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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Oportunidade: projeto de robótica do ICMC seleciona bolsistas

Estudantes de graduação da USP podem atuar em projeto voltado para educação e competições de robôs; interessados podem se inscrever até a próximo terça, 10 de dezembro

Bolsistas poderão contribuir para que mais crianças e adolescentes tenham contato com a robótica e participem de competições como a Olimpíada Brasileira de Robótica
(crédito da imagem: Denise Casatti)


Se você é estudante da USP, em São Carlos, e está cursando Ciências de Computação, Engenharia de Computação ou Engenharia Elétrica pode se candidatar a uma das quatro bolsas de iniciação científica oferecidas pelo projeto de pesquisa Robótica Social para educação e competições. 

O estudante selecionado receberá uma bolsa no valor mensal de R$ 400,00 durante um ano. Como pré-requisito, é preciso ter conhecimento e experiência em impressão 3D e também na área de robótica, mais especificamente em montar e programar kits robóticos tais como Lego Mindstorm, Kit PeTE e/ou Arduino

Coordenado pela professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, o projeto foi selecionado pela Pró-Reitoria de Graduação da USP por meio do programa Aprender na Comunidade. A iniciativa visa apoiar projetos já existentes ou novas propostas que tenham como objetivo promover o desenvolvimento de competências do aluno de graduação e o desenvolvimento de sua prática profissional em conexão direta com a sociedade. Das 146 propostas submetidas ao edital do programa, 104 foram aprovadas e apenas 17 pertencem à categoria de projetos consolidados e interdisciplinares, na qual se enquadra a iniciativa da professora Roseli. 

Os interessados em participar da seleção devem preencher, até a próxima terça, 10 de dezembro, o formulário disponível neste link: icmc.usp.br/e/03028. Haverá uma pré-seleção, com base nas informações fornecidas pelos estudantes e os selecionados receberão um comunicado, via e-mail, para comparecer a uma entrevista com a professora. Todas as entrevistas estão previstas para serem realizadas no dia 12 de dezembro. 

Quem for selecionado contribuirá para que os objetivos educacionais do projeto sejam alcançados, tais como: permitir que crianças tenham um primeiro contato com a robótica, auxiliando na obtenção de novos conceitos; possibilitar que crianças e adolescentes em situação socioeconômica mais desfavorável possam ter contato com a robótica, aprender e participar de competições como a Olimpíada Brasileira de Robótica; ensinar professores da rede pública a montar e programar robôs, de forma a aplicar essa tecnologia em sala de aula. 

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Link para inscrições: icmc.usp.br/e/03028 
Departamento de Ciências de Computação: (16) 3373.9671 ou scc@icmc.usp.br

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Oportunidade: projeto de robótica seleciona bolsistas

Estudantes de graduação da USP atuarão em projeto voltado para educação e competições de robôs; interessados podem se inscrever até o próximo domingo, 11 de novembro

Estudantes selecionados poderão contribuir para que mais crianças e adolescentes tenham contato com a robótica e participem de competições como a Olimpíada Brasileira de Robótica (crédito da imagem: Denise Casatti)


Se você é estudante da USP, em São Carlos, e está cursando Ciências de Computação, Sistemas de Informação, Engenharia de Computação ou Engenharia Elétrica pode se candidatar a uma das quatro bolsas de iniciação científica oferecidas pelo projeto de pesquisa Robótica Social para educação e competições

O estudante selecionado receberá uma bolsa no valor mensal de R$ 400,00 durante um ano. Como pré-requisito, é preciso ter conhecimento e experiência em impressão 3D e também na área de robótica, mais especificamente em montar e programar kits robóticos tais como Lego Mindstorm, Kit PeTE e/ou Arduino. 

Coordenado pela professora Roseli Romero,  do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, o projeto foi selecionado pela Pró-Reitoria de Graduação da USP por meio do programa Aprender na Comunidade. A iniciativa visa apoiar projetos já existentes ou novas propostas que tenham como objetivo promover o desenvolvimento de competências do aluno de graduação e o desenvolvimento de sua prática profissional em conexão direta com a sociedade. Das 146 propostas submetidas ao edital do programa, 104 foram aprovadas e apenas 17 pertencem à categoria de projetos consolidados e interdisciplinares, na qual se enquadra a iniciativa da professora Roseli. 

Os interessados em participar da seleção devem preencher, até o próximo domingo, 11 de novembro, o formulário disponível neste link: icmc.usp.br/e/53fcc. Haverá uma pré-seleção, com base nas informações fornecidas pelos estudantes e os selecionados receberão um comunicado, via e-mail, para comparecer a uma entrevista com a professora. Todas as entrevistas serão agendadas para terça-feira, 13 de novembro, entre 14 e 17 horas. 

Quem for selecionado contribuirá para que os objetivos educacionais do projeto sejam alcançados, tais como: permitir que crianças tenham um primeiro contato com a robótica, auxiliando na obtenção de novos conceitos; possibilitar que crianças e adolescentes em situação socioeconômica mais desfavorável possam ter contato com a robótica, aprender e participar de competições como a Olimpíada Brasileira de Robótica; ensinar professores da rede pública a montar e programar robôs, de forma a aplicar essa tecnologia em sala de aula. 

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Link para inscrições: icmc.usp.br/e/53fcc
Departamento de Ciências de Computação: (16) 3373.9751 ou scc@icmc.usp.br

sexta-feira, 4 de março de 2016

Departamento de Ciências de Computação do ICMC elege nova chefia

Roseli chefiará o Departamento e Rudinei será seu suplente

A professora Roseli Romero foi eleita como chefe do Departamento de Ciências de Computação (SCC) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Seu suplente será o professor Rudinei Goularte. A eleição ocorreu no último dia 2 de fevereiro e o mandato é de dois anos a partir de 10 de março.

Roseli é bacharel em Matemática com ênfase em Computação pelo ICMC (1980), onde também desenvolveu seu mestrado na área de Ciências de Computação (1986). Possui doutorado em Engenharia Elétrica pela Unicamp (1993) e pós-doutorado pela Universidade de Carnegie Mellon (1998). Atualmente, coordena o Laboratório de Aprendizado de Robôs e é vice-coordenadora do Centro de Robótica da USP em São Carlos.

Já Rudinei possui graduação em Ciências de Computação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1995), além de mestrado (1998) e doutorado (2003) em Ciência da Computação pelo ICMC. Atualmente, faz parte do Laboratório de Intermídia do ICMC.

Mais informações
Secretaria do SCC: (16) 3373-9751
E-mail: scc@icmc.usp.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Robótica móvel: livro organizado por professores do ICMC conquista Prêmio Jabuti

Obra ficou em segundo lugar na categoria Engenharias, Tecnologias e Informática



Um livro organizado pelos professores Roseli Romero, Fernando Osório e Denis Wolf, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pelo professor Edson Prestes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, conquistou nesta quinta-feira, 19 de novembro, o Prêmio Jabuti, considerado o mais importante do mercado editorial brasileiro. Robótica móvel é o título da obra, que conquistou o segundo lugar na categoria Engenharias, Tecnologias e Informática.


"É uma honra receber este prêmio. É uma conquista muito importante para os nossos grupos de pesquisa, um estímulo para darmos continuidade aos nossos trabalhos e mostra que estamos no caminho certo", diz a professora Roseli Romero. "Foi um trabalho de quatro anos de muita dedicação. Não foi fácil reunir o material dos 35 diferentes autores que participam do livro, mantendo o nível científico que desejávamos", completa a professora.

"As contribuições de parte representativa da comunidade de robótica no Brasil foram fundamentais para o sucesso dessa obra. Portanto, o prêmio é de todos os autores dos capítulos que compõe o livro", afirma o professor Denis Wolf.

Roseli, Denis e Osório no lançamento do livro, realizado durante
Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014

O objetivo de Robótica Móvel, que foi lançado pela editora LTC em outubro do ano passado, é tornar-se um ponto de partida para quem deseja se aventurar pela robótica móvel ou aprimorar os conhecimentos já adquiridos. Escrito por autores que atuam nas principais universidades brasileiras, o livro é composto por 17 capítulos e apresenta um panorama sobre o estado da arte dessa área de pesquisa no Brasil e no exterior. “Queríamos divulgar o trabalho realizado por esses grupos. Por isso, abrimos uma chamada para o recebimento das propostas de capítulos e fizemos uma seleção a fim de manter um padrão de qualidade”, conta a professora Roseli Romero. 

Em sua 57ª edição, o Prêmio Jabuti recebeu este ano 2.573 inscrições em suas 27 categorias. Os três livros que receberam a maior pontuação dos jurados em cada categoria foram considerados vencedores. A cerimônia de entrega aos vencedores do Prêmio Jabuti 2015 será realizada dia 3 de dezembro no auditório Ibirapuera, em São Paulo.

Saiba como nasceu a ideia do livro: icmc.usp.br/e/cb1ef



Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Descobrindo a robótica na pré-escola: crianças da creche da USP em São Carlos aprendem a montar e controlar robôs

Os princípios básicos da robótica e da programação já não são um mistério para 28 crianças que têm entre 4 e 6 anos e participam de um projeto piloto criado por uma professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação

Ação, diversão e aprendizado andam juntos nas aulas de robótica

Ele tem apenas quatro anos e está eufórico. Ao ver o professor na porta da sala com um robô e suas demais ferramentas de trabalho, não resiste: vai logo explorando aquela máquina com as mãos ansiosas. “Leandro, onde está o cérebro do robô?”. O garoto aponta certeiro para a central de comando do objeto. “E as pernas dele, onde estão?” De novo, o menino movimenta rapidamente as mãos em direção as rodas que fazem o robô andar.

É segunda-feira, quase 15 horas, e as nove crianças que compõem a Turma do Vulcão, todas com quatro ou cinco anos, voltam do lanche afoitas para aprender mais sobre robôs. Não estamos em uma escola primária inglesa, onde desde o ano passado as crianças a partir de cinco anos passaram a ter aulas de programação. Estamos na creche da USP em São Carlos, a cerca de 230 quilômetros da capital do Estado de São Paulo. É aqui que, desde março, o projeto idealizado pela professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, ganha vida.

“Prender a atenção deles é o meu maior desafio”, revela o estudante Isaak Machado, que abraçou a ideia do projeto criado por Roseli e ministra aulas de robótica para duas turmas da creche nas segundas à tarde. Isaak sempre gostou de ensinar e, ainda no ensino médio, ministrava aulas de reforço para seus colegas. Ele também já participou, como voluntário, de uma iniciativa para ensinar pré-adolescentes de baixa renda, mas nunca havia trabalhado com crianças na educação infantil. “Aqui, eu preciso de ação, não posso ficar na teoria”, diz o estudante, que cursa Engenharia Mecatrônica na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). 

Aliás, ação é a palavra que melhor sintetiza o que acontece nessa aula de robótica. Agitadas para tocar e mexer no robô que elas mesmas montaram ao longo do projeto, as crianças não ficam quietas um minuto sequer. Com a ajuda das professoras da creche, Isaak vai aos poucos conseguindo explicar alguns conceitos importantes: “Vamos fazer nosso robô andar seguindo uma faixa?”. Ele logo angaria um grupo de voluntários que ajudam a fixar a fita adesiva no chão. “E agora, como vamos ensinar esse robô a andar na faixa? O que eu usei para falar com o robô na outra aula?”, pergunta o professor. “Um computadorzinho!”, responde imediatamente Leandro Pascual. Então, Isaak liga o laptop e entra em uma plataforma de programação chamada LEGAL.

De novo, o professor lança outra pergunta para seus alunos: “Qual palavra usamos para começar a ensinar o robô?”. As crianças respondem em coro: “Por favor”. E lá vai Isaak escrevendo “Por favor” no computadorzinho. “Mas eu preciso falar para o robô seguir a faixa por quanto tempo? Vamos contar quantos passos ele precisa dar?”. Magicamente, os pequenos atendem ao pedido e fazem um trenzinho, andando sobre a faixa que está no chão. Os números surgem naturalmente para contar os movimentos dos pés: 1, 2, 3... 16. Alguns contam um pouco mais, mas a maioria termina no 16. Isaak explica às crianças que o robô não sabe o que são passos, mas que ele entende o que são segundos e que vai dizer para o robô andar durante 16 segundos. Antes de finalizar, o professor pergunta: “O que a gente fala para o robô, no final, para ele obedecer a gente?”. Outra vez, ouvimos o coro das crianças: “Obrigado”. 

A disputa agora é para ver quem aperta o botão “Ensinar” na plataforma LEGAL. A cada aula, é vez de uma criança. Felizes, os pequenos acompanham atentos os passos do robô sobre aquela linha branca. Tal como eles, o robô parece feliz em sua trajetória pelo jardim da infância. 

Leandro (ao centro) e seus amigos explorando o robô que montaram

Múltiplos aprendizados – “É a primeira vez que temos a oportunidade de trazer essa tecnologia existente na USP para os nossos alunos”, conta a coordenadora da creche, Beatriz Boriollo. Três turmas de crianças entre 4 e 6 anos participam da iniciativa, totalizando 28 alunos que têm uma aula de robótica por semana. Isaak é o professor em duas turmas e o estudante Guilherme Moreira, também da EESC, ministra aulas para o outro grupo.

“As crianças não estão apenas entrando em contato com um equipamento sofisticado, estão investigando como um robô funciona, explorando as possibilidades de montagem. É um processo investigativo em que diversos conceitos são trabalhados como a coordenação motora fina, a importância da concentração, o trabalho em equipe e questões matemáticas como ordens de grandeza, formatos e encaixes”, explica Beatriz. A brincadeira de montar o robô foi tão fascinante para as crianças que algumas passaram a procurar pela caixa de ferramentas quando estavam em casa.

Porém, as descobertas realizadas nesse trabalho não se restringem ao universo infantil. Quando os quatro kits de robótica chegaram à creche, também surpreenderam as professoras. “O maior aprendizado foi durante a montagem dos robôs, muitas delas não conheciam as ferramentas”, diz Fabrícia Bedinotto, que é coordenadora de módulo de 4 a 6 anos na creche. 

“Precisamos realizar várias adaptações no projeto, pois nunca havíamos trabalhado com crianças nessa faixa etária. Desenvolvemos uma nova forma de passar o conhecimento para elas e investimos mais tempo na montagem dos robôs do que havíamos planejado inicialmente, porque elas adoraram fazer isso”, explica Isaak. Comparar as partes de um robô com o corpo humano é uma das técnicas empregadas por ele, além de dar mais foco na ação do que na teoria. 

“O mais interessante é que as crianças deixam de enxergar o robô como uma máquina misteriosa. Elas entendem que, para que o robô deixe de ser apenas um monte de peças e passe a interagir com o meio ambiente, é preciso colocar sensores e programá-lo”, conta Roseli, que é vice-coordenadora do Centro de Robótica de São Carlos (CROB) e pretende dar prosseguimento ao projeto que começou a ser realizado em março na creche.

O projeto realizado na creche faz parte do Programa Aprender com Cultura e Extensão da USP e recebeu o apoio da empresa Pete, que forneceu os kits de robótica, além de recursos da FAPESP e do CNPq. “Esse tipo de iniciativa é um estímulo fantástico para as crianças. Essa geração assimila muito rápido as questões tecnológicas, já nasceram com o dedo pronto para as telas sensíveis ao toque. Por isso, é muito bom que eles sejam apresentados a conhecimentos mais avançados porque, lá na frente, tudo isso já será muito natural para eles”, aprova o físico Rogério Pascual, que é pai de Leandro Pascual e funcionário do ICMC.

Isaak (ao fundo) aperta o comando do "computadorzinho"

Se você gosta de robôs, não perca a oportunidade de assistir gratuitamente às provas práticas da Olimpíada Brasileira de Robótica. A etapa regional da competição contará com a participação de mais de 200 equipes e acontecerá no próximo sábado e domingo, dias 13 e 14 de junho, no ginásio de esportes da USP em São Carlos. Saiba mais!

Texto e fotos: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC

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E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Impressora 3D do ICMC já fabricou drone, peças para robôs e até impressora filha

Equipamentos são utilizados para a realização de pesquisas científicas no Instituto e têm contribuído para reduzir custos e agilizar trabalhos

Drone ou quadrirrotor é um dos produtos criados pela impressora

A impressora 3D montada pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, já está alavancando o progresso científico do Instituto. Ao longo de mais de um ano com a máquina, foi produzido um drone, peças robóticas e até mesmo outra impressora 3D. Essa possibilidade de desenvolver objetos essenciais para o andamento das pesquisas, sem depender de recursos adicionais, facilita muito o dia a dia dos pesquisadores.

Cada vez mais as impressoras 3D ganham espaço no cenário nacional e internacional, o uso em universidades e indústrias vem se tornando comum pela diversidade de aplicações que o equipamento oferece. Ao adquirir a impressora, o objetivo inicial do ICMC era construir peças para montagem de robôs. “Primeiramente, buscamos atender às nossas necessidades e dar oportunidade para os estudantes aprenderem. Hoje, temos a liberdade de montar a peça que quisermos sem ter que encomendá-las a outros laboratórios”, conta a coordenadora do Laboratório de Aprendizado de Robôs (LAR) do Instituto, Roseli Romero. Algumas das peças produzidas pela impressora foram usadas na Competição Latino-americana de Robótica (LARC) 2014.

A variedade de aplicações oferecidas pela impressora deu margem para o desenvolvimento de peças que podem ser usadas em outros objetos. Um quadrirrotor, ou drone, foi construído através da impressão das partes de sua estrutura. Quem desenvolveu o projeto foi o aluno de doutorado do ICMC Eduardo Fraccaroli, orientado pela professora Roseli: “Tentei utilizar um projeto open source disponível na internet, mas não atendeu todas as nossas necessidades. Então, tive que iniciar o processo de criação do zero e desenhar todo o quadrirrotor. Hoje, ele está 100% funcional.”, explica o estudante. 

O drone já voa de forma autônoma, possui uma câmera acoplada e chega a atingir 200 metros de altura e sua bateria dura, em média, 30 minutos. O doutorando disse que é possível incorporar novos atributos ao aparelho: “Diversos sensores podem ser acoplados e o quadrirrotor pode ser utilizado em diversas aplicações”.

Impressora contribui para alavancar o progresso científico do ICMC

Utilidades – Por meio de uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estuda-se o emprego do quadrirrotor na agricultura. Roseli explica que a ideia é usar o drone para a captura de imagens das plantações de laranja, a fim de identificar, de forma precoce, a clorose variegada dos citros (CVC), doença popularmente conhecida como amarelinho, uma das pragas que mais afetam a cultura dos citros. “Com o quadrirrotor, vamos conseguir chegar mais perto das plantas e trabalhar na prevenção da doença”, diz a professora.

Outra aplicação do equipamento que já está sendo estudada é sua utilização para fazer tracking de veículos. Roseli explica que, nesse caso, o drone pode ser empregado para monitorar e encontrar veículos, como, por exemplo, em situações de perseguição policial, quando as autoridades precisam alcançar um carro em fuga.

Além disso, um desafio que também tem mobilizado os pesquisadores é a popularização do uso de impressoras 3D. “A meta é fazer com que a impressora 3D possa quebrar o paradigma atual do mercado, a partir dela todos terão a possibilidade de criar objetos personalizados”, conclui Fraccaroli. Nesse sentido, outro campo de pesquisa é o desenvolvimento de software livre para impressoras 3D, em conjunto com pesquisadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAPSol), sediado no ICMC. 

Apesar da velocidade de impressão de uma impressora 3D ser considerada baixa (em média 30 minutos para imprimir uma peça comum), o mercado já está incorporando seu uso em algumas áreas. Empresas fabricantes de automóveis, por exemplo, usam a impressão 3D para produzir peças para os veículos, com isso, as empresas que desenvolvem essas impressoras estão começando a lucrar.

Esta impressora é filha da primeira impressora 3D montada no Instituto 

Sustentabilidade em foco – A impressora 3D do ICMC também já construiu outra impressora do gênero. Para a impressão, as máquinas fazem uso de diversas matérias-primas, tais como ABS, Nylon e borracha. Porém, a sobra de material utilizado após as impressões ainda é um problema. Esse cenário levou os pesquisadores a buscarem alternativas mais sustentáveis, como a utilização do plástico produzido com ácido polilático (PLA), que é 100% biodegradável.

“Nossa ideia é reduzir as sobras. Hoje, não consigo reutilizar 100% do material empregado, tenho que adicionar uma porcentagem de material virgem. Por isso, estamos pesquisando novas possibilidades e a meta é encontrar matérias-primas baseadas em fontes renováveis e que sejam biodegradáveis”, relata o estudante.

As pesquisas realizadas no LAR são financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). “Agradecemos a essas agências de fomento que nos ajudam a comprar o material necessário e concedem bolsas aos nossos alunos”, diz Roseli. Ela adianta que, em breve, submeterá um projeto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a aquisição de uma impressora 3D que imprime usando metal. A proposta será realizada em conjunto pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), via Pró-Reitoria de Pesquisa da USP.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de imprensa ICMC/USP
Fotos: Reinaldo Mizutani - Assessoria de imprensa ICMC/USP


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sexta-feira, 8 de maio de 2015

ICMC realiza primeiro Workshop de Pós-Doutorandos

Pesquisadores apresentaram seus projetos e debateram sobre os recentes avanços científicos nas áreas em que atuam


“O Workshop de Pós-Doutorandos é uma oportunidade ímpar para vocês se encontrarem e conhecerem os trabalhos que seus colegas estão desenvolvendo”. Foi assim que a professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, abriu o evento, que foi realizado pela primeira vez no Instituto. A professora é presidente da Comissão de Pesquisa (CPq) do ICMC, que apoiou a realização do Workshop. O evento foi uma iniciativa da professora do ICMC Márcia Federson e das pós-doutorandas Carla Rodriguez e Juliana Pimentel, permitindo aos pesquisadores interagirem e divulgarem seus projetos.

O pós-doutorando Carlos Afonso conta que o Workshop proporcionou uma troca de experiências entre as diversas áreas de pesquisa, o que certamente oferece possíveis interações entre os estudos: “Esse encontro é uma oportunidade de enriquecer a pesquisa e trocar experiências com os outros pesquisadores, para que possamos agrupar os trabalhos que estão sendo realizados”. Ele é professor da UNESP e seu trabalho está atrelado à área de Redes Neurais Convolutivas Aplicadas a Processamento de Imagens.

Afonso ressaltou importância da troca de experiências entre pós-doutorandos
O Workshop contou com 30 participantes que se dividiram em duas turmas: uma com pesquisadores que atuam na área de matemática e outra na área de computação. As apresentações orais, que ocorreram no último dia 30 de abril, foram realizadas em dois auditórios do ICMC, Fernão Stella de Rodrigues Germano e Luiz Antonio Favaro, e as apresentações em pôsteres ocorreram no hall da Biblioteca Achille Bassi.

“Esse evento é importante, pois conseguimos ver como a pesquisa está evoluindo na área da matemática. Além disso, pode haver relação entre os trabalhos apresentados, possibilitando que você utilize uma ferramenta de outro pesquisador”, disse a pós-doutoranda Juliana Lima, que pesquisa a área de Teoria de Ordem e Apresentação de Grupos.

Para Juliana, evento possibilitou ver a evolução das pesquisas na área de matemática
Para encerrar o Workshop, após as apresentações, foi realizada uma mesa redonda mediada pela professora Márcia Federson, que contou com a participação dos professores Fernando Osório, Alexandre Delbem e Francisco Rodrigues também do Instituto. No debate, foram discutidas as atividades dos pós-doutorandos dentro da USP e levantadas várias sugestões de melhoria do programa de Pós-Doutorado da Universidade, as quais serão analisadas pela CPq e encaminhadas à Pró-Reitoria de Pesquisa da USP.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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terça-feira, 17 de março de 2015

Da ficção para o cotidiano: assista à palestra Robótica Móvel na próxima quinta

Palestra no Museu da Ciência Mário Tolentino, em São Carlos, mostra como os robôs estão inseridos em nosso dia a dia e quais as principais iniciativas na área de robótica no Brasil

Roseli Romero, professora do ICMC, fará palestra no Museu da Ciência Mário Tolentino

Pensar em robôs executando tarefas do nosso dia a dia geralmente remete a filmes de ficção científica ou a um futuro muito distante. Mas o que poucas pessoas percebem é que essa realidade está cada vez mais próxima de suas vidas. Para mostrar como isso está acontecendo, o ciclo de palestras Ciência e Riqueza Social traz na próxima quinta-feira, 19 de março, a partir das 19h30, a palestra Robótica Móvel.

A professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, vai apresentar os principais robôs móveis existentes, suas diversas aplicações e também explicar como é a estrutura básica e como são programadas essas máquinas que tanto mexem com o imaginário do público. Além disso, a docente vai abordar quais iniciativas existem, em São Carlos e no Brasil, nessa área de pesquisa multidisciplinar que ocupa um papel cada vez mais importante na sociedade.

Roseli Romero é formada em engenharia elétrica pela Unicamp e fez pós-doutorado na Carnegie Mellon University. Atualmente, é professora titular no ICMC, membro do grupo de pesquisa em Computação Bioinspirada e coordenadora do Laboratório de Aprendizado de Robôs (LAR), ambos pertencentes ao ICMC. Roseli também é vice-coordenadora do Centro de Robótica da USP, em São Carlos, e coordena o grupo de robótica Warthog Robotics.

O evento será realizado no Museu da Ciência Mário Tolentino, que fica na Praça Coronel Sales, na esquina da Avenida São Carlos com a Rua Major José Inácio, em São Carlos. A entrada é gratuita. Mais informações pelo telefone (16) 3307.6903.

Sobre o ciclo de palestras - Com o objetivo de mostrar a ciência desenvolvida nas universidades e institutos de pesquisa e como isso impacta a economia e a vida dos cidadãos, o ciclo de palestras Ciência e Riqueza Social traz, a cada quinze dias, sempre às quintas-feiras, diversos professores e pesquisadores para interagir com a comunidade. O evento é promovido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos da USP, pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAPSoL), com sede no ICMC, e pelo Museu da Ciência Mário Tolentino.

Texto: Thaís Cardoso - Assessoria de Comunicação do IEA Polo São Carlos

Ciclo de palestras Ciência e Riqueza Social – Palestra com Roseli Romero
Quando: 19 de março, quinta-feira, às 19h30
Onde: Museu da Ciência Mário Tolentino – Praça Coronel Sales, s/nº (na esquina da Rua Major José Inácio com a Av. São Carlos)
Quanto: entrada gratuita
Mais informações: (16) 3307.6903

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Obra apresenta panorama inédito da robótica móvel ao reunir 35 especialistas brasileiros

Lançamento do livro acontecerá dia 20 de outubro, em São Carlos, durante a maior conferência sobre robótica e sistemas inteligentes já organizada no país


Tornar-se um ponto de partida para quem deseja se aventurar pela robótica móvel ou aprimorar os conhecimentos já adquiridos. Esse é o objetivo de Robótica Móvel, um livro da editora LTC escrito por 35 autores que atuam nas principais universidades brasileiras. Eles construíram, em 17 capítulos, um panorama sobre o estado da arte dessa área de pesquisa no Brasil e no exterior.

A obra foi organizada pelos professores Roseli Romero, Fernando Osório e Denis Wolf, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pelo professor Edson Prestes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O lançamento acontecerá no próximo dia 20 de outubro, durante a Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014, o maior evento já organizado no país sobre robótica e sistemas inteligentes, que será realizado pela primeira vez em São Carlos.

No livro, os holofotes estão sobre os robôs móveis, que são aqueles capazes de se locomover de diferentes formas, tal como os veículos autônomos, os robôs com pernas, os robôs aéreos e os submarinos. “A robótica móvel está a serviço do ser humano. Sua relevância pode ser melhor compreendida quando pensamos nos robôs colocados para atuar em ambientes perigosos, evitando-se, assim, que a vida humana seja colocada em risco”, explica uma das organizadoras da obra, Roseli Romero.

Foram necessários quatro anos para reunir o material de 35 autores de diferentes grupos de pesquisa existentes nas principais universidades brasileiras. “Queríamos divulgar o trabalho realizado por esses grupos. Por isso, abrimos uma chamada para o recebimento das propostas de capítulos e fizemos uma seleção a fim de manter um padrão de qualidade”, conta Romero. 

Ela lembra que a ideia de criar a obra surgiu em 2011, durante um congresso da Sociedade Brasileira de Computação, quando foi ministrado um minicurso sobre robótica móvel. No final do evento, que teve um recorde de inscrições, os estudantes estavam ávidos por mais informações: queriam saber onde encontravam material para estudar sobre o assunto, como localizavam grupos de pesquisa, em que lugares podiam encontrar aqueles robôs de que os pesquisadores falavam. Então, nasceu a proposta de criar uma obra capaz de responder a essas questões, levando informações para os estudantes. “São capítulos que trazem conceitos básicos para quem deseja começar a atuar nessa área, independentemente de estar na graduação ou pós-graduação”, completa a professora.

Desafio multidisciplinar – Um dos principais desafios enfrentados pelos robôs móveis é interagir com o ambiente e tomar decisões corretas para que as tarefas sejam executadas com êxito. “Robôs móveis devem ser capazes de atuar em ambientes desconhecidos e dinâmicos e de reagir diante de situações imprevistas”, explicam os organizadores da obra no capítulo 1, chamado Introdução à robótica móvel

Para enfrentar um desafio como esse é preciso reunir conhecimentos de engenharia mecânica, elétrica, mecatrônica, computação, além de informações provenientes de outras ciências, tais como psicologia, neurociência e biologia. Romero explica que a robótica é, em essência, uma área multidiscipliar.

Segundo a professora, o crescimento do interesse pela robótica está intimamente relacionado com o aumento da percepção de que os bons profissionais devem ter conhecimentos multidisciplinares. Por isso, os estudantes que trabalham com robôs têm essa vantagem, especialmente por adquirirem conhecimentos tanto em software quanto em hardware. “Se, por um lado, a robótica depende da computação e a utiliza, pois um robô não faz nada sem uma programação; por outro, a robótica inspira novas criações no campo da computação”, considera a professora.

Essa relação que a robótica estabelece com a computação e com outras áreas do conhecimento tem levado a avanços consideráveis em diversos campos, impulsionados pelos desafios que essas máquinas vêm apresentando aos humanos. A obra Robótica Móvel mostra essas diversas possibilidades de integração da robótica com outras esferas do conhecimento.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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Seção de eventos do ICMC
Telefone: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

terça-feira, 17 de junho de 2014

Cooperação e emoção marcam etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica

Etapa regional da competição foi realizada pela primeira vez na USP em São Carlos no último sábado


A escola não tinha computador à disposição nem mesa de treino. Mas a equipe organizadora da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) emprestou um kit para que os estudantes pudessem montar seus próprios robôs, treinarem e participarem da competição. Resultado: saíram com uma medalha de prata e outra de bronze do Ginásio de Esportes da USP, em São Carlos, no último sábado, 14 de junho. Com lágrimas nos olhos, a coordenadora pedagógica Kátia Schimidt, da Escola Estadual Coronel Franco, de Pirassununga, resume em uma palavra a trajetória percorrida por seus alunos para alcançar essa façanha: superação.

“Eu nunca tinha mexido com um robô antes, achava que ele saía da fábrica pronto. Então, descobri que precisava programar. Até minha família gostou da experiência. Foi muito legal”, conta o estudante João Pedro de Alcântara, membro de uma das equipes da Coronel Franco, a Tintanboot, com a medalha de bronze no pescoço. Ele e os colegas da outra equipe que representaram a escola – Pacboot – participaram da competição na categoria nível 1, destinada aos estudantes de ensino fundamental. Há também o nível 2, voltado ao ensino médio (veja a lista completa dos premiados e dos classificados para a etapa regional da OBR no final desta reportagem).

A professora de tecnologia da escola, Flávia de Oliveira, conta que, antes de começarem os treinamentos para a OBR, não havia sido ensinado nenhum conteúdo relacionado à robótica na escola. “Pegamos os kits emprestados e trabalhamos apenas durante dois meses”, revelou.

Equipes da Coronel Franco com a professora Flávia (à esquerda) e a coordcnadora Kátia (à direita)

Quem também comemorou a conquista foi a vice-coordenadora do Centro de Robótica de São Carlos (CROB) e professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, Roseli Romero: “É muito bom saber que, em tão pouco tempo, os estudantes conseguiram usar esse material e alcançar ótimos resultados”. Ela, juntamente com os professores do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), coordenaram a regional da OBR, realizada pela primeira vez em São Carlos. 

Ela explica que, para estimular a participação das escolas que não tinham kits, empresas fabricantes emprestaram alguns kits à equipe organizadora da regional, que os repassou às escolas interessadas. O CROB é composto por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), ambos da USP.

Uma nova forma de aprender - Histórias como a da Escola Estadual Coronel Franco mostram quanto uma disciplina como a robótica pode motivar alunos e professores na construção de uma nova forma de aprendizado. “Geralmente, o resultado da participação na competição é que os estudantes melhoram o rendimento em todas as disciplinas e passam a gostar mais da escola. Acredito que a robótica não tem potencial apenas para revolucionar a ciência brasileira, mas também pode revolucionar nossa forma de ensinar”, explicou Flávio Tonidandel, coordenador geral da OBR. 

Das 99 equipes inscritas de escolas públicas e privadas das cidades da região, 70 compareceram ao evento, que vem crescendo ano a ano. “Em 2012, a OBR contabilizou 300 equipes inscritas na competição em todo o Brasil; em 2013 esse número subiu para 800 e, em 2014, são 1,9 mil equipes”, destaca Tonidandel. Segundo ele, o Estado de São Paulo é o que tem o maior número de inscritos.

As 15 melhores equipes de ensino médio e as 10 melhores de ensino fundamental que participaram da etapa regional da OBR em São Carlos foram selecionadas para disputarem a estadual da competição, que acontecerá no dia 9 de agosto, em São Bernardo do Campo.

Aprendizado prático estimula e incentiva alunos
Prática que ensina – Para o mestrando do ICMC, Adam Henrique Pinto, um dos voluntários que contribuiu para a realização do evento em São Carlos, participar da OBR ajuda os estudantes a desenvolverem o raciocínio lógico: “É também uma forma de aprender o que é a computação na prática porque as crianças criam o robô do zero. Elas usam alguns kits de robótica, mas precisam montam o robô e testá-lo em diversos tipos de acontecimentos”. 

Entre os desafios enfrentados pelos robôs recém-criados estão falhas na linha da estrada pela qual devem passar, redutores de velocidade e obstáculos. “A criança tem que aprender a programar de uma forma geral, para que o robô seja capaz de atuar em qualquer tipo de arena, porque as arenas apresentam dificuldades diferentes (fácil, médio e difícil)”, explica.

Por isso, as equipes disputam a modalidade prática em dois níveis. No nível 1, voltado aos alunos do ensino fundamental, o robô competidor, em uma simulação de resgate, precisa encontrar uma vítima, superando várias adversidades. Já no nível 2, destinado a alunos do ensino médio, além de encontrar a vítima, o robô deve resgatá-la, passando também por diversos obstáculos.

Arenas apresentam dificuldades diferentes
Final da OBR ocorrerá de 18 a 23 de outubro - A etapa nacional da OBR, chamada RoboCup Junior Rescue A, também ocorrerá em São Carlos e será sediada no ICMC. O evento acontecerá de 18 a 23 de outubro, durante a Competição Brasileira de Robótica (CBR 2014), garantindo aos campeões de cada nível uma vaga para participar da RoboCup Junior Mundial 2015 – a ser realizada na Tailândia.

A final ocorrerá em paralelo com a Conferência Conjunta de Robótica e Sistemas Inteligentes de 2014, que inclui outros eventos científicos de grande relevância para o país e para a América Latina. Além da CBR 2014 serão realizados: Latin American Robotics Competition (LARC), Latin American Robotics Symposium (LARS), Simpósio Brasileiro de Robótica (SBR), Robocontrol, The Brazilian Conference on Intelligent Systems (BRACIS) e Encontro Nacional de Inteligência Artificial e Computacional (ENIAC).

Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
com colaboração da Assessoria de Comunicação da EESC

Mais informações
Site da OBR: www.obr.org.br
Assessoria de Comunicação do ICMC
Telefone: (16) 3373.9666

Equipes classificadas para a etapa estadual da OBR

Nível 2 – Ensino médio

1. Etapa 8 
2. RoboCraft
3. Bazinga 2
4. Álvaro Guião
5. Alien S1
6. Pré-Exatas CECMF
7. Asgard
8. CTi-Night
9 José Juliano Neto
10.Pequenos Cientistas Ares

Nível 1 – Ensino fundamental

1. Bazinga1
2. Pacboot
3. Titanboot
4. Naipe NX2YZ
5. Tuparobos
6. Robô Brasil
7. Sigma BR
8. Sigma FR
9. Marivaldo Degan
10. Insabots
11. Equipe JKMI
12. Robô Ação
13. Equipe Iori
14. RoboGamers
15. Sabin

terça-feira, 10 de junho de 2014

Centro de Robótica de São Carlos sedia regional inédita da Olimpíada Brasileira de Robótica

Estão inscritas 99 equipes de alunos de escolas públicas e privadas do ensino fundamental ao médio de cidades da região de São Carlos



Pela primeira vez, a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) terá uma etapa regional realizada na USP em São Carlos, no dia 14 de junho, a partir das 9 horas, no Ginásio de Esportes do Campus. O evento é promovido pelo Centro de Robótica de São Carlos (CROB), composto por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), ambos da USP.

O CROB, junto com outras instituições parceiras – como a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) , apoiou e organizou essa etapa, que contará com três competições regionais e uma final estadual, visando facilitar a participação de municípios do interior do Estado de São Paulo. Foram inscritas 99 equipes de alunos de escolas públicas e privadas das cidades de Ribeirão Preto, Campinas, Araraquara, Matão e Bauru, entre outras.

As equipes disputarão a modalidade prática, que é dividida em níveis 1 e 2. No nível 1, voltado aos alunos do ensino fundamental, o robô competidor, em uma simulação de resgate, precisa encontrar uma vítima, superando várias adversidades. Já no nível 2, destinado a alunos do ensino médio, além de encontrar a vítima, o robô deve resgatá-la, passando também por diversas adversidades. Cada nível contará com três rodadas nas categorias: fácil, médio e difícil. 

Segundo o coordenador do CROB e professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC, Marco Henrique Terra, uma das missões do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Robótica da USP é promover a extensão educacional para a comunidade e demais setores. “A organização de um evento desse porte preenche uma das metas que definimos ao criar o Núcleo, pretendendo não apenas desenvolver pesquisas de ponta, mas também exercer a função de extensão de ensino e auxiliar no esforço de difusão da robótica na sociedade”, definiu o docente.

Para a professora Roseli Romero, do Departamento de Ciências de Computação do ICMC, a importância da Olímpiada está no compromisso e desafio que os alunos assumem em desenvolver um sistema para apresentar e participar da competição. “Os estudantes se sentem motivados e se dedicam muito ao projeto, trabalham em grupo, participam de reuniões aos finais de semana e contam com o incentivo muito importante de seus professores”, ressaltou a professora, que integra a coordenação da etapa regional da OBR.

Roseli Romero e Marco Terra: competição estimula difusão da robótica
Final da OBR ocorrerá de 18 a 23 de outubro - A etapa nacional da OBR, chamada RoboCup Junior Rescue A, também ocorrerá em São Carlos e será sediada no ICMC. O evento acontecerá de 18 a 23 de outubro, durante a Competição Brasileira de Robótica (CBR 2014), garantindo aos campeões de cada nível uma vaga para participar da RoboCup Junior Mundial 2015 – a ser realizada na Tailândia.

A final ocorrerá em paralelo com a Conferência Conjunta de Robótica e Sistemas Inteligentes de 2014, que inclui outros eventos científicos de grande relevância para o país e para a América Latina. Além da CBR 2014 serão realizados: Latin American Robotics Competition (LARC), Latin American Robotics Symposium (LARS), Simpósio Brasileiro de Robótica (SBR), Robocontrol, The Brazilian Conference on Intelligent Systems (BRACIS) e Encontro Nacional de Inteligência Artificial e Computacional (ENIAC).

Para obter mais informações sobre evento, acesse www.obr.org.br

Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC
com colaboração da Assessoria de Comunicação do ICMC

quarta-feira, 23 de abril de 2014

São Carlos sedia etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica 2014

No próximo sábado, 26 de abril, haverá palestra no Centro de Divulgação Cultural e Científica para professores e alunos interessados em participar da competição; modalidade prática da Olimpíada ocorrerá em São Carlos no dia 14 de junho



Destinada a qualquer aluno do ensino fundamental, médio e técnico de escolas públicas ou privadas de todo o país, a Olimpíada Brasileira de Robótica 2014 terá São Carlos como sede de sua etapa regional. A modalidade prática da competição ocorrerá dia 14 de junho, no salão de eventos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), no campus da USP, no centro da cidade. Já as provas da modalidade teórica acontecerão em agosto. 

Para esclarecer as dúvidas dos professores e alunos interessados, será realizada uma palestra no próximo sábado, 26 de abril, no Centro de Divulgação Cultural e Científica (CDCC), a partir das 9 horas, com a professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, e com o professor Rafael Aroca, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O primeiro passo para participar da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é fazer o cadastro no Sistema Olimpo (www.sistemaolimpo.org). Esse cadastro pode ser realizado pelos próprios alunos ou pelo professor responsável, que deve ter vínculo com pelo menos uma instituição de ensino. No entanto, a inscrição nas modalidades (teórica e/ou prática) é tarefa exclusiva do professor responsável, que pode criar quantas inscrições forem necessárias e, depois, gerenciar essas inscrições nas modalidades. Segundo o site da OBR, inicialmente, o prazo para as inscrições na modalidade prática termina dia 25 de abril, mas a professora Roseli Romero adiantou que haverá um prazo adicional e os interessados ainda poderão efetuar as inscrições até o início do mês de maio.

Para leigos e para quem já conhece – A OBR é uma das olimpíadas científicas brasileiras apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que se utiliza da temática da robótica para estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar jovens talentosos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro. A OBR, por meio das duas modalidades (prática e teórica), procura atender tanto ao público que nunca viu robótica quanto aos estudantes que já têm contato com a temática em sala de aula. 

Por se tratar de uma tecnologia emergente que desperta muito interesse nos jovens e devido à sua possibilidade de atuação em diversas dimensões, a robótica tem se tornado elemento praticamente obrigatório nas escolas, sendo utilizada como ferramenta para o ensino de conteúdos transversais, tais como ciências, física, matemática, geografia, história e até mesmo português. Além disso, a robótica propiciou o surgimento de um novo leque de atividades práticas no ambiente escolar: kits robóticos têm sido frequentemente utilizados em escolas de primeiro grau a universidades, com excelentes resultados em todos os níveis do aprendizado baseado na experimentação e do trabalho em grupo, motivando os alunos. 

De acordo com informações disponibilizadas no site da OBR (www.obr.org.br), a robótica tende a se tornar uma das dez maiores áreas de pesquisa na próxima década. “Apesar de ser uma área em franca expansão no mundo, o Brasil tem se situado de forma marginal nessa área, arriscando-se a perder um imenso potencial para a geração de empregos, técnicas, tecnologias e produtos devido, principalmente, à falta de incentivo para a formação de recursos humanos na área”, lê-se no site. Daí a relevância de promover uma competição para estimular uma maior utilização de tecnologias robóticas no Brasil, uma área estratégica para o desenvolvimento do país.



Mais informações
Site da OBR:
Manual para efetuar inscrições no Sistema Olimpo:
Telefone: (16) 3373-9661
E-mails: rafaelaroca@gmail.com ou rafrance@icmc.usp.br

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Laboratório do ICMC adquire impressora 3D para a produção de robôs

Pesquisadores montaram a impressora usando um projeto aberto na internet

Impressora 3D foi montada pelos próprios alunos
do laboratório

As impressoras 3D estão em alta no mercado. Hoje com um preço bem mais acessível, elas estão revolucionando o conceito de manufatura e prometem também impactar a área da robótica. Em São Carlos, a novidade é a utilização de uma impressora 3D para a impressão de peças para robôs. O equipamento vem sendo utilizado no Laboratório de Aprendizado de Robôs (LAR) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

O uso da chamada prototipagem rápida por manufatura aditiva, ou seja, o processo de imprimir algum objeto a partir de uma impressora 3D, simplifica alguns trabalhos na área da robótica. O protótipo de um novo robô, que poderia levar desde dias até semanas para ser criado e testado, pode agora ser desenvolvido apenas em algumas horas com a ajuda da impressora 3D. Dessa forma, os projetos do LAR ganham mais agilidade e rapidez.

No laboratório do ICMC, além da agilidade, o uso da impressora contribuirá para a redução do custo final dos robôs que, ao serem produzidos no laboratório, têm um preço muito inferior aos que são adquiridos no mercado. Além disso, os robôs confeccionados por meio da impressora no laboratório podem ser ajustados e consertados com mais facilidade, no caso de ocorrer uma quebra ou da necessidade de fazer manutenção em alguma peça.

Atualmente, o LAR está empregando o equipamento para a impressão das peças de um quadrotor, pequeno helicóptero capaz de fazer voos de maneira autônoma. Os pesquisadores não fornecem mais detalhes desse projeto, pois estão estudando a possibilidade de pedido de patente via Agência USP de Inovação.


Funcionamento - Pode parecer surreal, mas a impressora 3D materializa uma ideia que foi criada a partir de softwares no computador – sem a necessidade de qualquer molde para ser fabricado. O estudante de doutorado do ICMC Marcelo Silva explica que a técnica mais comum de impressão em três dimensões acontece a partir do aquecimento de filamentos de termoplásticos, que são expelidos e depositados em finas camadas, produzindo gradualmente uma forma sólida.

Bico extrusor da impressora soltando o filamento
de plástico ABS derretido
Silva explicou ainda que o termo “impressora 3D” não é o mais correto para o equipamento. “Ela foi chamada assim no começo. Hoje em dia esse equipamento é conhecido como manufatura aditiva, já que uma peça é criada a partir da adição da matéria-prima, diferentemente da manufatura tradicional, em que é removido material de um bloco”, disse.

A principal matéria-prima usada na impressora 3D adquirida pelo laboratório é um plástico conhecido como ABS, que é empregado em processos industriais por ser um polímero resistente e flexível, e também presente em brinquedos infantis.

A impressora foi montada pelos próprios alunos do laboratório. “Compramos o kit com as peças e utilizamos um projeto aberto da internet para montar a impressora. Levamos duas semanas para montar tudo”, explicou Silva. Dessa forma, o preço final do equipamento caiu consideravelmente. Uma impressora 3D que utiliza a mesma matéria prima da impressora montada pelos alunos do laboratório custa cerca de R$ 3,5 mil no mercado brasileiro. Já o kit com as peças adquirido pelo ICMC saiu por R$ 2,3 mil.

“Qualquer pessoa interessada em ter uma impressora 3D pode comprar o kit, ou adquirir separadamente os componentes, pegar o projeto de montagem na internet e montar o seu equipamento. As peças plásticas que vêm no kit podem ser impressas na própria impressora, o projeto delas também está aberto na internet. Nós imprimimos peças reserva, caso alguma quebre”, explicou o estudante.

Participam do projeto os doutorandos Marcelo Silva e Eduardo Fraccaroli, além dos mestrandos Raphael Montanari e Murillo Batista, todos orientados pela professora e coordenadora do laboratório Roseli Romero.

Laboratório compartilhado - Está em desenvolvimento um projeto na USP em São Carlos que visa a construção de um laboratório para multiusuários interessados em fazer prototipagem 3D. A professora Roseli Romero explicou que o projeto de criação do laboratório está sendo desenvolvido em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). A ideia é ter um local compartilhado que servirá a todos os grupos de pesquisa que tenham interesse em trabalhar com esse tipo de equipamento. 

O projeto conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além do Departamento de Ciências da Computação do ICMC e do apoio técnico do especialista em impressoras Fernando Morgado Leitão.

Texto e fotos: Fernanda Vilela - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
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