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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Conferência premia 23 trabalhos científicos na área de robótica, sistemas inteligentes e aprendizado de máquina

Eventos científicos da Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014 reuniram mais de 300 pesquisadores em São Carlos

Abertura da conferência foi realizada no ICMC

Eles foram premiados durante a maior conferência sobre robótica e sistemas inteligentes já organizada no Brasil, a Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014. No total, 23 trabalhos receberam esse reconhecimento ao serem apresentados durante os eventos científicos que fizeram parte da conferência, que reuniu em São Carlos mais de 300 pesquisadores brasileiros e estrangeiros (confira a lista completa dos premiados no final deste texto).

“Um dos destaques da conferência foi a palestra de Reid Simmons, da Carnegie Mellon University, um dos pioneiros na área de robótica. Ele é o criador do robô Xavier – um dos robôs mais famosos vendidos na década de 90 nos Estados Unidos e na Europa”, destacou a coordenadora geral da JCRIS 2014, Roseli Romero, professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Uma versão atualizada de Xavier já foi usada como guia turístico no Museu Nacional de História Natural Smithsonian, em Washington. 

“O evento propiciou um período de convivência entre os participantes, que possibilitou a troca de experiências, a discussão de trabalhos e a identificação de interesses comuns. As palestras foram apresentadas por pesquisadores de renome, que trouxeram informações atualizadas sobre suas pesquisas”, ressaltou a professora Heloisa de Arruda Camargo, do Departamento de Computação da UFSCar, uma das coordenadoras do Encontro Nacional de Inteligência Artificial e Computacional (ENIAC) e do Brazilian Conference on Intelligent Systems (BRACIS).

A professora da UFSCar ressalta, ainda, a participação do sueco Patrick Doherty, da Universidade Linköpings, nos eventos. “Nos últimos 20 anos, o grupo de Doherty tem desenvolvido técnicas de planejamento automático, visão computacional, aprendizado de máquina, negociação em sistemas multiagentes, percepção robótica (entre outras) em um sistema de busca e resgate com veículos aéreos não tripulados. O trabalho já está maduro o suficiente para ser aplicado em missões reais”, explica a professora. 

Já o coordenador de programa do II Symposium on Knowledge Discovery, Mining and Learning (KDMiLe), André de Carvalho, também professor do ICMC, afirma que o Simpósio proporcionou a apresentação de novas técnicas para aprendizado de máquina e mineração de dados, além de mostrar como essas técnicas têm sido aplicadas em vários problemas reais. “Houve também um painel que contou com a participação de representantes das indústrias e centros de pesquisa para discutir o uso e a expansão dessas técnicas nos vários setores da economia”, disse Carvalho. 

Diretor da Bloomberg Labs, James Hodson, fez a conferência de abertura da JCRIS

Sobre a JCRIS 2014 – Parte das comemorações dos 80 anos da USP, a Conferência foi promovida conjuntamente pela USP em São Carlos – por meio do ICMC, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), do Centro de Robótica de São Carlos (CRob) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Aprendizado de Máquina e Análise de Dados (NAP-AMDA) – e pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), através do Departamento de Computação e do Departamento de Engenharia Mecânica. 

A JCRIS contou, ainda, com o apoio da Sociedade Brasileira de Automática e da Sociedade Brasileira de Computação, além de suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).


Os 23 trabalhos premiados – Entre os 23 trabalhos premiados, oito são de autoria de professores ou alunos do ICMC e estão destacados na lista abaixo (asterisco). 

Brazilian Conference on Intelligent Systems (BRACIS)
  • Melhor artigo: Label Construction for Multi-label Feature Selection. Autores: Newton Spolaôr, Maria-Carolina Monard, Grigorios Tsoumakas e Huei Lee.*
  • Menção honrosa: Data clustering using topological features. Autores: Cássio Pereira e Rodrigo Mello.*
  • Menção honrosa: An Object-Based Visual Selection Model Combining Physical Features and Memory. Autores: Alcides X. Benicasa, Marcos G. Quiles, Thiago C. Silva, Liang Zhao e Roseli A.F. Romero.*
Encontro Nacional de Inteligência Artificial e Computacional (ENIAC):
  • Melhor artigo: Normalização Textual e Indexação Semântica Aplicadas na Filtragem de SMS Spam. Autores: Tiago P. Silva, Igor Santos, Tiago A. Almeida e José M. G. Hidalgo.
  • Menção honrosa: Agente negociador baseado em técnicas fuzzy. Autores: Miriam Mariela Morveli Espinoza, Myriam Regattieri Delgado e Cesar A. Tacla.
  • Menção honrosa: Alinhamento múltiplo de sequências utilizando otimização dialética. Autores: Rodrigo Gomes De Souza, Antônio Luiz Vieira Da Silva Júnior, Ricardo Yara e Wellington Pinheiro Dos Santos.
Concurso de Teses e Dissertações em Inteligência Artificial e Computacional (CTDIAC):
  • Melhor tese de doutorado: Evolving Granular Systems, de Daniel Leite. Orientadores: Fernando Gomide e Pyramo Costa. Instituição: Escola de Engenharia Elétrica e da Computação/UNICAMP.
  • Segunda melhor tese de doutorado: Redes Neurais e Algoritmos Genéticos para Problemas de Classificação Hierárquica Multirrótulo, de Ricardo Cerri. Orientador: André C. P. L. F. de Carvalho. Instituição: ICMC/USP. *
  • Segunda melhor tese de doutorado: On Extension of Fuzzy Connectives, de Eduardo S. Palmeira. Orientador: Benjamin R. Bedregal. Instituição: Departamento de Informática e Matemática Aplicada/UFRN. 
  • Terceira melhor tese de doutorado: Roteamento Dinâmico de Veículos Não-Holonômicos para Visita a Regiões, de Douglas G. Macharet. Orientador: Mario F. M. Campos. Instituição: Laboratório de Visão Computacional e Robótica/UFMG.
  • Melhor dissertação de mestrado: GPFIS: Um Sistema Fuzzy-Genético baseado em Programação Genética, de Adriano Soares Koshiyama. Orientadores: Marley Vellasco e Ricardo Tanscheit. Instituição: PUC/Rio de Janeiro.
  • Segunda melhor dissertação de mestrado: Data clustering based on collective behavior and self-organization, de Roberto Gueleri. Orientador: Liang Zhao. Instituição: ICMC/USP.*
  • Terceira melhor dissertação de mestrado: Signal Classification by Similarity and Feature Extraction Allows an Important Application in Insect Recognition, de Diego Silva. Orientador: Gustavo Batista. Instituição: ICMC/USP.*
  • Menção honrosa em dissertação de mestrado: Relational Learning by Using Bottom Clauses into C-IL2P, de Manoel Franca. Orientadores: Gerson Zaverucha e Arthur d’Avila Garcez.
II Symposium on Knowledge Discovery, Mining and Learning (KDMiLe):
  • Melhor artigo: An interestingness index for spacetime events. Autores: R. Assunção, F. Silva.
  • Segundo melhor artigo: Ensembles de Classificadores para Bases de Dados Desbalanceadas: Uma Abordagem Baseada em Amostragem Evolucionária. Autores: E. R. Q. Fernandes, A. P. L. de Carvalho, A. L. V. Coelho.*
  • Terceiro melhor artigo: Information Gain Feature Selection for Multi-Label Classification. Autores: Rafael B. Pereira, Alexandre Plastino, Bianca Zadrozny, Luiz H. C. Merschmann.
  • Melhor pôster: Usando Semi-supervisão para definir Representantes Auxiliares em Processos de Agrupamentos de Dados. Autores: W. J. Silva, M. C. N. Barioni, S. de Amo, H. L. Razente.
Workshop on MSc Dissertation and PhD Thesis in Robotics (CTDR):
  • Melhor tese de doutorado: Roteamento Dinâmico de Veículos Não-Holonômicos para Visita a Regiões, de Douglas G. Macharet. Orientador: Mario Fernando M. Campos. Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais.
  • Segunda melhor tese de doutorado: Aperfeiçoamento de uma Arquitetura para Robótica Social, de Renato Ramos da Silva. Orientadora: Roseli Aparecida Francelin Romero. Instituição: ICMC/USP. *
  • Melhor dissertação de mestrado: Segregative Behaviors in Swarm Systems, de Vinicius Graciano Santos. Orientador: Luiz Chaimowicz. Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais.
  • Segunda melhor dissertação de mestrado: Relational Transfer across Reinforcement Learning Tasks via Abstract Policies, de Marcelo Li Koga. Orientadores: Valdinei Freire e Anna Helena Reali Costa. Instituição: Escola Politécnica/USP.
  • Segunda melhor dissertação de mestrado: Inversa Filtrada: Uma Solução Alternativa para a Cinemática Inversa de Robôs Manipuladores, de Lucas V. Vargas. Orientadores: Antônio Leite e Ramon R. Costa. Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Texto: Denise Casatti (Assessoria de Comunicação do ICMC) com a colaboração de Keite Marques (Assessoria de Comunicação da EESC)

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Como a robótica em sala de aula pode despertar o talento de jovens cientistas

Presentes na Mostra Nacional de Robótica, Lampião e Virgulino são um exemplo de que a robótica aliada ao ensino é capaz de motivar estudantes na busca por soluções para os problemas que afligem a humanidade

Dança com robôs foi uma das principais atrações da Mostra
Lampião veio de Recife para São Carlos. Mas de nada adiantava percorrer esses mais de 2,6 mil quilômetros sem Vírgulino. É a parceira de sucesso dos dois que traz esperança para os idosos: juntos, eles são capazes de estimular quem tem mais de 60 anos a fazer exercícios físicos, o que pode ajudar a combater a doença que mais os acomete, a depressão. Essa dupla dinâmica consegue, ainda, lembrar os idosos dos horários em que devem tomar seus remédios e promover entretenimento por meio da contação de histórias, da leitura de poesias e da visualização de imagens. 

Mas Lampião e Virgulino só ganharam vida por causa do esforço de um grupo de dez estudantes do Colégio Apoio, de Recife. Foram necessários mais de três anos de pesquisa para criar o robô Lampião – que tem cerca de 1 metro de altura, é feito de armação de ferro e coberto de papel machê verde – e o aplicativo Virgulino, que mora em tablet, acoplado à barriga de Lampião. De 19 a 22 de outubro, esses dois nordestinos estiveram em São Carlos participando da Mostra Nacional de Robótica (MNR). Chegaram à cidade acompanhados por duas professores e por um grupo de 30 alunos, responsáveis por apresentar 17 trabalhos no evento.

Eles estão entre os 110 projetos de escolas de ensino médio, fundamental, técnico e de unviersidades de todo o país que foram selecionados para a Mostra este ano e apresentados em São Carlos, durante a Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014, a maior conferência sobre robótica e sistemas inteligentes já organizada no Brasil. Realizada em São Carlos de 18 a 23 de outubro, a Conferência reuniu um total de 12 eventos.

No universo rico e complexo desses 110 trabalhos, Lampião e Vírgulino são o exemplo de que a robótica aliada ao ensino é capaz de motivar os estudantes na busca por soluções para os problemas que afligem a humanidade. Em cada um dos projetos apresentados, mora uma semente de inovação.

Da esquerda para a direita: Adriano, Lampião com Virgulino, Tiago e Vancleide
“A gente visitou um asilo e viu que o maior problema era a depressão. Conversando com especialistas da área de fisiologia e psicologia, descobrimos que, com 30 minutos diários de exercícios físicos, há a liberação de um neurotransmissor no cérebro chamado serotonina, que traz prazer e bem estar, combatendo a depressão”, explica Adriano Maciel, 14 anos, aluno do 9º ano do ensino fundamental no Colégio Apoio. Seu colega de sala, Tiago Moraes, mostra que Lampião é todo articulado. “Assim, os idosos podem repetir os movimentos realizados pelo robô”, completa.

Para a coordenadora do projeto, a professora de tecnologia Vancleide Jordão, os alunos que participam desse tipo de iniciativa trazem a perspectiva de um novo Brasil. “Eles estudam mais e não se limitam. São alunos que querem ser cientistas”, diz. Para o coordenador da MNR, Alexandre Simões, professor de robótica da UNESP, as atividades relacionados à robótica exercem uma atração natural no público jovem, já que se trata de uma geração que possui um grande fascínio pela tecnologia e pela ficção científica: “Hoje, quando o professor entra em sala de aula, ele disputa a atenção com o celular. Nas aulas de robótica, canalizamos essa energia em prol do aprendizando, pois o aluno está naturalmente interessado em construir um robô ou um aplicativo”.

Simões ressalta, ainda, que a robótica em sala de aula está em sintonia com a pedagogia construtivista de Piaget e Papert, pois a proposta desses educadores é construir o conhecimento a partir do contato com um problema real e concreto, trazido pelo desafio de se criar um robô ou um aplicativo. “Uma aula que nos mostra a solução para um problema que não temos é muito desinteressante. Mas quando a gente tem um problema real e precisamos procurar ferramentas para solucioná-lo, dificilmente esse conhecimento que adquirimos será esquecido”, assegura.

Na opinião de Simões, o grande desafio para a expansão do ensino da robótica pelas escolas do país está na capacitação de professores: “Quando a gente passa a usar a robótica em sala de aula, precisamos trabalhar de uma forma diferente da que usualmente estamos acostumados”. Simões explica que nesse novo modo de ensinar, cada aluno acaba fazendo uma pergunta diferente do outro e as dúvidas vão surgimento em diferentes momentos do aprendizado. Nesse processo, os alunos constroem seu conhecimento de acordo com a bagagem que trazem. “Isso assusta um pouco o professor em um primeiro momento, porque é uma aula que foge da tradicional preparação. O professore precisa estar pronto para enfrentar a dúvida que vier nesses diferentes momentos. É uma mudança de paradigma na forma de ensinar”.

A professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, conta que o Centro de Robótica de São Carlos (CROB) vem realizando um esforço para estimular as escolas da região a usarem a robótica em sala de aula. No início deste ano, aconteceu um ciclo de palestras para treinar os professores. Essas palestras motivaram várias escolas da região a participaram das competições de robótica que aconteceram juntamente com a MNR. Segundo ela, os educadores que necessitarem de apoio na hora de trabalhar com o tema podem entrar em contato com o CROB pelo e-mail rafrance@icmc.usp.br

A motivação para encarar o desafio de incluir a robótica em sala de aula, segundo os professores que trilharam essa jornada, é a certeza de que essa pode ser uma ferramenta capaz de despertar nos jovens o sonho de ser cientista e o prazer pela descoberta do conhecimento. Algo que, dificilmente, a gente consegue aprender sem nunca ter experimentado.

Horta hidropônica automatizada do Instituto Federal da Bahia
(campus Santa Inês) é outro destaque da MNR

Vale a pena participar – Lampião e Virgulino são veteranos na MNR. No ano passado, eles foram reconhecidos como um dos destaques da Mostra de 2013 devido a seu impacto social. Por causa disso, os estudantes Tiago e Adriano receberam uma bolsa de Iniciação Científica Júnior (ICJ) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para continuarem a desenvolver o projeto.

Alunos regularmente matriculados no sistema de ensino público ou privado (ensino fundamental, médio, técnico, superior ou pós-graduação) podem inscrever trabalhos na Mostra e seus professores orientadores devem ser co-autores dos trabalhos. Qualquer professor ou pesquisador associado a uma universidade, instituto ou empresa também está apto a submeter um trabalho como autor na categoria pesquisa. Os trabalhos que se destacam na MNR – que seja por mérito acadêmico, técnico ou pelo impacto social – são premiados e podem receber uma bolsa ICJ do CNPq. As inscrições para a Mostra, que é uma iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos, costumam acontecer entre março e junho de cada ano.

“A MNR dá oportunidade para que os alunos apresentem ideias de inovação tecnológica. Mesmo que o trabalho ainda não esteja pronto, ele pode expor sua ideia, ver como é recebida e continuar desenvolvendo o projeto depois”, explica Romero.

Todos os trabalhos selecionados para a MNR ficam disponíveis para o público em uma mostra virtual no site http://www.mnr.org.br/mostravirtual, servindo de referência para professores e estudantes realizarem futuros projetos. Além disso, as empresas que se interessarem por comercializar o resultado de um dos trabalhos apresentados pode entrar em contato com os organizadores pelo e-mail organizacao@mnr.org.br.

Texto e fotos: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Site da MNR: www.mnr.org.br
Site do CROB: www2.eesc.usp.br/crob

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A robótica toma conta da USP em São Carlos

Três eventos científicos da área de robótica serão realizados simultaneamente na cidade como parte da maior conferência sobre robótica e sistemas inteligentes já organizada no Brasil, a JCRIS 2014


Enquanto os robôs invadem São Carlos trazidos pelos estudantes que participarão de competições a partir do próximo domingo, 19 de outubro, os pesquisadores também tomam conta da cidade para discutir os avanços científicos na área de robótica. Eles participarão de três eventos: Robocontrol; Brazilian Symposium on Robotics (SBR); e Latin American Robotics Symposium (LARS).

“Neste ano, 76 artigos de 8 países distintos foram submetidos para os três eventos: 57 foram para o LARS/SBR e 19 para o Robocontrol. Entre esses, 45 foram aceitos: 37 no LARS/SBR e 8 no Robocontrol”, revela um dos coordenadores dos eventos, Valdir Grassi Jr, professor da Escola de Engenharia de São Carlos.

O evento é parte da Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014, a maior conferência sobre robótica e sistemas inteligentes já organizada no Brasil. Realizada em São Carlos de 18 a 23 de outubro, a Conferência congrega um total de 12 eventos e tem como público esperado três mil participantes.

Sobre a JCRIS 2014 – Parte das comemorações dos 80 anos da USP, a Conferência é promovida conjuntamente pela USP em São Carlos – por meio do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), do Centro de Robótica de São Carlos (CRob) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Aprendizado de Máquina e Análise de Dados (NAP-AMDA) – e pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), através do Departamento de Computação e do Departamento de Engenharia Mecânica. 

A JCRIS conta, ainda, com o apoio da Sociedade Brasileira de Automática e da Sociedade Brasileira de Computação, além de suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Mais informações
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Obra apresenta panorama inédito da robótica móvel ao reunir 35 especialistas brasileiros

Lançamento do livro acontecerá dia 20 de outubro, em São Carlos, durante a maior conferência sobre robótica e sistemas inteligentes já organizada no país


Tornar-se um ponto de partida para quem deseja se aventurar pela robótica móvel ou aprimorar os conhecimentos já adquiridos. Esse é o objetivo de Robótica Móvel, um livro da editora LTC escrito por 35 autores que atuam nas principais universidades brasileiras. Eles construíram, em 17 capítulos, um panorama sobre o estado da arte dessa área de pesquisa no Brasil e no exterior.

A obra foi organizada pelos professores Roseli Romero, Fernando Osório e Denis Wolf, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pelo professor Edson Prestes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O lançamento acontecerá no próximo dia 20 de outubro, durante a Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014, o maior evento já organizado no país sobre robótica e sistemas inteligentes, que será realizado pela primeira vez em São Carlos.

No livro, os holofotes estão sobre os robôs móveis, que são aqueles capazes de se locomover de diferentes formas, tal como os veículos autônomos, os robôs com pernas, os robôs aéreos e os submarinos. “A robótica móvel está a serviço do ser humano. Sua relevância pode ser melhor compreendida quando pensamos nos robôs colocados para atuar em ambientes perigosos, evitando-se, assim, que a vida humana seja colocada em risco”, explica uma das organizadoras da obra, Roseli Romero.

Foram necessários quatro anos para reunir o material de 35 autores de diferentes grupos de pesquisa existentes nas principais universidades brasileiras. “Queríamos divulgar o trabalho realizado por esses grupos. Por isso, abrimos uma chamada para o recebimento das propostas de capítulos e fizemos uma seleção a fim de manter um padrão de qualidade”, conta Romero. 

Ela lembra que a ideia de criar a obra surgiu em 2011, durante um congresso da Sociedade Brasileira de Computação, quando foi ministrado um minicurso sobre robótica móvel. No final do evento, que teve um recorde de inscrições, os estudantes estavam ávidos por mais informações: queriam saber onde encontravam material para estudar sobre o assunto, como localizavam grupos de pesquisa, em que lugares podiam encontrar aqueles robôs de que os pesquisadores falavam. Então, nasceu a proposta de criar uma obra capaz de responder a essas questões, levando informações para os estudantes. “São capítulos que trazem conceitos básicos para quem deseja começar a atuar nessa área, independentemente de estar na graduação ou pós-graduação”, completa a professora.

Desafio multidisciplinar – Um dos principais desafios enfrentados pelos robôs móveis é interagir com o ambiente e tomar decisões corretas para que as tarefas sejam executadas com êxito. “Robôs móveis devem ser capazes de atuar em ambientes desconhecidos e dinâmicos e de reagir diante de situações imprevistas”, explicam os organizadores da obra no capítulo 1, chamado Introdução à robótica móvel

Para enfrentar um desafio como esse é preciso reunir conhecimentos de engenharia mecânica, elétrica, mecatrônica, computação, além de informações provenientes de outras ciências, tais como psicologia, neurociência e biologia. Romero explica que a robótica é, em essência, uma área multidiscipliar.

Segundo a professora, o crescimento do interesse pela robótica está intimamente relacionado com o aumento da percepção de que os bons profissionais devem ter conhecimentos multidisciplinares. Por isso, os estudantes que trabalham com robôs têm essa vantagem, especialmente por adquirirem conhecimentos tanto em software quanto em hardware. “Se, por um lado, a robótica depende da computação e a utiliza, pois um robô não faz nada sem uma programação; por outro, a robótica inspira novas criações no campo da computação”, considera a professora.

Essa relação que a robótica estabelece com a computação e com outras áreas do conhecimento tem levado a avanços consideráveis em diversos campos, impulsionados pelos desafios que essas máquinas vêm apresentando aos humanos. A obra Robótica Móvel mostra essas diversas possibilidades de integração da robótica com outras esferas do conhecimento.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

São Carlos é palco para os eventos mais relevantes do Brasil na área de inteligência artificial e computacional

Em outubro, aproximadamente 250 pesquisadores se reunião na cidade para trocar experiências no campo da inteligência artificial e computacional



Um fórum de discussões para que pesquisadores, profissionais, educadores e estudantes apresentem as inovações, tendências e compartilhem experiências no campo da inteligência artificial e computacional. Esse é o objetivo de dois eventos conjuntos a serem realizados em outubro em São Carlos: o Brazilian Conference on Intelligent Systems (BRACIS) e o Encontro Nacional de Inteligência Artificial e Computacional (ENIAC).

Ambos estão sendo organizados pelos professores Estevam Hruschka Junior e Heloisa de Arruda Camargo, do Departamento de Computação da UFSCar, e acontecerão na USP em São Carlos, de 19 a 23 de outubro. Os dois fazem parte da Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014, um conjunto de competições e eventos científicos nas áreas de robótica e sistemas inteligentes.

“Esses dois eventos são realizados em conjunto para que possamos atrair a participação de mais estudantes que estão desenvolvendo pesquisas nessa área, seja em projetos de iniciação científica ou na pós-graduação”, explica Camargo. Segundo a professora, um dos diferenciais do evento é reunir pesquisadores da área de inteligência artificial e de inteligência computacional. “As comunidades de inteligência artificial e inteligência computacional compartilham de objetivos comuns, mas historicamente abordam os problemas por meio de enfoques diferentes. Ao possibilitarmos a troca de informações entre essas duas esferas, enriquecemos a visão desse campo do conhecimento”, completa a professora.

Além das seções técnicas em que os pesquisadores apresentarão os trabalhos selecionados para os eventos, haverá palestras com os seguintes convidados: 
  • Fabio Ramos, da Universidade de Sydney, que explicará a metodologia usada para desenvolver um aplicativo capaz de prever a poluição do ar em tempo real na região de Hunter Valley, na Austrália;
  • James Hodson, do Laboratório da Bloomberg, que analisa o impacto das redes sociais sobre o mercado financeiro;
  • Patrick Doherty, da Universidade de Linköping, na Suécia, que estuda sistemas para aeronaves não tripuladas; 
  • Ana Lúcia Bazzan, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que pesquisa sistemas multiagentes em aprendizado de máquina;
  • Carlos Soares, da Universidade do Porto, em Portugal, que apresentará desafios do desenvolvimento de projetos de data mining.
As inscrições para o BRACIS/ENIAC podem ser realizadas pelo site (https://centraldesistemas.sbc.org.br/ecos/bracis2014) ou no local do evento. As taxas de inscrição variam de R$ 450,00 (estudantes associados à Sociedade Brasileira de Computação ou à Sociedade Brasileira de Automática) a R$ 700,00 (pesquisadores não ligados às instituições).

Sobre a JCRIS 2014 – A JCRIS congrega um total de 12 eventos e tem como público esperado três mil participantes. Parte das comemorações dos 80 anos da USP, a Conferência é promovida conjuntamente pela USP em São Carlos – por meio do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), do Centro de Robótica de São Carlos (CRob) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Aprendizado de Máquina e Análise de Dados (NAP-AMDA) – e pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), através do Departamento de Computação e do Departamento de Engenharia Mecânica. 

A JCRIS conta, ainda, com o apoio da Sociedade Brasileira de Automática e da Sociedade Brasileira de Computação, além de suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

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E-mail: eventos@icmc.usp.br

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Os robôs estão chegando a São Carlos: público pode acompanhar ao vivo essa invasão

Entre os dias 18 e 22 de outubro, você poderá fazer parte de um cenário de ficção científica, assistindo, ao vivo, diferentes competições de robôs e conferindo os inúmeros desafios que essas máquinas, tão iguais e tão diferentes de nós, são capazes de superar

Os robôs humanoides prometem jogar um bolão no evento

Se você gosta de robôs, São Carlos é o lugar certo para estar entre os dias 18 e 22 de outubro. A cidade será, literalmente, invadida por robôs e você terá a oportunidade de conferir tudo ao vivo. É onde acontecerão, simultaneamente, três grandes competições de robótica e uma mostra nacional abertas ao público e gratuitas. Para explicar tudo o que está acontecendo na arena das competições, haverá monitores à disposição dos grupos que se inscreverem antecipadamente por meio deste link: icmc.usp.br/e/d7aa4.

As escolas da região estão convidadas para trazer suas turmas e acompanhar o evento, assim como o público em geral. Com a ajuda dos monitores, os estudantes poderão compreender tudo o que está acontecendo nas arenas de competições dispostas no salão de eventos e no ginásio de esportes da USP em São Carlos.

No sábado, 18 de outubro, é dia de aproximadamente 170 equipes se apresentarem para as duas competições (Latin American Robotics Competition e Competição Brasileira de Robótica). No domingo, às 13 horas, começa a jornada de desafios dos robôs trazidos por esses 20000 competidores. A história prossegue até o dia 22, quando acontecem as premiações.

“Sempre gostei de colocar a mão na massa e ver na prática a computação funcionar”, conta um dos organizadores do evento, Eduardo Fraccaroli. Ele se consagrou campeão latino-americano em 2010, na categoria simulação de futebol de robôs em 2D. Em 2006 e 2009, competindo na mesma categoria, foi campeão da competição brasileira. Hoje, Fraccaroli faz doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. 

“Estimular a participação nas competições de robótica é uma forma de trazermos mais conhecimento sobre essa área, fortalecendo a robótica no Brasil”, explica o doutorando. “Fazendo um paralelo com a Fórmula 1, em que todas as tecnologias estudadas e testadas nas pistas podem ser utilizadas nos carros nas rua, nas competições de robótica, a ideia é a mesma. Tudo o que é estudado e testado pode ser empregado nos produtos que estarão disponíveis no mercado num futuro próximo”, completa Fraccaroli.

As cenas vistas durante a final mundial da RoboCup,
em João Pessoa, em julho, agora se repetirão em São Carlos

Futebol e outros desafios – Entre as diversas modalidades que compõe a 13th Latin American Robotics Competition (LARC) e a 12ª Competição Brasileira de Robótica (CBR), há quatro destinadas especialmente ao futebol de robôs: humanoide, em que o jogo é disputado por robôs que tem alguma similaridade com os humanos (como o robô Nao, por exemplo); small-size, em que o tamanho reduzido é o diferencial; além das categorias de simulação 2D e 3D. A RoboCup é a organização responsável por estabelecer as regras dessas competições, que agregam ainda outras modalidades, como, por exemplo, a dos robôs que precisam atuar como agentes de resgate (RoboCup Rescue Simulation Agents) e a dos que realizam atividades domésticas (RoboCup @Home). 

Outra organização participante da iniciativa é o IEEE Robotics and Automation Society, que estabelece as normas para outras quatro modalidades das competições, entre elas a corrida de robôs humanoides (IEEE Humanoid Robot Racing) e uma modalidade aberta (IEEE Open), em que, a cada dois anos, são propostos novos desafios aos competidores. Este ano, haverá um tanque repleto de água onde os robôs deverão superar o desafio de transportar uma carga entre a plataforma flutuante e a superfície. “O objetivo aqui é simular o que acontece em uma plataforma de petróleo, quando é necessário transportar uma carga da plataforma para a terra e vice-versa”, explica Fraccaroli.

Para saber mais detalhes sobre as duas competições (LARC/CBR), acesse o site http://www.cbrobotica.org/

Desafios domésticos fazem parte de uma das modalidades

Escolas competindo – Já a 8ª Olimpíada Brasileira de Robótica vai reunir em São Carlos as equipes das escolas que, após participarem das etapas estaduais da Olimpíada, alcançaram os melhores resultados e chegaram à final nacional. Também conhecida como RoboCup Junior Rescue A, a final nacional da OBR garante aos campeões de cada nível (fundamental, médio ou técnico) uma vaga para participar da RoboCup Junior Mundial 2015, a ser realizada na Tailândia.

Essa competição vai reunir 80 equipes, cerca de 320 competidores, que chegam à cidade no dia 19 e vão competir durante três dias: de 20 a 22 de outubro. “Em 2012, a OBR contabilizou 300 equipes inscritas na competição em todo o Brasil; em 2013 esse número subiu para 800 e, em 2014, foram 1,9 mil equipes”, destaca Flávio Tonidandel, coordenador geral da OBR. Para saber mais, acesse http://www.obr.org.br.

São Carlos também sediou a etapa regional da OBR este ano

Além das competições – Além de abrigar essas três competições, São Carlos também sediará, durante o mesmo período, a 4ª Mostra Nacional de Robótica (MNR). Considerada a maior mostra de trabalhos em robótica do país, o evento busca a valorização do conhecimento interdisciplinar e integrado, estimulando a submissão de trabalhos na fronteira entre a robótica e diversas outras áreas do conhecimento, tais como: artes, humanidades, ensino, ciências e inovação, além das áreas tradicionais, como elétrica, mecânica e computação. Serão apresentados trabalhos nos formatos de arquivo multimídia, além do tradicional artigo científico.

Todos essas iniciativas fazem parte da Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014, que congrega um total de 12 eventos e tem como público esperado três mil participantes. As três competições e a mostra serão realizadas em conjunto com diversos eventos científicos nas áreas de robótica e sistemas inteligentes. Para saber mais sobre os eventos científicos, acesse http://jcris2014.icmc.usp.br.

A JCRIS 2014 é parte das comemorações dos 80 anos da USP, sendo promovida conjuntamente pela USP em São Carlos – por meio do ICMC, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), do Centro de Robótica de São Carlos (CRob) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Aprendizado de Máquina e Análise de Dados (NAP-AMDA) – e pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), através do Departamento de Computação e do Departamento de Engenharia Mecânica.

O evento conta, ainda, com o apoio da Sociedade Brasileira de Automação (SBA) e da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), além de suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

“Essa é uma grande oportunidade para o público conhecer diferentes tipos de robôs e ver as equipes montando e desmontando seus equipamentos, calibrando os sistemas. Isso é muito estimulante, porque estamos falando de uma área multidisciplinar, que integra conhecimentos de hardware e software. Qualquer pessoa que tenha experiência em hardware e software pode colocar suas ideias em prática e contribuir para a inovação tecnológica”, finaliza a coordenadora geral da JCRIS 2014, Roseli Romero.

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Crédito das imagens: Valdecir Becker (fotos 1, 2 e 3); Denise Casatti (foto 4)

Mais informações

Link para agendamento das visitas em grupo com os monitores: icmc.usp.br/e/d7aa4
Vídeo de divulgação: http://youtu.be/PctIT-qlkjY
Site da JCRIS 2014: http://jcris2014.icmc.usp.br
Telefone: (16) 9.8826.2807
E-mail: organizacao@cbrobotica.org

Como chegar ao local das competições
Salão de eventos e ginásio de esportes do campus I da USP em São Carlos
Endereço: acesso via Rua dos Inconfidentes, 85 (ao lado do Colégio CAASO)
Veja como chegar ao local: www.icmc.usp.br/e/5e5b5

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Em outubro, São Carlos será invadida por robôs

USP receberá competições e eventos científicos relacionados à robótica e inteligência artificial; inscrições estão abertas para público acadêmico e alunos do ensino fundamental, médio e técnico

Conferência agrega 12 eventos da área de robótica e inteligência artificial
e deverá atrair mais de 3 mil participantes
Esqueça a representação clássica da robótica em cenários futuristas de filmes de ficção científica. A área já é uma realidade presente em vários segmentos da sociedade, sendo objeto de estudos acadêmicos e do mercado de produtos e serviços. Um cenário ideal para reunir os principais cérebros nessa área é a cidade de São Carlos, capital da tecnologia, que abriga o primeiro centro de robótica do Brasil.

Entre os dias 18 e 23 de outubro, a cidade receberá a Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014, um conjunto de competições e eventos científicos nas áreas de robótica e sistemas inteligentes. A conferência, que congrega um total de 12 eventos, tem como público esperado três mil participantes.

Para a coordenadora geral da JCRIS 2014, Roseli Romero, a realização desses eventos na USP em São Carlos é pioneira tanto em relação às atividades relacionadas à área de robótica quanto à área de sistemas inteligentes. “Será uma grande oportunidade para alunos e pesquisadores se inteirarem dos últimos resultados obtidos em pesquisas nessas áreas. Estamos contando com a presença de alunos e pesquisadores do Brasil todo e também da América Latina, além da presença de seis convidados internacionais, que ministrarão palestras sobre temas atuais relacionados a esses campos do conhecimento e também de outros pesquisadores nacionais renomados na área”, explicou Roseli, que é professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP.

Até a data de início da conferência é possível realizar as inscrições para o evento, porém, até 31 de agosto, há desconto na taxa. Um desconto menor é oferecido para quem se inscrever até 30 de setembro. No site do evento, é possível conferir os valores e fazer a inscrição.

Etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica também
ocorreu este ano, pela primeira vez, em São Carlos
Mostra e competições - Parte da programação da JCRIS 2014 é composta por mostras e competições que, além do público acadêmico, são abertas para todos os alunos do ensino fundamental, médio e técnico. Esses eventos são:
  • 4ª Mostra Nacional de Robótica (MNR)
  • 13th Latin American Robotics Competition (LARC)
  • 12ª Competição Brasileira de Robótica (CBR)
  • 8ª Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR)
  • 5th Workshop of Robotics in Education (WRE)
Considerada a maior mostra de trabalhos em robótica do país, a MNR busca a valorização do conhecimento interdisciplinar e integrado, estimulando a submissão de trabalhos na fronteira entre a robótica e diversas outras áreas do conhecimento, tais como: artes, humanidades, ensino, ciências e inovação, além das áreas tradicionais, como elétrica, mecânica e computação. A mostra caracteriza-se ainda por sua linguagem abrangente e inclusiva, aceitando trabalhos nos formatos de arquivo multimídia, além do tradicional artigo científico.

Simultaneamente à mostra ocorrerão as principais competições de robótica autônoma da América Latina e do Brasil: a LARC e a CBR. Nesses eventos, robôs competem entre si em jogos de futebol, sem nenhum controle humano, em diversas categorias. É possível inscrever times para participação presencial ou remota até 19 de setembro.

Há ainda o WRE, um workshop voltado para o uso da robótica no processo de aprendizagem. O evento discutirá os aspectos técnicos e educacionais do uso da robótica na educação. Dentre os temas abordados estão a formação de professores em robótica, as plataformas educacionais, os robôs baseados em web e os robôs de baixo custo.


Eventos científicos - Apresentar os resultados das pesquisas mais recentes e trocar experiências sobre o desenvolvimento, inovações, ferramentas e técnicas nos campos relacionados à robótica. Esse é o objetivo dos eventos científicos vinculados à JCRIS, que têm como público-alvo pesquisadores, profissionais, educadores e estudantes de graduação e pós-graduação. A programação desses eventos é composta por palestras, sessões de apresentação oral e de pôsteres, além de concursos de teses e dissertações. Compõe a JCRIS 2014 os seguintes eventos científicos:
  • Robótica e automação: 11th Latin American and 2nd Brazilian Robotics Symposium (LARS/SBR); 6th Workshop in Applied Robotics and Automation (ROBOCONTROL); 2nd Workshop on MSc Dissertation and PhD Thesis in Robotics (CTDR/WTDR).
  • Inteligência artificial e computacional: Brazilian Conference on Intelligent Systems (BRACIS); Encontro Nacional de Inteligência Artificial e Computacional (ENIAC); 9th DSc Theses/MSc Dissertations Contest in Artificial and Computational Intelligence (CTDIAC).
  • Mineração de dados e aprendizado de máquina: 2nd Symposium on Knowledge Discovery, Mining and Learning (KDMiLe).

Organização e apoio - A JCRIS 2014 compõe parte das comemorações dos 80 anos da Universidade de São Paulo, sendo promovida conjuntamente pela USP em São Carlos, através do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Centro de Robótica de São Carlos (CRob), e pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), através do Centro de Aprendizado de Máquina e Análise de Dados, do Departamentos de Computação e do Departamento de Engenharia Mecânica. 

O evento conta, ainda, com o apoio da Sociedade Brasileira de Automação (SBA) e da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), além de suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Texto: Neylor Fabiano – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Crédito das fotos: a primeira imagem (grupo de robôs) é de autoria de Neylor Fabiano/Assessoria de Comunicação ICMC/USP; as demais imagens são de autoria de Denise Casatti/Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Seção de Eventos do ICMC: eventos@icmc.usp.br
Telefone: (16) 3373. 9622