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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Se você não sabe o que é Linux, venha aprender na USP São Carlos

Curso Linux 4 Dummies está com inscrições abertas até 8 de maio

Faça como o pinguim Tux e aproveite a oportunidade: inscreva-se
Você conhece o Linux? O sistema operacional do simpático pinguim está na moda, mas muita gente ainda não sabe como usar. Quer aprender? Então, inscreva-se no curso Linux 4 Dummies (em português, literalmente, Linux para bobos), oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, na USP em São Carlos.

O participante conhecerá desde a história até a instalação do sistema, aprendendo sobre seu funcionamento, os comandos principais e a estrutura do módulo de arquivos. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 8 de maio ou enquanto houver vagas via este formulário eletrônico: icmc.usp.br/e/200f1. O curso acontecerá na sexta-feira, 10 de maio, das 14 às 18 horas na sala 1-004, no bloco 1 do ICMC.

Esta atividade é a primeira de uma série de 15 oficinas que serão promovidas pelo projeto Principia - Robôs na Escola. O grupo desenvolve métodos e ferramentas novas para o ensino de robótica para crianças a partir de dez anos de idade, com foco, principalmente, em escolas públicas municipais e estaduais. O objetivo é aproximar os jovens da tecnologia, sempre visando o aprimoramento didático e a capacidade de replicação do conhecimento.

"Desde sempre, a motivação do projeto é compartilhar tudo o que é produzido com o público. Queremos capacitar os jovens de escola públicas, nossos voluntários e todos que tenham alguma curiosidade sobre os temas com os quais trabalhamos", explica o aluno Guilherme Bileki, do ICMC. Ele é um dos gerentes do Principia, que é coordenado pelo professor Eduardo Simões. "Pensamos em fazer oficinas durante o ano todo, dadas pelos nossos voluntários ou por colaboradores que estejam envolvidos com o projeto, a fim de disseminar conhecimento de dentro da universidade para quem quiser", completa Bileki. 

Segundo o estudante, as 15 oficinas foram baseadas no que o grupo faz no dia-a-dia e pensadas como uma sequência de conhecimentos necessários para atingir um objetivo: motivar um jovem de escola pública a chegar em uma posição de sucesso por meio da tecnologia – quer seja via ingresso em uma universidade pública ou pela conquista de um bom emprego. "Essas oficinas são só a base de cursos mais avançados que pretendemos dar no próximo semestre", finaliza.

Texto: Marília Calábria - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Crédito da imagem: Pixabay

Mais informações
Página do Principia no Facebook: https://www.facebook.com/RobosNaEscola
Programa completo do curso: icmc.usp.br/e/8df3d
Formulário de inscrições: icmc.usp.br/e/200f1

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Prepare-se para a Olimpíada Brasileira de Robótica em curso da USP São Carlos: inscrições abertas

Aulas terão teoria e prática de conceitos básicos sobre montagem e programação de robôs, com foco na modalidade prática da competição

Atividades serão realizadas aos sábados, das 9 às 12 horas


Estão abertas as inscrições para o curso Preparação para a Olimpíada Brasileira de Robótica – Modalidade prática. Oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o curso será realizado de 4 a 25 de maio, aos sábados, das 9 às 12 horas. 

A iniciativa é destinada a alunos do ensino fundamental II (do 5º ao 9º ano) e do ensino médio (do 1º ao 3º ano) de escolas públicas e particulares, que tenham interesse em participar das competições da modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). A atividade também é aberta para pais e professores que, com a oportunidade, podem se tornar técnicos das equipes que disputarão a OBR. 

O curso tem como objetivo preparar equipes competitivas, oferecendo conceitos básicos sobre montagem de diversos tipos de robôs mais usados nas competições da OBR (PETE, LegoMindstorm e Arduino). Princípios de programação e exercícios práticos também serão abordados. 

Há 100 vagas disponíveis e as inscrições devem ser realizadas até o dia 2 de maio ou enquanto houver vagas, no Sistema Apolo, por meio deste link: icmc.usp.br/e/5f9c2. Após a inscrição, o interessado também precisa encaminhar, para o e-mail ccex@icmc.usp.br, um atestado de matrícula comprovando o vínculo com a escola. 

A taxa de inscrição é de R$ 10 e deverá ser paga presencialmente, no primeiro dia do curso, para os coordenadores da iniciativa. Além disso, até dia 30 de abril, poderão ser feitas solicitações de isenção da taxa. O procedimento, nesse caso, é a realização da inscrição online e o envio de comprovante de matrícula para o e-mail ccex@icmc.usp.br, junto com uma justificativa para o pedido de isenção. Essa solicitação só pode ser efetuada por alunos e professores de escolas públicas, os contemplados serão informados, por e-mail, no dia 2 de maio. 

Caso o estudante possua um kit de robótica que é utilizado nas competições, recomenda-se que traga para o curso, pois existe um número limitado de materiais para empréstimo. Coordenado pela professora Roseli Romero, do ICMC, o curso será ministrado pelos alunos de pós-graduação e graduação: Adam Moreira, Daniel Tozadore, Guilherme Moreira, Maria Luiza Telles e Vinicius Luiz da Silva Genésio. A iniciativa conta com o apoio do Centro de Robótica de São Carlos (CRob). 

Para participar da OBR, estudantes precisam se inscrever gratuitamente no site da competição até 17 de maio

Participe da Olimpíada – É importante lembrar que a participação no curso não garante a inscrição na OBR. Para participar, é preciso se inscrever gratuitamente no site da competição até dia 17 de maio, onde também está disponível o manual de inscrições: www.obr.org.br

Os inscritos na modalidade prática deverão participar de eventos regionais e, conforme sua classificação, das etapas estaduais e da final nacional, que ocorrerá em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, entre os dias 22 a 26 de outubro. 


Objetivo do curso é preparar equipes competitivas, oferecendo conceitos e práticas sobre montagem de diversos tipos de robôs

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Fotos: Denise Casatti

Curso: Preparação para a Olimpíada Brasileira de Robótica – Modalidade Prática 
Inscrições: até 2 de maio, ou enquanto houver vagas, via formulário eletrônico disponível em icmc.usp.br/e/5f9c2
Aulas: de 4 a 25 de maio, aos sábados, das 9 às 12 horas. 
Onde: salas 4001, 4003 e 4005 do ICMC – avenida Trabalhador são-carlense, 400, área I do campus da USP, no centro de São Carlos 
Mais informações: (16) 3373.9146 ou ccex@icmc.usp.br 
Saiba mais sobre a OBR: www.obr.org.br
Curta a página da competição no Facebook: www.facebook.com/OBRobotica


segunda-feira, 11 de junho de 2018

Os robôs estão prontos para receber sua visita na USP São Carlos

Você pode assistir às competições da Olimpíada Brasileira de Robótica no próximo fim de semana e também está convidado para participar de um projeto para conhecer um grupo da USP que fabrica robôs

Dias 16 e 17 de junho, o público pode assistir às competições no salão de eventos da USP

Como funciona um robô? Quais conhecimentos você precisa desenvolver para trabalhar com robôs? Perguntas como essas atiçam a curiosidade de quem não conhece o universo dessas criações que, a cada dia, têm nos surpreendido pelo potencial para realizar tarefas até então restritas aos seres humanos. Mostrar para a população que a área da robótica não é nenhum bicho de sete cabeças é um dos principais objetivos de duas iniciativas gratuitas que acontecerão na USP em São Carlos. 

No próximo final de semana, dias 16 e 17 de junho, 202 equipes formadas por crianças e jovens de escolas de São Carlos e região vão enfrentar uma série de desafios junto com seus robôs: é quando acontecerá a 5ª Regional da Modalidade Prática da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). O público pode comparecer ao evento para assistir às competições, que serão realizadas no Salão de Eventos da USP, em São Carlos, das 8 às 14h30. A entrada no evento é gratuita e não demanda inscrições prévias, basta comparecer ao local e assistir aos robôs das equipes, que são programados para realizar um percurso em uma plataforma de madeira, onde enfrentam alguns desafios como subir uma rampa e capturar uma bola. 

Quem coordena a etapa regional em São Carlos é a professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Segundo ela, ao assistir às competições, a comunidade pode compreender quanto a robótica favorece o desenvolvimento de uma série de habilidades nas crianças e jovens que têm a oportunidade de montar e programar um robô. 

Equipes e seus robôs enfrentam desafios nas arenas da OBR

Conexão com as escolas – Outro evento gratuito que acontece na USP, em São Carlos, no próximo dia 21 de junho, quinta-feira, é o Conexão Warthog. A iniciativa é destinada a todas as escolas da região que desejam conhecer como funciona um dos maiores grupos de extensão e pesquisa da USP: o Warthog Robotics

O grupo desenvolve robôs autônomos para participar de competições de futebol e de combates, nas quais já conquistou diversas premiações no Brasil e no exterior. Ligado a duas unidades de ensino e pesquisa da USP – o ICMC e a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e também ao Centro de Robótica da USP – reúne alunos de graduação e pós-graduação de todo o campus. 

Durante o Conexão Warthog, os estudantes assistirão as apresentações dos robôs desenvolvidos pelo grupo, conhecerão o laboratório do grupo e os projetos desenvolvidos. Cada sessão da visita dura cerca de 1h30. Para participar da visita, basta o responsável pela escola ou um professor preencher, até dia 18 de junho, o formulário online disponível neste link: icmc.usp.br/e/44a60. A visita pode ser agendada das 14 às 15h30 ou das 15h30 às 17h30. É aconselhável que o número de alunos não seja superior a 25 por visita, mas caso aconteça da escola trazer um número maior de estudantes, é possível dividi-los em duas turmas: enquanto uma conhece o laboratório, outra visita o campus da Universidade. 

Ao abrir as portas do laboratório para a comunidade, a intenção do grupo é aproximar a Universidade e a robótica das crianças e dos adolescentes. “Nas visitas, nós pretendemos relacionar o conteúdo pedagógico da escola com o conhecimento da academia. Vários dos princípios básicos da física e da matemática que nós usamos nos robôs são ensinados no ensino médio, por exemplo”, explica o doutorando Adam Moreira, do ICMC, que é diretor de pesquisa do Warthog. A partir do segundo semestre deste ano, o grupo promoverá visitas uma vez por mês. O calendário com as próximas datas será divulgado no início de agosto.

Futebol de robôs será uma das atrações do evento Conexão Warthog

Texto e fotos: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP 


Modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica (etapa regional) 
Quando: sábado e domingo, 16 e 17 de junho, das 8 às 14h30 
Local: Salão de Eventos do campus da USP em São Carlos 
Endereço: rua dos Inconfidentes, 80 - Centro 
Evento gratuito e aberto à participação de todos os interessados 

Conexão Warthog 
Quando: quinta-feira, 21 de junho, das 14 às 15h30 ou das 15h30 às 17h30 
Local: Prédio da Engenharia de Computação, na área II do campus da USP, em São Carlos 
Endereço: avenida João Dagnone, nº 1100 - Jardim Santa Angelina 
Evento gratuito e aberto à participação de todas as escolas interessadas mediante inscrição prévia: icmc.usp.br/e/44a60 

Contato com a imprensa 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Crianças e adultos divertem-se durante uma tarde de muita programação na USP

Cerca de 50 pessoas, entre crianças e adultos, curtiram a Hora do Código no ICMC, fazendo exercícios de programação e assistindo às demonstrações dos robôs


As pequenas mãos apontando e digitando foram o destaque do evento

Na tarde do último sábado, 9 de dezembro, uma cena se repetiu inúmeras vezes: muitas pequenas mãos podiam ser vistas digitando ou apontando para uma das telas dos 60 computadores de dois laboratórios de informática do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. De vez em quando, uma voz clamava pela ajuda de um monitor: "Tio, vem aqui!" 

Essas crianças mostraram que programação não é assunto apenas de gente grande ao participarem entusiasmadas do evento Hora do Código. A iniciativa foi criada exatamente para desmistificar a ideia de que programar é difícil e chato, mostrando que qualquer pessoa pode aprender os fundamentos básicos da computação ao realizar atividades simples e divertidas. O movimento global já atingiu 468 milhões de pessoas em mais de 180 países.

Gratuito, o evento começou às 14h30 com as boas-vindas do professor Seiji Isotani, presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC. Logo depois, foi a vez do professor Fernando Osório explicar a relevância da Hora do Código e o quanto é importante estimular a participação das crianças nessas atividades, a fim de aproximá-las das ciências exatas. 

A seguir, o público entendeu as relações entre robótica e programação em um bate-papo descontraído com os doutorandos Adam Moreira e Daniel Tozadore, ambos do ICMC. Para isso, eles contaram com a ajuda de uma simpática família de robôs humanoides do Centro de Robótica de São Carlos (CROB). Um desses robôs, carinhosamente apelidado de Dolores, executou ao vivo alguns comandos digitados no computador por Daniel. As crianças vibraram quando Dolores dançou. Com essa demonstração, elas puderam conferir, ao vivo, que o comando para o robô precisa ser dado por um humano por meio de um computador.

Daniel (à esquerda) e Adam durante a demonstração com os robôs humanoides

Na última etapa do evento, todos foram convidados a ir aos laboratórios do Instituto, que já estavam preparados para que grandes e pequenos participantes realizassem os exercícios de programação e experimentassem, na prática, o que tinham visto na teoria. Vários alunos do ICMC, incluindo membros do grupo de desenvolvimento de jogos Fellowship of the Game, estavam disponíveis no local, atuando como monitores e esclarecendo todas as dúvidas.

Conforme as crianças completavam as atividades propostas, exibiam, orgulhosas, o certificado digital na tela do computador. Para muitas, esse foi o primeiro diploma de muitos que virão. "Precisamos mostrar o quanto esse tipo de iniciativa é importante e levar a ideia para todas as escolas brasileiras. Temos que sensibilizar a sociedade e tornar o ensino de programação uma política pública", ressalta o professor Fernando Osório.

Davi exibe orgulhoso o certificado digital da Hora do Código

Este ano, mais de 100 mil eventos ao redor do mundo foram cadastrados na plataforma global da Hora do Código, sendo que 253 deles serão no Brasil. A iniciativa sempre acontece durante a Semana da Educação em Ciência da Computação, realizada anualmente em reconhecimento ao aniversário da pioneira da computação, a almirante Grace Murray Hopper, que nasceu em 9 de dezembro de 1906 em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ela foi uma das primeiras programadoras da história. 

Todas as atividades propostas durante o evento estão disponíveis gratuitamente no site da Hora do Código: https://hourofcode.com/br/learn. Basta acessar, fazer os exercícios e garantir seu certificado de programação.

"Tio, vem aqui!": monitores contribuíram para facilitar o aprendizado das crianças

Texto e fotos: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Site da Hora do Código: https://hourofcode.com/br/learn
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Dos 4 aos 104 anos: iniciativa mostra que qualquer pessoa pode aprender programação

Participe gratuitamente da Hora do Código na USP em São Carlos e descubra o quanto a computação pode ser acessível e divertida, especialmente se você contar com a ajuda dos robôs

Crianças, adultos e idosos são muito bem-vindos no evento
(crédito: Denise Casatti)

Um evento criado para desmistificar a programação e mostrar que qualquer pessoa pode aprender os fundamentos básicos da computação, realizando atividades simples e divertidas durante 60 minutos. Essa é a proposta da Hora do Código, um movimento global que já atingiu 468 milhões de pessoas em mais de 180 países. 

Em São Carlos, a iniciativa acontecerá no sábado, 9 de dezembro, a partir das 14 horas, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP. O objetivo não é ensinar as pessoas a serem especialistas em computação em uma hora, mas sim mostrar que a área é acessível a todas as pessoas, de todas as idades, independentemente do conhecimento prévio que tenham. Por isso, para participar da Hora do Código, não é necessário ter nenhuma experiência em programação.

“Como a tecnologia está presente em todos os setores, o conhecimento em computação se tornou fundamental. Todas as pessoas deveriam ter a oportunidade de aprender um pouco sobre programação, pois esse conhecimento pode nos ajudar a desenvolver habilidades lógicas, resolver problemas e estimular nossa criatividade”, explica o professor Seiji Isotani, presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC, que é responsável pela realização da iniciativa em São Carlos.

Robôs humanoides estão entre as atrações da Hora do Código no ICMC

Robôs são atração - O evento é gratuito e começará às 14 horas com demonstrações de diversos robôs. Logo depois, o público entenderá melhor as relações entre robótica e programação no bate-papo com o doutorando Adam Moreira, do ICMC. A seguir, todos serão convidados a ir aos laboratórios do Instituto, que já estarão preparados para que os participantes possam realizar os exercícios de programação. “Nos exercícios, há um passo a passo explicando o que deve ser realizado e nós também disponibilizaremos monitores para ajudar quem tiver qualquer dificuldade”, explica o professor Fernando Osório.

Quem completar todas as atividades propostas receberá um certificado digital. Crianças menores de 10 anos poderão participar, desde que venham acompanhadas por um responsável. Recomenda-se apenas que os participantes tragam seus próprios fones de ouvido. Quem desejar também poderá trazer seu notebook ou tablet. As inscrições podem ser realizadas, até as 80 vagas disponíveis se esgotarem, por meio do formulário disponível neste link: www.icmc.usp.br/e/b8e1d

Este ano, mais de 100 mil eventos ao redor do mundo já foram cadastrados na plataforma global da Hora do Código, sendo que 253 deles serão no Brasil. A iniciativa sempre acontece durante a Semana da Educação em Ciência da Computação, realizada anualmente em reconhecimento ao aniversário da pioneira da computação, a almirante Grace Murray Hopper, que nasceu em 9 de dezembro de 1906 em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ela foi uma das primeiras programadoras da história.


Crianças menores de 10 anos podem participar, basta virem acompanhadas por um responsável

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Hora do Código no ICMC
Página do evento no Facebook: www.facebook.com/events/1037093763099514
Formulário para inscrições: www.icmc.usp.br/e/b8e1d
Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no bloco 6 do ICMC (Av. Trabalhador São Carlense, 400, na área I do campus da USP, no centro de São Carlos)
Quando: sábado, 9 de dezembro
Horário: a partir das 14 horas
Mais informações: (16) 3373-9622 / eventos@icmc.usp.br

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Robótica 2017: alunos e professores do ICMC são reconhecidos em evento

Conferências e competições de robótica foram realizadas em Curitiba, de 7 a 11 de novembro



No maior evento de robótica da América Latina, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, esteve em destaque. Na Competição Latino-americana e Brasileira de Robótica, as equipes do Warthog Robotics, grupo de extensão da USP São Carlos, subiram ao pódio três vezes. Já nas conferências realizadas durante o evento, cinco artigos de autoria de pesquisadores do ICMC foram reconhecidos entre os melhores.

Na competição, o Warthog participou de duas categorias no futebol de robôs, ficando com o 5º lugar na Very Small Size e com o 2º e 3º lugares na categoria Small SizeNessa categoria Small Size, os jogos são disputados com seis robôs em cada time: um goleiro e cinco na linha, que competem sem nenhuma intervenção humana. Este ano, o grupo participou pela primeira vez da categoria @Home, que é voltada para o desenvolvimento de robôs com aplicações domésticas, e conquistou o 2º lugar.

O evento também reuniu conferências científicas da área: o Simpósio Brasileiro de Robótica (SBR), o IEEE Latin American Robotics Symposium (LARS) e o Workshop of Robotics in Education (WRE). As conferências selecionaram os melhores artigos e os autores foram convidados para compor edições especiais de duas importantes publicações. Entre esses melhores artigos estão cinco trabalhos de autoria de pesquisadores do ICMC indicados para duas publicações:

Robotics and Autonomous Systems Journal (RAS), editado pela Elsevier Press:
  • Artigo selecionado: A Study on the Effect of Human Proxemics Rules in Human Following by a Robot Team, de autoria da professora Roseli Romero e do doutorando Murillo Batista, ambos do ICMC, além do pesquisador Douglas Macharet, da Universidade Federal de Minas Gerias.
Communications in Computer and Information Science (CCIS), editado pela Springer:
  • Artigo selecionado: Coordinate Multi-robotic System for Image Taking and Visualization via Photogrammetry, de autoria da professora Roseli Romero, dos alunos Arthur Souza e Rita Raadm, do curso de Ciências da Computação, e do doutorando Murillo Batista, todos do ICMC.
  • Artigo selecionado: Cognitive and robotic systems: speeding up integration and results, de autoria da professora Roseli Romero e dos pós-graduandos Helio Azevedo e José Pedro Belo, todos do ICMC.
  • Artigo selecionado: Calibration and multi-sensor fusion for on-road obstacle detection, de autoria do professor Fernando Osório e do mestrando Luis Alberto Rosero, todos do ICMC.
  • Artigo selecionado: 3D Shape Descriptor for Objects Recognition, de autoria do professor Fernando Osório, do aluno Jean Amaro, do curso de Ciências da Computação, e do pesquisador Daniel Sales, que concluiu recentemente o doutorado no ICMC.

Texto: Alexandre Wolf - Assessoria de Imprensa do ICMC/USP
Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Curso oferecido pela USP São Carlos prepara estudantes para a Olimpíada Brasileira de Robótica

Iniciativa é oferecida pelo ICMC: aulas acontecerão aos sábados, das 9 às 12 horas

Objetivo do curso é fornecer conceitos básicos sobre a montagem de diversos robôs e
apresentar alguns princípios de programação aos alunos de escolas públicas e particulares

Estão abertas as inscrições para o curso Preparação para a Olimpíada Brasileira de Robótica (modalidade prática). Oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o curso será realizado de 6 a 27 de maio, aos sábados, das 9 às 12 horas. 

O curso é destinado a alunos do ensino fundamental II (do 5º ao 9º ano) e do ensino médio (do 1º ao 3º ano) de escolas públicas e particulares, que tenham interesse em participar das competições da modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). O objetivo é preparar as equipes participantes a fim de que se tornem mais competitivas, fornecendo conceitos básicos sobre montagem de diversos tipos de robôs comumente usados nas competições da OBR. Também serão apresentados princípios de programação e realizados vários exercícios práticos com os robôs. 

Há 100 vagas disponíveis e as inscrições devem ser realizadas, até o dia 28 de abril ou enquanto houver vagas, no formulário eletrônico disponível neste link: icmc.usp.br/e/a6187. A taxa de inscrição é de R$ 15,00 e deve ser paga, via boleto que será gerado pelo sistema de inscrição, até dia 3 de maio. Para efetivar a inscrição, o participante deve enviar o comprovante de pagamento bem como o atestado de matrícula da escola que frequenta para o e-mail ccex@icmc.usp.br.

Caso o estudante possua o kit de robótica utilizado nas competições, é desejável que traga para o curso, pois existe um número limitado de kits para empréstimo. Coordenado pela professora Roseli Romero, do ICMC, o curso será ministrado pelo doutorando Murillo Batista e contará com a colaboração dos seguintes monitores: Guilherme Moreira, Hikaro de Oliveira e Maria Luiza Telles, alunos de graduação do ICMC; e de Adam Moreira, doutorando do Instituto. A iniciativa conta com o apoio do Centro de Robótica de São Carlos (CRob).

Vale lembrar que a inscrição no curso não garante a inscrição na Olimpíada Brasileira de Robótica. Para participar da Olimpíada, é preciso se inscrever no site da competição até dia 20 de maio: www.obr.org.br.

As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Robótica estão abertas até dia 20 de maio

Texto e fotos: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP


Preparação para a Olimpíada Brasileira de Robótica (modalidade prática)
Inscrições: até 18 de abril ou enquanto houver vagas via formulário eletrônico icmc.usp.br/e/a6187
Aulas: de 6 a 27 de maio, aos sábados, das 9 às 12 horas.
Onde: ICMC - avenida Trabalhador são-carlense, 400, área I do campus da USP, no centro de São Carlos
Telefone: (16) 3373.9146
E-mail: ccex@icmc.usp.br

sexta-feira, 10 de março de 2017

Robótica e inclusão digital nas escolas: projeto da USP São Carlos recebe apoio da IBM

Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação é uma das quatro instituições de São Carlos selecionadas para receber consultoria de funcionários da empresa

Sucata se transforma em robôs no laboratório coordenado pelo professor Eduardo Simões

Ele tem um sonho: mostrar aos jovens que é possível estudar em uma universidade pública e se tornar um cientista. Esse sonho foi se tornando realidade nos últimos anos, quando, voluntariamente, o professor Eduardo Simões, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, se uniu a alguns alunos e começaram a construir robôs com sucata e a apresentá-los a crianças que estudam em quatro escolas na cidade de São Carlos, a cerca de 240 quilômetros da capital do Estado de São Paulo. Ao ver a transformação provocada naqueles jovens com a iniciativa, o professor compreendeu que era preciso ampliar o alcance de seu projeto. Agora, com o apoio de um programa internacional de cidadania corporativa da IBM, o Corporate Service Corps (CSC), Simões pretende disseminar a robótica e a inclusão digital para mais jovens brasileiros.

“Nós temos o conhecimento, os equipamentos e as ferramentas. No entanto, faltam recursos humanos para que possamos desenvolver um plano de ação e um modelo de escalabilidade que possibilite expandir esse projeto piloto. Queremos alcançar mais escolas, mais cidades e impactar mais jovens”, revela o professor. Segundo ele, para que o plano se concretize, é preciso uma união de forças entre Universidade, empresas, prefeituras, escolas públicas e privadas.

Por meio do programa da IBM, que está em sua 21ª edição no Brasil, serão oferecidas consultorias à equipe do professor, promovendo o desenvolvimento de lideranças que possibilitarão a expansão da iniciativa. O programa seleciona funcionários da empresa em todo o mundo para atuar em projetos que integram planos de crescimento econômico, gestão de processos e tecnologia. Todos os projetos são desenvolvidos para alavancar organizações de cidades em desenvolvimento.

Para Simões, o apoio da IBM é uma oportunidade
de crescimento para todos os envolvidos no projeto
Em 2017, além do ICMC, três instituições de São Carlos – Departamento de Apoio à Educação Ambiental da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) e Instituto Inova – foram selecionadas para receber a consultoria dos funcionários da IBM, que irão ajudar na construção coletiva de soluções para os problemas apontados por essas organizações. Ao todo, atuarão nos projetos 12 funcionários da IBM vindos de 10 países (China, Dinamarca, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Irlanda, República Checa e Turquia).

O time será subdividido em quatro equipes para mergulhar nas problemáticas pelo período de 30 dias. O início dos trabalhos será marcado por um painel sobre tecnologia e inovação social, que acontecerá na próxima segunda-feira, 13 de março, na sede do Instituto Inova, em São Carlos. Na ocasião, cada parceiro compartilhará sua percepção de como a tecnologia pode gerar inovação, além de melhorar a eficiência em processos e gestão. O programa prevê que, ao final do período de consultoria, as equipes da IBM apresentem um relatório apontando as transformações que podem ser realizadas para que as organizações tenham uma atuação mais eficiente.

“Os robôs despertam uma curiosidade nos jovens e a consequência dessa brincadeira com a tecnologia é o aprendizado, que acontece naturalmente. Nas oficinas em que controlam, desconstroem e constroem esses equipamentos, eles passam a entender conceitos importantes da área de computação, matemática e física de uma forma divertida”, conta Simões. O aprendizado também acontece para os alunos de graduação e pós-graduação da USP que participam da iniciativa como voluntários e, agora, poderão conhecer pessoalmente alguns funcionários da IBM. “Será uma excelente oportunidade de crescimento para todos nós”, finaliza o professor.

Uma das vantagens dos robôs fabricados com sucata é o baixo custo

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Com informações da Assessoria de Imprensa da IBM

Créditos das imagem: fotos dos robôs - Denise Casatti/ICMC; foto do professor Simões - Reinaldo Mizutani/ICMC

Mais informações
Sobre a IBM: www.ibm.com/br
Sobre o ICMC: www.icmc.usp.br
Descomplicando a tecnologia: www.timaissimples.com.br

Assessoria de Imprensa IBM Brasil – In Press Brodeur
Atendimento: Marcelo Costa – marcelo.costa@brodeur.com.br – (11) 3330-3834
Gerente: Mariana Lemos – mariana.lemos@brodeur.com.br – (11) 3330-1607

Relacionamento com Imprensa IBM Brasil
Coordenação: Juliana Cayres Setembro - jcayres@br.ibm.com - (11) 2132-4522

Assessoria de Imprensa ICMC/USP
Atendimento: Neylor Fabiano – neylor@icmc.usp.br - (16) 3373.8914

quarta-feira, 6 de julho de 2016

No ringue com os robôs: grupo da USP São Carlos está pronto para o combate

Equipe participará de competição que tem como objetivo incentivar o desenvolvimento da robótica no país



O Warthog Robotics, grupo de pesquisa e extensão em robótica da USP, em São Carlos, participará da 12ª edição do Winter Challenge, uma das maiores competições de combate de robôs da América Latina. Promovida pela empresa RoboCore, a iniciativa tem como objetivo incentivar o desenvolvimento da robótica no país e acontece de 7 a 10 de julho no Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul (SP).

Durante cada combate, a meta é, literalmente, destruir o adversário e a equipe que perder duas lutas é eliminada. O Warthog vai competir em três categorias: na Beetleweight (até 1,36kg); Hobbyweight (até 5,44kg) e na Featherweight (até 13,6kg). Segundo Adam Moreira, doutorando do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e membro do grupo, a expectativa é conquistar um lugar no pódio pelo menos nas duas últimas categorias. 

Sobre o Warthog Robotics - Vinculado ao ICMC e à Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), o Warthog é considerado um dos maiores grupos de competição em robótica no Brasil quando o assunto é futebol e combate de robôs. Criado em 2010, o Warthog é resultado da união de dois grupos de desenvolvimento de futebol de robôs da USP, o USPDroids e o GEAR. No mesmo ano de criação da equipe, o Warthog conquistou o primeiro lugar na categoria 2D e o segundo lugar na categoria Very Small Size na Competição Brasileira de Robótica (CBR). Já em 2011, pela mesma competição, o grupo conquistou o primeiro lugar nas categorias Very Small Size e 3D, também ficando em segundo lugar na categoria 2D. Atualmente, é considerada a maior equipe de extensão do campus da USP em São Carlos.
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terça-feira, 5 de julho de 2016

Ensinando com Arduino: uso da plataforma em sala de aula contribui para motivar estudantes e inspirar novos aprendizados

Projeto realizado na USP, em São Carlos, mostra que aprender programação colocando a mão na massa pode trazer benefícios que vão muito além do desenvolvimento de robôs e jogos

Daniel e Renata: orgulho e alegria na selfie com o robô criado em sala de aula

A selfie registrada pelo smartphone de Daniel Xavier, 18 anos, não deixa dúvidas do sentimento de orgulho e da alegria que compartilha com a estudante Renata Alves, 19: eles estão segurando o robô que desenvolveram em equipe ao cursar a disciplina Introdução à Programação para Engenharias, na USP, em São Carlos. O cenário da selfie é o hall da Biblioteca Achille Bassi, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). Ao redor dos estudantes, há muitos outros robôs. Alguns estão circulando pelo chão e, de forma autônoma, desviam de obstáculos; outros seguem linhas construídas com fita isolante nas mesas brancas e há um que atira elásticos de borracha. Mario Bros também marca presença, em miniatura, na pequena caixa de papelão onde o público mata a saudade de Genius, o famoso jogo eletrônico lançado no Brasil nos longínquos anos de 1980. Um elo une toda essa parafernália eletrônica que invade o espaço: elas foram construídas por estudantes que estão no primeiro ano da Universidade usando a plataforma Arduino.

Fazer esses alunos colocarem a mão na massa valeu muito a pena, na opinião da professora Kalinka Castelo Branco, do ICMC: “Eles se sentiram motivados porque puderam realmente entender o funcionamento da lógica de programação e a necessidade e aplicabilidade da disciplina na vida real, em situações que eles certamente terão que enfrentar na vida profissional”. Para ela, foi essa motivação adicional que os levou a investir mais tempo no aprendizado da disciplina, a qual passou a ser menos abstrata. O resultado a professora conseguiu ver refletido no aumento das notas dos estudantes, que estão cursando o primeiro ano do curso de Engenharia Mecatrônica, oferecido pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC): “Antes, a média ficava entre 4,7 e 5,7. Este ano, chegou a 6,8”.

Motivação refletiu no aumento das médias da turma
A motivação dos alunos ao desenvolver os projetos promete resultar em benefícios que se estenderão para além da disciplina. “Dá mais ânimo no curso. Você passa a se empenhar um pouco mais nas outras matérias, mesmo que elas não sejam tão legais porque sabe que vai precisar delas”, conta Daniel. “É uma atividade que se aproxima mais do nosso trabalho, do que a gente vai fazer depois da faculdade. Então, é muito legal para nos motivar a continuar no curso”, diz Renata. “Eu nunca pensei que a gente ia chegar e fazer isso no primeiro ano. Nunca tive contato com eletrônica e computação”, afirma Leandro Silva, 17 anos. A cada aula prática, ele aprendia uma parte do processo: “A gente fazia sem pensar que era um sacrifício. Para mim, foi uma experiência incrível, faria tudo de novo”.

Não foram poucos os desafios que eles precisaram enfrentar. “A gente ficou várias noites e vários dias tentando fazer e dava errado”, revela Daniel. Na opinião dele e de Renata, o maior obstáculo foi conciliar o software com o hardware. No computador, tudo funcionava bem, mas na hora do robô executar, nada acontecia conforme planejado: “Precisávamos continuar tentando, até resolver. Quando dava certo, a gente comemorava. Ver funcionando é a melhor parte!”

Para o grupo de estudantes que trabalhou com Leandro na construção do jogo Genius em homenagem a Mario Bros, o principal desafio foi transformar a música em um código e construir a lógica do jogo, articulando os momentos de acender e apagar as luzes LED com as músicas que deveriam ser tocadas. “Se o jogador erra a sequência, toca um tipo de música; se ele passa para a próxima fase, temos outra música. É complicadinho, mas pelo Mario Bros, a gente tentou, tentou, até conseguir”, explica Leandro. 
Jogo Genius e Mario Bros foram um dos destaques da mostra de projetos

Plataforma para aprendizado – Não foi por acaso que a professora Kalinka escolheu o microprocessador Arduino como plataforma para os estudantes desenvolverem os dois trabalhos que propôs para a disciplina: um jogo Genius e um robô. Por se tratar de uma ferramenta aberta, livre e de baixo custo para a criação de projetos de hardware e software, o Arduino permite aos estudantes conectar, de forma descomplicada, o mundo teórico da computação a dispositivos físicos. Isso acontece porque, depois de “sentir” o ambiente por meio de sensores variados (entradas) e processar esses dados via programas inteligentes, os estudantes podem programar a ferramenta para afetar seu entorno, controlar e agir sobre o ambiente. Essa ação pode ser realizada por meio de motores e atuadores que possibilitam, por exemplo, ligar ou desligar luzes, movimentar câmeras e outros componentes, etc. Além disso, esse microprocessador interage facilmente com os computadores, independentemente do sistema operacional empregado (Windows, Linux ou Mac). Ou seja, a grande vantagem é que não é preciso ser um especialista para desenvolver um projeto usando Arduino. Foi por isso que a escolha se encaixou como uma luva para a turma que está no primeiro ano da Universidade. 

Há sete anos, Kalinka ministra a disciplina Introdução à Programação para Engenharias na USP em São Carlos. “Quando era só teoria, ficava tudo muito abstrato, os alunos viam só o software e logo se desmotivavam. Muitos não faziam os trabalhos solicitados e os que entregavam deixavam muito a desejar”, lembra a professora. Então, há três anos, surgiu a oportunidade de apresentar uma proposta para o Programa Pró-Inovação no Ensino Prático de Graduação (Pró-Inovalab) da USP. A professora redigiu o projeto Pró-InovaLab - Uma abordagem inovadora para o desenvolvimento de sistemas embarcados críticos, selecionado durante a uma das edições do Programa. Os recursos recebidos possibilitaram adquirir os microprocessadores e demais materiais necessários para tirar a ideia do papel. Como no ano passado a professora foi aprimorar seus conhecimentos na Universidade de Sidney, na Austrália, a proposta foi colocada em prática este ano. “É uma ideia que pode ser aplicada a outras disciplinas”, destaca Kalinka. 

Junho vermelho: lançando elásticos de borracha

“A proposta foi realmente excepcional para estimular não só os alunos, mas também os professores”, diz Maíra da Silva, que é coordenadora do curso de Engenharia Mecatrônica. Ela explica que um dos desafios da coordenação é mobilizar os professores para que transformem uma parcela significativa da carga horária de 4,4 mil horas que compõe o curso em projetos práticos: “No momento, estamos analisando núcleos de disciplinas para identificar projetos em comum”. Maíra reforça que o aprendizado baseado em projetos multidisciplinares está em destaque nas novas diretrizes para a estrutura curricular dos cursos de graduação da EESC.

Segundo a coordenadora, o projeto prático realizado pelos estudantes na aula da professora Kalinka contribui para que eles enxerguem a importância de estudar os três campos do conhecimento fundamentais para a mecatrônica: a mecânica, a eletrônica e a programação. Ao construir um simples robô, eles percebem que, para controlar o Arduino, é preciso entender as estruturas dos algoritmos – sequências de regras que são criadas para resolver uma tarefa. Por outro lado, para decidir qual motor colocar, é necessário ter conhecimentos de mecânica. Mas não é possível acionar os motores sem a eletrônica. “Com um projeto no início do curso, o aluno consegue ter uma visão muito mais aplicada do por que está estudando aquelas teorias”, diz Maíra.

Controle de Junho vermelho com seus seis botões

Quando Gustavo Stefano, 19 anos, começa a explicar como funciona Junho vermelho, o robô que seu grupo criou, fica nítido o quanto compreendeu a estreita relação que une mecânica, eletrônica e programação. Para que o robô comece o combate e dispare elásticos de borracha, é preciso acioná-lo por meio de um controle, composto por um microcontrolador e um transmissor de rádio. No controle, há seis botões: quatro para movimentar o robô para frente, para trás, para a direita e para a esquerda; um para disparar a borrachinha; outro que é um potenciômetro e vai determinar a angulação do mecanismo de disparo: “Mas não podemos alimentar o motor de disparo direto do Arduino, porque ele vai queimar se puxarmos muita corrente elétrica. Então, inserimos reguladores de tensão e um transistor. O Arduino aciona o transistor, que, por sua vez, vai acionar o disparo do canhão”.

Em meio a tantos projetos interessantes, os olhos de Marina Rodero, 16 anos, brilham. Seu sonho é estudar no ICMC. “Eu sempre gostei muito de exatas, adoro matemática e comecei a me interessar por programação”, conta a estudante, que está no segundo ano do ensino médio e participa do projeto Codifique. A curiosidade de Marina vem acompanhada pela curiosidade do pai, Adalberto Rodero, que também veio à mostra que acontece no hall da Biblioteca na tarde desta quarta-feira, 15 de junho. Ele trabalha na área de manutenção de aeronaves e, recentemente, resolveu comprar um microprocessador Arduino. O passeio contribuiu para multiplicar suas ideias para futuros projetos. Uma prova de que iniciativas como a da professora Kalinka podem estimular não só quem já frequenta as salas de aula da USP.

Adalberto e Marina: mostra motivou pai e filha


Confira o álbum de fotos no Flickr: icmc.usp.br/e/3ea79


Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Uma Olimpíada, 149 robôs e centenas de estudantes na corrida por aprender mais

As emoções da etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica tomaram conta do ginásio de esportes da USP, em São Carlos, no último final de semana


Ao entrar na pista de competição, robôs precisam estar prontos para enfrentar vários desafios

Cada um desses 149 robôs carrega o sonho de uma equipe. Em seus fios e circuitos estão as digitais dos estudantes que passaram meses ali mexendo para que tudo o que programaram e vislumbraram pudesse ser concretizado no momento em que ele surgisse na pista. Ao chegarem aqui na etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica, no ginásio de esportes da USP, em São Carlos, esses robôs ganham uma força adicional para enfrentar os desafios: a torcida animada das escolas que representam e dos pais que vieram apoiar seus filhos. 

Nesta manhã fria do dia dos namorados, 12 de junho, ela acordou às 3h30 em Vinhedo para acompanhar o filho, Pedro Aued, de 11 anos, na sua primeira participação na OBR. “É muito gratificante ver que ele se esforçou e, por mérito, vai passando pelas etapas”, conta Luciana Aued, que trouxe toda a família para assistir ao evento. Desde o ano passado, quando Pedro estava no sexto ano do ensino fundamental no Colégio Etapa, em Valinhos, e começou a participar das aulas de robótica, ela notou mudanças. Ele está menos introspectivo e se integrou melhor com os colegas da turma. O raciocínio lógico deu um salto: está se saindo muito melhor nas aulas de matemática e física. 

No final da tarde, quase às 18 horas, Luciana ainda tinha energia para pular e comemorar quando viu o nome da equipe do filho no telão: SuperBot. Entre as 42 equipes que competiram no nível 1 neste dia 12, a SuperBot conquistou a oitava colocação e garantiu uma vaga para participar da etapa estadual da OBR, que acontecerá em São Bernardo do Campo dia 13 de agosto, nas dependências do Centro Universitário da FEI.

A equipe de Pedro (à direita) conquistou um lugar na próxima etapa da OBR

“Não é nenhum sacrifício. A gente curte muito, é um ambiente muito saudável e vale muito a pena”, revela Cristina Israel, que já é veterana na OBR. É a segunda vez que ela acompanha o filho, Rafael Simões, no evento. No ano passado, ele chegou a competir na final nacional, em Uberlândia. Rafael sempre foi um garoto muito curioso, mas desde que começou a trabalhar com os robôs, há um ano e cinco meses, seu foco está na inovação. “Em tudo o que vai fazer, mesmo um trabalho simples do Colégio Etapa, onde estuda, ele tenta levantar muita informação e encontrar uma forma diferente de fazer aquilo”, conta o pai, Marcus Israel. Nas mãos do garoto, garrafas pet ganham motores e se transformam em carrinhos. O tempo das últimas férias foi dedicado à construção de um carro anfíbio. O resultado não poderia ser diferente: sua equipe, BatBots, conquistou a quarta colocação entre quem competiu no nível 1 no dia 12 e também garantiu uma vaga na etapa estadual.

“O plano é passar as férias inteiras programando e mexendo no hardware do robô”, conta Vinicius Gouveia, 12 anos, entusiasmado com a medalha de prata da OBR que acabou de ganhar. Ele está no oitavo ano do ensino fundamental na Escola Estadual de Ensino Integral Professor Sebastião de Oliveira Rocha, de São Carlos, e, junto com seu colega de equipe, Caio Mendonça, 11 anos, que está no sétimo ano, conquistou o segundo lugar entre as 37 equipes do nível 1 que participaram da competição no dia 11 de junho. “Foi uma surpresa superarmos tantas escolas particulares que têm recursos”, conta o diretor da escola, Geandro de Oliveira.

A vibração de Vinicius Gouveia na hora da premiação contagiou a plateia

Os dois alunos fazem parte do clube de robótica criado este ano por iniciativa dos próprios estudantes. Com um kit emprestado pela empresa PETE, a colaboração dos professores Gustavo de Souza, de Física, e Marcelo Prado, de Matemática, e a ajuda do pai de Caio, que trabalha na PETE, o clube superou as expectativas. “Nós apoiamos a iniciativa, fornecendo uma sala e os notebooks. Com esse apoio, eles se sentiram mais responsáveis e motivados. Surgiu um protagonismo juvenil que, antes, eles não tinham”, constata Oliveira.

“Tenho certeza de que quem participa dessa Olimpíada, tem um grande ganho de aprendizado. Não sai daqui da mesma forma como entrou, há um amadurecimento e isso é de grande valor. É algo que, com certeza, vai impactar nas carreiras que esses estudantes vão seguir no futuro”, destaca a coordenadora da etapa regional da OBR em São Carlos, Roseli Romero, professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. 

Mais competidores – Este ano, em todo o Brasil, 2.968 equipes se inscreveram na modalidade prática da OBR, sendo que 640 delas são do Estado de São Paulo. No ano passado, participaram da competição 2,5 mil equipes em todo o Brasil, sendo 547 delas de São Paulo. Com o aumento no número de competidores, mais cidades passaram a realizar etapas regionais da competição, tal como Campinas e São José do Rio Preto, totalizando nove cidades-sede. 

Em São Carlos, das 184 equipes inscritas para participar da etapa regional, 149 compareceram ao evento e 12 conquistaram medalhas (ouro, prata e bronze) nos dois níveis que compõem a OBR: o nível 1, voltado aos alunos do ensino fundamental, e o nível 2; destinado a quem está no ensino médio e técnico (confira o nome dos vencedores no final desta reportagem).



“A competição ficou mais difícil este ano, está de nível internacional, tal como nos demais países que participam da Robocup. Mas as equipes estão correndo atrás e conseguindo fazer pontuações altas”, ressalta Rafael Aroca, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de São Carlos e vice-coordenador nacional da OBR. O professor explica que a principal novidade da competição regional foi a inserção de marcadores no trajeto dos robôs. A mudança foi realizada para alinhar a OBR com a regra internacional da Robocup. Os marcadores são discos da cor laranja colocados pelos competidores em dois locais na pista da competição e, conforme os robôs passam por eles, ganham pontos. Caso ocorra algum erro e eles precisem recomeçar o trajeto, é preciso voltar ao local onde está o último marcador. “Isso obriga as equipes a desenvolverem diferentes estratégias, conforme o local em que o marcador é inserido”, completa Aroca.

A etapa regional da OBR em São Carlos contou com o apoio do ICMC, da Escola de Engenharia de São Carlos, da prefeitura municipal da cidade, do Centro de Robótica de São Carlos, do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria, da escola Yadaa e das empresas PETE e Ca And Ma. "Ano que vem tem mais!", finalizou a professora Roseli, lembrando que a competição é anual e que a participação na OBR é gratuita.



Confira o nome das equipes vencedoras

Sábado, 11 de junho - Nível 1 (ensino fundamental)
Medalha de ouro: equipe Sigma II, de São Carlos.
Medalha de prata: equipe SOR-Robótica, de São Carlos.
Medalha de bronze: equipe Anglo_Primal, de São Carlos.

Sábado, 11 de junho - Nível 2 (ensino médio e técnico)
Medalha de ouro: equipe Sesi Asimov, de São Carlos.
Medalha de prata: equipe Sesi Riberdroid Generation, de São José do Rio Preto.
Medalha de bronze: equipe Sesi Thunderbóticos, de Rio Claro.

Domingo, 12 de junho - Nível 1 (ensino fundamental)
Medalha de ouro: equipe Seletivo Robóticos, de Mogi Guaçu.
Medalha de prata: equipe 9º ano/Robô acadêmico, de Limeira.
Medalha de bronze: equipe Tigers Team Three, de Novo Horizonte.

Domingo, 12 de junho - Nível 2 (ensino médio e técnico)
Medalha de ouro: equipe RoboCraft 3.0, de Valinhos.
Medalha de prata: equipe Androides Maníacos, de Valinhos.
Medalha de bronze: equipe DarkSiders 2.0, de Valinhos.

Texto e fotos: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

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Site da OBR: http://www.obr.org.br
Confira o álbum de fotos do evento: icmc.usp.br/e/a994f
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