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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Suicídio: curso no ICMC contribui para reconhecer situações e comportamentos de risco

Atividade acontecerá na quarta-feira, 27 de novembro, das 14 às 18 horas


Diante do aumento no número de casos de suicídio entre a população jovem, incluindo os estudantes universitários, capacitar mais pessoas para reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo permite criar uma rede de acolhimento e prevenção. É com esse intuito que o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, oferece o curso de extensão Amigos em risco: como posso ajudar? 

A atividade ocorrerá no dia 27 de novembro, das 14 às 18 horas, na sala 4-003. O objetivo é formar multiplicadores para identificar situações e comportamentos de risco, atuando no acolhimento e encaminhamento de indivíduos para os serviços especializados. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas, até o dia 25 ou enquanto houver vagas, diretamente neste link do Sistema Apolo: icmc.usp.br/e/4e205

O curso é uma iniciativa do Grupo de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) do ICMC e será ministrado pela psicóloga Tais Bleicher, que é mestre em psicologia clínica e cultura e doutora em saúde coletiva. Atualmente, Tais é professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), onde também compõe a comissão institucional de estudo da política de saúde mental. Além disso, atua como supervisora de estágio no GAPsi e também no programa Apoia USP.


Texto: Gabriela Bidin - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Amigos em risco: como posso ajudar? 
Inscreva-se até o dia 25 ou enquanto houver vagas: icmc.usp.br/e/4e205
Confira o programa: icmc.usp.br/e/3af86
Onde será o curso: sala 4-003, no bloco 4 do ICMC 
Endereço: avenida Trabalhador são-carlense, 400 
Mais informações: (16) 3373.9146 ou ccex@icmc.usp.br

Saiba mais sobre prevenção do suicídio 
Cartilha informativa: icmc.usp.br/e/00e8c 
Centro de Valorização da Vida: https://www.cvv.org.br/
Grupo de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) do ICMC: gapsi@icmc.usp.br

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Veterano: saiba como você pode ajudar na integração dos calouros

A ideia é criar uma rede de apoio para os ingressantes nos cursos do ICMC


Entrar em uma universidade pode acarretar diversas mudanças na vida. Muitos estudantes deixam o ambiente familiar e a cidade onde morava. Todas as transformações que acontecem nesse novo período podem dificultar a adaptação ao ritmo do ensino superior. Quem já foi calouro um dia sabe muito bem os desafios enfrentados na chegada ao ambiente universitário. Por isso, é fundamental preparar os veteranos para realizar um acolhimento adequado aos alunos ingressantes. Esse é um dos objetivos de uma iniciativa proposta pelo Grupo de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

A ideia do Grupo é que as ações de acolhimento aos calouros sejam decididas coletivamente pelos próprios veteranos, a partir da realização de uma roda de conversa de capacitação sobre o assunto. “Nessa nova fase, é preciso gerir a vida pessoal, acadêmica e financeira. Pode ser difícil se adaptar a novas lógicas sociais, institucionais e culturais. Todas essas mudanças podem ser percorridas mais naturalmente se o indivíduo puder contar com uma rede de suporte”, explica Giuliana Mazota, estagiária de psicologia da Universidade Federal de São Carlos, que atua no GAPsi.

Os veteranos interessados em participar da rede de apoio aos alunos que vão ingressar no ICMC devem se inscrever por meio deste formulário: icmc.usp.br/e/2a686. Os inscritos serão informados sobre as atividades de capacitação por e-mail, antes da primeira semana de aula.

Sobre o GAPsi – Com a finalidade de criar ações que sirvam de apoio aos estudantes na prevenção e redução de danos, o ICMC criou o GAPsi, que é composto por seis colaboradores, além de uma estagiária de psicologia da UFSCar. “O grupo começou a se reunir no início de 2018 para desenvolver algumas atividades relacionadas à saúde mental durante o semestre. Além de organizar essas ações, também foram sugeridos assuntos para a formação de grupos focais com os estudantes. Sofrimento psíquico, vício em mídias digitais, depressão e ideações suicidas são alguns dos tópicos selecionados”, conta a funcionária Maria Fernanda Marreta.

Para a professora Simone Souza, coordenadora do grupo, é de extrema importância desenvolver atividades preventivas de caráter psicopedagógico que promovam a saúde e o bem-estar psicológico, além de oferecer capacitação em estratégias de aprendizagem, comunicação e de resolução de problemas. As demandas da faculdade, uma rotina intensa de estudos e a pressão social podem contribuir para a redução da qualidade de vida dos estudantes, que muitas vezes começam a sentir sofrimento psíquico. Com informação e suporte da universidade, o aluno pode enfrentar com sucesso sua adaptação, permanência e atividades de estudo e, ainda, aprender a ter hábitos saudáveis que ajudam na prevenção de sofrimento. 

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Saiba mais sobre o GAPsi: icmc.usp.br/e/9cb66
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9146
E-mail: gapsi@icmc.usp.br

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Alunos do ICMC contam com apoio de grupo psicopedagógico

Próxima atividade do grupo será nesta quinta, dia 28, quando ocorrerá a palestra “Domínio emocional em essência


A euforia sentida por calouros que entram na melhor universidade da América Latina, a USP, logo pode se transformar em angústia e tristeza. As demandas da faculdade, uma rotina intensa de estudos e a pressão social podem contribuir para a redução da qualidade de vida dos estudantes, que muitas vezes começam a sentir sintomas de algum sofrimento psíquico.

Com a finalidade de informar sobre essa questão e promover reflexões, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da USP, em São Carlos criou um grupo de apoio psicopedagógico. De acordo com a funcionária Maria Fernanda Marreta, uma das colaboradoras do programa, o objetivo é criar ações que sirvam de apoio aos estudantes na prevenção e redução de danos: “No ano passado, houve algumas palestras sobre saúde mental e, a partir disso, os próprios alunos começaram a demandar um olhar mais específico para esse tema. Por isso, nós sentimos a necessidade de criar ações que abordassem a questão da saúde mental no ambiente universitário”.

O grupo é composto por seis colaboradores, além de uma estagiária de psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “O grupo começou a se reunir no início deste ano para desenvolver algumas atividades relacionadas à saúde mental durante o semestre, como palestras e oficinas. Além de organizar essas ações, o grupo também sugeriu assuntos para a formação de grupos focais com os estudantes. Sofrimento psíquico, vício em mídias digitais, depressão e ideações suicidas são alguns dos tópicos selecionados”, conta Fernanda.

Ela explica que a participação da estagiária de psicologia é de extrema importância para o projeto, pois ela pode fazer um acolhimento imediato de um estudante que está em um período de crise, por exemplo, e encaminhá-lo para um profissional adequado ou até mesmo para o Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece atendimento psicológico de forma adequada e gratuita. 

O projeto é destinado a todos os alunos do ICMC, sejam eles de graduação ou de pós-graduação. Os alunos interessados em participar dos grupos focais já se inscreveram por meio de um questionário divulgado nas palestras do grupo de apoio pedagógico. Mais informações sobre a iniciativa podem ser obtidas com a estagiária Giuliana Mazota na sala 4-008, no bloco 4 do ICMC. Ela está à disposição nos seguintes horários: às segundas, das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas; às quartas, das 9 às 12 horas e das 14 às 20 horas; e às quintas, das 10 às 12 horas e das 14 às 16 horas. A ideia é que, no futuro, o projeto se estenda para os funcionários e professores da unidade.
Quadro de autoria de Agnes Cecile para a Frente Universitária de Saúde Mental (FUSM) da USP

Fim ao preconceito – Não é segredo nenhum que os problemas psicológicos e psiquiátricos são cercados de vergonha e preconceito. Maria Fernanda, que é formada em psicologia, explica que esses estereótipos negativos impedem as pessoas de procurar ou até mesmo de reconhecer que precisam de ajuda. 

Segundo ela, essa “nuvem” de preconceito que paira sobre as questões de saúde mental existe justamente porque faltam informações: “Diferente de uma doença física, a doença mental não é visível aos olhos. Quando você quebra o braço, todo mundo sabe que você está doente porque o seu braço está engessado. Com a depressão, por exemplo, é diferente. Os sintomas não são físicos e talvez isso também possa ser um empecilho na hora de reconhecer a doença”. 

Por isso, Fernanda destaca que o primeiro passo é reconhecer que é necessário cuidar da saúde mental, assim como cuidamos da saúde física, e que devemos ficar atentos aos sinais do nosso corpo. “A partir do momento em que você percebe que não consegue realizar atividades do dia a dia, como tomar banho, levantar da cama ou se alimentar, é hora de procurar ajuda. A depressão não necessariamente se reflete somente na tristeza, no humor deprimido, mas no quanto as atividades que antes eram realizadas com prazer e facilidade tornam-se custosas e difíceis”, alerta.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão tornou-se a maior causa de incapacidade no mundo e o Brasil ocupa a quinta colocação na posição mundial de pessoas com essa doença. Quando se fala em ansiedade, a situação é ainda mais preocupante: o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade.

Próxima palestra - As palestras promovidas e apoiadas pelo grupo de apoio psicopedagógico do ICMC são abertas a todos os interessados. A próxima atividade acontece no dia 28 de junho, quando haverá a palestra Domínio emocional em essência, que pretende discutir como podemos dominar nossas próprias emoções e aprender técnicas que podem facilitar esse processo. 

O evento é organizado pelo Sanca Social, um grupo de estudantes da USP e da UFSCar e tem o apoio do grupo do ICMC. A palestra será realizada no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-000), no ICMC, às 19 horas.

Texto: Talissa Fávero – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Confirme presença na palestra via Facebook: www.facebook.com/events/190056248362656/
Conheça a Frente Universitária de Saúde Mental (FUSM) da USP: www.facebook.com/frentedesaudemental/
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9641
E-mail: ccex@icmc.usp.br

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Meninas na computação: contribua para que mais garotas participem do mundo da tecnologia

Torne-se um voluntário e ajude garotas de 10 a 18 anos a desenvolverem aplicativos

Profissionais de diversas áreas, professores, estudantes de graduação e de pós-graduação, bem como pais e líderes da comunidade podem se inscrever como mentores

Você não precisa ter experiência em tecnologia para se tornar um voluntário em uma iniciativa que pretende estimular meninas de 10 a 18 anos a desenvolverem aplicativos que solucionem problemas sociais. Basta ter força de vontade para impactar positivamente a vida das participantes e para aprender junto com elas, contribuindo na superação dos obstáculos do projeto. 

“Solicitamos apenas que a mentora ou o mentor tenha uma disponibilidade de cerca de duas horas por semana, presencialmente ou virtualmente, durante todo o período de orientação, que vai até 25 de abril”, esclarece a professora Kalinka Castelo Branco, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Ela é a coordenadora de um evento gratuito, o Technovation HackDay, que acontecerá dia 24 de fevereiro, sábado, das 9 às 18 horas, no ICMC. Um dos objetivos do evento é auxiliar as participantes a aprimorarem suas ideias e estimular que se inscrevam em um desafio internacional, o Technovation Challenge. Nessa competição global, os mentores terão papel fundamental, orientando as garotas, durante 12 semanas, no aprimorando de suas propostas e na criação de uma estratégia de negócios para seus aplicativos.

Profissionais de áreas variadas como tecnologia, engenharia, negócios, comunicação e empreendedorismo, além de professores, pais, líderes da comunidade, estudantes de graduação e de pós-graduação podem se inscrever como voluntários e se tornarem mentores. Para isso, basta preencher, até 16 de fevereiro, o formulário online disponível neste link: icmc.usp.br/e/1c436

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Conheça as etapas do desafio: www.technovationbrasil.org/curriculo
Formulário para inscrição como voluntário: icmc.usp.br/e/1c436
Formulário para garotas de 10 a 18 anos participarem do Technovation HackDayicmc.usp.br/e/c6b23
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622

Contato com a imprensa
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 10 de julho de 2017

ICMC seleciona alunos para monitoria no programa Pró-Aluno

Monitores darão apoio ao funcionamento e à operação da sala Pró-Aluno

O Programa Pró-Aluno da USP  está com inscrições abertas para o processo seletivo de bolsas de monitoria no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). Podem se candidatar, até dia 21 de julho, estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação da Universidade, em São Carlos, e que tenham completado o primeiro semestre do curso.

Os responsáveis pela monitoria deverão dar apoio ao encarregado local pelo funcionamento e operação da sala Pró-Aluno do Instituto (sala 1-104), além de auxiliar os alunos usuários na utilização dos equipamentos. O objetivo do Programa é fornecer recursos básicos de informática para os alunos de graduação da USP, para uso exclusivo nas atividades acadêmicas. 

A duração total da monitoria é de 12 meses, com início em 1º de agosto e término em 31 de julho de 2018. A carga horária é de 10 horas semanais, em turnos a serem combinados com o encarregado local.  O valor da bolsa é de R$ 400 mensais e o estudante não pode acumular outro estágio ou bolsa da USP, com exceção dos apoios oferecidos pela Superintendência de Assistência Social (SAS).

Como se inscrever - Os interessados devem enviar um e-mail para zanoello@icmc.usp.br, com o assunto Inscrição Pró-Aluno, anexando os seguintes documentos:
  • atestado de matrícula;
  • histórico escolar;
  • formulário de inscrição preenchido eletronicamente (disponível em icmc.usp.br/e/6b333).
Mais informações
Edital e formulário de inscrição: icmc.usp.br/e/3e618
Serviço de Graduação do ICMC: (16) 3373-8120

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Descubra quanto custa estudar na USP em São Carlos

Vídeo responde às dúvidas que costumam atormentar os calouros no momento em que chegam a São Carlos





Você realizou o sonho de ingressar na melhor universidade do país e será um dos mil estudantes aprovados todos os anos em um dos 23 cursos de graduação do campus da USP, em São Carlos. Mas em vez de relaxar e comemorar, a tensão só aumenta: como vou me sustentar em uma cidade que não conheço? Onde vou morar? Que tipo de apoio a USP pode me dar?

Para esclarecer essas dúvidas, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) preparou um vídeo especialmente para ajudar os calouros. Nos primeiros segundos, o estudante é lembrado de que, como a USP é uma universidade pública, não haverá nenhum custo relacionado a matrícula ou mensalidade.

Além disso, o vídeo destaca os tipos de auxílio que o estudante terá à disposição. “Logo que cheguei, o pessoal do alojamento me acolheu e arrumou um quarto pra mim. Aqui tem tudo, é confortável e perto de onde você estuda”, revela o aluno Eric Silva, que cursa Sistemas de Informação no ICMC e mora no alojamento da USP, em São Carlos, localizado dentro do campus. Outra opção disponível é o auxílio-moradia, que consiste em uma bolsa mensal para ajudar o estudante a pagar o aluguel, quer seja de uma casa, de um apartamento ou a vaga na república.

Quanto à alimentação, a USP disponibiliza o restaurante universitário. “A comida é muito boa, bem servida e você paga um valor muito pequeno”, completa Eric. Mas se o aluno não conseguir arcar com o custo da alimentação, poderá solicitar a isenção no pagamento dessas refeições. Há, ainda, o auxílio-transporte e o auxílio-livros. “Qualquer aluno que esteja cursando a primeira graduação pode se inscrever para participar do processo seletivo do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil da USP (PAPFE). O estudante se inscreve no sistema e a seleção é feita por critérios socioeconômicos”, explica a assistente social da USP em São Carlos, Jaqueline Modesto.

Bolsas para quem mais precisa – Os estudantes da USP também podem participar de diversos projetos relacionados ao ensino, à pesquisa e à extensão por meio do Programa Unificado de Bolsas. “Eu sou bolsista do Museu de Computação Odelar Leite Linhares, aqui no ICMC, e sou responsável por cuidar das doações. A bolsa que recebo me ajuda a me manter em São Carlos, além de me possibilitar voltar para a minha cidade”, conta Fabiano Paulelli, aluno de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

Atuar como monitor, ajudando o professor e os colegas na sala de aula é outra opção interessante para quem tem boas notas. Já aqueles que gostam de pesquisar têm a oportunidade de participar de projetos de iniciação científica e receber bolsas de vários órgãos financiadores. São oportunidades como essas, apresentadas no vídeo, que muitos calouros só descobrirão depois que ingressarem na USP. Em pouco tempo, eles entenderão por que estão na melhor universidade do país.

Texto: Denise Casatti e Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Assista ao vídeo no Youtube: icmc.usp.br/e/5bfdd
Edital do PAPFE: http://www.puspsc.usp.br/ser_social.htm
Hotsite para os calouros do campus: http://sites.usp.br/calourosc/
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 23 de março de 2015

Programação: sistema criado por alunos do ICMC corrige exercícios em poucos segundos e agiliza trabalho de professores

Ferramenta inovadora simplifica correção de exercícios de programação e já é usada em quatro universidades

Fábio (à esquerda) e Felipe desenvolveram sistema que corrige rapidamente trabalhos de programação
Aprender a programar em um curso superior de computação é indispensável para a formação do estudante, que muitas vezes passa por dificuldades no momento de resolver os exercícios. Mas, corrigir trabalhos de programação pode ser ainda mais difícil e demandar um árduo tempo. É para facilitar o trabalho dos professores que os alunos Felipe Duarte e Fábio Sikansi, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, criaram um sistema de submissão e correção automática chamado Run.codes.

A ferramenta possibilita que os estudantes cadastrem, de forma online, os trabalhos de programação realizados. Basta inseri-los no sistema e aguardar alguns segundos até que o resultado da correção apareça. A ideia surgiu a partir da análise de sistemas já existentes que possuíam algumas deficiências e não eram tão eficazes: “Nossa ideia foi fazer um sistema que conseguisse resolver todos os problemas que identificamos e que somasse algumas novas funcionalidades para que o professor pudesse gerir efetivamente o trabalho realizado em uma sala de aula”, explicou Duarte, doutorando do ICMC.

A velocidade de correção do sistema impressiona. Anteriormente, em uma situação na qual o professor teria que corrigir manualmente centenas de trabalhos, o aluno só receberia um feedback depois de dias ou até meses. Com o Run.codes, o tempo médio de correção para um trabalho considerado extenso gira em torno dos trinta segundos. Em um cenário com uma fila de centenas de usuários, que muitas vezes deixam para submeter o trabalho pouco antes do prazo final, o sistema consegue administrar facilmente a demanda e, em minutos, divulga os resultados.

“O aluno tem a oportunidade de realizar uma parte do trabalho a cada dia e verificar seu avanço. Por outro lado, antes, o professor costumava passar uma grande quantidade de matéria para só depois dar um trabalho prático, já que essa correção demandaria muito tempo. A correção automática permite que os professores solicitem muito mais trabalhos”, completou Duarte. 

Aluno pode submeter o trabalho (anexar arquivo) e, em poucos segundos, ele será corrigido pelo sistema

O professor do ICMC Moacir Ponti Júnior utilizou o sistema no semestre passado nas disciplinas Programação orientada a objetos e Introdução à ciência da computação II. Cerca 150 alunos usaram a ferramenta: “O sistema contribui efetivamente para o planejamento da disciplina e o auxílio aos alunos. O tempo de correção é muito menor e ele ainda permite que o professor abra o código do estudante e verifique mais afundo o que ele errou. Assim, podemos dar mais atenção para aqueles que não foram tão bem”. O professor aprovou a ferramenta e recomenda que outros docentes a empreguem.

A interface e os diversos suportes de linguagem oferecidos são outros diferenciais do Run.codes. Nos demais sistemas, caso o trabalho solicitado pelo professor não se encaixasse no modelo disponibilizado pela plataforma, não havia a possibilidade de realizar qualquer alteração. Era o professor que precisava se adaptar à plataforma. Com o Run.codes, o sistema pode ser ajustado às necessidades de cada professor. 

“Achei muito fácil de usar, antes havia um sistema de correção no ICMC, mas era muito amarrado, possuía apenas uma linguagem, era muito burocrático. A gente precisa de ferramentas desse tipo, é mais fácil quando o sistema faz uma análise prévia, ele elimina 70% do trabalho do professor”, disse Rodrigo Mello, docente do ICMC que também fez uso do sistema no último semestre e continuará o empregando para a correção dos trabalhos dos alunos.

Já o doutorando Samuel Martins, da UNICAMP, utilizou o sistema de correção durante monitoria na disciplina Estrutura de Dados, que contou com cerca de 40 alunos no último semestre: “A correção foi facilitada porque os dados mostrados pelo sistema são muito mais claros. Ele exibe gráficos detalhados sobre o rendimento de cada aluno. Com certeza, é um sistema com grande potencial”, afirmou Martins.

Os professores têm acesso a gráficos detalhados sobre o rendimento de cada aluno

Para evitar possíveis plágios de alunos durante a realização dos trabalhos, os criadores do sistema integraram às suas funções uma ferramenta chamada MOSS (disponível em http://theory.stanford.edu/~aiken/moss/), que foi desenvolvida pela Universidade de Stanford, dos Estados Unidos. Ela é capaz de indicar o grau de similaridade entre dois trabalhos por meio de porcentagem e consegue alertar o docente: “Ela fornece indícios de que houve o plágio, mas a palavra final ainda é do professor", explicou Sikansi, aluno de mestrado do ICMC.

As inovações não param por aí. Uma nova funcionalidade jamais utilizada em outro sistema foi integrada ao Run.codes. O mestrando explicou que essa nova funcionalidade possibilita corrigir trabalhos de disciplinas que envolvem cálculos numéricos, em que a resposta normalmente é aproximada. Assim, o sistema aceita uma certa margem de erro nas respostas que se enquadram em um intervalo específico: “Às vezes, a resolução da equação ou do problema tem uma inicialização aleatória. Isso faz com que a resposta final varie um pouco, não significando que esteja errada”.

Para uma ferramenta com apenas oito meses de existência, os números impressionam: 27 mil trabalhos corrigidos no último semestre, 22 turmas de usuários no universo de três universidades públicas (USP, UNICAMP e Universidade Federal de Viçosa). Neste semestre, a Universidade Federal da Bahia também passou a empregar o sistema. Quem desejar utilizar o Run.codes, que é disponibilizado gratuitamente apenas para universidades públicas, deve entrar em contato com os criadores da ferramenta por e-mail (felipelageduarte@run.codes ou fabio@run.codes).

Mesmo com os expressivos resultados e a alta eficiência do sistema, os estudantes trabalham para melhorá-lo: “Atualmente estamos aprimorando a parte de compilação das informações para acelerar esse processo, além de torná-lo mais confiável contra invasões". A meta para o futuro é possibilitar que o Run.codes corrija trabalhos da área de banco de dados.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Foto: Reinaldo Mizutani - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações

Link do vídeo institucional da ferramenta: icmc.usp.br/e/af883 
E-mails dos criadores: felipelageduarte@run.codes ou fabio@run.codes
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373-9666