toma frequentemente e os receba por delivery em sua casa. Você também pode selecionar em que dias e horários deve tomá-los, para ser lembrado. Quando a quantidade estiver acabando, novas unidades serão solicitadas para a farmácia automaticamente”, explica Bruno Lemos. O estudante conta que, nesse tipo de competição, os grupos devem criar suas ideias durante o evento: “Eles testam nossa capacidade de realização e inovação nas 24 horas de competição”. 

O nome usado para o evento já nos traz pistas sobre o que acontece durante essas 24 horas: hackathon vem da junção das palavras inglesas hack e marathon. Como você já deve saber, uma maratona é uma competição que demanda muito empenho dos participantes, mas quando se trata de uma maratona de hackers, o desafio é lidar com dados e sistemas lógicos para desenvolver algo novo. Em suma, os hackathons ou as hackatonas são competições exaustivas de programação. No caso do Hackathon Code4Inclusion MasterCard, a meta era apresentar soluções que beneficiassem a sociedade com o foco na eliminação do uso do papel dinheiro e na promoção da inclusão financeira. Para isso, sete equipes de desenvolvedores e programadores que já haviam participado de competições promovidas pela MasterCard em seus respectivos países reuniram-se em Miami: duas do Brasil, duas do México e três dos Estados Unidos.

“Esse prêmio é o reconhecimento de que somos capazes de nos destacar mesmo em situações de forte concorrência. Isso pode nos abrir diversas portas no futuro”, revela Lemos. Além da pressão do tempo, eles enfrentaram um desafio adicional: a proposta precisou ser apresentada em inglês durante apenas dois minutos para os jurados, cerca de 300 pessoas, a maioria deles investidores e líderes da indústria financeira que estavam participando do evento (assista ao vídeo).

Nas 24 horas em Miami, os estudantes brasileiros criaram uma versão simplificada de um produto. É o que eles chamam de produto viável mínimo ou MVP (sigla para Minimum Viable Product). Foi assim que nasceu o MonkeyDoc, com foco no mercado farmacêutico global, que tem lucro estimado de US$ 300 bilhões por ano e segue crescendo, estimando-se que alcance US$ 400 bilhões nos próximos três anos. O grupo pensou em um projeto voltado especificamente para a população idosa, uma das principais consumidoras dessa indústria, a qual necessita de soluções que facilitem a maneira como compram e recebem seus medicamentos. Por isso, o aplicativo criado pela equipe é fácil de usar e possui botões maiores. 

Bruno destaca que ICMC fornece uma ótima base para quem atuar na área de computação

Aprendizados que perduram – “Eu recomendo que todos os estudantes da área de ciências exatas participem desse tipo de competição. Você é colocado à prova e exercita sua capacidade de visualizar um problema da sociedade e propor uma solução”, conta Vinicius Neris. “É uma experiência que vou carregar para a minha vida profissional, um diferencial”, completa o estudante. Na visão de Lemos, participar desse tipo de atividade extracurricular é importante porque propicia que os estudantes tenham uma visão fora do mundo acadêmico: “Assim, o aluno pode conhecer o que está acontecendo no mercado e se formar como um profissional muito mais sólido e capacitado”. 

Segundo Neris, a própria rotina universitária ajuda a preparar os estudantes para esse tipo de competição: “Nos cursos de engenharia, é comum passarmos horas a fio trabalhando em um projeto e termos muito pouco tempo para desenvolver uma ideia. Isso é um grande treino”. Lemos destaca que a computação é uma área muito abrangente e que o ICMC fornece uma ótima base para quem quer segui-la. “Mas é importante que o aluno saiba que precisa se dedicar por conta própria para aprender os conhecimentos específicos da área que quer seguir. Se não fizer isso, estará desatualizado em relação às novas tecnologias”, finaliza.

Pelo menos por enquanto, os estudantes não pretendem dar continuidade ao MonkeyDoc, já que estão envolvidos em outros projetos. Neris e Pedro Góes, por exemplo, já tem uma empresa, a InEvent, que desenvolve ferramentas para aprimorar a comunicação em eventos.

Equipe vencedora: Renato, Bruno, Pedro e Vinicius (da esquerda para a direita) 

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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Site da competição: http://code4inclusion.com/
Vídeo de apresentação do projeto: icmc.usp.br/e/6cd30
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Coral da USP São Carlos realiza primeira apresentação na próxima quinta

Público poderá conferir canções de Tom Jobim, Giuseppe Verdi, John Newton e Irving Berlin em evento gratuito que começa às 14 horas no ICMC


Eles estão ansiosos para soltar a voz na próxima quinta-feira, 10 de dezembro, e mostrar ao público os resultados que alcançaram ao longo de apenas dois meses de ensaios semanais. É quando acontecerá a primeira apresentação do Coral da USP São Carlos, formado por cerca de 100 estudantes, funcionários e participantes da comunidade são-carlense. 

Gratuito, o evento acontecerá no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, onde os ensaios são realizados. No espetáculo, o público poderá conferir músicas de Tom Jobim (Dindi), Giuseppe Verdi (Va Pensiero), John Newton (Amazing Grace) e Irving Berlin (White Christmas). Além disso, a apresentação será acompanhada por relatos do maestro Sergio Alberto de Oliveira. 

O maestro é o coordenador e regente do Coral da USP São Carlos, além de ser o fundador do coral da USP Ribeirão Preto. Oliveira possui experiência na área de artes, com ênfase em música, atuando principalmente em temas como canto coral, música coral, teatro musical, música popular, canção polifônica e coro cênico. O maestro já levou seus grupos a apresentações e turnês pelo Brasil e por países como Itália, Argentina e Grécia.

A iniciativa de criar o Coral foi lançada pela Comissão de Ação e Integração Social (CAIS) do ICMC em setembro. Trata-se de uma ação inédita no campus da USP em São Carlos que busca proporcionar integração e divertimento a seus participantes. “É uma oportunidade para a comunidade interna e externa se aproximar, além de favorecer uma integração maior do nosso campus, oferecendo um contato social mais efetivo”, explica Solange Rezende, presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx) do ICMC. A iniciativa conta com o apoio da CCEx e do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão Universitária do campus da USP em São Carlos.

O maestro Sergio Alberto de Oliveira durante ensaio no ICMC
Fotos: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Apresentação do Coral da USP São Carlos
Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC (campus 1 da USP, em São Carlos - Avenida Trabalhador São-carlense, 400)
Quando: quinta-feira, 10 de dezembro, às 14 horas
Evento gratuito e não é necessário retirar ingresso antecipadamente
Mais informações: (16) 3373.9146 ou ccex@icmc.usp.br

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Das tribos para a universidade: jovens indígenas visitam o ICMC carregando o sonho de ingressar no ensino superior

Nativos vieram do norte do Brasil e puderam conhecer estrutura oferecida pela USP em São Carlos

Indígenas vieram de duas tribos do norte brasileiro
Foram milhares de quilômetros de viagem para que pudessem conhecer um ambiente universitário. “Foi muito legal ver um robô ao vivo pela primeira vez”, revela Erica Suruí, uma das integrantes do grupo de 12 indígenas que visitou o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Eles puderam conhecer os cursos oferecidos pelo ICMC, além de algumas tecnologias desenvolvidas no Instituto.

Os jovens, que estiveram na USP na última terça-feira, 1º de dezembro, vieram de duas tribos do norte brasileiro: a Yawanawá, que fica no Acre; e a Suruí, localizada em Rondônia. Uma das atrações da visita foi o Museu de Computação Odelar Leite Linhares, onde os índios puderam ver de perto a evolução dos computadores, desde os mais antigos.

Um dos anfitriões que recepcionou os indígenas foi o robô humanoide Nao, utilizado para pesquisas no Instituto. Ele se apresentou aos visitantes, dançou e foi disputado na hora de tirar fotos. “É interessante conhecer todas essas tecnologias. Para nós, é uma novidade”, diz Jaqueline Yawanawá, que prestou vestibular para enfermagem.

Antes de virem a São Carlos, as tribos Yawanawá e Suruí também visitaram uma tribo Guarani, em São Paulo. “Estou gostando de conhecer cidades grandes, toda a nossa vida é baseada na natureza, é muito diferente”, diz Clécio Yawanawá, que nunca havia saído de sua aldeia e deseja um dia estudar ciências sociais.

Jaqueline Yawanawá sonha em cursar enfermagem
Os indígenas puderam conhecer o Museu da Fauna e da Flora do Instituto e a atividade surpreendeu alguns deles. “Achei algumas árvores curiosas, havia espécies que não conhecia”, revela Gabriela Suruí, que nunca havia visitado uma cidade fora do Estado de Rondônia. O sonho da índia é estudar psicologia e voltar para atender as pessoas de sua aldeia.

A professora Solange Rezende, presidente da Comissão de Cultura e Extensão do ICMC, apresentou a estrutura do Instituto aos jovens e as carreiras que podem seguir, caso desejem estudar no ICMC. A docente recomendou que os índios viessem estudar em São Carlos: A cidade possui altos índices científicos, universidades públicas e polos de destaque como a Embrapa. É ideal para quem quer estudar”, afirmou Solange. 

Os índios também visitaram o Laboratório de Ensino de Matemática (LEM), onde conheceram jogos matemáticos e puderam manipular a lousa digital, que é utilizada durante as aulas. “Esse tipo de visita serve como estímulo para eles, que estão buscando o conhecimento e querem ver tudo que a universidade oferece. Todas as informações que estão adquirindo podem ser levadas para os povos de suas aldeias”, conta Maria Barcellos, da organização Forest Trends, que acompanhou os nativos. Depois de passarem pelo ICMC, os indígenas ainda conheceram o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Os nativos foram recepcionados pelo robô NAO


Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do ICMC
Fotos: Reinaldo Mizutani - Assessoria de Comunicação do ICMC


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Conheça os cursos de graduação oferecidos pelo ICMC: www.territoriodobixo.icmc.usp.br
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Defesas e qualificações da semana - 7 a 11 de dezembro



Defesa de Mestrado no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística - PIPGES
Hedging no modelo com processo de Poisson composto
Aluno: Victor Sae Hon Sung
Orientador: Dorival Leão Pinto Junior
Quando: segunda-feira, 7 de dezembro, às 14h30
Onde: sala 3-002
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Emprego de aprendizado profundo para a extração de características em identificação de músicas cover
Aluna: Martha Dais Ferreira
Orientador: Rodrigo Fernandes de Mello
Quando: segunda-feira, 7 de dezembro, às 9h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Abordagens para o problema de dimensionamento e sequenciamento da produção em indústrias integradas de papel e celulose
Aluno: Marcos Mansano Furlan
Orientador: Reinaldo Morabito Neto
Quando: quinta-feira, 10 de dezembro, às 13h
Onde: sala 3-002
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Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
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Em campo com os robôs

Como em qualquer jogo de futebol, o inesperado é uma peça-chave que estimula o aprendizado e a pesquisa nas competições em que os robôs entram em campo

Eles têm a própria competição: robôs disputam partida da categoria tamanho pequeno 

Depois de passar alguns minutos fora do jogo por causa de uma contusão, Vágner Love volta a campo. Só que, em vez de vestir a camisa do time hexacampeão brasileiro, aqui ele usa apenas uma capa plástica com bolinhas coloridas no topo. Sua missão é combater, sozinho, três jogadores adversários. Mesmo com seu dispositivo de chutes danificado, ele empurra a bola três vezes para dentro do gol enquanto os oponentes só conseguem acertar uma. Ovacionado pelos torcedores, sai de campo vitorioso, mas com as marcas da batalha.

“Foi emocionante, um dos melhores jogos da competição. Nunca vou me esquecer do momento em que peguei o robô na mão, soltando fumaça, e o levei para consertá-lo: parecia uma verdadeira mesa de cirurgia. A equipe inteira lá: soldador na mão, chaves de fenda, lanternas de celulares. Uma loucura!”, conta o estudante Fernando Haber. Era a primeira vez que ele participava da Competição Latino-americana e Brasileira de Robótica (LARC/CBR) e não imaginava que, depois daquela cena, Vágner Love seria capaz de vencer a partida. 

Haber está cursando o primeiro ano do curso de Engenharia de Computação e já é membro de um dos maiores grupos de extensão e pesquisa da USP, em São Carlos, o Warthog Robotics. O grupo é ligado ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e à Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e tem como tutores a professora Roseli Romero, do ICMC, e o professor Ivan Nunes da Silva, da EESC. Aberto à participação de todos os estudantes de graduação e pós-graduação do campus, o grupo interdisciplinar é composto hoje por 80 membros, sendo que 34 deles são alunos que acabaram de ingressar na USP, tal como Haber. 

“O calouro costuma ser muito individualista, especialmente depois de ficar três ou mais anos estudando sozinho para ser aprovado no vestibular. Ele não teve a experiência de enfrentar um problema em grupo. Participar do Warthog e das competições de robótica nos ensina a lidar com pessoas e a trabalhar em grupo. Isso faz toda a diferença”, revela o estudante. “Foi muito cansativo, eu dormi apenas duas ou três horas nos dias que antecederam a disputa. Mas ver tudo funcionando depois é muito recompensador e dá força para a gente continuar”, completa.

Para Haber, trabalhar em grupo é um dos aprendizados mais importantes no Warthog

A conquista do time de Haber, formado apenas pelos calouros do Warthog, foi bastante comemorada: eles ficaram em 4º lugar na categoria RoboCup tamanho pequeno (F180) durante a LARC/CBR, que aconteceu em Uberlândia no início de novembro. Já os veteranos conquistaram o vice-campeonato nessa modalidade e também na categoria IEEE Futebol tamanho muito pequeno. “Em campo, enfrentamos várias situações que estão fora do nosso controle e nos obrigam a encontrar novas soluções. Isso traz um aprendizado prático que se torna um diferencial na nossa formação”, conta Yuri Lourenço, que cursa Sistemas de Informação no ICMC e é diretor da divisão de treinamento do Warthog.

Quem participa do grupo pode escolher uma ou mais divisões para atuar, em um universo com 11 possibilidades: treinamento, inteligência artificial, visão computacional, estudo de movimentos, eletrônica e potência, mecânica e materiais, integração e teste, administração e marketing, controle, simulação e projetos. “Aqui, os estudantes têm a oportunidade de colocar em prática o que aprendem na teoria”, explica o doutorando Adam Moreira, do ICMC, que é diretor da divisão de estudo de movimentos. 

O interessante é que os estudantes têm total liberdade para definir em que área desejam se encaixar. Assim, um aluno que está em um curso como ciências de computação, por exemplo, pode fazer parte de um time de qualquer outra área, como eletrônica ou mecânica, o que o levará a obter conhecimentos adicionais para sua formação. Haber optou pela divisão de visão computacional e também pela de controle. 

Mas o trabalho do grupo vai muito além das competições: “Nosso principal objetivo é aplicar nos nossos robôs o que pesquisamos no meio acadêmico. A nossa participação nas competições é uma consequência desse trabalho que nos traz novos desafios e motivação”, afirma Moreira. Nos meses que antecedem as disputas, a rotina do Warthog é alterada: os times são formados e estabelecidos os gerentes de cada equipe. Nesse momento, o laboratório onde o grupo trabalha passa a funcionar praticamente durante 24 horas e as refeições acontecem ali mesmo junto a Vágner Love, Neymar, Valdívia e outros jogadores desmontados. 



Como são os robôs do Warthog – De acordo com Adam, para construir um robô capaz de jogar futebol sem precisarmos usar um controle remoto, é preciso levar em conta aspectos mecânicos, eletrônicos e computacionais. Toda a estrutura do robô, o tamanho que terá, onde ele precisará ser furado, como serão as rodas, o motor, a bateria, o dispositivo de chute, entre diversos outros detalhes são definições que cabem aos responsáveis pela parte mecânica. 

Já quem cuida da eletrônica decide quantas placas de circuito ele possuirá, quais componentes serão colocados nessa placa, como será seu microcontrolador e deve compreender também quanta energia será necessária para executar suas tarefas e fazê-lo andar de forma adequada e na velocidade desejada. Há, ainda, os especialistas do campo computacional. São eles que farão o robô compreender as informações captadas pela câmera que fica no alto do campo de futebol, superando desafios como a falta ou o excesso de iluminação no local. Nesse time, entra também a área de inteligência artificial. São os algoritmos dessa área – as sequências de comandos passadas para o computador a fim de definir uma tarefa – que farão o robô tomar as decisões certas em campo. “A visão computacional possibilita ao robô ter a visão completa do jogo, enxergar onde está a bola e como estão posicionados os adversários e os colegas de time. Já os algoritmos que criamos vão fazê-lo decidir chutar a bola para o gol ou repassá-la a um companheiro”, explica Moreira. 

A complexidade dos robôs do Warthog aumenta de acordo com a experiência do time. Os robôs dos calouros na categoria tamanho pequeno (F180), por exemplo, têm apenas uma placa eletrônica, um dispositivo de chute e três rodas compostas por 16 microrrodinhas. Os robôs dos veteranos, na mesma categoria, têm três tipos de placas eletrônicas, um dispositivo de chute mais potente do que o dos calouros, um dispositivo de drible e quatro rodinhas compostas por 24 microrrodinhas, o que possibilita ao robô movimentar-se para qualquer direção. Além disso, esse robô é construído em módulos. De acordo com Moreira, o time veterano que disputa essa categoria galgou avanços este ano ao desenvolver quatro robôs bastante estáveis.

Categoria tamanho pequeno (F180): à esquerda, o robô na versão dos calouros; 
à direita, a versão dos veteranos, que é mais complexa

Já na categoria tamanho muito pequeno, como o próprio nome diz, devido ao tamanho reduzido do robô, sua complexidade é menor: não há dispositivo de chute nem de drible, existem apenas duas rodinhas e uma placa eletrônica. Moreira ressalta ainda que o grupo desenvolve também robôs para participar de competições de combate e que está realizando estudos sobre robôs bípedes, embora ainda não tenham criado nenhuma máquina desse tipo especialmente devido ao alto custo. Mas talvez os calouros do futuro tenham a chance de aprender a manejar um time de humanoides. 

“No tempo que passo no grupo não estou estudando para prova, mas aprendendo e aplicando aquilo que a prova, de uma maneira teórica, vai me cobrar”, explica o calouro Haber. Para ele, participar do Warthog traz benefícios que vão além de possibilitar aplicar conceitos teóricos, de aprender a trabalhar em equipe e de obter conhecimentos adicionais à formação básica: “Eu também acho que aproveito melhor o meu curso por ser um membro do Warthog. Tem muitos tópicos que, quando vi em sala de aula, achei pouco importantes. Mas ao notar que aqueles conceitos têm uma aplicação prática, passei a dar mais valor”. É possível que, nas próximas competições, os conceitos que Haber julgou irrelevantes à primeira vista sejam capazes de salvar a vida de Vágner Love em campo.

Na categoria tamanho muito pequeno, o espaço reduzido gera novos desafios

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP


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