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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Confira os projetos selecionados pelo Centro Avançado ICMC para Apoio à Inovação

Medicina, habitação, agricultura, nutrição e esporte: as iniciativas contemplam soluções para essas cinco diferentes áreas 

Projeto Feira na mesa foi um dos selecionados nesta primeira chamada


Cinco projetos foram contemplados pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, para contribuir com a formação empreendedora dos estudantes. Apresentados na primeira chamada pública lançada pelo Centro Avançado ICMC para Apoio à Inovação, os projetos possuem objetivos diversos, tais como: gerenciar e controlar ativos em ambientes médicos hospitalares; criar uma plataforma para moradia; democratizar a alimentação saudável no Brasil; desenvolver um sistema estatístico para acompanhamento de atletas que praticam Judô; contribuir para que a agricultura familiar seja mais sustentável e escalável. 

Todas as iniciativas selecionadas se relacionam a uma dessas três modalidades de estímulo: participação em competições de inovação; participação em editais de fomento voltados à incubação ou ao desenvolvimento de tecnologia; geração de inovação em parceria com empresas, institutos de pesquisa e órgãos governamentais para o desenvolvimento de protótipos ou provas de conceito de produtos ou tecnologias criadas no ICMC. 

Pelo menos metade dos projetos contempla a participação de alunos de graduação. Na próxima segunda, dia 12, acontecerá uma reunião com os responsáveis por cada iniciativa e as atividades previstas começarão a ser realizadas. Confira, a seguir, mais detalhes sobre as propostas selecionadas.



Modalidade: preparação para participar de competições de inovação 

Feira na Mesa 
Proponentes: Felipe Moreira; Guilherme Barcellos; João Pedro Secundino 
Objetivos: tornar a agricultura familiar um comércio mais sustentável e escalável tanto na região de São Carlos (a curto prazo) quanto no Brasil (a longo prazo) por meio da fomentação do empreendedorismo no ICMC e do uso da tecnologia. 
Parceiros: produtores orgânicos. 

Modalidade: inovação em parceria com empresas, institutos de pesquisa e órgãos governamentais para o desenvolvimento de protótipos ou provas de conceito de produtos ou tecnologias criadas no ICMC 

iSports: módulo Judô 
Proponentes: Vinícius Loureiro Siqueira; Wesley Da Silva. 
Docente: Francisco Louzada. 
Objetivos: o iSports é, atualmente, um instrumento que pode ser utilizado para identificação de novos talentos no futebol, funcionando como um “olheiro virtual” e auxiliando na avaliação de atletas. O acompanhamento dos jogadores é realizado por meio de análises estatísticas, que revelam indicadores técnicos, físicos, psicológicos e habilidades. O objetivo do projeto é adaptar e customizar o iSports para o Judô, um esporte de combate individual com boa popularidade no país, o qual tem produzindo resultados razoáveis em nível internacional, inclusive em olimpíadas. 

Modalidade: participação em editais de fomento voltados à incubação ou ao desenvolvimento de tecnologia 

Gerenciamento e controle de ativos em ambientes médicos hospitalares 
Proponentes: Cristiano José dos Santos; Ennio Politi Lopes; Pedro Silva Arantes. 
Docente: Rosana Vaccare Braga. 
Objetivos: o objetivo central deste projeto será o desenvolvimento de um sistema de gerenciamento da manutenção de equipamentos médicos de alto custo e geração de informações relevantes para a administração de Unidades de Saúde. 
Parceiros: HC de Ribeirão Preto, HU de São Carlos 

Projeto: 100kcal 
Proponentes: Vinícius Molina Garcia; Alexandre Batistella Bellas. 
Docente: Solange Oliveira Rezende 
Objetivos: o objetivo do 100kcal é democratizar a alimentação saudável no Brasil, através de uma inteligência artificial que gera dietas personalizadas automaticamente para as pessoas, e utiliza técnicas de psicologia comportamental e gamificação para a criação e manutenção de hábitos. 

PackUp - Startup voltada a moradias 
Proponentes: Marcelo Suckow de Barros Rodrigues; Bruno Facina. 
Objetivos: criar uma plataforma que auxilie pessoas a encontrar lugares para morar e pessoas para morar junto, inovando na maneira como esse processo é realizado. 

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Centro Avançado ICMC para Apoio à Inovação (ICMCin): www.icmc.usp.br/institucional/icmcin 
E-mail: ccex@icmc.usp.br ou grad@icmc.usp.br

terça-feira, 25 de junho de 2019

Centro Avançado ICMC para Apoio à Inovação: apresente sua proposta até 4 de julho

Chamada visa estimular alunos, ex-alunos e professores a apresentarem projetos que favoreçam o empreendedorismo e a inovação

Propostas selecionadas poderão usar espaço disponível na área 2 do campus para pré-incubação de empresas

Estimular iniciativas que contribuam para a formação empreendedora dos estudantes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, promovendo uma aproximação com as empresas de base tecnológica e os demais atores que fazem parte do ecossistema de inovação da região. Esses são alguns dos objetivos do Centro Avançado ICMC para Apoio à Inovação

A primeira chamada pública de projetos está com inscrições abertas até dia 4 de julho. Os interessados podem apresentar propostas para estimular a formação empreendedora no ICMC ou elaborar projetos para angariar espaço destinado à pré-incubação de empresas. 

As propostas podem se encaixar em diversas modalidades, tais como: projetos de inovação com parcerias de empresas, institutos de pesquisa e órgãos governamentais para o desenvolvimento de protótipos ou provas de conceito de produtos ou tecnologias criadas no ICMC; projetos de preparação para participar de competições de inovação ou de editais de fomento voltados à incubação ou ao desenvolvimento de tecnologia; projetos para ensino que visem à aplicação de conhecimentos em casos reais. 

Para conhecer detalhadamente quais propostas podem ser apresentadas, acesse o edital completo: icmc.usp.br/e/5326a. Para enviar seu projeto acesse o formulário disponível neste link: icmc.usp.br/e/36919. Pelo menos metade das iniciativas selecionadas deverão contemplar a participação de alunos de graduação. Os resultados serão divulgados até dia 25 de julho e os projetos contemplados terão início em agosto. 

Propostas podem ser enviadas até 4 de julho

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP


Mais informações
Centro Avançado ICMC para Apoio à Inovação (ICMCin): www.icmc.usp.br/institucional/icmcin
Acesse o edital completo: icmc.usp.br/e/5326a 
Formulário para envio das propostas: icmc.usp.br/e/36919 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Amigos constroem o próprio instrumento para compor música eletrônica

Criado em disciplina de inovação da USP, projeto virou startup e agora será acelerado nos Estados Unidos

Protótipo, que possui 12 botões para dar o tom das notas musicais, é composto por um chip e diversos componentes eletrônicos
(crédito: Henrique Fontes – SEL/USP)

Assim como todo estudante de graduação, Cristiano Lacerda e Rodrigo Guskuma ingressaram na USP em São Carlos em busca do tão sonhado diploma universitário. Mas, o que eles não imaginavam é que durante a jornada uma nova paixão surgiria para embalar os rumos da carreira de cada um: a música eletrônica. Com pouco dinheiro para investir, mas compartilhando sonhos em comum, os dois amigos resolveram usar seus conhecimentos para construir um protótipo de controlador MIDI (Musical Instrument Digital Interface), equipamento utilizado por DJs para compor músicas por meio de comandos enviados ao computador. O projeto empreendedor levou à criação da Ginga, startup que recentemente foi selecionada para passar por um processo de aceleração nos Estados Unidos.

A ideia de transformar o aparelho eletrônico em uma empresa de tecnologia amadureceu quando os jovens se matricularam na disciplina Oficina de Inovação da USP, cujo objetivo é incentivar a capacidade empreendedora dos estudantes a partir das orientações de docentes da Universidade. “Nós aprendemos a desenvolver toda a estrutura de negócio do equipamento, a pensar no público-alvo, local de venda apropriado, se o produto seria disponibilizado on-line ou off-line, entre outros tópicos”, conta Rodrigo, engenheiro eletricista formado pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Ao final da atividade, que durou um semestre, a Ginga foi eleita pelos professores como o melhor projeto da disciplina, que é promovida pelo Centro Avançado EESC para Apoio à Inovação (EESCin), com colaboração da Agência USP de Inovação.

Rodrigo atua como DJ amador em algumas festas universitárias
(crédito: IndieClick)

Composto por um chip e diversos componentes eletrônicos acoplados a uma estrutura de acrílico, o controlador MIDI possui 12 botões que dão o tom das notas tocadas pelos criadores. “A música eletrônica explodiu no Brasil com o surgimento de grandes artistas, como Alok, Vintage Culture, entre outros. Por isso, a tendência é que muita gente comece a trabalhar com esse tipo de gênero no País. Estamos nos antecipando a um fenômeno em potencial”, explica Cristiano, aluno do curso de Sistemas de Informação, oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

O entrosamento musical da dupla de amigos começou no Grupo de Som do Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (CAASO), onde fizeram parte, voluntariamente, da equipe que planejava a estrutura sonora de algumas festas universitárias. Quem observa a grande dedicação dos jovens pode até pensar que o interesse dos empreendedores pelo universo da música eletrônica é antigo. Mas não é. As portas do gênero musical se abriram a Rodrigo, por exemplo, apenas quando ele entrou na USP, e o ex-aluno, que sempre gostou de rock e cresceu em uma família de músicos, se encantou por um estilo que até então lhe era desconhecido: “Comecei a frequentar festas que tocavam música eletrônica e ficava curioso em saber como os DJs conseguiam juntar uma canção na outra e não deixavam o som parar”, relembra o engenheiro que hoje se apresenta em alguns eventos como DJ amador.

Cristiano está estudando empreendedorismo na Universidade da Califórnia, em Berkeley
(crédito: arquivo pessoal)

Pisando em terras desconhecidas – Terreno ainda pouco familiar aos jovens, o mercado deve colaborar para a inserção da Ginga nas prateleiras, segundo seus idealizadores. Rodrigo afirma que, no Brasil, a produção de aparelhos de música eletrônica é escassa, o que, praticamente, obriga os interessados a importarem produtos do exterior, que são bem mais caros. Diante desse cenário, a Ginga seria uma alternativa mais viável. “Nossa ideia é vender a um preço de 20 a 30% menor que os importados”, diz o ex-aluno da EESC.

Focados na missão de consolidar a empresa como uma plataforma competitiva no mercado, os jovens já vislumbram o cenário ideal para o futuro: “Queremos, um dia, tornar a Ginga popular no Brasil, fazer com que as pessoas se lembrem dela sempre que questionadas sobre qual equipamento devem comprar. O maior reconhecimento seria encontrar nosso aparelho ao lado de um violão em uma loja de instrumentos musicais”, conta Cristiano que tem como grande ídolo e inspirador o DJ britânico Burial.

Além de possuir tecnologia nacional e ser mais barato, outro grande diferencial do equipamento eletrônico é o código de seu chip que, segundo os estudantes, é mais eficaz se comparado aos de alguns concorrentes. Para definir a melhor estratégia de vendas, porém, o planejamento de marketing é indispensável e, por isso, os empreendedores já estão pensando em formas de atuação para atingir seu público-alvo: “Teremos um relacionamento muito próximo com nossos clientes; vamos priorizar ações com aqueles que estão começando na área de música eletrônica”, explica o estudante.

Startup Ginga foi escolhida como o melhor projeto da disciplina Oficina de Inovação da USP
(crédito: arquivo pessoal)

A chance de emplacar – Em oportunidade oferecida pela Agência USP de Inovação, Cristiano foi escolhido para participar de um intercâmbio sobre empreendedorismo focado em startups na Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, onde deve permanecer até a metade de 2019. A instituição possui uma parceria com o estúdio de inovação Schoolab de Paris, responsável pelo programa Le Bridge, que visa acelerar projetos inovadores, como a Ginga, selecionada em outubro para integrar a iniciativa. De janeiro a abril do próximo ano, o aluno do ICMC participará de cursos, workshops, eletivas, visitas a incubadoras, dentre outras atividades para aprimorar os serviços da startup musical.

Parece que o caminho do sucesso já começou a ser desenhado para os jovens que se conheceram na USP, mas a dedicação promete não diminuir. “A Ginga é o hobby dos meus sonhos. Muita gente falou que eu era doido por entrar nessa área, mas segui em frente. Se você está disposto a correr atrás e perder algumas noites de sono, com certeza valerá a pena. Hoje, consigo unir minhas duas paixões: a música e a engenharia elétrica”, declara Rodrigo.

Ex-aluno da EESC se encantou pela música eletrônica após ingressar na Universidade
(crédito: arquivo pessoal)

Atualmente, o equipamento de música eletrônica desenvolvido pelos jovens passa por melhorias. A ideia é definir um novo design, ampliar o número de botões do aparelho para 16, acrescentar um display LCD, luzes, entre outros recursos. “Esperamos que a nossa história sirva de inspiração para quem sonha empreender. É um ramo com muitas oportunidades no Brasil e no exterior, ainda mais para os que estudam em uma instituição como a USP”, finaliza Cristiano.

Sobre a Oficina de Inovação – Abordando conteúdos que apoiam a inovação e o empreendedorismo, a atividade é oferecida em forma de disciplina optativa aos alunos de todos os cursos da USP São Carlos. Os temas trabalhados na disciplina envolvem tópicos como definição de inovação em produtos e serviços; necessidades e comportamento dos usuários; técnicas de criação de ideias; definição de mercados; rotas tecnológicas; noções de propriedade intelectual; inovação aberta; capital de risco e técnicas de ‘pitch’.

A expectativa é de que a Oficina aconteça anualmente abrangendo áreas que atendam às demandas emergenciais da sociedade. Ao final da disciplina, os projetos estão habilitados a serem apresentados em eventos de inovação no Brasil e no exterior.

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do SEL: (16) 3373-8740

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Sábado tem Arduino Day: evento gratuito conta com a participação de professores e alunos do ICMC

Iniciativa é aberta a todos os interessados e acontecerá a partir das 9 horas no espaço de inovação ONOVOLAB, no centro de São Carlos


Você vai encontrar essa ferramenta em muitos projetos inovadores na área de computação

Ela é uma famosa ferramenta aberta e livre para o desenvolvimento de projetos de hardware e software, que tem até um dia especial dedicado a comemorar seu aniversário. Arduino é o nome dessa celebridade empregada atualmente em diversos projetos inovadores e que será o foco das atenções no próximo sábado, 5 de maio, durante um evento gratuito que será realizado a partir das 9 horas no espaço de inovação ONOVOLAB, em São Carlos. 

Professores e alunos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, participarão da iniciativa ministrando palestras, motivando e ensinando os participantes a criarem projetos usando o microprocessador Arduino. Além de promover um intercâmbio de conhecimento entre os entusiastas dessa ferramenta, o evento mostrará algumas pesquisas que estão sendo desenvolvidas no Instituto usando essa queridinha do movimento maker, nome do grupo de entusiastas que gosta de colocar a mão na massa. 

Entre os destaques da programação matutina está o bate-papo Arduino no controle inteligente de robôs, que será conduzido pelo professor Eduardo Simões, do ICMC, a partir das 9 horas. Já a conversa Robótica de competição, um passo além do Arduino será tema da apresentação do grupo de extensão Warthog Robotics, que é ligado ao ICMC e à Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Outro grupo de extensão do ICMC, o ADA, falará sobre ATMega, uma abordagem empreendedora

No início da tarde, a partir das 13 horas, é a vez do professor Fernando Osório, do ICMC, explicar as relações entre Arduino, robótica, inovação e movimento maker. Haverá, ainda, workshops e exposições de projetos e protótipos de grupos, pesquisadores e startups. 

O Arduino Day é um evento que acontece simultaneamente em diversos lugares do mundo para comemorar o aniversário da ferramenta. A iniciativa que ocorrerá em São Carlos faz parta da programação oficial da Semana da Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL). O evento é realizado em parceria pela SIEEL, pelo grupo Godzilla Hacker Club e pela Semana da Engenharia de Computação (SENC).

Para conferir a programação completa do evento e fazer sua inscrição, acesse este link: https://www.sympla.com.br/arduino-day__282293. As vagas nos workshops são limitadas e serão preenchidas por ordem de chegada.


Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Laboratórios de incentivo e apoio à Engenharia de Computação: apresente sua proposta até 10 de janeiro

Chamada visa estimular professores e alunos a apresentarem projetos relevantes para a formação dos futuros engenheiros de computação


Laboratórios selecionados vão usar o espaço físico e os recursos já existentes  no prédio
da Engenharia de Computação, na área 2 do campus da USP em São Carlos

Angariar propostas de laboratórios de incentivo e apoio ao ensino, à pesquisa, à inovação, ao empreendedorismo e à extensão voltados a alunos do curso de Engenharia de Computação. Esse é o objetivo de uma chamada lançada pela Comissão Gestora Administrativa (CGA) do curso, que é fruto de uma parceria entre a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), ambos da USP.

As propostas podem ser apresentadas até dia 10 de janeiro de 2018 e devem prever a criação de ambientes que estimulem e favoreçam o desenvolvimento de trabalhos de interesse dos alunos, sendo relevantes para sua formação. 

De acordo com o edital da chamada (disponível neste link: icmc.usp.br/e/8c29a), a CGA fornecerá o espaço físico para a alocação dos laboratórios selecionados, disponibilizando os recursos já existentes no prédio da Engenharia de Computação, localizado na área 2 do campus da USP em São Carlos. Entre esses recursos estão: acesso à internet, energia, segurança e impressora compartilhada. Todas as demandas adicionais, necessárias para o funcionamento com sucesso dos laboratórios, devem ser obtidas ou fornecidas pelos proponentes dos projetos.

Confira, a seguir, o cronograma da iniciativa:
  • 10/01/2018 - Data limite para submissão das propostas, que devem ser enviadas por e-mail (secretariaengcomp@gmail.com) para a secretaria do curso, aos cuidados de Shirley Gandini.
  • 31/03/2018 - Divulgação de relatório com os resultados.
  • 02/04/2018 - Início das atividades nos laboratórios aprovados.
Texto e foto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informação
Secretaria da CGA do curso de Engenharia de Computação: 3373.8376
E-mail: rafrance@icmc.usp.br

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Como as universidades podem estimular o desejo de empreender?

Incentivar os estudantes a criarem novas soluções e orientá-los no desenvolvimento de projetos são iniciativas que têm gerado bons resultados

Grupo que desenvolveu o Tagzit é composto por estudantes
de Ciências da Computação e Sistemas de Informação do ICMC
(crédito da imagem: Alexandre Wolf)
Você já deve ter ouvido histórias de empresas que surgiram em universidades, como o Facebook e o Google, por exemplo. Geralmente, os estudantes que criam esses projetos têm pouco dinheiro, mas conseguem emplacar uma ideia ao enxergarem um problema e desenvolverem uma solução inovadora. O que muitas pessoas não percebem, entretanto, é a importância das universidades no estímulo a esses alunos.

É claro que nem todas essas histórias de sucesso contaram com o apoio de instituições de ensino. Entretanto, algumas universidades têm se esforçado cada vez mais para criar um ambiente de inovação e, mais do que isso, garantir as ferramentas necessárias para que seus alunos sejam bem-sucedidos. “Nós temos a responsabilidade de amadurecer a vontade de empreender nos alunos que já entram com esse desejo e de despertá-lo naqueles que ainda não enxergam essa possibilidade”, explica a professora Simone Souza, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

De acordo com Simone, que já ministrou a disciplina Empreendedorismo, o perfil desses alunos têm mudado em função das startups que surgem com cada vez mais frequência no mercado e da proliferação de exemplos de sucesso: “eles sentem que o projeto deles também pode dar certo”. O trabalho realizado no ICMC nos últimos anos já tem gerado resultados. É o caso de dois grupos que participaram da última edição do Empreenda Santander, uma competição que envolveu estudantes de todo o país. Os dois grupos foram finalistas na categoria Universitário Empreendedor, cujo objetivo é apoiar novas ideias para que se tornem futuros negócios.

Estudantes que solucionam problemas - Os integrantes dos dois grupos decidiram participar voluntariamente da competição: nenhum dos projetos estava vinculado a uma disciplina ou pesquisa. Além disso, ambos nasceram de maneira semelhante, já que as ideias surgiram nas repúblicas em que os estudantes moram.

Um dos grupos, composto somente por alunos do ICMC, criou o Tagzit - uma solução para facilitar a manutenção de equipamentos em grandes empresas. A ideia é que cada aparelho possua uma tag, que é uma espécie de etiqueta e vai registrar todos os consertos realizados no equipamento. Por meio de um aplicativo, o técnico de manutenção só precisa aproximar o celular dessa tag para receber todas as informações sobre o equipamento. “Com esse sistema, você vê no celular quais peças já foram trocadas, quantas vezes e quando a troca foi feita. A tag pode ser colocada em um ar-condicionado ou um computador, por exemplo. Atualmente, se perde muito tempo nesse processo”, explica Pedro Goulart, estudante de Sistemas de Informação.

De acordo com os alunos, uma das maiores dificuldades do projeto foi entender os detalhes técnicos da área de manutenção, que não conheciam. A responsável por orientá-los foi a professora Simone: “eles já tinham a ideia. Então, apenas dei sugestões e questionei alguns aspectos, somente para que pudessem concluir o projeto”.

Outro grupo que também foi finalista do Empreenda Santander é composto por dois estudantes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e pela aluna Laís Paiva, do curso de Engenharia de Computação, que é oferecido em parceria pelo ICMC e pela EESC. Eles desenvolveram o Ciclarte, uma solução para melhorar o processo de reciclagem, gerando benefícios para os consumidores, empresas, artesãos e cooperativas. De acordo com Laís, a ideia surgiu quando sua colega de república, Marina Nicoletti, que cursa Engenharia Ambiental, fez uma disciplina sobre resíduos e elas enxergaram problemas no ciclo de reciclagem.

Laís Paiva, Marina Nicoletti e Vitor Uema desenvolveram o Ciclarte
(Crédito da imagem: arquivo pessoal)
A ideia é que o Ciclarte ajude as cooperativas a otimizarem as rotas de recolhimento dos resíduos, ao mesmo tempo que facilita a compra desse material por empresas parceiras. Os usuários receberão dinheiro pelos resíduos por meio de um aplicativo e, ao comprarem produtos dessas empresas parceiras, receberão parte do valor de volta, o chamado cashback. Além disso, parte dos resíduos serão destinados a artesãos locais, que terão um espaço dentro do aplicativo para vender seus produtos. “Um dos problemas é que são muitos envolvidos: o consumidor, a cooperativa, as empresas e os artesãos. Foi difícil juntar todos em um só processo e pensar em algo que possa funcionar. O maior desafio é a rentabilidade do negócio”, afirma Laís.

O próximo passo - A competição do Santander não requer a apresentação de um produto, mas que os participantes desenvolvam a ideia e consigam mostrar a importância dela para o mercado. Por isso, tanto o Tagzit como o Ciclarte ainda não saíram, propriamente, do papel. Entretanto, os estudantes dos dois grupos querem concluir a graduação com os projetos já disponíveis no mercado.

“Precisamos conversar com pessoas que conhecem todos os processos de um empreendimento: desde abrir uma empresa até a parte técnica de manutenção. Vamos buscar apoio financeiro, mentoria e, principalmente, um parceiro para utilizar nosso protótipo”, afirma Carlos Barbosa, estudante de Ciências da Computação que faz parte do Tagzit.

“Pretendemos ir aos poucos, sem dinheiro é complicado. Vamos desenvolver o aplicativo e procurar empresas para descobrir a viabilidade do projeto”, explica Laís, ressaltando que o Ciclarte precisa do apoio de investidores e aceleradoras. 

O que a universidade têm feito - Tanto alunos como professores concordam que as universidades têm um papel fundamental no fomento à inovação. No ICMC, uma das ferramentas de estímulo são as disciplinas de empreendedorismo. Laís cursou uma dessas disciplinas e revela que diversos ensinamentos obtidos em sala de aula foram utilizadas na criação do Ciclarte, principalmente porque ela precisou fazer um plano de negócio durante o semestre. Com esse plano, Laís conseguiu chegar à semifinal do Ideas for Milk, um concurso realizado pela Embrapa em que estudantes buscaram soluções para a cadeia de produção e distribuição de leite. “Aprendemos muito na prática, foi quando eu percebi que queria empreender novamente. Tivemos que fazer coisas bem parecidas nos dois projetos”, ela explica.

Carlos, do Tagzit, afirma que o suporte das disciplinas é mais técnico e que influenciou muito na hora de trabalhar no projeto: “nós aprendemos a apresentar e defender nossa ideia, montar um plano de negócio, coisas que ficaram na cabeça e ajudaram a desenvolver esse projeto. Mas falta algo como um evento consolidado de empreendedorismo, por exemplo”.

A professora Simone acredita que, no ICMC, o trabalho de fomento ao empreendedorismo está gerando bons resultados. “Os alunos do Instituto saem preparados, possuem conhecimento, e existem exemplos que provam isso. Nós tratamos do assunto não só nas disciplinas, mas com eventos e palestras”, afirma. Entretanto, ela diz que a universidade pode – e deve – fazer mais: “a universidade oferece várias oportunidades, mas ainda falta um canal mais fácil para o aluno empreender. Eu acho que falta um grupo para discutir empreendedorismo e um espaço para eles colocarem em prática suas ideias. Isso também faz com que novas ideias surjam. Precisamos criar essas demandas porque elas são muito positivas”.

Com o apoio do ICMC e o potencial dos alunos, os membros do Tagzit e do Ciclarte podem se tornar, no futuro, exemplos de sucesso em que as próximas gerações de estudantes irão se espelhar.

Texto: Alexandre Wolf - Assessoria de Comunicação do ICMC

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Espaço na USP estimula futuros engenheiros de computação a inovar

Estudantes do campus de São Carlos agora têm à disposição um ambiente criado especialmente para estimular a inovação e a colaboração: o Espaço EngComp

Inauguração contou com a presença do diretor da EESC, do diretor do ICMC e
do pró-reitor de Pós-Graduação da USP (da esquerda para a direita)

A área de engenharia de computação vem passando por uma profunda transformação. Capacidade de inovar, de trabalhar em colaboração e de empreender são competências cada vez mais exigidas nesse campo, que já nasceu transdisciplinar, na intersecção entre a eletrônica e a computação.

“Apesar de termos um curso muito bem estruturado pedagogicamente, considerando a grade curricular, com professores qualificados e laboratórios bem equipados, faltava esse algo a mais que, hoje, está sendo solicitado nesse campo de atuação”, explica o professor Fernando Osório, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). Ele é coordenador do curso de Engenharia de Computação, oferecido em parceria pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

Segundo o professor, nesse novo cenário, não basta propiciar aos estudantes aulas seguindo o modelo clássico: “É preciso ter um espaço onde se possa inovar de verdade, experimentar, sair do currículo que está pré-definido e desenvolver projetos que possam levar à criação de novos produtos”. Para atender a essa necessidade, nasceu o projeto Espaço EngComp. “É um ambiente colaborativo, no estilo de coworking, um lugar para inovar e empreender. Isso é indispensável em um curso moderno na área de engenharia de computação”, completa Osório.

Inaugurado no dia 22 de junho, o Espaço EngComp foi concebido desde o início levando em conta os princípios da gestão participativa. A partir da criação de uma Comissão Gestora Administrativa da Engenharia de Computação, que conta com a participação de professores, funcionários e alunos do ICMC e da EESC, o espaço foi ganhando forma. “São vários laboratórios que têm ambientes compartilhados e podem ser utilizados por todos os atores envolvidos no processo. A missão desse lugar é gerar inovação, ampliar as relações interpessoais e, principalmente, integrar-se aos projetos de graduação”, revelou o professor Ivan Nunes da Silva, da EESC, que coordena a Comissão.

Além de um vão livre, que conecta o Espaço EngComp ao prédio onde hoje acontece a maioria das atividades do curso de Engenharia de Computação, na área II do campus da USP, em São Carlos, o ambiente também abriga um auditório no andar térreo. Subindo as escadas, é possível acessar os oito laboratórios especializados, o laboratório multiuso, a sala de reuniões e os espaços de convivência. Na sala 8-117, está o Espaço Maker. “Nesse ambiente temos impressora 3D, diversos kits, osciloscópios, placas de circuitos e toda a infraestrutura necessária para desenvolver um projeto de eletrônica e computação”, explica Osório, que coordena o local junto com o professor Maximiliam Luppe, da EESC.

A criação do Espaço foi toda pautada pela perspectiva do aprendizado ativo, em que os estudantes aprendem fazendo. É um lugar propício para a prática do aprendizado a partir da resolução de problemas e para abordagens do tipo mão na massa.

Durante a inauguração, projetos realizados por grupos de pesquisa e de extensão foram apresentados

Superação em parceria – A história de superação e parceria que habita esse espaço foi relatada pelo professor Alexandre Nolasco de Carvalho, diretor do ICMC. De volta a 2014, lembrou-se do dia em que ele e o professor Geraldo Roberto Martins da Costa, na época diretor da EESC, visitaram o espaço. Eles foram acompanhados pelo vice-reitor da USP, Vahan Agopyan, pelo Superintendente de Espaço Físico, Oswaldo Nakao, e pelo arquiteto Sérgio Assumpção, que já faleceu. Era um momento difícil, início da atual gestão reitoral da USP e a crise financeira da Universidade impunha a paralisação de diversas obras que estavam por concluir.

“A estrutura básica do prédio estava pronta, mas ainda restava uma parte significativa para que o edifício pudesse ser utilizado. Essa visita sensibilizou a reitoria da USP sobre a necessidade de conclusão da obra”, contou o diretor do ICMC. Apesar do apoio da reitoria, a escassez de recursos impôs cortes ao orçamento. “Demos andamento à licitação da obra, que se iniciou em dezembro de 2014. Em julho do ano seguinte, ela foi entregue. Porém, em função dos cortes, faltava realizar a instalação elétrica e lógica, o condicionamento térmico, mobiliar o local, adquirir os equipamentos para os laboratórios, além de fazer toda a jardinagem do entorno”.

Esses desafios não interromperam o projeto: “O ICMC e a EESC fizeram o que se deve fazer em tempos de crise”. Nolasco explicou passo a passo as parcerias estabelecidas para superar as dificuldades: “com o apoio dos servidores da EESC construímos parte da mobília que equipa os laboratórios; com o apoio dos servidores do ICMC, fizemos a instalação elétrica e lógica; com o apoio da Prefeitura do Campus, equipamos o auditório e alguns laboratórios com carteiras e também fizemos esse lindo gramado que cerca o edifício; com o apoio da Pró-Reitoria de Graduação, adquirimos parte dos equipamentos dos laboratórios”.

Sem deixar a emoção de lado, Nolasco falou do orgulho que sente de toda a equipe que ajudou nessa construção. “Quando, diante de adversidades, conseguimos nos unir para atuar no seu enfrentamento, ganhamos a confiança necessária para solucionar a maioria das dificuldades.” Segundo ele, será preciso ainda muito trabalho até que o prédio esteja em condições ideais de uso: “Apesar de todas as restrições orçamentárias, não tenho medo: acredito que seremos bem sucedidos porque fomos capazes de trabalhar em parceria”.

O diretor da EESC, professor Paulo Sergio Varoto, recordou que a união entre EESC e ICMC começou em 2003, quando foi criado o curso de Engenharia de Computação. “No começo, tínhamos certa angústia por se tratar de uma ação em parceria: como o curso vai funcionar? Onde os alunos vão estudar? Porém, em pouco tempo, pela fortíssima empatia que temos com o ICMC, percebemos que as ações de gestão e acadêmicas seriam facilitadas”, disse Varoto. Para ele, essa parceria reflete uma vocação do campus da USP em São Carlos: “Essa é uma ação integradora, multidisciplinar. Embora a Engenharia de Computação já seja uma graduação consolidada ou em fase final de consolidação no país, no âmbito do nosso campus foi uma atitude, de certa forma, pioneira e mostra nossa vocação de trabalhar nas áreas de interface entre as unidades”.

Representando o reitor da USP, o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Jr., encerrou a cerimônia de inauguração do Espaço EnComp ressaltando a relevância do estabelecimento dessas parcerias: “Sem a interdisciplinaridade, a transdisciplinaridade, não vamos conseguir resolver problemas realmente profundos da sociedade e chegar a uma ciência de primeiro mundo. Essa interação que vocês estão fazendo entre o ICMC e a EESC é o único caminho para resolvermos esses problemas. Já foi a época em que uma área resolvia tudo sozinha”.

O pró-reitor estimulou todas as unidades a seguirem o exemplo: “Acho que é isso que a Universidade espera dos nossos grupos de pesquisa, dos nossos professores: essa busca pelo conhecimento, pelo trabalho em conjunto e pela solução de problemas de uma grandeza maior do que aqueles que resolvíamos até pouco tempo. Exemplos como esse, em que mesmo em momento de crise temos inaugurações e inovações, refletem o espírito da USP. E só conseguimos fazer isso por causa da qualidade de nossos professores, alunos e servidores”, finalizou.

Pró-reitor de Pós-Graduação estimulou todas as unidades da USP a realizarem parcerias

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Fotos: Fernando Mazzola – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Workshop para orientar sobre competição global da Microsoft acontece no ICMC

Na próxima segunda-feira, 12 de dezembro, um evento gratuito explicará como funciona a Imagine Cup, uma competição de projetos em tecnologia, inovação e games

Iniciativa premia a equipe vencedora com US$ 100 mil

O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, realiza na próxima segunda-feira, 12 de dezembro, um workshop sobre a Imagine Cup, uma competição global realizada pela Microsoft para estimular a realização de projetos em tecnologia, inovação e games.

O evento acontecerá no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, das 13h30 às 18 horas, é gratuito, aberto a todos os alunos de graduação interessados e não demanda inscrições prévias. Quem ministrará o workshop é Márcia Santos, gerente de pesquisa e desenvolvimento do Instituto de Pesquisas Eldorado, e Thiago Chati Ferreira, que faz parte do departamento de sistemas do Instituto.

A Imagine Cup tem como objetivo capacitar a próxima geração de estudantes de computação e áreas afins a formar equipes e usar a criatividade, a paixão e o conhecimento de tecnologia para criar aplicativos que modelem a forma como eles vivem, trabalham e jogam. A cada ano, dezenas de milhares de alunos de todo o globo participam da iniciativa, que premia a equipe vencedora com US$ 100 mil.

O professor Alexandre Delbem, do ICMC, que está coordenando o evento, explica que o workshop é uma oportunidade para que os estudantes sejam motivados a participar da competição e a desenvolver projetos de pesquisa avançada e aplicações de maior impacto e relevância. No evento, os estudantes conhecerão mais detalhadamente como funciona a competição, de que forma podem se inscrever e poderão esclarecer dúvidas. 

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quarta-feira, 23 de março de 2016

Palestra explica como programa da FAPESP pode contribuir para gerar inovação e criar startups em São Carlos

Evento gratuito acontecerá dia 30 de março, às 15 horas, no ICMC

Palestra será ministrada por Fabio Kon

Apoiar a execução de pesquisa científicas ou tecnológicas em micro, pequenas e médias empresas no Estado de São Paulo. Esse é o objetivo do Programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP. Na próxima quarta-feira, 30 de março, uma palestra no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, mostrará por que o PIPE pode ser uma oportunidade excelente para auxiliar pós-graduandos recém-formados na criação de suas startups. 

A palestra será ministrada pelo professor Fabio Kon, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, que também é coordenador adjunto de pesquisa para inovação da FAPESP. Com o título O Programa PIPE da FAPESP e a sua startup são-carlense, a palestra acontecerá às 15 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001) do ICMC. No evento, serão apresentados o histórico e os objetivos do Programa, bem como discutidas as características que um bom projeto deve ter para ser submetido ao PIPE. A plateia também terá a oportunidade de tirar suas dúvidas. 

No mesmo auditório, às 18 horas, o professor falará sobre Modelo de maturidade para ecossistemas de startups de software: onde sua cidade se encaixa e o que você pode fazer por ela? Nessa palestra, Kon apresentará um modelo resultante de pesquisas de campo realizadas em Tel Aviv (Israel), Nova Iorque (Estados Unidos) e na capital de São Paulo. O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Empreendedorismo Digital do IME. Ele também discutirá como esse modelo pode trazer subsídios para que as cidades definam diretrizes e planos de ação para o desenvolvimento de um ambiente favorável à criação de empresas nascentes de cunho tecnológico.

Sobre o palestrante - Nos últimos anos, Fabio Kon tem trabalhado para consolidar o ecossistema de startups de São Paulo e apoiado um grande número de empresas nascentes de cunho tecnológico. Graduado em Ciências da Computação pela USP (1990) e em Música (Instrumento - Percussão) pela UNESP (1992), Kon possui mestrado em Matemática Aplicada pela USP (1994) e doutorado em Ciências da Computação pela University of Illinois At Urbana-Champaign (2000). Atua pesquisando principalmente os seguintes temas: sistemas distribuídos, computação em grade, middleware reflexivo, métodos ágeis de desenvolvimento de software, informática em saúde, multimídia e computação musical. É também avaliador de propostas altamente inovadoras do programa Horizon 2020 da Comissão Europeia. 

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terça-feira, 22 de março de 2016

Inovação em software e hardware: inscrições abertas para o Arduino Day no ICMC

Professor Fernando Osório é o coordenador do evento

Divulgar as pesquisas que estão sendo desenvolvidas com a placa Arduino e motivar estudantes a inovar e criar projetos com essa ferramenta. Esses são os objetivos do Arduino Day @ ICMC, evento gratuito que acontecerá dia 2 de abril, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

O Arduino Day é um evento que acontece simultaneamente em diversos lugares do mundo para comemorar o aniversário dessa ferramenta aberta e livre para o desenvolvimento de projetos de hardware e software. No ICMC, o evento ocorrerá das 9 às 18 horas e é direcionado a todos os alunos de graduação dos cursos das áreas de computação e eletrônica da USP em São Carlos. 

Para se inscrever, os interessados devem preencher o formulário de inscrição disponível neste link: icmc.usp.br/e/df316. Se houver vagas remanescentes, também será possível se inscrever antes do início do evento no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC, onde será realizado o Arduino Day @ ICMC. 

O evento conta com o apoio do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre, do Centro de Competência em Software Livre do ICMC, do Centro de Robótica da USP de São Carlos, do Laboratório de Robótica Móvel, do Warthog Robotics e do hackerspace Godzilla Hacker Clube, espaço colaborativo que está sendo montado em São Carlos com a finalidade de realizar projetos na área da tecnologia. Confira, a seguir, a programação do Arduino Day.

Evento terá demonstrações de invenções com Arduino

Programação

09h00 - 09h15: Abertura do Evento / Apresentação CRob-USP, NAP-SOL, Warthog e Godzilla Hacker Clube
09h15 - 10h00: Palestra de Abertura "Arduino: Robótica, Inovação e Makers"
10h00 - 10h20: Break / Posters e Demos
Apresentações e Demonstrações de Invenções com o Arduino: Troca de Conhecimentos e Experiências
10h20 - 11h20: Arduino + Raspberry Pi (Cleiton Bueno)
11h20 - 12h00: Arduino + WiFi = IoT (Daniel Junho)
12h00 - Término das atividades da manhã

Atividades em Paralelo na USP-ICMC (Programação Abaixo) e na UFSCar (Ver programação AQUI)

14h00 - 15h40: Projetos com Arduino, Raspberri Pi, Intel Galileo/Edison e outros
Robótica, Inovação e Projetos Maker: Apresentação, Demonstrações, Implementação
Makers Talks apresentando seus projetos
15h40 - 16h00: Break / Posters e Demos

Apresentações e Demonstrações de Invenções com o Arduino: Troca de Conhecimentos e Experiências
16h00 - 17h00: Projetos de Hardware / Eagle e PCB - Tutorial (Warthog)
17h00 - 18h00: Projetos de Hardware+Software - Tutorial (a ser divulgado)
18h00 - Término das atividades da tarde

Mais informações
Site do Arduino Day: https://www.arduino.cc
Setor de eventos do ICMC: (16) 3373-9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Ideia inovadora para realização de pagamentos mais rápidos e seguros concorre a R$ 100 mil no Prêmio Santander Empreendedorismo

Estudante do ICMC é um dos 15 finalistas no Prêmio, que reconhecerá as cinco melhores propostas fornecendo recursos para o desenvolvimento dos projetos, bolsas de estudos, mentorias e cursos on-line

Flávio e Ellen: aluno e orientadora estão entre os 15 melhores projetos

Quanto vale uma ideia? No caso do estudante Flávio Salviano Junior, a resposta é exatamente R$ 100 mil. Ele está no terceiro ano do curso de Sistemas de Informação no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e é um dos finalistas do Prêmio Santander Empreendedorismo. A proposta de Salviano propõe uma mudança no modelo que usamos para realizar pagamentos: ele quer desenvolver um sistema em que, para efetuar uma compra, você precisará apenas fornecer o número de seu telefone celular.

“O objetivo é propor uma nova tecnologia para efetuar o pagamento, tornando o processo mais seguro, pois as pessoas não precisarão repassar informações de seus cartões aos estabelecimentos comerciais”, explica o estudante. Aumentar a confiabilidade nas compras online e evitar o tráfego de informações confidenciais na rede são algumas das vantagens adicionais do sistema que Salviano pretende desenvolver, que já tem nome: PayCloud.

A proposta funciona de uma forma bastante simples: os compradores precisarão cadastrar os dados de seus cartões e demais informações pessoais uma única vez na plataforma PayCloud. Por sua vez, os vendedores também deverão se cadastrar na plataforma para poderem utilizar o sistema. Ao realizarem esse cadastro, compradores e vendedores poderão se comunicar por meio da plataforma usando um aplicativo. Assim, quando for efetuar uma compra, bastará os compradores fornecerem o número do celular aos vendedores cadastrados. Com o número em mãos, os vendedores enviarão uma solicitação de pagamento para aquele telefone por meio do PayCloud. Ao receber a solicitação, basta o comprador acessar o aplicativo, inserir sua senha e autorizar o pagamento com um dos cartões já cadastrados no sistema. Automaticamente, o PayCloud enviará um comprovante de pagamento para o lojista.

“É um sistema que pretende solucionar o problema de quem não efetua compras pela internet porque tem receio de disponibilizar informações confidenciais em qualquer site e o dilema de quem sai de casa para ir a uma loja e fica com medo de ter sua carteira ou cartão roubados”, destaca Salviano. Por ter conquistado uma colocação entre os 15 projetos finalistas no Prêmio Santander Empreendedorismo, nesta terça-feira, 17 de novembro, o estudante vai apresentar sua proposta em São Paulo para um grupo de especialistas que o ajudará a aprimorar sua apresentação. No dia seguinte, será o momento de mostrar sua ideia para uma comissão julgadora composta por executivos brasileiros e, na quinta, Salviano saberá se está na lista dos cinco projetos vencedores. Além de receber R$ 100 mil, os vencedores e os professores que os orientaram terão direito a uma bolsa de estudos na Babson College, em Boston, nos Estados Unidos, e a mentoria e licenças online fornecidas por uma empresa brasileira reconhecida na área de empreendedorismo.

“Desde quando ele me apresentou a ideia, achei que tinha potencial porque era algo simples e inovador”, conta Ellen Francine, professora do ICMC que orientou Salviano durante o desenvolvimento do projeto. “É um sistema totalmente viável computacionalmente. É claro que ele precisará tratar especialmente os aspectos de segurança, mas qualquer método de pagamento exige isso”, completou a professora. Para ela, o projeto de Salviano está em sintonia com a tendência de ampliação no uso dos dispositivos móveis: “Antes, não vivíamos sem o cheque. Agora, pagamos no cartão. Mas daqui a pouco, faremos tudo via celular. Essa é uma tendência e ele traz essa visão de futuro em seu projeto”.

Comerciantes e usuários que possuem cartões de crédito e de débito
são os clientes potenciais da ferramenta

Perfil empreendedor – Salviano é analista de sistemas em uma empresa da área de tecnologia em Araraquara e descobriu a oportunidade de participar do Prêmio Santander Empreendedorismo por causa de um e-mail que recebeu com o título “Links da semana”, enviado todas as sextas-feiras pelo ICMC. Quando leu o edital do Prêmio, faltavam apenas duas semanas para as inscrições acabarem. Mas notou que não era preciso desenvolver o projeto, bastava apresentar uma ideia. Então, resolveu tentar. Enviou uma mensagem para a coordenadora do curso, professora Simone Souza, que imediatamente encaminhou a solicitação para a docente responsável por ministrar a disciplina de empreendedorismo. Foi assim que o estudante conheceu a professora Ellen.

Há cerca de 10 anos, Ellen é uma das responsáveis pela disciplina de empreendedorismo, oferecida aos alunos dos cursos de Sistemas de Informação e Engenharia de Computação. “Temos cada vez mais alunos interessados em empreender e o ICMC busca estimulá-los. Mas muitos estudantes não sabem como começar, por isso, nas aulas, busco mostrar quais são os passos iniciais para empreender”. A professora conta que usa o modelo de sumário executivo do Prêmio Santander Empreendedorismo durante as aulas e que sua intenção é motivar a vertente empreendedora também nos estudantes da pós-graduação do Instituto: “Queremos incentivar os alunos a desenvolverem suas pesquisas já pensando em criar produtos com inovação”.

Segundo Ellen, Salviano tem o perfil de um empreendedor: mesmo ainda não sendo aluno da disciplina de empreendedorismo, a qual só cursará no próximo ano, ele foi proativo e correu atrás de todas as informações de que precisava para construir o sumário executivo de seu projeto, requisito básico para participar da competição. Depois, precisou contar com o mesmo autodidatismo para desenvolver o plano de negócios. “Para ser um empreendedor, não basta ter uma boa ideia, é preciso também enxergar as oportunidades”, revela a professora. “Ele tem essa inquietação típica de quem quer empreender”, acrescenta. 

E a inquietação de Salviano já mobilizou a família. Ele conquistou dois sócios: a própria namorada, Caroline dos Santos, que cursa Ciências de Computação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); e seu irmão, Henrique Salviano, que cursa Estatística na UFSCar. Na próxima quinta-feira, todos estarão torcendo para que Salviano comece a trilhar uma nova etapa de sua vida. “Quero ter algo meu e trabalhar para mim mesmo”, finaliza. 

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC

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Lista dos finalistas no Prêmio Santander Empreendedorismo: icmc.usp.br/e/233a4
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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

ICMC no mundo: cooperação internacional é fundamental para fortalecer pesquisas e gerar inovação

Instituto contabiliza 48 convênios, mas interação vai muito além dos acordos formais e abrange até intercâmbio de um funcionário técnico-administrativo

As cooperações internacionais de pesquisa contribuíram para o crecimento científico de Maria Aparecida

Proporcionar novos caminhos para a colaboração e o desenvolvimento de pesquisas, oferecer oportunidades para alunos estudarem fora do país e possibilitar o aprendizado de novas estratégias de gestão dentro de uma universidade. Essas são algumas das contribuições que a cooperação internacional traz ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

A interação entre os pesquisadores do Instituto e do exterior acontece, na maioria das vezes, por meio da participação em projetos de pesquisa, congressos, workshops e pela realização de intercâmbios, que muitas vezes rendem até convênios com as instituições estrangeiras. O convênio é um acordo estabelecido entre duas entidades para a realização de atividades de comum interesse. Atualmente, o ICMC possui 22 convênios nacionais e outros 26 internacionais firmados com universidades em continentes como Europa, Ásia e América. Além dos acordos oficializados, as demais colaborações estabelecidas, mesmo sem convênio, são muito relevantes: “Mais importante do que o convênio são as atividades científicas que realizamos. Nós desenvolvemos muitos projetos de grande impacto, ainda que não exista um convênio firmado”, diz o presidente da Comissão de Relações Internacionais do ICMC, José Carlos Maldonado. O presidente diz ainda que o estabelecimento de convênios e projetos de pesquisa pode propiciar a ampliação das redes de colaboração.

Um grupo de pesquisa do Instituto que se destaca pelas inúmeras cooperações internacionais é o de Singularidades. Ele surgiu no fim da década de 60 e tem forte participação na formação de novos pesquisadores. Hoje, possui relações sólidas com países como Espanha, França, Japão, Polônia, Inglaterra e Portugal. “Interagir com outros grupos permite ampliar suas possibilidades, suas linhas de pesquisas. Em geral, eles estudam problemas parecidos com os nossos, mas com outro ponto de vista”, explica Maria Aparecida Ruas, professora do ICMC.

Ela também diz que esse tipo de experiência é fundamental para os estudantes: “É muito bom para um jovem pesquisador, no começo de sua carreira, permanecer um tempo em outro centro, de preferência fora do país, para ter uma visão complementar daquela que adquiriu na instituição onde se formou”. Para ela, todos os tipos de relacionamentos e cooperações internacionais de pesquisa que estabeleceu foram de grande valor em sua carreira: “Elas contribuíram para o meu crescimento científico”. 

Uma marca registrada do grupo de Singularidades são as reuniões científicas. A partir da década de 1990, teve início o Workshop de Singularidades, o principal workshop internacional da área que acontece a cada dois anos e recebe participantes de cerca de 20 países. “Essa relação vai crescendo naturalmente, nossos pesquisadores intensificam os contatos com outros centros e o número de visitantes a cada ano aumenta”, finaliza Maria Aparecida.

Projeto aprovado - Possuir convênios com outras universidades do mundo pode facilitar o financiamento de um projeto de pesquisa. Recentemente, a professora Maria Cristina obteve aprovação de um projeto no Programa São Paulo Research International Collaborations (SPRINT). Para que o projeto de um pesquisador seja aceito e financiado na chamada anunciada regularmente pela FAPESP, a universidade que o cientista representa deve possuir convênio com universidades do exterior parceiras da Fundação.

Projeto de Maria Cristina foi aprovado em chamada Sprint da FAPESP

No caso de Maria Cristina, o acordo estabelecido com a Universidade de Bath, uma das parceiras da FAPESP, viabilizou a apresentação da proposta. A vice-diretora realiza pesquisas na área de visualização de dados multidimensionais e trabalha para que essas informações possam ser representadas graficamente e inseridas em interfaces interativas. Mas a interpretação desse tipo de visualização pode ser muito difícil. Por isso, em seu projeto, realizado em parceria com o pesquisador Stephen Payne, da área de psicologia cognitiva, a ideia é estudar como ocorrem os processos cognitivos das pessoas ao analisarem esse tipo de representação gráfica, ou seja, como elas interpretam essas representações de dados multidimensionais.

Além da parceria com a Universidade de Bath, a professora possui cooperação científica com pesquisadores dos Estados Unidos e Canadá. Para ela, a troca de informações entre os cientistas é essencial: “Não existe pesquisa científica se não houver discussão sobre os resultados obtidos. Sem isso, o pesquisador poderá não enxergar outros caminhos promissores”.

A docente completa dizendo que não há uma fórmula exata para encontrar uma parceria ou a colaboração ideal: “Temos que interagir bastante, publicar em bons veículos, participar de congressos e apresentar trabalhos em conferências. É essa exposição que permite identificar outros pesquisadores atuando em áreas afins ou complementares, e assim o contato começa”.

Experiência em outra esfera - No ICMC, além de vários professores e estudantes, o funcionário Paulo Celestini também teve a oportunidade de passar por uma experiência fora do país que possibilitou contribuir com o Instituto. No ano passado, o analista administrativo ficou um mês na Universidade de York, na Inglaterra, estudando o modelo de gestão dos ingleses. Celestini submeteu um projeto em 2014 com esse propósito e foi apoiado pelo Instituto: “O sistema de gestão inglês é muito diferente do nosso, a ideia era ver como tudo funcionava e verificar o que poderíamos aproveitar aqui”, explica o funcionário.

Celestini trouxe algumas ideias da sua experiência que podem ser interessantes para o ICMC. Os departamentos da Universidade de York (que funcionam como as unidades aqui em São Carlos) são os que fazem o controle de arrecadação – a Universidade não é estatal. Eles se esforçam para atrair alunos e repassam uma importância em dinheiro para a administração central. Cenário oposto ao que acontece na USP, onde o Governo repassa uma quantia à Universidade, a qual é distribuída entre suas unidades. No caso dos ingleses, um profissional pode atuar em vários departamentos e, dessa forma, seu salário será pago proporcionalmente por todos os setores em que trabalha. Além disso, os sistemas gerenciais, em particular os de custos, são altamente especializados.  

Celestini passou um mês na Inglaterra estudando o modelo de gestão da Universidade de York
Outro ponto curioso do modelo inglês é que eles possuem um profissional que atua como uma espécie de planejador de carreira. Seu trabalho é se relacionar com empresas para que elas ofereçam oportunidades de emprego aos estudantes e eles fiquem um ano trabalhando na área em que estudam. Esse período de trabalho acontece no meio da graduação: “A vantagem é que, após retornar ao curso, o aluno está muito mais maduro e com uma visão muito além da teoria. Ele fica mais responsável, se relaciona melhor com as pessoas e melhora inclusive seu desempenho na faculdade”, conta Celestini. Ele irá propor um projeto similar para atrair empresas ao Instituto e estimular o estágio entre os alunos ingressantes. 

O funcionário diz ainda que, na Universidade de York, existe um direcionamento muito forte para a atividade-fim e, desde que voltou da viagem, tenta implantar esse espírito no Instituto, além de mostrar para os funcionários a importância de cada um no ICMC. “O funcionário técnico-administrativo tem que apoiar o docente, o pesquisador, o aluno e até mesmo outros funcionários. Então, esse processo de capacitação é importante para que ele possa dar o suporte adequado aos envolvidos. Quando o funcionário vive aquele ambiente acadêmico, passa a entender como tudo funciona”, finaliza.

A oportunidade desse estágio surgiu com a criação, em 2013, do Programa de Incentivo e Apoio à Capacitação os Servidores Técnicos e Administrativos da USP, no exterior, criado pela Reitoria da Universidade e prontamente apoiado pelo ICMC. Atualmente, o Programa está suspenso e o Instituto tem incentivado a participação de servidores em programas com apoio externo, como o Programa Erasmus Mundos, da Comissão Europeia.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do ICMC
Fotos: Reinaldo Mizutani (duas primeiras) e Henrique Fontes (última)

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Veja o mapa que mostra o panorama da internacionalização no Instituto: icmc.usp.br/e/93aff
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