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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

ICMC no mundo: cooperação internacional é fundamental para fortalecer pesquisas e gerar inovação

Instituto contabiliza 48 convênios, mas interação vai muito além dos acordos formais e abrange até intercâmbio de um funcionário técnico-administrativo

As cooperações internacionais de pesquisa contribuíram para o crecimento científico de Maria Aparecida

Proporcionar novos caminhos para a colaboração e o desenvolvimento de pesquisas, oferecer oportunidades para alunos estudarem fora do país e possibilitar o aprendizado de novas estratégias de gestão dentro de uma universidade. Essas são algumas das contribuições que a cooperação internacional traz ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

A interação entre os pesquisadores do Instituto e do exterior acontece, na maioria das vezes, por meio da participação em projetos de pesquisa, congressos, workshops e pela realização de intercâmbios, que muitas vezes rendem até convênios com as instituições estrangeiras. O convênio é um acordo estabelecido entre duas entidades para a realização de atividades de comum interesse. Atualmente, o ICMC possui 22 convênios nacionais e outros 26 internacionais firmados com universidades em continentes como Europa, Ásia e América. Além dos acordos oficializados, as demais colaborações estabelecidas, mesmo sem convênio, são muito relevantes: “Mais importante do que o convênio são as atividades científicas que realizamos. Nós desenvolvemos muitos projetos de grande impacto, ainda que não exista um convênio firmado”, diz o presidente da Comissão de Relações Internacionais do ICMC, José Carlos Maldonado. O presidente diz ainda que o estabelecimento de convênios e projetos de pesquisa pode propiciar a ampliação das redes de colaboração.

Um grupo de pesquisa do Instituto que se destaca pelas inúmeras cooperações internacionais é o de Singularidades. Ele surgiu no fim da década de 60 e tem forte participação na formação de novos pesquisadores. Hoje, possui relações sólidas com países como Espanha, França, Japão, Polônia, Inglaterra e Portugal. “Interagir com outros grupos permite ampliar suas possibilidades, suas linhas de pesquisas. Em geral, eles estudam problemas parecidos com os nossos, mas com outro ponto de vista”, explica Maria Aparecida Ruas, professora do ICMC.

Ela também diz que esse tipo de experiência é fundamental para os estudantes: “É muito bom para um jovem pesquisador, no começo de sua carreira, permanecer um tempo em outro centro, de preferência fora do país, para ter uma visão complementar daquela que adquiriu na instituição onde se formou”. Para ela, todos os tipos de relacionamentos e cooperações internacionais de pesquisa que estabeleceu foram de grande valor em sua carreira: “Elas contribuíram para o meu crescimento científico”. 

Uma marca registrada do grupo de Singularidades são as reuniões científicas. A partir da década de 1990, teve início o Workshop de Singularidades, o principal workshop internacional da área que acontece a cada dois anos e recebe participantes de cerca de 20 países. “Essa relação vai crescendo naturalmente, nossos pesquisadores intensificam os contatos com outros centros e o número de visitantes a cada ano aumenta”, finaliza Maria Aparecida.

Projeto aprovado - Possuir convênios com outras universidades do mundo pode facilitar o financiamento de um projeto de pesquisa. Recentemente, a professora Maria Cristina obteve aprovação de um projeto no Programa São Paulo Research International Collaborations (SPRINT). Para que o projeto de um pesquisador seja aceito e financiado na chamada anunciada regularmente pela FAPESP, a universidade que o cientista representa deve possuir convênio com universidades do exterior parceiras da Fundação.

Projeto de Maria Cristina foi aprovado em chamada Sprint da FAPESP

No caso de Maria Cristina, o acordo estabelecido com a Universidade de Bath, uma das parceiras da FAPESP, viabilizou a apresentação da proposta. A vice-diretora realiza pesquisas na área de visualização de dados multidimensionais e trabalha para que essas informações possam ser representadas graficamente e inseridas em interfaces interativas. Mas a interpretação desse tipo de visualização pode ser muito difícil. Por isso, em seu projeto, realizado em parceria com o pesquisador Stephen Payne, da área de psicologia cognitiva, a ideia é estudar como ocorrem os processos cognitivos das pessoas ao analisarem esse tipo de representação gráfica, ou seja, como elas interpretam essas representações de dados multidimensionais.

Além da parceria com a Universidade de Bath, a professora possui cooperação científica com pesquisadores dos Estados Unidos e Canadá. Para ela, a troca de informações entre os cientistas é essencial: “Não existe pesquisa científica se não houver discussão sobre os resultados obtidos. Sem isso, o pesquisador poderá não enxergar outros caminhos promissores”.

A docente completa dizendo que não há uma fórmula exata para encontrar uma parceria ou a colaboração ideal: “Temos que interagir bastante, publicar em bons veículos, participar de congressos e apresentar trabalhos em conferências. É essa exposição que permite identificar outros pesquisadores atuando em áreas afins ou complementares, e assim o contato começa”.

Experiência em outra esfera - No ICMC, além de vários professores e estudantes, o funcionário Paulo Celestini também teve a oportunidade de passar por uma experiência fora do país que possibilitou contribuir com o Instituto. No ano passado, o analista administrativo ficou um mês na Universidade de York, na Inglaterra, estudando o modelo de gestão dos ingleses. Celestini submeteu um projeto em 2014 com esse propósito e foi apoiado pelo Instituto: “O sistema de gestão inglês é muito diferente do nosso, a ideia era ver como tudo funcionava e verificar o que poderíamos aproveitar aqui”, explica o funcionário.

Celestini trouxe algumas ideias da sua experiência que podem ser interessantes para o ICMC. Os departamentos da Universidade de York (que funcionam como as unidades aqui em São Carlos) são os que fazem o controle de arrecadação – a Universidade não é estatal. Eles se esforçam para atrair alunos e repassam uma importância em dinheiro para a administração central. Cenário oposto ao que acontece na USP, onde o Governo repassa uma quantia à Universidade, a qual é distribuída entre suas unidades. No caso dos ingleses, um profissional pode atuar em vários departamentos e, dessa forma, seu salário será pago proporcionalmente por todos os setores em que trabalha. Além disso, os sistemas gerenciais, em particular os de custos, são altamente especializados.  

Celestini passou um mês na Inglaterra estudando o modelo de gestão da Universidade de York
Outro ponto curioso do modelo inglês é que eles possuem um profissional que atua como uma espécie de planejador de carreira. Seu trabalho é se relacionar com empresas para que elas ofereçam oportunidades de emprego aos estudantes e eles fiquem um ano trabalhando na área em que estudam. Esse período de trabalho acontece no meio da graduação: “A vantagem é que, após retornar ao curso, o aluno está muito mais maduro e com uma visão muito além da teoria. Ele fica mais responsável, se relaciona melhor com as pessoas e melhora inclusive seu desempenho na faculdade”, conta Celestini. Ele irá propor um projeto similar para atrair empresas ao Instituto e estimular o estágio entre os alunos ingressantes. 

O funcionário diz ainda que, na Universidade de York, existe um direcionamento muito forte para a atividade-fim e, desde que voltou da viagem, tenta implantar esse espírito no Instituto, além de mostrar para os funcionários a importância de cada um no ICMC. “O funcionário técnico-administrativo tem que apoiar o docente, o pesquisador, o aluno e até mesmo outros funcionários. Então, esse processo de capacitação é importante para que ele possa dar o suporte adequado aos envolvidos. Quando o funcionário vive aquele ambiente acadêmico, passa a entender como tudo funciona”, finaliza.

A oportunidade desse estágio surgiu com a criação, em 2013, do Programa de Incentivo e Apoio à Capacitação os Servidores Técnicos e Administrativos da USP, no exterior, criado pela Reitoria da Universidade e prontamente apoiado pelo ICMC. Atualmente, o Programa está suspenso e o Instituto tem incentivado a participação de servidores em programas com apoio externo, como o Programa Erasmus Mundos, da Comissão Europeia.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do ICMC
Fotos: Reinaldo Mizutani (duas primeiras) e Henrique Fontes (última)

Mais informações
Veja o mapa que mostra o panorama da internacionalização no Instituto: icmc.usp.br/e/93aff
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Representantes da Philips Research visitam ICMC em busca de parcerias

Objetivo da visita foi conhecer as pesquisas desenvolvidas no Instituto e discutir possíveis colaborações científicas


O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da USP São Carlos, recebeu, nesta segunda-feira (22), dois representantes da Philips Research, organização que colabora com o desenvolvimento de pesquisas para a Philips, empresa Holandesa que atua nas áreas de cuidados com saúde, iluminação e produtos de consumo e estilo de vida. Foram apresentados os grupos de pesquisa do ICMC e os principais projetos desenvolvidos pela instituição, com o objetivo de consolidar possíveis parcerias e interesses de pesquisa. 

Os visitantes, Carsten Oliver Schirra e Thomas Wendler, apresentaram também as pesquisas e objetivos da Philips Research. Schirra é formado em Engenharia Biomédica pela Universidade de Karlsruhe, na Alemanha. Hoje coordena relações de colaboração de projetos científicos da Philips entre parceiros acadêmicos e instituições públicas de pesquisa no Brasil. Wendler é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho de pesquisa pioneiro em imagens médicas voltadas para a área de radiologia, aplicadas nos produtos da linha de saúde da marca. O representante da empresa vê São Carlos como um pólo de produção tecnológico. "São Carlos é uma boa cidade, pois já está consolidada na área de tecnologia", disse. 

O professor do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do ICMC, José Alberto Cuminato, apresentou detalhadamente o Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI), centro de pesquisa adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas como recurso industrial.

Os docentes do Departamento de Ciências de Computação do Instituto, Maria da Graça Campos Pimentel, Rosane Minghim, Moacir Pereira Ponti Júnior e Mario Gazziro também apresentaram os principais projetos desenvolvidos por seus grupos nas áreas de interesse dos visitantes. A reunião foi coordenada pela professora Maria Cristina Ferreira de Oliveira. 

Informações
Comissão de Relações Internacionais do ICMC
Tel. (16) 3373-8163
crint@icmc.usp.br

Texto/fotos: Fernanda Vilela e Maristela Galati - Assessoria de Comunicação do ICMC

sexta-feira, 19 de abril de 2013

ICMC recebe representante de universidade sueca para discutir cooperação

Emilia Mendes
(foto: site BTH)
Tendo como uma de suas premissas centrais a internacionalização das  atividades de ensino, pesquisa e extensão, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da USP São Carlos, receberá nos dias 23 a 25 de abril a visita da pesquisadora Emília Mendes, do Blekinge Institute of Technology, da Suécia. A finalidade da visita é discutir possíveis convênios de cooperação acadêmica, incluindo o intercâmbio de estudantes de graduação para a Suécia por meio do programa Ciência sem Fronteiras.

Mendes, que atua no Laboratório de Pesquisa em Engenharia de Software da universidade sueca, participará de reuniões coletivas com os grupos de Engenharia de Software do ICMC-USP e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Fará também reuniões individuais sobre cooperação acadêmica com pesquisadores das duas instituições.

Uma das atividades previstas é aberta ao público, e será realizada nesta quarta-feira, 24 de abril. A pesquisadora ministrará a palestra Are you interested in carrying out your PhD studies in Empirical Systems and Software Engineering at one of the best Universities in the world in these areas? If you are, this seminar is for you. A apresentação terá início às 9h, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no bloco 6 do ICMC.

Segue  resumo da palestra, em inglês:

The Software Engineering Research Laboratory – SERL, is one of the premiere research environments in empirical software engineering, highly ranked and internationally recognized by both universities and among companies. We are successful as we work as a team, but promote and reward excellence. Our University (BTH – Blekinge Institute of Technology) is ranked 6th in the area of “systems and software engineering” by the Journal of Systems and Software for its publications in 2004-2008 and 1st within the European Union. BTH is also a member of ISERN (International Software Engineering Research Network).
Research in SERL is focused on identifying challenges in industry, finding solutions to these challenges in collaboration with industry experts, and making sure that the solutions are evaluated and work in an industrial context. Our research is directed towards the development and maintenance of software-intensive products, systems and services, and focuses on five main areas: i) Software Product Management and Requirements Engineering; ii) Software Architecture; iii) Object Oriented Technology; iv) Verification and Validation; and v) Software Management, Measurement and Quality.
Our research projects can span from working on a project level with agile practices, to the overall management of product and application development.Our PhD students, who all come for different parts of the world thus making SERL a truly international environment, work with relevant challenges posed by industrial partners, which assures that the research is relevant for both a research career and/or a highly qualified position in industry. In addition, the employment rate of our former PhD students is 100% to date, often at top universities or highly qualified positions in industry.
As a member of SERL, you will be working in a dynamic team. Your closest asset is your supervisor – a mentor, a qualified guide, but also a collaborator. As a PhD student you have a lot of responsibility, but your supervisor has a central role as your coach and it is very common that PhD students and supervisors work closely together on almost a daily basis.

Informações
Comissão de Relações Internacionais do ICMC
Tel. (16) 3373-8120