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quarta-feira, 29 de março de 2017

Seja um voluntário e ajude a levar robótica e inclusão digital para jovens

Estudantes e profissionais das áreas de administração, comunicação, educação, finanças, psicologia e recursos humanos podem contribuir com a iniciativa que pretende estimular crianças e adolescentes a construir e programar robôs

O professor Eduardo Simões (à direita) e os funcionários da Microsoft explicam
os objetivos do projeto para estudantes do ICMC

Inspirar jovens de escolas públicas, abrindo novas perspectivas de carreira é o objetivo de um projeto coordenado pelo professor Eduardo Simões, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Ele e sua equipe constroem robôs que costumam encantar crianças e adolescentes por onde passam, estimulando aprendizados. Mas ele tem um desafio pela frente: expandir a iniciativa para além das quatro escolas são-carlenses que já participaram do projeto piloto. Isso só poderá ser realizado com o auxílio de um time de voluntários de diferentes campos do conhecimento.

“Tecnicamente, sabemos como fazer os robôs, temos os equipamentos, as ferramentas e muitos estudantes de computação e engenharia como voluntários. No entanto, faltam recursos humanos de outras áreas para desenvolvermos um modelo replicável, que possibilite alcançar mais escolas e impactar mais jovens”, explica Simões. 

Neste mês de março, foi dado um dos primeiros passos para que esse plano de expansão se concretize. Três funcionários de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a IBM, chegaram a São Carlos no dia 13 de março e permanecerão na cidade até 6 de abril. Nesse período, eles estão ajudando a construir um plano de ação para o projeto. Na próxima segunda-feira, 3 de abril, às 19 horas, o professor Simões e esses três funcionários da IBM apresentarão o plano para os voluntários interessados. O evento acontecerá no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germanos, no ICMC. 

“O time já está desenvolvendo um novo projeto piloto para o ensino de robótica e inclusão digital. A ideia é que, a partir dos resultados alcançados, eles consigam construir um programa de quatro semanas que possa ser replicado e levado a mais escolas públicas. A meta é crescer de forma sustentável, aumentando, aos poucos, o alcance do projeto para mais escolas e regiões”, revela Scott Frei, gerente de tecnologia de circuitos da IBM nos Estados Unidos. 

Scott está no Brasil porque o projeto de Simões foi um dos escolhidos pelo programa internacional de cidadania corporativa da IBM, o Corporate Service Corps (CSC). O programa seleciona funcionários da empresa em todo o mundo para atuar em projetos que integram planos de crescimento econômico, gestão de processos e tecnologia, oferecendo consultorias gratuitas. Além da contribuição de Scott, o projeto está recebendo o apoio de Zerrin Çitkaya, gerente de projetos da IBM na Turquia, e Lynn Wan Jiang, líder de teste de software no laboratório de desenvolvimento da empresa na China.

A iniciativa piloto a que Scott se refere está acontecendo com 20 jovens, entre 10 e 14 anos, que participam do Pequeno Cidadão, um programa pós-escola desenvolvido pela USP, em São Carlos, que oferece aulas de reforço, artes e atividades esportivas para estudantes da rede pública. “Os robôs despertam uma curiosidade nos jovens e a consequência dessa brincadeira com a tecnologia é o aprendizado, que acontece naturalmente. Nossa ideia é realizar oficinas para que eles construam, desconstruam e controlem esses equipamentos, passando a entender conceitos importantes da área de computação, matemática e física de uma forma divertida”, conta Simões. 

Os voluntários que participarem da iniciativa também terão a oportunidade de obter um grande aprendizado. Quem desejar contribuir deve se inscrever, até 9 de abril, por meio deste formulário eletrônico: www.icmc.usp.br/e/e25a5. Para participar do processo seletivo, basta ser um estudante ou profissional das áreas de administração, comunicação, educação, finanças, psicologia ou recursos humanos. No caso de estudantes de graduação, é recomendável estar cursando os últimos dois anos do curso. Também é necessário ter entre duas e quatro horas semanais disponíveis para se dedicar à iniciativa. 

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Da esquerda para a direita: Zerrin, Lynn, Scott, Simões (ao centro) e estudantes
do ICMC no evento que marcou o início das consultorias da IBM ao projeto

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Com informações da Assessoria de Imprensa da IBM

Crédito das fotos: reunião com alunos - Denise Casatti; equipe no início do projeto - Neylor Fabiano

Apresentação do projeto Robótica e Inclusão Digital
Quando: 3 de abril, segunda-feira, às 19 horas
Local: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001) no ICMC
Endereço: avenida Trabalhador são-carlense, 400, no campus I da USP em São Carlos
Inscrições para voluntários: até 9 de abril por meio do link www.icmc.usp.br/e/e25a5
Mais informações: professor Eduardo Simões – diro.icmc@gmail.com

Contato com a imprensa
Assessoria de Imprensa ICMC/USP: comunica@icmc.usp.br
Telefone: (16) 3373.9666

sexta-feira, 10 de março de 2017

Robótica e inclusão digital nas escolas: projeto da USP São Carlos recebe apoio da IBM

Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação é uma das quatro instituições de São Carlos selecionadas para receber consultoria de funcionários da empresa

Sucata se transforma em robôs no laboratório coordenado pelo professor Eduardo Simões

Ele tem um sonho: mostrar aos jovens que é possível estudar em uma universidade pública e se tornar um cientista. Esse sonho foi se tornando realidade nos últimos anos, quando, voluntariamente, o professor Eduardo Simões, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, se uniu a alguns alunos e começaram a construir robôs com sucata e a apresentá-los a crianças que estudam em quatro escolas na cidade de São Carlos, a cerca de 240 quilômetros da capital do Estado de São Paulo. Ao ver a transformação provocada naqueles jovens com a iniciativa, o professor compreendeu que era preciso ampliar o alcance de seu projeto. Agora, com o apoio de um programa internacional de cidadania corporativa da IBM, o Corporate Service Corps (CSC), Simões pretende disseminar a robótica e a inclusão digital para mais jovens brasileiros.

“Nós temos o conhecimento, os equipamentos e as ferramentas. No entanto, faltam recursos humanos para que possamos desenvolver um plano de ação e um modelo de escalabilidade que possibilite expandir esse projeto piloto. Queremos alcançar mais escolas, mais cidades e impactar mais jovens”, revela o professor. Segundo ele, para que o plano se concretize, é preciso uma união de forças entre Universidade, empresas, prefeituras, escolas públicas e privadas.

Por meio do programa da IBM, que está em sua 21ª edição no Brasil, serão oferecidas consultorias à equipe do professor, promovendo o desenvolvimento de lideranças que possibilitarão a expansão da iniciativa. O programa seleciona funcionários da empresa em todo o mundo para atuar em projetos que integram planos de crescimento econômico, gestão de processos e tecnologia. Todos os projetos são desenvolvidos para alavancar organizações de cidades em desenvolvimento.

Para Simões, o apoio da IBM é uma oportunidade
de crescimento para todos os envolvidos no projeto
Em 2017, além do ICMC, três instituições de São Carlos – Departamento de Apoio à Educação Ambiental da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Federação das APAES do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP) e Instituto Inova – foram selecionadas para receber a consultoria dos funcionários da IBM, que irão ajudar na construção coletiva de soluções para os problemas apontados por essas organizações. Ao todo, atuarão nos projetos 12 funcionários da IBM vindos de 10 países (China, Dinamarca, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Irlanda, República Checa e Turquia).

O time será subdividido em quatro equipes para mergulhar nas problemáticas pelo período de 30 dias. O início dos trabalhos será marcado por um painel sobre tecnologia e inovação social, que acontecerá na próxima segunda-feira, 13 de março, na sede do Instituto Inova, em São Carlos. Na ocasião, cada parceiro compartilhará sua percepção de como a tecnologia pode gerar inovação, além de melhorar a eficiência em processos e gestão. O programa prevê que, ao final do período de consultoria, as equipes da IBM apresentem um relatório apontando as transformações que podem ser realizadas para que as organizações tenham uma atuação mais eficiente.

“Os robôs despertam uma curiosidade nos jovens e a consequência dessa brincadeira com a tecnologia é o aprendizado, que acontece naturalmente. Nas oficinas em que controlam, desconstroem e constroem esses equipamentos, eles passam a entender conceitos importantes da área de computação, matemática e física de uma forma divertida”, conta Simões. O aprendizado também acontece para os alunos de graduação e pós-graduação da USP que participam da iniciativa como voluntários e, agora, poderão conhecer pessoalmente alguns funcionários da IBM. “Será uma excelente oportunidade de crescimento para todos nós”, finaliza o professor.

Uma das vantagens dos robôs fabricados com sucata é o baixo custo

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Com informações da Assessoria de Imprensa da IBM

Créditos das imagem: fotos dos robôs - Denise Casatti/ICMC; foto do professor Simões - Reinaldo Mizutani/ICMC

Mais informações
Sobre a IBM: www.ibm.com/br
Sobre o ICMC: www.icmc.usp.br
Descomplicando a tecnologia: www.timaissimples.com.br

Assessoria de Imprensa IBM Brasil – In Press Brodeur
Atendimento: Marcelo Costa – marcelo.costa@brodeur.com.br – (11) 3330-3834
Gerente: Mariana Lemos – mariana.lemos@brodeur.com.br – (11) 3330-1607

Relacionamento com Imprensa IBM Brasil
Coordenação: Juliana Cayres Setembro - jcayres@br.ibm.com - (11) 2132-4522

Assessoria de Imprensa ICMC/USP
Atendimento: Neylor Fabiano – neylor@icmc.usp.br - (16) 3373.8914

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

USP São Carlos inaugura Centro de Inclusão Social com atividades educacionais à comunidade

O espaço localizado no Campus 2 tem como compromisso promover mudanças sociais, atendendo prioritariamente os moradores de baixa renda que vivem nas proximidades da Universidade


Foi inaugurado na última sexta-feira, dia 14, no Campus 2 da USP em São Carlos, o Centro de Inclusão Social USP São Carlos (CIS – USP SC), com o objetivo de promover a educação de comunidades em situação de vulnerabilidade socioeconômica que residem no município são-carlense, atendendo prioritariamente os moradores que vivem nas proximidades da Universidade.

O CIS está em consonância com o Programa Aproxima-Ação, Programa de Educação Sócio Comunitária da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP, tendo como Comissão de Implantação os docentes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), José Marcos Alves e Carlos Goldenberg, e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), Eduardo Marques e Seiji Isotani.

Os contemplados pelas ações do Centro terão acesso inicialmente à Biblioteca da Prefeitura do Campus (PUSP-SC), ao ensino de inglês, matemática, robótica, evolução moral individual, ética profissional e progresso social para jovens. Posteriormente serão disponibilizadas vagas de capacitação profissional em tecnologia de informação e inclusão digital para adultos.



Segundo Alves, a proposta de criação do Centro começou com uma referência do Projeto Pequeno Cidadão, que está implementado no Campus 1 desde 1997, em uma parceria com a empresa KPMG. Ele comentou que as comunidades de bairros carentes sentem-se distantes, possuem poucas informações ou desconhecem a USP, sendo muito importante que existam inciativas como essa em outros campi.

“As atividades tiveram início como projeto piloto, e o número dos alunos e das bolsas de estudos poderão crescer através do apoio e recursos da Universidade para o desenvolvimento das atividades educacionais. A previsão é de que em breve os cursos de capacitação profissional em tecnologia de informação e inclusão digital serão incrementados através de parcerias já existentes”, comentou o docente.

O professor Isotani comentou que o projeto é semelhante ao seu trabalho de pesquisa em Computação Aplicada à Educação, desenvolvido no ICMC, e isso o motivou a contribuir com o Centro. “O que se tenta com o projeto é fazer com que o aluno seja mais ativo, desempenhando atividades não expositivas que o obrigam a pesquisar, buscar ferramentas, explorar conteúdos. Isso acaba motivando o aluno”, salientou o professor.

Nesse primeiro momento o projeto piloto conta com 12 alunos, sendo seis da Escola Estadual Professor Bento da Silva César e da Escola Estadual Attília Prado Margarido, localizadas nos bairros Jardim São Carlos V e Jardim Parque Santa Felícia, três dos alunos formados no Projeto Pequeno Cidadão que atualmente estudam no colégio Interativo e mais três alunos do Projeto Pequeno Aprendiz, vinculados à uma parceria com o Instituto de Física de São Carlos (IFSC).

Ana Julia Martins Araújo, de 15 anos, estuda na Escola Atília e foi escolhida pela professora de matemática para participar das atividades do Centro. “Fiquei muito animada e logo me interessei nos cursos de exatas e inglês por serem importantes”, afirmou. Ela também comentou que nunca havia frequentado as dependências internas de uma universidade. “É muito legal estar dentro da universidade! é tudo grande e tão bonito”, destacou a estudante.

A inauguração contou com a primeira aula de inglês, parceria com o curso de inglês online Read In. As aulas ocorrerão presencialmente em uma sala da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), conveniada à USP, com uma completa estrutura multimídia. Na ocasião também estiveram presentes prestigiando o lançamento algumas autoridades e convidados que apoiam o projeto. Ao fim das apresentações foi servido um coffee break aos participantes.

O diretor e idealizador da Read In, Hélcio de Pádua Lanzoni, comentou que a primeira aula é muito importante para que o projeto tenha sucesso, já que os primeiros alunos serão os multiplicadores do aprendizado. “A língua estrangeira é um caminho essencial para aproximar e ingressar os alunos na universidade. A nossa metodologia visa oferecer uma ferramenta de uso em curto prazo, pois concentra-se na leitura, sendo possível aplicar o primeiro módulo completo em cerca de um semestre”, explicou Lanzoni.



A estudante Nayara Cristine Brandão Feliciano, de 15 anos, disse estar cheia de expectativas com as aulas de inglês e as novas oportunidades que poderão surgir ao final do curso. Ela é ex-participante do Projeto Pequeno Cidadão e atualmente estuda no Colégio Interativo, após ter conquistado uma bolsa de estudos. “Além de aprender coisas novas, o curso irá contribuir para o meu futuro na Universidade, pois são matérias exigidas no vestibular e que irei aplicar para toda vida”, comentou.

Atualmente o projeto conta com o apoio institucional da USP através da PUSP-SC, da EESC, do ICMC, do IFSC, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPID – FAPESP), do Centro de Matemática e Estatística Aplicadas à Indústria (CEPID – CeMEAI), da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar e de empresas como a INTEL, Cisco e Projeto Novo Guia / Pet Terapia.

Inicialmente os alunos serão escolhidos pelas escolas para participarem do projeto, de acordo com a disponibilidade de vagas e turmas. Interessados em saber mais sobre o CIS-USP SC podem acessar o sitehttp://www3.eesc.usp.br/cis/.

Texto e fotos: Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Pesquisa em linguística computacional promove inclusão digital

Projeto cria ferramentas para auxiliar quem tem dificuldade na leitura e na recuperação de informações de textos

Simplifica é destinado a autores que pretendem tornar suas produções mais acessíveis



Segundo dados do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF) de 2011/2012, 68% da população brasileira possui um nível de alfabetização rudimentar e básico. O relatório de 2012 ainda destaca que 59% dos que completaram, no mínimo, um ano/série do segundo ciclo do ensino fundamental atinge o nível básico de alfabetismo. Um projeto de pesquisa coordenado pela professora Sandra Aluísio, do Departamento de Ciências de Computação do ICMC, tem como objetivo auxiliar esse público na leitura e interpretação de textos básicos. Chamado de "PorSimples", o projeto contou com o trabalho de 37 pesquisadores, entre alunos e professores da USP e de instituições parceiras.

“O PorSimples foi financiado pela FAPESP e pela Microsoft Research de 2007 a 2010, e teve como objetivo prover recursos e sistemas para tornar textos mais acessíveis a leitores com baixo nível de letramento”, explicou o doutor em Ciências de Computação e Matemática Computacional pelo ICMC, Arnaldo Candido Júnior, que recentemente defendeu a tese Análise bidirecional da língua na simplificação sintática em textos do português voltada à acessibilidade digital.

O PorSimples já produziu alguns frutos, como os sistemas Simplifica e Facilita, bem como a ferramenta Coh-Metrix-Port. Disponível em http://nilc.icmc.usp.br/porsimples/simplifica/, o sistema Simplifica é um editor de textos destinado a autores que pretendem tornar suas produções mais acessíveis para leitores menos letrados, via avaliação da complexidade de um dado texto, seguida de simplificação léxica e sintática. 

Já o sistema Facilita funciona como uma extensão para navegadores, destinado a leitores com baixo nível de letramento, resume o texto principal da página e simplifica-o sintaticamente, além de realizar a eliminação de propagandas e links das páginas web. “O Facilita está passando por uma reformulação para aumentar a precisão da tarefa de simplificação, o que é crucial para os leitores que já sofrem com problemas de leitura e compreensão dos textos”, ressaltou.

Quanto ao Coh-Metrix-Port, trata-se de uma ferramenta que disponibiliza 48 métricas para avaliar a coerência e a complexidade de um texto usando vários níveis de análise linguística: léxico, sintático, discursivo e conceitual. Foram adaptadas para o português as várias métricas em inglês do Coh-Metrix (http://cohmetrix.memphis.edu).

“Utilizando essas métricas, treinamos um classificador inserido no Simplifica para distinguir textos em três classes: rudimentar, básico e pleno - que correspondem aos níveis de alfabetismos apresentados pelo INAF", explicou Candido Junior. O alfabetismo em nível rudimentar corresponde à capacidade de localizar informações explícitas em textos curtos, um anúncio ou pequena carta; o nível básico corresponde à capacidade de localizar informações em textos um pouco mais extensos, realizando pequenas inferências; e o alfabetismo nível pleno corresponde à capacidade de ler textos longos, orientando-se por subtítulos, localizando mais de uma informação, de acordo com condições estabelecidas, relacionando partes de um texto, comparando dois textos, efetuando inferências e sínteses.

Tela do sistema Facilita

Aplicação
Os objetivos do projeto PorSimples somam esforços com iniciativas em diversas frentes para aumentar a inclusão digital, em particular por meio de acessibilidade digital. “A acessibilidade é o processo de tornar softwares e conteúdos acessíveis ao maior número de usuários possível, o que inclui usuários com necessidades especiais. O PorSimples tenta alcançar usuários com dificuldade de leitura”, ressaltou.

Além de analfabetos funcionais, os resultados do PorSimples podem ser utilizados por pessoas com problemas cognitivos como afasia - causada por demências e acidentes vasculares - e dislexia, além de ser relevante para adultos e crianças em fase de aprendizado da leitura e escrita.

Atualmente, o Coh-Metrix-Port está sendo adaptado por um mestrando do ICMC para avaliar demências, em colaboração com a Faculdade de Medicina da USP, e o Simplifica vem sendo utilizado pela EMBRAPA de Juiz de Fora em projetos de facilitação da leitura de cartilhas para produtores de leite.

Recentemente, o PorSimples foi tema de reportagem da EPTV. Para assistir, acesse aqui: icmc.usp.br/e/7f38e

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