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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Evento na USP destaca a presença de mulheres na área de tecnologia

Em comemoração ao Ada Lovelace Day, no dia 19 de outubro, será realizado um evento no ICMC com o objetivo de evidenciar as conquistas das mulheres na ciência



Você conhece a Ada Lovelace? Foi ela quem escreveu o primeiro código de programação já criado, e isso ainda no século XIX. Sua importância na área de tecnologia é tão grande que uma data especial foi criada em sua homenagem: o Ada Lovelace Day. Nesse dia, em diversos lugares do mundo são criados eventos com o objetivo de evidenciar as conquistas das mulheres na ciência, além de inspirar as garotas a ingressarem na área. 

No dia 19 de outubro, sábado, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, sediará atividades como parte dessa comemoração em um evento criado pelo grupo de extensão Women in Tech. "É um dia internacional para valorizar e incentivar a participação feminina nas ciências exatas. A desigualdade de gênero na área é um problema que afeta o mundo todo e não apenas o Brasil", explicou a professora Sarita Bruschi, que é coordenadora do evento e do grupo de extensão. 

A programação, que ocorre das 9 às 20 horas, contará com palestras, minicursos e uma feira de exposição de projetos com trabalhos de pesquisa e extensão do ICMC, desenvolvidos por professoras e alunas. Além disso, também estarão presentes representantes de empresas de tecnologia como Monitora, Google e Token lab. Uma roda de conversa encerrará as atividades, possibilitando o diálogo entre participantes e apresentadoras. 

Gratuito e aberto a todos, especialmente às mulheres, incluindo cis e trans (entenda melhor os termos clicando aqui), o evento será realizado com o apoio do Grupo de Alunas de Ciências Exatas (Grace). As inscrições podem ser realizadas por meio deste formulário: icmc.usp.br/e/24523

Sobre o Women in Tech - O grupo surgiu em 2018, durante a Semana da Engenharia de Computação da USP São Carlos, com o intuito de discutir a falta de representatividade feminina nas áreas de ciências e tecnologia. O maior objetivo da iniciativa é apoiar e incentivar as ingressantes em cursos nos quais as mulheres são minoria, diminuindo assim a alta evasão. 

Composto por alunas e alunos do curso de Engenharia de Computação, oferecido pelo ICMC em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, o grupo realiza diversas atividades relacionadas à presença das mulheres no ambiente universitário. 

Retrato em aquarela de Ada Lovelace, possivelmente de autoria de Alfred Edward Chalon
Texto: Gabriela Bidin – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Ada Lovelace Day no ICMC
Facebook do evento: icmc.usp.br/e/523dd
Quando: sábado, 19 de outubro, das 9 às 20 horas 
Local: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no bloco 6 do ICMC 
Endereço: avenida Trabalhador São-carlense, 400 - Centro 
Inscrições: icmc.usp.br/e/24523

Saiba mais 
Conheça outras ações voltadas à participação feminina no ICMC: Elas estão rompendo as barreiras das Exatas
Mais informações: (16) 3373.9622 ou eventos@icmc.usp.br

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Women Game Jam: maratona para criar jogos acontece em São Carlos e em mais nove cidades brasileiras

Voltada para mulheres e pessoas não-binárias, maratona desafia participantes a desenvolverem um jogo digital ou analógico em apenas 48 horas; em São Carlos, iniciativa ocorre no ICMC

Inscrições podem ser realizadas até o início do evento, que será na sexta, dia 13, às 18 horas

Uma maratona de desenvolvimento de jogos voltada a trazer maior visibilidade e incentivo às mulheres e pessoas não-binárias que trabalham ou almejam trabalhar na indústria de jogos. Essa é a proposta da Women Game Jam, que vai acontecer simultaneamente em dez cidades brasileiras – Aracaju, Brasília, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Carlos, São Luís e São Paulo – nos dias 13, 14 e 15 de setembro. 

Em São Carlos, a iniciativa ocorrerá no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. Para participar, basta ter a partir de 15 anos e se inscrever, até o dia do evento, neste link: https://www.wgjbr.com.br/events/wgj-sao-carlos-1. A taxa de inscrição é de R$ 5. Não é preciso ter qualquer experiência prévia com computação ou programação e a participação é aberta a estudantes e profissionais de todos os campos do conhecimento. 

As atividades no ICMC acontecerão nas salas 3-009 e 3-012, no bloco 3, e começam às 18 horas na sexta-feira, dia 13 de setembro, estendendo-se até domingo, dia 15. Nesse tempo, as participantes serão desafiadas a planejar e criar um jogo digital ou analógico, em apenas 48 horas, utilizando o tema proposto na abertura do evento. A ideia é proporcionar um ambiente seguro e confortável para favorecer o processo de criação, de aprendizagem e networking, fortalecendo a comunidade desenvolvedora de jogos da região. 

Esta é a terceira edição do evento e a segunda vez que o ICMC sedia a iniciativa


Sob a coordenação do grupo de desenvolvimento de jogos Fellowship of the Game (FoG), a maratona contará com o apoio do Grupo de Alunas nas Ciências Exatas (GRACE), que desenvolve atividades voltadas para o público feminino. Os dois grupos de extensão são vinculados ao ICMC e colocarão à disposição das participantes mentoras para ajudá-las no processo de criação. 

“Queremos atrair mais mulheres para a área, mostrando que elas são sempre muito bem-vindas e que podem criar os próprios jogos”, diz Gyovana Moriyama, que cursa Ciências de Computação no ICMC. “Entre os 64 membros do FoG, apenas 11 pertencem ao grupo que esta maratona procura incluir”, revela a estudante, que é uma das organizadoras da iniciativa em São Carlos. 

Este ano, mais cinco países se uniram ao Brasil para promover a Women Game Jam – Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru – tornando essa a maior maratona feminina de criação de jogos da América Latina. A proposta nasceu inspirada em uma versão alemã do evento, ocorrido pela primeira vez, simultaneamente, na Alemanha e em São Paulo, em abril de 2018.




Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 
Crédito das imagens: divulgação Women Game Jam

Women Game Jam
Site do evento: www.wgjbr.com.br
Início: sexta-feira, 13 de setembro, às 18 horas 
Término: domingo, 15 de setembro, às 19 horas 
Local: salas 3-009 e 3-012 do ICMC 
Endereço: Rua Dr. Carlos de Camargo Salles, 350 – na área I do campus da USP, em São Carlos

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Elas vão mudar o jogo: iniciativa do ICMC estimula garotas a criar games e enviar ao Google

Evento no dia 24 de agosto, em São Carlos, vai explicar a meninas de 15 a 21 anos como desenvolver um jogo para celular e as incentivará a enviar suas ideias para um desafio internacional do Google, destinado à redução da desigualdade de gênero na indústria de tecnologia

Só para as garotas: desafio internacional do Google está com inscrições abertas até 30 de setembro; evento do ICMC visa estimular participação feminina na iniciativa

Já imaginou criar um jogo para celular e ser premiada por uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, o Google? Se você tem entre 15 e 21 anos, está matriculada no ensino médio e quer saber como participar de um desafio internacional de desenvolvimento de jogos, basta se inscrever em um evento gratuito que acontecerá sábado, 24 de agosto, das 14 às 17 horas, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. 

A iniciativa vai explicar às garotas, passo a passo, como elas podem criar um game para celular. A partir dessa explicação, elas serão incentivadas a enviarem suas ideias para um desafio internacional do Google, destinado à redução da desigualdade de gênero na indústria de tecnologia: o Change the Game

Para participar da iniciativa do ICMC, basta preencher o formulário on-line, disponível neste link: icmc.usp.br/e/37802. Coordenado pela professora Kalinka Castelo Branco, o evento é uma ação conjunta do Grupo de Alunas de Ciências Exatas (GRACE) e do Fellowship of the Game (FoG). A atividade faz parte também de um amplo projeto para ampliar a inclusão feminina na área de ciências exatas em São Carlos e região. Aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – na chamada CNPq/MCTIC nº 31/2018 –, o projeto abarca diversas atividades de capacitação em escolas públicas por meio do ensino lúdico e atraente de conteúdos de programação, robótica e matemática. 

De fevereiro a abril, durante cinco sábados, 162 garotas de 10 a 18 anos participaram da I Technovation Summer School for Girls no ICMC.

Por que mudar o jogo? – “Você sabia que, apesar de 59% dos jogadores de games serem mulheres, elas representam somente 13% dos candidatos para a carreira de desenvolvedor no Brasil?” Essa provocadora questão está no kit que o Google preparou para professores do ensino médio estimularem as alunas a participar do Change the Game. O material explica ainda que não é preciso ter qualquer conhecimento sobre programação para se inscrever no desafio, basta que o professor peça às estudantes para pensarem na ideia de um jogo. “Vamos lembrá-las de que elas têm tudo o que é preciso para criar o próximo jogo da Play Store: coragem, criatividade e talento”, ressalta o material. 

A proposta do kit é apresentar o roteiro de uma atividade que os professores podem realizar para despertar ideias interessantes nas alunas, em sala de aula. Para isso, o material propõe que as estudantes conversem sobre os diversos elementos-chave relacionados à criação de um game, tais como: a mecânica do jogo, os personagens, a narrativa e a motivação. No evento que ocorrerá no ICMC dia 24, as participantes serão estimuladas a pensar sobre todos esses aspectos. 

Mas não é preciso ir ao evento do ICMC para enviar uma ideia de jogo ao Change the Game, basta inscrever a proposta, até 30 de setembro, no site do desafio, onde também está disponível o regulamento da competição. Além de preencher o formulário de inscrição, a garota deve preencher o formulário de design de jogo e uma declaração escrita, com um máximo de 100 palavras, contendo um resumo com a descrição do seu jogo. Todas as ideais do jogo devem refletir a interpretação criativa da participante sobre o tema do desafio, que é: “O que eu quero ver no futuro?” 

As duas garotas que ganharem o desafio do Google vão ver suas ideias se tornarem realidade: elas serão convidadas para trabalhar presencialmente, em São Paulo, junto com um parceiro desenvolvedor do Google, em sessões para aprimorar o game, que será lançado no Google Play. O jogo ficará online na loja por um ano após seu lançamento. Além disso, 500 meninas receberão menção honrosa e terão acesso a aproximadamente 140 horas de aulas on-line sobre programação. 

Na opinião da professora Kalinka Castelo Branco, também é papel das universidades públicas estimular as garotas a mudarem o jogo da desigualdade de gênero, contribuindo com o empoderamento da próxima geração. Inspirar jovens mulheres a seguirem carreira no universo da tecnologia é mais um passo rumo à construção da igualdade nas ciências exatas.



Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Link para inscrições no evento do ICMC: icmc.usp.br/e/37802
Área de comunicação e eventos do ICMC: (16) 3373.9666 ou grace@icmc.usp.br

sexta-feira, 10 de maio de 2019

É tempo de celebrar o Dia das Mulheres na Matemática

Palestra, documentário e exposição são atrações na USP, em São Carlos

Uma das professoras pioneiras na área de matemática na USP, em São Carlos, Lourdes de la Rosa Onuchic falará sobre sua trajetória na próxima segunda, dia 13, às 13 horas, no ICMC

O Dia das Mulheres na Matemática será comemorado, pela primeira vez, no próximo domingo, 12 de maio. Haverá eventos em cerca de 90 lugares ao redor do mundo e São Carlos fará parte dessa história: na segunda, dia 13, a professora aposentada Lourdes de la Rosa Onuchic, uma das professoras pioneiras a atuar na área de matemática na USP, em São Carlos, contará um pouco de sua trajetória ao público. Na sequência, será exibido o documentário Jornadas de Mulheres na Matemática (Journey of Women in Mathematics)

Aberto a todos os interessados, o evento é gratuito, não demanda inscrições prévias e acontecerá às 13 horas no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. A data de 12 de maio foi escolhida para a comemoração por ser o dia do nascimento de Maryam Mirzakhani, única mulher a ganhar a Medalha Fields, a maior honraria da Matemática. 

Quem quiser conhecer mais sobre a trajetória da pesquisadora, que morreu em 2017, depois de lutar alguns anos contra o câncer, pode visitar a exposição Remember Maryam Mirzakhani, que está em exibição, até 31 de maio, no andar térreo e no primeiro piso da Biblioteca Achille Bassi, também no ICMC. “Queremos motivar e encorajar mais estudantes do gênero feminino a pesquisar ou darem continuidade às suas pesquisas na área de matemática”, explica a curadora da exposição, a professora Thaís Jordão, do ICMC, que organizou o evento do dia 13. 

12 de maio é a data de nascimento de Maryam Mirzakhani, única mulher a ganhar a Medalha Fields

Elas na matemática – Em todo o mundo, estima-se que as mulheres sejam, aproximadamente, 30% dos estudantes no início de carreira na área de matemática. No entanto, elas vão ficando pelo caminho: ocupam somente cerca de 10% dos cargos de liderança nesse campo profissional. 

No Brasil, menos de 45% dos ingressantes em cursos de graduação em matemática são mulheres. Conforme os degraus da carreira científica vão ficando mais altos, o percentual vai diminuindo e se reduz a 15% quando a análise leva em conta os bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Daí a relevância de mostrar ao mundo como é a vida das mulheres que optaram pela área. É exatamente essa a proposta do documentário Journey of Women in Mathematics, produzido pelo Comitê para Mulheres em Matemática da União Matemática Internacional em parceria com a Simons Foundation. 

A primeira parte do documentário conta a trajetória de três matemáticas: a brasileira Carolina Araújo e as matemáticas Neela Nataraj, da Índia, e Aminatou Pecha, de Camarões. Já a segunda etapa, filmada durante o Encontro Mundial para Mulheres em Matemática (WM)², deu voz a outras seis matemáticas presentes no evento. 

Tanto o documentário quanto a exposição e a palestra têm como objetivo tornar realidade o que Maryam desejou no momento em que ganhou a Medalha Fields, palavras que aparecem registradas em um dos painéis da exposição: “Eu tenho certeza de que haverá muito mais mulheres ganhando esse tipo de prêmio nos próximos anos.” 


A professora Thaís Jordão durante a inauguração da exposição sobre Maryam, no Encontro Mundial para Mulheres em Matemática

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Para saber mais 
Site do Dia das Mulheres na Matemática: https://may12.womeninmaths.org 
Documentário Journey of Women in Mathematics: https://youtu.be/uNJ7riiPHOY
Comitê para Mulheres em Matemática – https://www.mathunion.org/cwm
A matemática brasileira sob a perspectiva de gênero – artigo da professora Carolina Araújo (IMPA)
O “dilema Tostines” das mulheres na matemática – artigo da professora Cristina Brech (IME/USP)
Efeito Matilda: por que mulheres são menos valorizadas na ciência? – artigo do professor Marcelo Viana (IMPA)

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Dia Nacional da Matemática: exposição na USP São Carlos inspira mulheres a se dedicarem à área

Mostrar a trajetória da única mulher que ganhou a Medalha Fields, o prêmio Nobel da Matemática, é o foco da exposição que entra em cartaz nesta segunda, 6 de maio, no ICMC


Exposição é gratuita e fica em cartaz até 31 de maio na Biblioteca Achille Bassi, no ICMC

Motivar e encorajar mais estudantes do gênero feminino a pesquisar ou darem continuidade às suas pesquisas na área de matemática. Essa é uma das motivações da exposição Remember Maryam Mirzakhani, uma homenagem à única mulher a ganhar a Medalha Fields, a maior honraria da Matemática. A exposição entra em cartaz em São Carlos nesta segunda, 6 de maio, quando se comemora o Dia Nacional da Matemática. Para conferir a atração, que é gratuita, basta ir ao andar térreo e ao primeiro piso da Biblioteca Achille Bassi, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, em São Carlos, até o final deste mês. 

Exibida pela primeira vez durante o Encontro Mundial para Mulheres em Matemática, evento que aconteceu no ano passado no Rio de Janeiro, a exposição nunca havia sido apresentada em São Carlos. “Também escolhemos o mês de maio para a exibição no ICMC pois é quando se comemorará, pela primeira vez na história, o Dia das Mulheres na Matemática, em 12 de maio. A data foi definida e escolhida por ser o dia do nascimento de Maryam Mirzakhani”, explica a curadora da exposição, a professora Thaís Jordão, do ICMC. 

Nos grandes painéis expostos na Biblioteca, as imagens e textos (em inglês) sobre a trajetória de Maryam são um convite à reflexão. A pesquisadora morreu em 2017, depois de lutar alguns anos contra o câncer. “A ideia foi criar um ambiente de curiosidade e de contemplação acerca da vida pessoal e profissional de Maryam. Queríamos conquistar a empatia do público e fazer nascer um sentimento natural de identificação com a pesquisadora. Afinal, é possível enxergar um pouquinho de nós em pelo menos um dos pôsteres da exposição”, diz Thaís.

Thaís durante a inauguração da exposição no Encontro Mundial para Mulheres em Matemática

O nascimento da exposição – Foi o Comitê para Mulheres em Matemática da União Matemática Internacional que procurou a professora Thaís para coordenar o projeto de homenagem a Maryam. O Comitê conhecia o trabalho de Thaís porque ela organizou, em 2017, a mostra Elas expressões de matemáticas brasileiras, em conjunto com o designer gráfico Rafael Meireles. 

Para produzir todos os painéis que compõem Remember Maryam Mirzakhani, a dupla trabalhou ao longo de cerca de dois meses à distância, durante os finais de semana. Na época, Thaís estava fazendo seu segundo pós-doutorado em Barcelona, enquanto Rafael continuou vivendo na casa do casal, em São Carlos. Toda a discussão e a produção aconteceram por chamadas de vídeo via internet. 

Nas pesquisas sobre Maryam, a dupla descobriu que foi o irmão que contribui para despertar o encanto da garota pela Matemática. A professora da USP explica que esse é um aspecto comum na trajetória de vários pesquisadores. “Na verdade, todo e qualquer matemático que eu conheço hoje sempre teve uma pessoa – seja homem ou mulher – que o motivou, seja através de uma aula, da apresentação de um resultado. Enfim, de alguma maneira, ao oferecer o conhecimento, aquela pessoa fez o receptor envergar uma beleza ali.”

Maryam nasceu dia 12 de maio de 1977 em Teerã, no Irã

Ciência combina com maternidade – Natural de Teerã, no Irã, Maryam nasceu em maio de 1977 e graduou-se em Matemática pela Universidade de Tecnologia de Sharif, onde o professor Ali Tahzibi, do ICMC, também cursou Matemática. Ele estava no terceiro ano da universidade e era monitor da disciplina Análise Complexa, ministrada para os estudantes do primeiro ano. Foi assim que ele conheceu Maryam. “Eu não me esqueço, até hoje, de como ela resolvia os exercícios em sala de aula: sempre encontrava a forma mais breve e mais bela. Um talento extraordinário”. Ele conta que, no Irão, a Olimpíada de Matemática é muito popular e que Maryam foi a única garota do país a ganhar duas medalhas de ouro. 

“É como se ela enxergasse a Matemática com super óculos”, conta Ali. “Porque Maryam dominava inúmeras áreas diferentes da Matemática, o que é muito raro, e conseguiu produzir resultados com impactos em todas elas”. Para Ali, ao ganhar a Medalha Fields em 2014, Maryam se tornou um incentivo para meninas de todo o mundo e para as iranianas, em particular, que ainda enfrentam muitas barreiras no mundo acadêmico. 

Maryam gostava de trabalhar escrevendo sobre grandes folhas papel branco que espalhava pelo chão. Sua filha, Anahita Vondrak, quando a via assim, logo falava: “Mamãe está pintando de novo”. Ao olhar a cena retratada em um dos painéis, Thaís completa: “Talvez ela realmente estivesse pintando a ciência.” Aliás, Anahita é um dos destaques da exposição. No painel preferido da professora Thaís, a garota brinca com a Medalha Fields que a mãe ganhou, um símbolo de que é possível conciliar ciência e maternidade. 

O maior desejo de Thaís e Rafael, com a iniciativa, é realizar o desejo de Maryam, que aparece nas palavras ditas pela matemática e que estão em destaque em um dos painéis da exposição: “Eu espero que a existência de uma mulher medalhista Fields, a qual será certamente a primeira de muitas, coloque abaixo muito mitos em torno de mulheres e matemática, e encoraje mais jovens mulheres a pensar em pesquisa matemática como uma possível carreira”.

Anahita brinca com a Medalha Fields da mãe

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Remember Maryam Mirzakhani
Quando: 6 a 31 de março
Horários para visitação: de segunda a sexta-feira, das 8 às 21h30, e aos sábados, das 9 às 12 horas
Onde: térreo e primeiro andar da Biblioteca Achille Bassi, do ICMC - área I do campus da USP, no centro de São Carlos
Como chegar: www.openstreetmap.org/#map=19/-22.00722/-47.89430


Saiba mais
Dia das Mulheres na Matemática: https://may12.womeninmaths.org
Elas expressões de matemáticas brasileiras: https://thsjordao.wixsite.com/elasmatematicas

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373-9666

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

ICMC realiza oficina para discutir o espaço da mulher no ambiente acadêmico

Atividade gratuita acontece na próxima terça-feira e é aberta ao público



Discutir sobre o espaço feminino no campo acadêmico. Esse é o principal objetivo de uma oficina que acontece na próxima terça-feira, 6 de novembro, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. A atividade começa a partir das 18h30, no hall da Biblioteca Achille Bassi do Instituto, no Hiperespaço Gilberto Loibel. O evento é aberto ao público e não demanda inscrições prévias. 

Organizada pelo Grupo de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) do ICMC, a ideia é criar um espaço para que as mulheres possam dialogar sobre suas vivências e experiências em relação ao ambiente acadêmico. As discussões e reflexões geradas no debate irão resultar em uma cartilha sobre o tema. 

Sobre o GAPsi - Com a finalidade de criar ações que sirvam de apoio aos estudantes na prevenção e redução de danos, o ICMC criou o GAPsi, que é composto por seis colaboradores, além de uma estagiária de psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “O grupo começou a se reunir no início deste ano para desenvolver algumas atividades relacionadas à saúde mental durante o semestre, como palestras e oficinas. Além de organizar essas ações, também foram sugeridos assuntos para a formação de grupos focais com os estudantes. Sofrimento psíquico, vício em mídias digitais, depressão e ideações suicidas são alguns dos tópicos selecionados”, conta a funcionária Maria Fernanda Marreta.

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Oficina "O papel da mulher no ICMC"Quando: 6 de novembro, às 18h30
Onde: Hiperespaço Gilberto Loibel, no hall da Biblioteca do ICMC
Endereço: avenida Trabalhador são-carlense, 400, na área I do campus da USP, em São Carlos
Mais informações: (16) 3373.9146 ou gapsi@icmc.usp.br

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

As minorias entram na partida: participe de uma maratona para criar jogos

Serão 48 horas de muito trabalho, aprendizado e diversão durante a Women Game Jam, que acontece simultaneamente em nove cidades brasileiras; em São Carlos, o evento ocorre na USP

Maratona de desenvolvimento de jogos começa na próxima sexta-feira, dia 2 de novembro e as inscrições são gratuitas

O desafio é planejar e criar um jogo digital ou analógico em apenas 48 horas. A proposta não é novidade e tem se espalhado pelo Brasil, mas você já ouviu falar de uma maratona voltada para mulheres, transgêneros e não-binários? Essa é a proposta da Women Game Jam, que vai acontecer simultaneamente em nove cidades brasileiras – Aracaju, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Carlos e São Paulo – nos dias 2, 3 e 4 de novembro.

As inscrições podem ser realizadas até o dia do evento no site www.wgjbr.com.br e são totalmente gratuitas. Em São Carlos, a iniciativa será realizado a partir das 18 horas do dia 2 no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. Sob a coordenação do grupo de desenvolvimento de jogos Fellowship of the Game (FoG), a maratona contará com o apoio do Grupo de Alunas nas Ciências Exatas (GRACE), que desenvolve atividades voltadas para o público feminino.
A iniciativa é destinada a toda participante, a partir de 15 anos, que queira experimentar o ambiente de criação de jogos por 48 horas. Não é preciso ter qualquer experiência prévia com computação ou programação e a participação é aberta a estudantes e profissionais de todos os campos do conhecimento.

“Queremos atrair mais mulheres para a área, mostrando que elas são sempre muito bem-vindas e que podem criar os próprios jogos”, Gyovana Moriyama, que cursa Ciências de Computação no ICMC. “Entre os 70 membros do FoG, apenas oito são mulheres”, revela a estudante, que é uma das organizadoras da maratona em São Carlos.

Primeira edição da maratona aconteceu em abril deste ano

Um ambiente especial – A Women Game Jam nasceu inspirada em uma versão alemã do evento – que ocorreu pela primeira vez na Alemanha e em São Paulo simultaneamente em abril de 2018 – e traz a proposta de oferecer uma experiência para as mulheres que almejam trabalhar direta ou indiretamente no mercado de desenvolvimento de jogos. Segundo os organizadores da iniciativa em âmbito nacional, uma Game Jam costumeiramente proporciona aprendizagem, criação de portfólio, networking, visibilidade e fortalecimento da comunidade desenvolvedora de jogos, mas a versão exclusivamente feminina traz também o conforto e a segurança de um ambiente só para mulheres, já que não raramente são relatados desconfortos em ambientes mistos.

Nayara Brito, animadora 3D e uma das organizadoras da Women Game Jam no Brasil, diz que em uma Game Jam só para mulheres são discutidos aspectos que vão além da própria criação de um jogo. É um ambiente em que se fala sobre a importância da voz das mulheres na indústria de games, sobre a relevância da colaboração e sobre preconceito e machismo.

Além do público feminino, o público transgênero e não binário será acolhido no evento por também compor grupos com pouca participação na área de desenvolvimento de jogos. Vale explicar que, de forma geral e simplificada, o termo transgênero abrange todas as pessoas que não se identificam com o gênero que lhes foi designado ao nascer. Já a palavra não-binário é utilizada pelas pessoas cuja identidade ou expressão de gênero não se limita às categorias "masculino" ou "feminino”.

No total, nove cidades brasileiras realizarão o evento

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP


Women Game JamSite do evento: www.wgjbr.com.br
Inscrições: icmc.usp.br/e/ccae5
Início: sexta-feira, 2 de novembro, às 18 horas
Término: domingo, 4 de novembro, às 19 horas
Local: salas 3-009, 3-010, 3-011 e 3-012 do ICMC
Endereço: Rua Dr. Carlos de Camargo Salles, 350 – na área I do campus da USP, em São Carlos

terça-feira, 2 de outubro de 2018

As mulheres invadem as ciências exatas: participe de eventos gratuitos na USP

Contribuir para que mais mulheres sejam incentivadas a atuar na área de ciências exatas é o principal objetivo de três eventos gratuitos que acontecerão em outubro no campus da Universidade, em São Carlos

Entre as atrações está uma oficina para ensinar lógica de programação sem usar um computador

Como mudar a realidade da desigualdade de gênero em ciências exatas? Promover uma feira de ciências, oficinas, mesas redondas e palestras é uma das possibilidades. Em outubro, essas atividades acontecerão na USP, em São Carlos, para inspirar as garotas a lançarem um novo olhar para a matemática, a computação, a estatística, as engenharias e suas ciências irmãs. 

Segundo a professora Kalinka Castelo Branco, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, as meninas precisam ser motivadas a enxergar as próprias capacidades: “Assim, elas vão descobrir que, tal como os meninos, podem se dar bem seguindo uma carreira em ciências exatas”. 

Kalinka é coordenadora do Grupo de Alunas nas Ciências Exatas (GRACE), que tem como objetivo desenvolver atividades na área de tecnologia e ciências exatas voltadas para o público feminino. Recém-criado, o grupo de extensão é ligado ao ICMC e conta com 35 voluntários, homens e mulheres que são, em sua maioria, estudantes de graduação e pós-graduação da USP. “É um grupo bastante interdisciplinar, que agrega estudantes de diferentes campos do conhecimento”, completa. 

Os eventos ocorrerão nos dias 9, 19 e 22 de outubro na área I do campus da USP, no centro de São Carlos. Todas as atividades são gratuitas e abertas a todos os interessados. Confira, a seguir, as informações detalhadas sobre o que acontecerá em cada um desses dias. 

Kalinka teve certeza de que havia uma demanda reprimida por eventos voltados a atrair mulheres para as ciências exatas ao realizar uma maratona de desenvolvimento de aplicativos no ICMC, no dia 24 de fevereiro deste ano. A iniciativa foi um sucesso: no total, 74 garotas, de 10 a 18 anos, participaram do evento Technovation HackDay

9 de outubro – Matemática e escritora inglesa, Ada Lovelace é conhecida como a primeira programadora da história. Na próxima terça-feira, 9 de outubro, é comemorado o Dia Internacional de Ada Lovelace, destinado a celebrar as importantes conquistas realizadas pelas mulheres no campo da ciência, tecnologia, engenharia e matemática, na busca por inspirar as gerações atuais e futuras. 

Neste dia, o GRACE promoverá uma feira de ciências das 9 às 11h30, em que seis grupos de extensão e pesquisa do campus da USP receberão alunos das escolas de São Carlos para mostrar o que é possível desenvolver com conhecimentos da área de ciências exatas. Robôs e jogos estão entre as atrações, que são voltadas para crianças e jovens, de 10 a 16 anos. Não é preciso fazer inscrições prévias para participar dessa atividade, que acontecerá no Anfiteatro Jorge Caron e no Espaço Primavera, ambos localizados na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). 

Para encerrar as comemorações, a partir das 19 horas, haverá uma mesa redonda para discutir o tema Mulheres na ciência: desafios e oportunidades. Já está confirmada a presença da professora Maria Cristina Ferreira de Oliveira, diretora do ICMC; da professora Lauralice de Campos Franceschini Canale, do departamento de Engenharia de Materiais da EESC; da doutoranda Lívia Dantas, do Instituto de Física de São Carlos; e de Ana Eliza Pedroso da Silva, que é mestre em engenharia de software e trabalha com teste de software na empresa Amdocs. A atividade será no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, do ICMC, e o público-alvo são alunos de graduação, pós-graduação e profissionais interessados no tema. 
Para comemorar o Dia Internacional de Ada Lovalace haverá feira de ciências e mesa redonda na USP em São Carlos
19 de outubro – Sabia que, para aprender programação, você não precisa de um computador? A oficina Programação desplugada trabalha exatamente com a ideia de que é possível ensinar a lógica da programação sem que, para isso, seja preciso ter um computador. A atividade acontecerá na sexta-feira, 19 de outubro, no terceiro andar da Biblioteca Achille Bassi, no bloco 2 do ICMC, das 9 às 12 horas, sendo aberta à participação de crianças a partir de 5 anos até jovens de 15 anos. 

Como serão oferecidas atividades para três turmas com, no máximo, 30 participantes cada, é preciso optar por um dos três horários disponíveis (9 às 10 horas; 10 às 11 horas; 11 às 12 horas) no momento de fazer a inscrição, que pode ser realizada individualmente ou em grupo, por meio deste link: www.icmc.usp.br/e/15758

A oficina surgiu a partir de um projeto de iniciação científica desenvolvido pelo aluno Kaique Lupo Leite, que cursa Ciências de Computação no ICMC. Sob orientação da professora Kalinka e com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Kaique criou um kit com peças móveis para propiciar que as crianças e jovens montem sequências lógicas, simulando a elaboração de comandos para um computador (algoritmos). Tanto que, depois de montar as sequências, as crianças podem fotografá-las com um smartphone e enviar a imagem para que tarefa seja executada por um carrinho ou um drone. 

Os cinco kits criados por Kaique foram testados com turmas do sexto ano do ensino fundamental em duas escolas públicas de São Carlos. “As crianças adoraram a proposta. As que frequentam escolas de tempo integral, por exemplo, precisam desenvolver um plano de vida, pensando no que vão ser quando crescer. Depois da oficina, ouvimos algumas meninas relatarem que antes só pensavam em trabalhar nas áreas de humanas e biológicas, mas que agora estavam propensas a pensar também nas exatas”, conta Kalinka. 

De acordo com a professora, o kit possibilita que os estudantes compreendam conceitos de matemática e física por meio de aplicações práticas: “Com o carrinho e o drone, podemos mostrar na prática conceitos abstratos de forma divertida. Isso pode mudar a forma como as crianças enxergam as ciências exatas. Vários conceitos que não são visíveis – como força, inércia, movimento – tornam-se palpáveis”. 

A oficina do dia 19 de outubro é uma das atividades que o ICMC fará durante a Semana USP de Ciência e Tecnologia, realizada como parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Estudante fotografa a sequência de programação que criou com um smartphone

22 de outubro – Outro destaque da programação de outubro é o evento Women in Tech. A iniciativa pretende discutir, por meio de uma palestra e de uma roda de conversa, a falta de interesse e de representatividade das mulheres nos cursos tecnológicos, apresentar as experiências universitárias das poucas garotas que ingressam nesse ramo e abordar as dificuldades que elas enfrentam no ambiente de trabalho. 

Segundo os organizadores do evento, que está integrado à Semana de Engenharia de Computação (SEnC), as mulheres são cerca de 17% dos programadores brasileiros e ocupam apenas 8% das vagas destinadas a desenvolvedores. Ressalta-se, ainda, que, apesar de vários avanços tecnológicos ocorrerem devido à atuação de mulheres, muitas vezes elas sequer são citadas nos livros especializados. 

O Women in Tech começa às 15h30 na segunda-feira, 22 de outubro, com a palestra de Sabrina Tridico, que faz Ciências de Computação no ICMC e participa do GRACE. Embaixadora de um movimento de empoderamento feminino na área de tecnologia chamado She++, Sabrina participou, em 2017, do maior evento do mundo voltado a mulheres na computação, o Grace Hopper Celebration

À noite, às 19 horas, haverá uma roda de conversa com Sabrina e mais três convidadas: Bárbara Bivar, Bruna Boa Sorte e Maíra Silva. As duas atividades são abertas a todos os interessados, não demandam inscrições prévias e acontecerão no anfiteatro Jorge Caron, da EESC. Para mais informações, acesse o site da SEnC ou visite a página do evento no Facebook

Palestra e roda de conversa são as atrações do Women in Tech

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 
Crédito das imagens: divulgação ICMC/USP

Mais informações
Sobre o Dia Internacional de Ada Lovelace (09/10): 
         - Feira de ciências: www.facebook.com/events/700634476972116
Sobre a oficina Programação Desplugada (19/10): www.icmc.usp.br/e/15758
Sobre o Women in Tech (22/10): www.facebook.com/events/231220254157980
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9146 


Contato para esta pauta 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 20 de março de 2018

Veja como foi a Escola Regional de Informática

Iniciativa ocorreu em três cidades simultaneamente e abordou três temas: presença das mulheres na área de computação, deep learning e segurança



Nos dias 12, 13 e 14 de março foi realizada a 9ª Escola Regional de Informática (ERI) em três cidades simultaneamente: São Carlos, Presidente Prudente e Marília. Em São Carlos, o evento aconteceu no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP e foi coordenado pela professora Kalinka Castelo Branco.

Organizada pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), a Escola abordou um tema diferente a cada dia do evento, por meio de minicursos e palestras. Um dos dias foi dedicado a debater a participação das mulheres na computação. A estudante Sabrina Tridico, que cursa Ciências de Computação no ICMC, falou sobre sua experiência no Grace Hopper Celebration 2017, um congresso internacional de mulheres que atuam na área e explicou como as garotas podem participar da iniciativa. 

Além disso, a doutoranda Daniela Ridel falou sobre o programa Technovation, que também tem buscado incluir mulheres na computação. Houve, ainda, duas palestras sobre o programa Meninas Digitais, da SBC, que visa estimular meninas do ensino fundamental e médio a conhecerem o universo da computação. 

Os outros dois dias do evento foram dedicados a abordar temas que estão sendo amplamente debatidos na área: segurança e deep learning.

Confira as imagens da Escola no Flickr e no Facebook!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Elas se divertiram desenvolvendo aplicativos no ICMC: confira o álbum de fotos

Em apenas um dia, garotas de 10 a 18 anos conseguiram criar 15 projetos de novos aplicativos

Dia agitado: além de assistir a palestras no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, elas também trabalharam em equipe nas salas e laboratórios de informática do ICMC


No último sábado, 24 de fevereiro, 74 garotas, de 10 a 18 anos, descobriram como criar o projeto de um aplicativo para resolver um problema social. Elas participaram do Technovation HackDay, uma iniciativa gratuita que aconteceu no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. 

No total, 15 projetos de novos aplicativos foram apresentados pelos grupos formados pelas garotas, que receberam a orientação de monitores voluntários e trabalharam animadamente, das 9h30 às 18h30. A professora Kalinka Castelo Branco, do ICMC, coordenou a iniciativa em conjunto com diversas alunas da área de computação. “A ideia do evento foi mostrar para as adolescentes e jovens que elas têm tanta capacidade quanto os meninos de atuarem na área de ciências exatas, ressaltando que a computação não é algo restrito ao mundo masculino”, diz a professora. Segundo ela, atividades como essa também mostram aos pais que as filhas têm condições de participarem do mundo das ciências de computação e que existem várias mulheres nessa área que podem, inclusive, ajudar as meninas a ingressarem no universo da tecnologia.

Outro objetivo do evento foi auxiliar as participantes a aprimorarem suas ideias e estimular que se inscrevessem em um desafio internacional, o Technovation Challengeuma competição global, voltada a estudantes do ensino fundamental e médio. Nessa competição, as equipes devem se inscrever, até dia 7 de março, e também precisam desenvolver um aplicativo de celular que solucione um problema social. As equipes que foram selecionadas como finalistas viajarão para os Estados Unidos e poderão apresentar seus aplicativos e planos de negócios no Vale do Silício para investidores. Elas concorrerão a um prêmio de 10 mil dólares e suporte para finalizar e lançar o aplicativo no mercado. Além disso, passarão a contar com uma rede de contatos e recursos para ajudá-las a prosseguir na trajetória empreendedora.

Na hora de tirar as ideias do papel, elas invadiram os laboratórios de informática do ICMC 

Confira o álbum de fotos no Flickr e no Facebook!

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC

Mais informações
Technovation Challenge: www.technovationbrasil.org

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Semana de Computação do ICMC registra recorde de participantes

Feira de recrutamento e palestras sobre aplicativos, jogos eletrônicos e Facebook são exemplos das 40 atrações que tomaram conta do Instituto


Sempre cheio: auditório Fernão Stella Rodrigues Germano ficou pequeno para acomodar todos os participantes

Uma verdadeira maratona de atividades agitou os estudantes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, durante a 18ª edição da Semana da Computação (SemComp). O evento registrou alguns recordes: 900 estudantes se inscreveram no site da Semcomp, sendo que 366 deles participaram também de pelo menos um dos 22 minicursos oferecidos.

“Considerando-se as universidades de referência, nossa semana é uma das mais antigas e uma das que, atualmente, oferece o maior número de atividades e agrega a maior quantidade de participantes”, disse o coordenador do evento, Moacir Ponti. Segundo ele, a comissão responsável levou cerca de 10 meses para organizar a Semcomp, buscando trazer conteúdos atraentes e relevantes para os estudantes da área de computação.

Para o diretor do ICMC, Alexandre Nolasco de Carvalho, a Semcomp tornou-se essencial para a formação dos alunos, promovendo atividades extracurriculares e a integração com profissionais da área que atuam no mercado de trabalho. “A evolução da Semcomp desde 1997, quando ela começou a ser realizada, é impressionante, assim como a evolução no número de vagas oferecidas pelo ICMC nos cursos da área de computação, que em 1997 contava com 40 vagas e hoje são 190. Nesse período, a Semcomp mais que quintuplicou o número de participantes e ampliou consideravelmente a quantidade de atividades realizadas”, contou o diretor. Essa evolução é o foco da exposição Semcomp fazendo história, que está em cartaz no Museu Odelar Leite Linhares, do ICMC, até o final de novembro.

Comissão organizadora da 18ª Semcomp
Além dos 22 minicursos, o evento contou com uma Feira de Recrutamento – patrocinada por 15 empresas –, 10 palestras, um painel de ex-alunos, um workshop, uma jornada para o desenvolvimento de games (GameJam), uma noite de jogos (Gamenight) e diversas atividades culturais como sessão de cinema, luau, sarau e feira de livros.

Aplicativos, Facebook e muito mais – Conhecer o público consumidor antes de lançar um aplicativo, buscar desenvolver algo com grande impacto na sociedade e se preocupar com fatores culturais. Essas foram algumas dicas dadas por Neto Marin, desenvolvedor executivo do Google em São Paulo, na palestra O seu aplicativo Android em todas as telas. “Não temos que pensar no dispositivo que as pessoas vão utilizar e sim nos serviços que iremos oferecer”, disse o palestrante. Segundo ele, o design de um aplicativo faz toda a diferença quando o produto vai para o mercado: “A interface difícil pode fazer o usuário parar de usar seu aplicativo”.

Já a rotina dos desenvolvedores de software no Facebook foi um dos tópicos abordados por Arthur Souza. Atuando como engenheiro de soluções do Facebook para a América Latina, Souza revelou que os desenvolvedores devem ser eficazes quando um problema precisa ser corrigido e ousados na hora da criação: “Nós temos que andar rápido e não podemos nos acomodar, se a gente não reinventar, alguém reinventa a gente”. O palestrante revelou que a empresa chega até a remunerar pesquisadores que encontram falhas no sistema da rede social. 

E quem são as mulheres na área da computação? Para responder a essa pergunta, o grupo PyLadies São Carlos realizou uma apresentação destacando alguns nomes de grandes programadoras da história como Ada Lovelace, criadora do primeiro algoritmo; Hedy Lamarr, lembrada como a “mãe do celular”; e Grace Hopper, desenvolvedora de um compilador que foi o precursor de uma das linguagens de computação mais conhecidas, o Cobol. O PyLadies é um grupo que existe em diversos países e busca ajudar as mulheres a se tornarem participantes ativas e líderes de comunidades Python de código aberto. 

Houve, ainda, palestras abordando empreendedorismo, inovação, realidade virtual e realidade aumentada, big data, inteligência artificial e a relação entre os jogos e a evolução da humanidade.

Grupo PyLadies São Carlos conta, atualmente, com 20 membros

Feira, Workshop, painel e reconhecimento – Participaram da Feira de Recrutamento, realizada no dia 19 de agosto, 13 empresas do ramo de tecnologia da informação interessadas em contratar alunos do ICMC ou em recrutá-los para estágio. Cintia Alvarenga, analista de recursos humanos da empresa Eldorado, contou de que forma o aluno escolhido para fazer parte da equipe pode crescer profissionalmente: “Buscamos propiciar o crescimento do estudante através de treinamentos, especializações, plano de carreira e a oportunidade de trabalhar em projetos desafiantes que são tendência no mercado”. 

A área de desenvolvimento de softwares foi a mais procurada pelos estudantes que passaram pelos estantes das empresas, montados no saguão da Biblioteca Achille Bassi. O aluno de Ciências da Computação do ICMC, Guilherme Piva, está estagiando há seis meses em uma empresa do ramo de TI na área de desenvolvimento de aplicativos para o sistema IOS. Ele contou como está sendo a experiência: “É muito legal ter esse contato, em pouco tempo já aprendi muita coisa e a sensação de sair da Universidade e ir para o mercado de trabalho é ótima, um desafio atrás do outro”.

Também realizado no saguão da Biblioteca Achille Bassi, o Workshop de Iniciação Científica, Tecnológica e Projetos Independentes (WICTPi) contabilizou 16 projetos expostos na manhã do dia 21 de agosto. Na tarde do mesmo dia, aconteceu o painel com seis ex-alunos do ICMC. “O fato de sermos muito cobrados quando estamos estudando aqui pode ser considerando um treinamento para o mercado de trabalho. Isso faz muita diferença no momento em que estivermos no mercado e formos cobrados por resultados”, revelou a gerente de projetos do grupo segurador Bando do Brasil e Mapfre, Alesssandra Cota Mantovani, que se formou no Bacharelado em Sistemas de Informação do ICMC em 2008. “Aproveitem as oportunidades únicas que vocês têm enquanto são estudantes. Aqui há um universo de coisas para fazer: estágio, iniciação científica, participar da ICMC Junior, do Programa de Educação Tutorial (PET)”, recomendou Jorge Cutigi, que também cursou Sistemas de Informação no ICMC. 

O encerramento da Semcomp foi marcado pelo reconhecimento aos alunos que obtiveram as maiores médias nos três cursos de computação oferecidos pelo Instituto: Ciências de Computação, Engenharia de Computação e Sistemas de Informação. “Hoje, temos 932 alunos nos nossos cursos de computação e estamos reconhecendo o esforço de cerca de 10 estudantes de cada curso”, explicou o professor Thiago Pardo, coordenador do curso de Ciências de Computação.

Ex-alunos compartilharam suas experiências no painel
Confira, a seguir, a lista dos estudantes que obtiveram o melhor desempenho acadêmico.

Texto: Denise Casatti e Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Site da 18ª Semcomp: https://semcomp.icmc.usp.br/18/
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br


Melhor desempenho acadêmico

Bacharelado em Ciências de ComputaçãoAndre Bannwart Perina
Andre Sa de Mello
Bruno Augusto dos Santos
Edesio Pinto de Souza Alcobaça Neto
Elisa Saltori Trujillo
Guilherme Zanardo Borduchi
Matheus Giovanni Soares Beleboni
Rodrigo de Andrade Santos Weigert
Sady Sell Neto
Samuel Ferreira Guimarães Santos
Tiago de Miranda Leite

Bacharelado em Sistemas de InformaçãoAndreia de Barros Carpi
Andrew Kenji Hanasiro
Bruno Henrique Rasteiro
Gabriel Biscaro Cavallari
Hicaro Rodrigues Adriano
Luis Fernando da Silva Goncalves
Rafael dos Santos Pereira
Thomás Michelena Santos
Victor Nogueira da Silva

Engenharia de ComputaçãoBruna Yukari Fujii Yoshida
Gabriel Dantas Lopes
Giuliano Barbosa Prado
Henrique de Almeida Machado da Silveira
Henrique Stramandinoli Guimarães
Iago Dantas Figueirêdo
Joao Victor Almeida de Aguiar
Luiza Vilas Boas de Oliveira
Matheus Araujo Jorge
Moisés Botarro Ferraz Silva
Rodrigo Martins Racanicci

quarta-feira, 4 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher: moda e estresse feminino é tema de palestra no ICMC nesta quinta-feira

Regis Mara Santana será a palestrante
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, promove na próxima quinta-feira, 5 de março, a palestra Moda e estresse feminino. O evento é gratuito, aberto à participação de toda a comunidade e acontecerá às 15 horas no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. 

Entre os temas que serão abordados pela palestrante, a hair stylist Regis Mara Santana, está a história da moda feminina, o processo evolutivo da mulher, o impacto provocado pelo estresse, a síndrome do pensamento acelerado e as formas para se combater esses problemas. O evento tem o apoio da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC.

Mais informações
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9146