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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Quando a matemática das bolhas de sabão ajuda a explicar os problemas da vida real

Ao estudar uma simples bolha de sabão, os matemáticos abrem caminhos para compreender, por exemplo, o que acontece em volta dos buracos negros e também no interior das ligas metálicas

Calcular matematicamente o tamanho dessas diferentes estruturas que nascem a partir de uma experiência com água e sabão não é algo trivial
(crédito da imagem: Pinterest)
O que há em comum entre a bolha de sabão que uma criança assopra no ar, as ligas metálicas que sustentam uma construção e os arredores dos buracos negros que nos rondam? Há um elo invisível que os conecta: a matemática, uma ciência capaz de aproximar os mais diferentes fenômenos na busca por compreendê-los. 

Os primeiros matemáticos que se dedicaram ao estudo das bolhas de sabão não imaginavam que seus conhecimentos um dia poderiam ser utilizados para investigar fenômenos celestes tão inusitados quanto os buracos negros, mas essa é outra característica dessa ciência: a imprevisibilidade de suas futuras aplicações. Com a suspeita de que a matemática das bolhas de sabão se assemelha à que permeia os arredores dos buracos negros, há ainda mais motivos para pesquisar as bolhas de sabão, muito mais acessíveis e seguras. 

Essas superfícies que encantam as crianças podem ser estudadas em praticamente todo lugar: basta misturar água e sabão em uma concentração tal que, ao pegar um arame com o formato clássico do círculo, e mergulhá-lo na solução, uma película fina, flexível e resistente surgirá. Ao assoprar essa película, que está grudada nas bordas do arame, você poderá formar uma bolha de sabão e, se tiver alguma habilidade, ela se desprenderá e voará pelo espaço até estourar. Continue a experiência matemática usando sua criatividade para moldar o arame em diversos formatos. Note que uma película surge unida às bordas toda vez que o objeto metálico é mergulhado na solução e, à medida que você muda o formato do arame, altera-se também o formato da película. 

No entanto, calcular matematicamente o tamanho dessas diferentes estruturas que nascem a partir da experiência com água e sabão não é algo trivial. “A tentativa de entender essas superfícies mínimas foi o que motivou a construção de áreas novas de pesquisa”, explica Pedro Henrique Gaspar Marques da Silva, 27 anos, formado em matemática pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. “Os matemáticos têm sido desafiados a pensar sobre essas superfícies mínimas há mais de um século”, completa o rapaz, que está fazendo pós-doutorado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. 

Ele voltou ao ICMC no dia 27 de agosto para receber o Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado, que reconhece, a cada ano, a melhor tese em matemática defendida no Brasil no ano anterior: “Meu trabalho está no meio do caminho entre a geometria e as equações diferenciais. Aliás, os matemáticos construíram a ponte entre essas duas áreas exatamente para tentar entender as superfícies mínimas”. 

Pedro durante sua palestra no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano
(crédito da imagem: Denise Casatti)

Depois de receber a premiação, Pedro ministrou uma palestra no auditório Fernão Stella Rodrigues Germano, em que abordou os principais resultados de sua tese. Na plateia, professores e participantes do Workshop de Teses e Dissertações do ICMC acompanhavam atentos às explicações técnicas. A seguir, subimos até o terceiro andar da Biblioteca Achille Bassi para admirar, de perto, o Ipê Amarelo florido. Ao nos sentarmos em uma das mesas, Pedro volta a explicar, pacientemente, alguns conceitos matemáticos com os quais trabalha. Diante de uma jornalista, depara-se com a impossibilidade de usar os mesmos termos e equações que apresentou na palestra. Mas isso não o incomoda: perspicaz, Pedro encontra metáforas e exemplos para compartilhar o que sabe. 

Aliás, ele tem essa facilidade para ensinar desde criança, revela o avô materno, Paulo Afonso Marques. Presente na cerimônia de premiação, Paulo conta que, quando o neto estava no ensino fundamental e o semestre próximo do fim, o garoto continuava indo à escola. Então, o avô perguntava: “Pedro, você já eliminou todas as matérias, pra que está indo à escola?” O garoto respondia: “Meus colegas não terminaram ainda, tenho que ajudá-los”. 

A mãe, Ana Paula Gaspar Marques da Silva, completa: “Ele sempre gostou muito de ensinar. Quando estava no ensino médio, minha casa vivia cheia de amigos e colegas”. Para ela, a qualidade mais marcante do garoto, desde sempre, é a humildade.

Pedro abraçado à mãe, Ana Paula, acompanhado pelo pai e os avós
(crédito da imagem: Denise Casatti)

Forças em equilíbrio – Mas o que torna as películas de sabão atraentes aos olhos dos matemáticos e aos olhos de Pedro, em especial? “Essas superfícies são resultado de um estado de equilíbrio de forças físicas: há pressão de um lado e de outro da película. E a forma final adquirida pela superfície é resultado do equilíbrio dessas forças”. Nesse estado de equilíbrio, a película adquire também uma interessante propriedade geométrica: possui a menor área entre todas as superfícies que são limitadas por uma curva fechada. É daí que vem o nome desses objetos matemáticos: superfícies mínimas. 

Há muitas situações do cotidiano em que as superfícies mínimas aparecem e os conhecimentos matemáticos da área podem ser aplicados. Pedro cita como exemplo o desafio de unir várias antenas, receptores ou radares, de maneira a otimizar a captação de sinais. Outro exemplo vem da arquitetura: “Imagine que você tem um palito na mão e vai girá-lo, sem completar a volta, e deslocá-lo para cima. A superfície que será criada pela trajetória descrita por esse palito é uma superfície mínima. Então, se eu fizer uma casa cujo telhado tem esse formato, terei que calcular matematicamente onde colocar as vigas para manter a estrutura em equilíbrio”. 

O nome dessa simpática superfície descrita por Pedro é helicoide e, para recriá-la, basta modelar um arame em formato de espiral e mergulhá-lo no mesmo recipiente com água e sabão usado para produzir as bolhas. Se você quiser pesquisar ainda mais as interessantes propriedades matemáticas desse estranho objeto, pode construí-lo usando palitos de picolé. Os palitos farão você visualizar com clareza que, em cada ponto do helicoide, passa uma reta, a qual está inteiramente contida nessa superfície mínima. 

Helicoide: modele um arame em formato de espiral e o mergulhe em um recipiente com água e sabão
(Crédito da imagem: Paul Nylander)

O helicoide de palitos de picolé foi um dos muitos experimentos que encantou um grupo de estudantes do segundo ano do ensino médio da Escola Antonio Raimundo de Melo, na cidade de Carnaubal, no Ceará. A pesquisadora Lucimara Andrade realizou uma série de atividades com esses alunos para discutir as propriedades básicas das superfícies mínimas. O projeto é fruto do mestrado profissional em matemática (PROFMAT) que Lucimara desenvolveu na Universidade Federal do Ceará, sob orientação do professor Marcelo Melo. O trabalho resultou também na publicação do artigo Superfícies mínimas e bolhas de sabão no Ensino Médio, na revista Thema. 

“O estudo contribuiu muito para a formação educacional dos estudantes, possibilitando a eles um contato teórico e prático com tópicos matemáticos voltados quase exclusivamente para alunos de pós-graduação em matemática”, ressaltam Marcos e Lucimara no artigo. “Esta experiência comprova que com iniciativa e criatividade, a matemática (mesmo aquela matemática que aparentemente faz parte apenas da rotina de pesquisadores de alto nível) pode deixar de ser temida e rejeitada por muitos estudantes, e passar a ser vista como uma ferramenta indispensável e presente no dia a dia dos alunos do ensino médio”, concluem os autores. 

Imagem da helicoide com palitos de sorvete feita pelos alunos da professora Lucimara Andrade
(crédito da imagem: arquivo da professora)

Dimensões além – Se estudar as superfícies mínimas no planeta Terra já é desafiador, imagine só fazer isso em outro planeta. A questão parece totalmente fora de propósito, mas é usando essa brincadeira que Pedro nos lança para outras dimensões: “Uma criança entediada, que está em outro planeta, no qual há várias dimensões, resolve fazer uma bolha de sabão. Em vez de sair uma esfera voando, a bolha tem um formato estranho, que se parece com o que a gente chama de hipersuperfíceis”. 

Para entender uma hipersuperfície, precisamos mesmo usar nossa imaginação. Isso acontece porque, aqui na Terra, bastam três números para definirmos matematicamente os objetos tridimensionais que vemos. Pense em uma caixa, para saber o espaço que ela ocupa, é só identificar a largura, a profundidade e a altura, ou seja, suas três dimensões. Então, por que os matemáticos insistem em pensar em mais dimensões se no nosso mundo tem só três? 

Pedro explica: “Cada dimensão pode ser considerada como uma quantidade que a gente quer medir. Imagine que vamos estudar o problema de uma empresa: ela quer minimizar o quanto gasta para produzir um produto e tem um monte de fatores para levar em consideração – custo de materiais, das pessoas, do transporte do material, do transporte do produto final até o local de venda, etc. Bem, cada um desses fatores pode ser considerado como se fosse uma dimensão. Para tentar achar um valor ótimo, temos que estudar mais dimensões além de três”. 

Se você achava que bastavam três dimensões para resolver os problemas do nosso mundo, acaba de descobrir que já vivemos em um planeta que demanda pesquisar muitas outras dimensões, mesmo que elas sejam invisíveis. O que Pedro estudou em sua tese é como o calcular o espaço ocupado pelas superfícies mínimas quando temos mais do que três dimensões: “Para criar uma liga de metal, por exemplo, várias substâncias são unidas e, olhando para o interior desse material, podemos localizar espaços em que as substâncias estão em equilíbrio. A superfície que aparece entre esses diferentes materiais se parece com aquelas que ocorrem nas bolhas de sabão.” 

Para compreender as hipersuperfícies, é preciso usar a imaginação
(Crédito da imagem: Paul Nylander)

De volta ao começo – Ao receber o Prêmio Gutierrez pela tese de doutorado A equação de Allen-Cahn e aspectos variacionais de hipersuperfícies mínimas, defendida no IMPA e orientada pelo professor Fernando Codá, Pedro se lembrou de seus primeiros passos em matemática: “Voltar para o ICMC é quase como voltar para casa. Foi realmente onde eu comecei a gostar de fazer matemática. Um dos fatores fundamentais que construíram a ponte para o que aconteceu depois – o meu doutorado – foi a iniciação científica”. 

Sob orientação do professor Fernando Manfio, do ICMC, Pedro desenvolveu projetos de iniciação científica durante três anos, todos com bolsas de estudo: um ano com recursos provenientes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e dois com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). “A iniciação científica me abriu várias portas, possibilitando ir a eventos, simpósios, conferências, workshops”. 

Quando visitou o ICMC pela primeira vez, um pouco antes de ficar sabendo que havia sido aprovado no vestibular da Fuvest, Pedro se encantou pelo ambiente acolhedor. “Algo que se confirmou ao longo da graduação: é um ambiente quase familiar, os professores são muito acessíveis e os colegas de turma dispostos a ajudar”. Foram as forças desse espaço, em equilíbrio, que possibilitaram a Pedro explorar muitas superfícies matemáticas. 

A professora Maria Aparecida Soares Ruas falou sobre a relevância do pesquisador Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon durante a cerimônia de premiação; à esquerda, estão o professor Daniel Smania, Pedro e o professor Fernando Manfio
(crédito da imagem: Denise Casatti)

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Leia mais 
Ex-aluno do ICMC é reconhecido pela melhor tese de doutorado em matemática, defendida no IMPA: 
Pedro Gaspar defende tese na área de Análise Geométrica:
Dissertação Superfícies mínimas e bolhas de sabão no ensino médio:
Artigo Superfícies mínimas e bolhas de sabão no ensino médio:
Vídeo sobre superfícies mínimas:
Vídeo sobre a quarta dimensão (Isto É Matemática):

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Ex-aluno do ICMC é reconhecido pela melhor tese de doutorado em matemática, defendida no IMPA

Ele concluiu a graduação em matemática em São Carlos e, depois, partiu para o Rio de Janeiro, onde defendeu o doutorado no IMPA; hoje, está na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, fazendo pós-doutorado

Pedro deu os primeiros passos da carreira acadêmica no ICMC, onde desenvolveu projetos de iniciação científica por três anos
(crédito da imagem: Assessoria de Comunicação do IMPA)

Quando o garoto mineiro, de 17 anos, entrou pela primeira vez na sala do professor Fernando Manfio, estava cursando o primeiro semestre do Bacharelado em Matemática. Recém-chegado da pequena cidade de Muzambinho, no sul de Minas Gerais, Pedro Henrique Gaspar Marques da Silva visitaria aquela mesma sala do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, inúmeras outras vezes. 

Mas, desde a primeira vez, ele não bateu naquela porta tal como outros alunos costumam fazer no início de um curso de graduação. Pedro sequer conhecia Manfio e não queria esclarecer dúvidas, aliás, o professor nem ministrava aulas para a turma dos calouros naquele início de 2010. Só que os ouvidos atentos do garoto captaram uma valiosa informação: Manfio tinha uma bolsa de iniciação científica disponível. O melhor é que o professor pesquisava geometria, uma área da matemática que já encantava o garoto. 

“Desde muito cedo, percebemos que o mundo de Pedrinho era o mundo científico”, revela Manfio, na tarde de quarta-feira, 7 de agosto. Na mesma sala em que acolheu Pedro pela primeira vez, o professor conta que recebeu com felicidade, mas sem surpresa, a notícia de que o ex-aluno é o ganhador, este ano, do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado. O Prêmio reconhece, a cada ano, a melhor tese em matemática defendida no Brasil no ano anterior. 

Sob orientação de Manfio, Pedro percorreu o início de sua jornada acadêmica: foram três anos de iniciação científica, todos com bolsas de estudo, um ano com recursos provenientes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e dois com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). “É o típico aluno que todo professor sonha ter: educado, pontual, escreve formidavelmente bem e com uma maturidade matemática excepcional. Ele está, com certeza, entre os melhores estudantes que tivemos em nosso Instituto nos últimos 10 anos, considerando a capacidade intelectual de compreender a matemática moderna”, ressalta o professor do ICMC. 

Como resultado da pesquisa que realizou na iniciação científica, Pedro conheceu, em novembro de 2012, pela primeira vez, o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), quando foi participar da sexta edição do Simpósio Nacional Jornadas de Iniciação Científica no Rio de Janeiro. O garoto já surpreendeu o público na apresentação do trabalho Fibrações Localmente Triviais e os Grupos Fundamentais de Grupos de Lie Clássicos, realizada durante o evento (disponível no Youtube). Talvez ele já soubesse, naquele tempo, que seria apenas a primeira das inúmeras vezes que percorreria os corredores do IMPA. 

Rumo ao doutorado – Quando estava finalizando a graduação, angustiado com o futuro, Pedro consultou Manfio. “Se você gosta de geometria diferencial, tem um pesquisador fenomenal nessa área lá no IMPA, o Fernando Codá”, respondeu o professor. Em janeiro de 2013, Pedro participou do Programa de Verão do IMPA e, logo depois de concluir a graduação no ICMC, o garoto de Minas partiu para o IMPA fazer seu doutorado sob supervisão de Codá. 

“Passei diretamente da graduação ao doutorado. Os projetos de iniciação científica tiveram um papel fundamental na minha formação e em minhas escolhas acadêmicas", conta Pedro. "Em tais projetos, tive um primeiro contato com a atividade de fazer matemática, do ponto de vista da pesquisa, e logo me decidi pela área em que gostaria de trabalhar. Acredito que o suporte de meu orientador, nessa época, foi essencial para que eu desenvolvesse o gosto por aprender e por investigar”, completa.

Passados cinco anos depois da chegada ao IMPA, em 4 de julho de 2018, Pedro se despediu da instituição apresentando mais um trabalho: a defesa da tese de doutorado A equação de Allen-Cahn e aspectos variacionais de hipersuperfícies mínimas. O estudo garantiu a ele a conquista do Prêmio Professor Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon 2019, destinado à melhor tese em matemática defendida no Brasil no ano anterior à premiação, nos quesitos originalidade e qualidade. Ele receberá a premiação em uma cerimônia que acontecerá dia 27 de agosto, às 14 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, do ICMC. O evento é parte da programação do Workshop de Teses e Dissertações em Matemática do Instituto

“Pedro nunca teve medo de enfrentar um problema matemático. Quando me procurava para tirar alguma dúvida, era porque já tinha esgotado todas as possibilidades de encontrar uma resposta”, conta Manfio. “É o tipo de aluno excepcional e o orientador deve tomar cuidado, nesse caso, para não exercer um papel de desorientador. É preciso fornecer desafios à altura, que façam o estudante se sentir motivado”, completa. 

Ao recordar a história de Pedro, Manfio se lembra de sua trajetória e traça um paralelo: foi também um projeto de iniciação científica que o motivou a ingressar na carreira acadêmica. Sob orientação do professor João Batista Peneireiro, Manfio deu os primeiros passos na ciência quando ainda era um estudante de matemática na Universidade Federal de Santa Maria: “Todos os alunos deveriam ter a oportunidade de fazer um projeto de iniciação científica”. Ao finalizar, ele diz que os benefícios de um projeto desses não são colhidos apenas pelos estudantes: “Para mim, foi um privilégio ter o Pedro como aluno durante três anos. Com certeza, aprendi muito”.

Para Manfio, todos os alunos deveriam ter a oportunidade de fazer um projeto de iniciação científica
(crédito da imagem: arquivo pessoal)

Sobre o Prêmio – Com a finalidade de homenagear o pesquisador Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon, o Prêmio foi criado pelo ICMC em 2009 em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática. Atualmente, concede R$ 3 mil ao vencedor. 

Gutierrez faleceu no dia 3 de dezembro de 2008, depois de atuar como professor titular no ICMC, onde contribuiu, a partir de 1999, com a fundação e consolidação do grupo de pesquisa em sistemas dinâmicos. Originário do Peru, sua chegada ao Brasil aconteceu em 1969, quando veio estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, nos Estados Unidos, e o California Institute of Technology

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Apresentação do trabalho Fibrações Localmente Triviais e os Grupos Fundamentais de Grupos de Lie Clássicos: www.youtube.com/watch?v=QhWuvKr9huE
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 4 de julho de 2017

ICMC anuncia resultado do Prêmio Gutierrez de Teses de Doutorado

Melhor tese de doutorado em matemática defendida em 2016 receberá premiação em cerimônia que acontecerá no dia 28 de agosto, quando também será entregue uma menção honrosa

Felipe Ferreira Gonçalvez é o ganhador do Prêmio

Duas teses de doutorado em matemática serão reconhecidas pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, no dia 28 de agosto, durante a cerimônia do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado 2017. Este ano, o Prêmio será entregue a Felipe Ferreira Gonçalves por sua tese Extremal Problems, Reconstruction Formulas and Approximations of Gaussian Kernels

Nascido no Rio de Janeiro, Felipe formou-se Bacharel em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2010, concluiu o mestrado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) em 2012 e o doutorado em 2016, na mesma instituição, sob a orientação do professor Emanuel Carneiro. Atualmente, é professor assistente na University of Alberta, em Edmonton, Canadá.

Além disso, a tese intitulada Decomposição de Grafos em Caminhos, de Fábio Happ Botler, receberá menção honrosa na cerimônia, que acontecerá às 14 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC, em evento aberto ao público. Fábio nasceu na cidade de Recife, em Pernambuco, onde se formou em Matemática pela Universidade Federal de Pernambuco em 2008, concluiu o mestrado em 2011 na mesma instituição. Já o doutorado foi defendido em 2016 no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, sob orientação da professora Yoshiko Wakabayashi. Atualmente, Fábio é pesquisador na Universidad de Chile.

Fábio Happ Botler receberá menção honrosa por sua tese

Sobre o Prêmio - Apoiado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e concedido anualmente, o Prêmio Gutierrez foi criado para homenagear o pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008). O objetivo é reconhecer a melhor tese defendida e aprovada na área de matemática no Brasil, no ano anterior ao ano da premiação, considerando os quesitos originalidade e qualidade. 

Gutierrez chegou ao Brasil em 1969 para estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology. Após deixar o IMPA, ele atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização do grupo de pesquisa em Sistemas Dinâmicos. Em sua carreira, publicou mais de 70 artigos, orientou sete alunos de doutorado e 20 de mestrado.

Texto: Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Fotos: arquivo pessoal dos pesquisadores

Mais informações
Site do Prêmio: icmc.usp.br/e/3cb27
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 15 de março de 2017

Prêmio Gutierrez de melhor tese em matemática: inscrições terminam dia 31

Prêmio Gutierrez reconhece a melhor tese em matemática defendida no ano anterior

As inscrições para o Prêmio Professor Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon 2017 continuam abertas até dia 31 de março. A iniciativa é realizada anualmente pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática, e premia a melhor tese de doutorado na área de matemática defendida no Brasil no ano anterior. A cerimônia de premiação será realizada no dia 28 de agosto, às 14 horas, no auditório o Fernão Stella Rodrigues Germano do ICMC.

O valor do prêmio é o equivalente ao de uma mensalidade da bolsa de doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Para se inscrever, o autor ou orientador do trabalho deve enviar o arquivo em formato PDF da tese defendida e aprovada, bem como os artigos dela provenientes, para o e-mail premiogutierrez@icmc.usp.br. Também é necessário enviar um texto, com no máximo 25 linhas, que defenda e justifique, com base em padrões científicos de qualidade, por que a tese merece ganhar o prêmio. Confira o edital neste link: icmc.usp.br/e/2e22e.

O vencedor da edição de 2016 do Prêmio Gutierrez foi Rafael Montezuma Cabral, pela sua tese Min-max theory for noncompact manifolds and three-spheres with unbounded widths. Nascido no Ceará, na cidade de Fortaleza, Rafael formou-se Bacharel em Matemática pela Universidade Federal do Ceará em 2009, concluiu o mestrado no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) em 2011 e, em 2015, o doutorado na mesma instituição sob a orientação do professor Fernando Codá Marques. 

Rafael Montezuma Cabral, vencedor do Prêmio Gutierrez 2016, durante a apresentação de sua tese

Sobre Gutierrez - O prêmio homenageia o pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008), que chegou ao Brasil em 1969 para estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology. Após deixar o IMPA, Gutierrez atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização do grupo de pesquisa em Sistemas Dinâmicos. Em sua carreira, publicou mais de 70 artigos, orientou sete alunos de doutorado e 20 de mestrado.

Mais informações
Link do edital: icmc.usp.br/e/2e22e
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

ICMC abre inscrições para Prêmio Gutierrez de melhor tese em matemática

Prêmio Gutierrez reconhece a melhor tese em matemática defendida no ano anterior

Estão abertas, até o dia 31 de março, as inscrições para o Prêmio Professor Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon 2017. A iniciativa é realizada anualmente pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática, e premia a melhor tese de doutorado na área de matemática defendida no Brasil no ano anterior. A cerimônia de premiação será realizada no dia 28 de agosto, às 14 horas, no auditório o Fernão Stella Rodrigues Germano do ICMC.

O valor do prêmio é o equivalente ao de uma mensalidade da bolsa de doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Para se inscrever, o autor ou orientador do trabalho deve enviar o arquivo em formato PDF da tese defendida e aprovada, bem como os artigos dela provenientes, para o e-mail premiogutierrez@icmc.usp.br. Também é necessário enviar um texto, com no máximo 25 linhas, que defenda e justifique, com base em padrões científicos de qualidade, por que a tese merece ganhar o prêmio. Confira o edital neste link: icmc.usp.br/e/2e22e.

O vencedor da edição de 2016 do Prêmio Gutierrez foi Rafael Montezuma Cabral, pela sua tese Min-max theory for noncompact manifolds and three-spheres with unbounded widths. Nascido no Ceará, na cidade de Fortaleza, Rafael formou-se Bacharel em Matemática pela Universidade Federal do Ceará em 2009, concluiu o mestrado no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) em 2011 e, em 2015, o doutorado na mesma instituição sob a orientação do professor Fernando Codá Marques. 

Rafael Montezuma Cabral, vencedor do Prêmio Gutierrez 2016, durante a apresentação de sua tese
Sobre Gutierrez - O prêmio homenageia o pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008), que chegou ao Brasil em 1969 para estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology. Após deixar o IMPA, Gutierrez atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização do grupo de pesquisa em Sistemas Dinâmicos. Em sua carreira, publicou mais de 70 artigos, orientou sete alunos de doutorado e 20 de mestrado.

Mais informações
Link do edital: icmc.usp.br/e/2e22e
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Pesquisa do ICMC conquista primeiro lugar no Prêmio Tese Destaque USP

Trabalho que cria ferramenta inovadora para segmentação de imagem já foi reconhecido em outras quatro ocasiões

Luis Gustavo Nonato (à esquerda) orientou Wallace Casaca no trabalho

Uma ferramenta inovadora para facilitar a vida de quem precisa segmentar uma imagem e que pode contribuir para aprimorar a personalização artística de fotografias, a identificação de indivíduos e a análise de imagens médicas. Essa solução foi proposta na tese de doutorado de Wallace Casaca, que conquistou o primeiro lugar no Prêmio Tese Destaque USP de 2016, na categoria Ciências Exatas e da Terra. 

Defendida no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, em dezembro de 2014, a tese Graph Laplacian for Spectral Clustering and Seeded Image Segmentation já foi reconhecida em outras quatro ocasiões: venceu o prêmio da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC) "Odelar Leite Linhares"; obteve o primeiro lugar no Concurso Latino-americano de Teses de Doutorado da 41ª edição da Conferência Latino-americana em Informática (CLEI 2015); recebeu menção honrosa no Prêmio CAPES de Teses e foi reconhecida pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) no 28º Concurso de Teses e Dissertações do 35º Congresso da Sociedade Brasileira de Computação, em 2015.

No doutorando, Wallace foi orientado pelo professor Luis Gustavo Nonato, professor do ICMC e pesquisador do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI). Durante a pesquisa, Wallace obteve uma Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) da FAPESP e conseguiu permanecer o ano de 2013 na Universidade Brown, onde trabalhou com o professor Gabriel Taubin: “Conseguimos inovar ao criar uma ferramenta prática e fácil de manusear e implementar” (leia mais e assista ao vídeo).

Sobre o Prêmio da USP - O Prêmio Tese Destaque USP é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pós-graduação da USP e tem como objetivo dar destaque às teses defendidas nos programas de pós-graduação da Universidade, nas grandes áreas de conhecimento, de forma a estimular a constante busca pela excelência na pesquisa. O Prêmio deste ano contemplou 25 doutores em nove áreas do conhecimento.

“A categoria que vencemos contempla demais áreas científicas bastante competitivas como física, astronomia, meteorologia, química e geociências, além de matemática e computação”, observou Wallace, que hoje é docente da UNESP, no campus de Rosana. O evento de premiação acontecerá no dia 28 de setembro, às 14 horas, durante a reunião do Conselho Universitário (CO), na Cidade Universitária, em São Paulo.

O autor da Tese Destaque USP receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil. Já o orientador, R$ 5 mil, na forma de auxílio financeiro para custear despesas relacionadas a eventos, como inscrição, passagens aéreas, hospedagem, alimentação e locomoção. Os recursos para a premiação são provenientes de Convênio USP/Santander.

Mais informações
Confira a lista de todos os contemplados no Prêmio: http://jornal.usp.br/universidade/premio-tese-destaque-usp-2016-divulga-os-vencedores/

Nunca foi tão fácil alterar uma imagem: http://www.icmc.usp.br/noticias/1621-nunca-foi-tao-facil-alterar-uma-imagem
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Defesas e qualificações da semana - 11 a 15 de julho



Defesa de Doutorado em Matemática
On qualitative properties of generalized ODEs
Aluno: Rogelio Grau Acuña
Orientadora: Márcia Cristina Anderson Braz Federson
Quando: quarta-feira, 13 de julho, às 15h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Modelagem e controle para preservar a eficiência dos herbicidas considerando a evolução da resistência em populações de plantas daninhas
Aluno: Luiz Henrique Barchi Bertolucci
Orientador: Eduardo Fontoura Costa
Quando: sexta-feira, 15 de julho, às 14h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
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Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Tese desenvolvida no ICMC é premiada no Congresso Brasileiro de Inteligência Computacional


Facilitar a separação e classificação de clientes em uma loja ou de pacientes diagnosticados com uma doença em uma clínica médica ou um hospital. Essas são algumas das possíveis aplicações para as técnicas de agrupamento de dados desenvolvidas por Thiago Covões durante seu doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o trabalho Algoritmos evolutivos para modelos de mistura de gaussianas em problemas com e sem restrições recebeu o prêmio de melhor tese de doutorado no Concurso de Teses e Dissertações do 12º Congresso Brasileiro de Inteligência Computacional, realizado de 13 a 16 de outubro, em Curitiba. Atualmente, Covões está realizando pós-doutorado na USP, em Ribeirão Preto, também na área de inteligência computacional.

Possíveis aplicações - No caso de uma grande loja, um desafio comum a ser enfrentado é a identificação automática de grupos em milhares de clientes baseando-se, por exemplo, em suas informações sociodemográficas. Com tantos registros e novos cadastros sendo gerados a todo instante, o processo de agrupamento pode se tornar computacionalmente complexo e quase impossível de ser realizado. Uma das vantagens das técnicas criadas por Covões é possibilitar a classificação online desses dados: “Trabalhando de forma online, o computador passa a processar localmente um conjunto menor de dados e o consumo de memória da máquina é menor”. 

As técnicas desenvolvidas por Covões envolvem algoritmos – sequências de comandos passadas para um computador a fim de definir uma tarefa. Nesse caso, foram utilizados algoritmos evolutivos, que possuem como característica particular analisarem, simultaneamente, mais de uma solução para um determinado problema. “Essa foi a maior dificuldade durante a pesquisa, pois os algoritmos evolutivos geralmente são muito custosos computacionalmente. Na tese, consegui mostrar que é possível desenvolvê-los de forma que sejam competitivos com outros algoritmos que costumam ser usados para o problema”, revela o pesquisador. 

Uma das vantagens das técnicas criadas na pesquisa é possibilitar que um usuário forneça informações ao sistema antes de realizar a separação dos dados, por meio de restrições. Dessa forma, uma das técnicas pode, por exemplo, auxiliar a identificação de subdivisões em pacientes diagnosticados com câncer ou algum outro tipo de doença. Segundo o pesquisador, essas mesmas técnicas podem ser aplicadas em outras esferas como no processamento de imagens ou no reconhecimento de voz.

No doutorado, Covões foi orientado pelo professor Eduardo Hruschka, do ICMC: “O professor foi fundamental no trabalho, acompanhou tudo de perto. Nós discutíamos os algoritmos em detalhes e conversávamos bastante sobre cada etapa do trabalho”. Além disso, o professor também orientou Covões em seu mestrado no ICMC e durante sua iniciação científica, realizada na Universidade Católica de Santos (UNISANTOS), onde o estudante se graduou em Ciências de Computação. 

Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Prêmio Gutierrez 2015: cerimônia no ICMC reconhece melhor tese em matemática do país

Este ano, 36 teses concorreram ao prêmio: é o maior número de trabalhos inscritos desde sua primeira edição em 2009

Diretor do ICMC com o vencedor do prêmio, Lucas Ambrozio

A cerimônia de entrega do Prêmio Gutierrez 2015 ocorreu na última segunda-feira, 31 de agosto, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Apoiada pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), a premiação contemplou a melhor tese de doutorado em matemática defendida em 2014 no Brasil.

“Fico feliz em receber este Prêmio, que é um grande reconhecimento do meu trabalho. Saber que minha tese gerou esse interesse é um estímulo a mais para prosseguir na pesquisa”, disse Lucas Ambrozio, vencedor desta edição. No evento, ele ministrou uma palestra sobre sua tese Constant mean curvature foliations and scalar curvature rigidity of three-manifolds.

“Este ano foram 36 teses inscritas para concorrerem ao Prêmio, o maior número desde 2009, quando a premiação teve início. Isso é sinal de reconhecimento”, disse o coordenador do programa de pós-graduação em Matemática do ICMC, Sérgio Monari.

Monari destacou que 36 teses concorreram ao Prêmio este ano

O evento também teve espaço para uma menção honrosa entregue ao professor Marcelo Amaral, professor na Universidade Internacional Lusofonia Afro-Brasileira, por sua tese Problemas de transmissão com fronteira livre. Assim como Ambrozio, ele ministrou uma palestra sobre sua pesquisa após a cerimônia. 

O diretor do ICMC, Alexandre Nolasco de Carvalho, parabenizou os contemplados, desejou sucesso e uma carreira gloriosa pela frente. Já a SBM foi representada no evento por Yoshiharu Kohayakawa, que valorizou as teses homenageadas: “Os trabalhos apresentados aqui são excelentes e os premiados de hoje mostram a grande qualidade da matemática no cenário nacional”.

Amaral recebeu a menção honrosa entregue por Kohayakawa

Sobre os premiados – Nascido no Rio de Janeiro, Ambrozio concluiu o Bacharelado em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2008. Dois anos depois, finalizou o mestrado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e, no ano passado, defendeu seu doutorado na mesma instituição, sob a orientação do professor Fernando Marques. Atualmente, Ambrozio faz pós-doutorado no Imperial College London, na Inglaterra.

Já Amaral nasceu em Caucaia, que integra a região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Ele concluiu a Licenciatura em Matemática em 2007 na Universidade Federal do Ceará, onde também finalizou seu mestrado em 2010. No ano passado, defendeu seu doutorado na mesma instituição, sob a orientação de Eduardo Teixeira. 

Sobre o Prêmio – O Prêmio homenageia o renomado pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008). Gutierrez veio ao Brasil em 1969, quando conseguiu uma bolsa de estudos para estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology.

Após deixar o IMPA, Gutierrez atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização de um novo grupo de pesquisa. Em sua carreira, publicou mais de setenta artigos, orientou sete alunos de doutorado e vinte de mestrado.




Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Fotos: Reinaldo Mizutani

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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Prêmio Gutierrez 2015: confira a tese de doutorado em matemática que será premiada

Ex-aluno do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, Lucas Ambrozio é o vencedor do prêmio; já a menção honrosa será concedida ao professor Marcelo Amaral, que defendeu sua tese na Universidade Federal do Ceará

Ambrozio é o vencedor do Prêmio

Duas teses de doutorado defendidas em 2014 serão reconhecidas na próxima segunda-feira, 31 de agosto, às 14 horas, durante uma cerimônia no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. É quando acontecerá a entrega do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado 2015, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. O evento é gratuito, aberto a todos os interessados e faz parte do Workshop de Teses e Dissertações em Matemática.

Na ocasião, o vencedor do prêmio, Lucas Ambrozio, ministrará uma palestra sobre sua tese de doutorado Constant mean curvature foliations and scalar curvature rigidity of three-manifolds. Nascido no Rio de Janeiro, Ambrozio concluiu o Bacharelado em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2008. Dois anos depois, finalizou o mestrado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e, no ano passado, defendeu seu doutorado na mesma instituição, sob a orientação do professor Fernando Marques. Atualmente, Ambrozio faz pós-doutorado no Imperial College London, na Inglaterra.

Outro convidado que participará do evento é o professor Marcelo Amaral, que receberá uma menção honrosa por sua tese Problemas de Transmissão com Fronteira Livre. Ele também ministrará uma palestra sobre sua pesquisa durante o evento. Nascido em Caucaia, que integra a região metropolitana de Fortaleza, no Ceará, Amaral concluiu a Licenciatura em Matemática em 2007 na Universidade Federal do Ceará, onde também finalizou seu mestrado em 2010. No ano passado, defendeu seu doutorado na mesma instituição, sob a orientação de Eduardo Teixeira. Atualmente, é professor na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

Amaral receberá menção honrosa

Sobre o Prêmio - Apoiado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), o Prêmio homenageia o renomado pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008). Gutierrez veio ao Brasil em 1969, quando conseguiu uma bolsa de estudos para estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology.

Após deixar o IMPA, Gutierrez atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização de um novo grupo de pesquisa. Em sua carreira, publicou mais de setenta artigos, orientou sete alunos de doutorado e vinte de mestrado. 

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Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

sexta-feira, 13 de março de 2015

Inscrições abertas para o Prêmio Gutierrez de Matemática

Premiação contempla a melhor tese de doutorado em matemática defendida no ano anterior


Estão abertas, até o dia 17 de abril, as inscrições para o Prêmio Professor Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon. A iniciativa é realizada pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), premiando, a cada ano, a melhor tese de doutorado em matemática defendida no Brasil no ano anterior.

O valor do prêmio será equivalente a uma bolsa de Pós-Doutorado Júnior. Para se inscrever, o autor ou orientador do trabalho deve enviar um e-mail com o arquivo em formato PDF da tese defendida e aprovada, bem como os artigos dela provenientes, para o e-mail premiogutierrez@icmc.usp.brO edital do Prêmio e demais informações podem ser obtidas neste link: icmc.usp.br/e/10907.

A premiação será realizada em cerimônia oficial no dia 31 de agosto, às 14 horas, no Auditório Luiz Antonio Favaro.

Sobre Gutierrez - O Prêmio homenageia o renomado pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008). Gutierrez veio ao Brasil em 1969, quando conseguiu uma bolsa de estudos para estudar no IMPA, onde titulou-se mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology.

Após deixar o IMPA, Gutierrez atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização de um novo grupo de pesquisa. Em sua carreira, publicou mais de setenta artigos, orientou sete alunos de doutorado e vinte de mestrado.

Mais informações
Edital disponível em: icmc.usp.br/e/10907
E-mail: premiogutierrez@icmc.usp.br
Telefone: (16) 3373-9638

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Defesas e qualificações da semana - 12 a 16 de janeiro


Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Uma arquitetura para construção de aplicativos de dispositivos móveis para usuários com deficiência motora
Aluno: Olibario José Machado Neto
Orientadora: Maria da Graça Campos Pimentel
Quando: quinta-feira, 15 de janeiro, às 10 horas
Onde: Sala 3103 do ICMC-USP
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Defesa de Mestrado - PROFMAT
Resolução de problemas via teoria de grafos
Aluno: Renato Ferreira de Souza
Orientador: Sérgio Henrique Monari Soares
Quando: sexta-feira, 16 de janeiro, às 14 horas
Onde: Sala 3002 do ICMC-USP
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Modelo de sistema de partículas para a difusão de uma informação em  ℤᵈ
Aluno: Karina Bindandi Emboaba de Oliveira
Orientador: Pablo Martín Rodríguez
Quando: sexta-feira, 16 de janeiro, às 14 horas
Onde: Sala 3103 do ICMC-USP
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Agenda de defesas e qualificações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Professor do ICMC ganha Prêmio Tese Destaque USP e ex-aluno recebe menção honrosa

Amancio defendeu sua tese no Instituto de Física de São Carlos e hoje é professor no ICMC

Impacto do trabalho, qualidade da redação, metodologia e rigor científico, originalidade, atualidade e relevância dos resultados. Esses foram os critérios que levaram o professor Diego Amancio e o ex-aluno Rodrigo Barros, ambos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, a serem reconhecidos na terceira edição do Prêmio Tese Destaque USP, na área de Ciências Exatas e da Terra.

O trabalho de Amancio, Classificação de textos com redes complexas, ficou com o prêmio de melhor tese. Apresentado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) em 2013, a tese foi orientada pelo docente Luciano da Fontoura Costa e co-orientada pelo docente Osvaldo Novais de Oliveira Jr., ambos do IFSC. Atualmente, Amancio é professor do ICMC e, em seu trabalho de doutorado, desenvolveu um método capaz de classificar textos não pelo conteúdo, como já é feito atualmente, mas pelo arranjo das palavras que os compõem, maneira através da qual autores, obras e assuntos podem ser identificados. “Pela classificação tradicional, as buscas são feitas tendo como base o conteúdo dos textos, ou seja, por palavras-chave. Meu trabalho complementa essas buscas baseando-se no arranjo de palavras dos textos”, explica o professor.

O conceito de redes complexas foi o que norteou a pesquisa em questão. Utilizando-se de um software criado no Grupo de Computação Interdisciplinar do IFSC, Amancio “transformou” as palavras dos textos analisados em vértices de redes complexas, buscando inter-relações entre elas, como, por exemplo, a quantidade de vezes que duas palavras aparecem juntas. Quando questionado sobre o motivo pelo qual acredita que sua tese tenha recebido o Prêmio Tese Destaque USP, o professor acredita que a aplicabilidade da pesquisa tenha sido o principal fator. “A modelagem que fizemos não é convencional na área de computação. Além de valer para outros sistemas que não tenham somente relação com análise de textos, trata-se de uma abordagem complementar à tradicional que considera somente o conteúdo dos textos para classificá-los”, conta.

Menção honrosa - Já a tese de doutorado Sobre o projeto automático de algoritmos de indução de árvores dedecisão, de autoria de Rodrigo Barros, recebeu menção honrosa. O trabalho foi orientado pelo professor André Carvalho, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional do ICMC. Barros também foi co-orientado pelo professor Alex Freitas, da Universidade de Kent.

Atualmente, Barros é professor na Faculdade de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Seu trabalho já havia recebido o prêmio da Sociedade Brasileira de Computação de melhor tese de 2013 e o Prêmio Capes de Tese de 2013.

O ex-aluno Barros e seu orientador, professor André Carvalho
Sobre o Prêmio – Em sua terceira edição, o Prêmio Tese Destaque USP tem como objetivo estimular a constate busca pela excelência na pesquisa. Para cada grande área de conhecimento, são concedidos um prêmio e duas menções honrosas. A indicação das teses é feita pelas Comissões Coordenadoras de Programas.

A Diretoria e a Comissão de Pós-Graduação do ICMC parabenizam os pesquisadores pelo reconhecimento e pela contribuição para o avanço do conhecimento.

Texto: Denise Casatti (Assessoria de Comunicação do ICMC) com a colaboração de Tatiana Zanon (Assessoria de Comunicação do IFSC)

Mais informações
Veja a lista completa dos premiados: http://www.prpg.usp.br/wp-content/uploads/Resultado-3a-Edicao-do-Premio-Tese-Destaque-USP.pdf
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373-9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Defesas e qualificações da semana - 20 a 24 de outubro


Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Uso de search-based software testing para otimizar o teste de mutação aplicado a programas concorrentes
Aluno: Rodolfo Adamshuk Silva
Orientadora: Simone do Rocio Senger de Souza
Quando: terça-feira, 21 de outubro, às 13h30
Onde: sala 3-103
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Estimação estocástica da razão de densidades e sua aplicação em seleção de atributos
Aluno: Ígor Assis Braga
Orientadora: Maria Carolina Monard
Quando: quinta-feira, 23 de outubro, às 14h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Doutorado em Matemática
Invariantes de variedades determinantais
Aluna: Nancy Carolina Chachapoas Siesquén
Orientadora: Maria Aparecida Soares Ruas
Quando: sexta-feira, 24 de outubro, às 9h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
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Defesa de Doutorado em Matemática
Superfícies multitóricas, obstrução de Euler e aplicações
Aluna: Thais Maria Dalbelo
Orientador: Nivaldo de Góes Grulha Junior
Quando: sexta-feira, 24 de outubro, às 15h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
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Agenda de defesas e qualificações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC
Telefone: (16) 3373.9638
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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Defesas e qualificações da semana - 13 a 17 de outubro


Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Medidas em grafos para apoiar a avaliação da qualidade de projeções multidimensionais
Aluno: Robson Carlos da Motta
Orientadora: Maria Cristina Ferreira de Oliveira
Quando: segunda-feira, 13 de outubro, às 9h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
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Defesa de Doutorado em Matemática
Ordering homotopy string links over surfaces and a presentation for the generalized homotopy string links over surfaces
Aluna: Juliana Roberta Theodoro de Lima
Orientadora: Denise de Mattos
Quando: segunda-feira, 13 de outubro, às 14h
Onde: sala da Congregação
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Conjuntos K de redes neurais e sua aplicação na classificação de imagética motora
Aluno: Denis Renato de Moraes Piazentin
Orientador: João Luis Garcia Rosa
Quando: segunda-feira, 13 de outubro, às 14h
Onde: sala 3-103
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Aprendizado de máquina com informação privilegiada: abordagens para agrupamento hierárquico de textos
Aluno: Ricardo Marcondes Marcacini
Orientadora: Solange Oliveira Rezende
Quando: terça-feira, 14 de outubro, às 8h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro 
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Aprendizado de máquina baseado em processos dinâmicos e em redes complexas
Aluno: Mayra Mercedes Zegarra Rodriguez
Orientador: Francisco Aparecido Rodrigues
Quando: quarta-feira, 15 de outubro, às 16h
Onde: sala 3-103 
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Uso de meta-aprendizado para ajuste de parâmetros em problemas de classificação
Aluno: Rafael Gomes Mantovani
Orientador: André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho
Quando: quinta-feira, 16 de outubro, às 9h
Onde: sala 3103 
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Design and evaluation of security and privacy strategies for vehicular ad hoc networks
Aluna: Luz Marina Santos Jaimes
Orientador: Edson dos Santos Moreira
Quando: sexta-feira, 17 de outubro, às 9h
Onde: sala 3-103 
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