sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Defesas e qualificações da semana - 1 a 5 de dezembro



Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Utilizando Inteligência Computacional e VANTs para Reduzir a Deriva na Aplicação de Agrotóxicos
Aluno: Bruno Squizato Faiçal
Orientador: Jo Ueyama
Quando: quarta-feira, 3 de dezembro, às 9h
Onde: Sala 3101 do ICMC-USP
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Data input and content exploration in scenarios with restrictions
Aluno: Diogo de Carvalho Pedrosa
Orientadora: Maria da Graça Campos Pimentel
Quando: quarta-feira, 3 de dezembro, às 10h
Onde: Sala 3002 do ICMC-USP
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Representação de tomadas como suporte à segmentação em cenas
Aluna: Tamires Tessarolli de Souza Barbieri
Orientador: Rudinei Goularte
Quando: quinta-feira, 4 de dezembro, às 9h
Onde: Sala 3-002 do ICMC-USP
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Uma contribuição ao desenvolvimento de sistemas baseados em visão estéreo para o auxílio a navegação de robôs móveis e veículos inteligentes
Aluno: Leandro Carlos Fernandes
Orientador: Fernando Santos Osório
Quando: quinta-feira, 4 de dezembro, às 13h30
Onde: Sala 3002 do ICMC-USP
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Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Solução numérica de equações diferenciais parciais implicitas de primeira ordem
Aluno: Sergio Moises Aquise Escobedo
Orientador: Antonio Castelo Filho
Quando: sexta-feira, 5 de dezembro, às 14h
Onde: Sala 3102 do ICMC-USP
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Graph Laplacian for spectral clustering and seeded image segmentation
Aluno: Wallace Correa de Oliveira Casaca
Orientador: Luis Gustavo Nonato
Quando: sexta-feira, 5 de dezembro, às 9h
Onde: Sala 3002 do ICMC-USP
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Defesa de Doutorado em Matemática
Decomposição open book generalizada em conjuntos semi-algébricos
Aluno: Antonio Andrade do Espírito Santo
Orientador: Raimundo Nonato Araújo dos Santos
Quando: sexta-feira, 5 de dezembro, às 9h
Onde: Auditório Luiz Antonio Favaro do ICMC-USP
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Mais informações:
Agenda de defesas e qualificações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

ICMC Summer Meeting on Differential Equations 2015 está com chamadas abertas para submissão de trabalhos

Pesquisadores podem submeter trabalhos para o evento internacional e tradicional na área de equações diferenciais até 15 de dezembro

Este ano, evento reuniu mais de 300
pesquisadores provenientes de 23 países

As chamadas para a submissão de resumos no ICMC Summer Meeting on Differential Equations 2015 estão abertas até dia 15 de dezembro. O evento internacional e tradicional na área de equações diferenciais é realizado anualmente no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, desde 1996.

Estudantes de pós-graduação e pesquisadores já experientes podem apresentar seus trabalhos nas seções de pôsteres ou nas palestras que compõem o evento, que acontecerá de 2 a 4 de fevereiro de 2015 em São Carlos. O envio dos resumos deve ser realizado por meio de cadastro no site http://summer.icmc.usp.br/summers/summer15. O prazo para o envio do material encerra-se dia 15 de dezembro. 

Já as inscrições para participar do evento podem ser realizadas pelo site até 10 de janeiro. As taxas variam de R$ 100,00 a R$ 50,00 (estudantes). O pagamento deve ser efetuado na recepção do encontro, no dia 2 de fevereiro.

ICMC Summer Meeting on Differential Equations é realizado pelo grupo de Sistemas Dinâmicos Não Lineares do ICMC e faz parte das ações do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCTMat), contando com o apoio das principais agências de fomento do país.

Mais informações
Setor de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Instituto inaugura espaço em homenagem ao professor Loibel

Legado científico do professor estende-se a mais de 90 doutores nas áreas de Topologia e Singularidades, que foram orientados por Loibel ou pelos mestres e doutores que ele formou

Diretor do ICMC e a viúva do pesquisador descerram placa que nomeia espaço

O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, inaugurou o hiperespaço Professor Loibel na última quinta-feira, 20 de novembro, localizado no vão da biblioteca Achille Bassi. A homenagem aconteceu um ano após a morte do professor Gilberto Francisco Loibel, um dos principais impulsionadores do ambiente de estudos e pesquisa em matemática no interior do Estado de São Paulo. 

“O Gilberto era muito feliz no trabalho aqui no ICMC. O pensamento dele estava sempre naqueles que viriam depois do que ele conseguiu plantar”, disse a professora aposentada Izette Loibel, viúva do pesquisador, durante o evento.

“Responsável pela implantação da pesquisa em Topologia nessa região do País, Loibel também foi o introdutor da Teoria de Singularidades no Brasil e o fundador do grupo de Singularidades em São Carlos”, contou a professora Maria Aparecida Soares Ruas, do ICMC, que foi orientada por Loibel durante seu mestrado. Ruas destacou “a descendência matemática” expressiva do pesquisador: “são mais de 90 doutores nas áreas de Topologia e Singularidades orientados por Loibel ou pelos mestres e doutores que ele formou, alcançando até cinco gerações de pesquisadores”.

Segundo o diretor do ICMC, Alexandre Nolasco de Carvalho, o sucesso de um professor pesquisador em muito depende dessa capacidade de produzir uma próxima geração bem-sucedida. “Nesse sentido, podemos dizer que a trajetória de Loibel foi extremamente bem-sucedida e essa homenagem é um reconhecimento por essa atuação”, afirmou. “O Instituto foi afortunado de ter, nos anos de sua existência, professores pesquisadores como Loibel, que compreenderam a grandeza de sua tarefa e nos ajudaram a alcançar o nível que temos hoje. Ao grupo de Singularidades e a todos nós cabe a responsabilidade de continuar a obra do professor Loibel”, completou.

Ruas apresentou uma retrospectiva da trajetória de Loibel

Na memória, um elástico – O legado de Loibel também está registrado na memória de uma das alunas do curso de Ciências de Computação do ICMC. Ela se lembra de Loibel tentando lhe explicar alguns princípios da topologia: “ele pegou um elástico e o virou ao contrário tentando me mostrar com o que ele trabalhava. Eu tinha uns 10 anos e não compreendia aqueles conceitos, mas me encantei”, recorda-se Érica Loibel. Foi o avô que a ajudou a enfrentar os desafios das aulas de cálculo, no começo do curso. “Se deixasse, ele passava a noite inteira falando sobre matemática”, revela.

O atual diretor do ICMC também nunca se esqueceu do comentário que Loibel fez quando o conheceu: “a matemática é uma amante belíssima e muitíssimo exigente. Somente vale a pena se realmente apreciarmos o convívio com ela”. 

Entretanto, Loibel não amava apenas a matemática. “A música, os filmes, a literatura, a história eram temas que o fascinavam. E ele compartilhava seu conhecimento com todos que estavam a sua volta”, contou a chefe do Departamento de Matemática do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da UNESP, Alice Libardi.
Érica: o amor pela matemática é herança do avô

Na trajetória, São Carlos – Nascido em 24 de maio de 1932 na cidade de São Paulo, Loibel realizou os estudos primários e parte do secundário na Alemanha. De volta ao Brasil, obteve o título de Licenciado e Bacharel em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP no ano de 1955 e lá começou como instrutor no ano seguinte. Em 1959 defendeu pela EESC sua tese de doutorado, intitulada Sobre quase grupos topológicos e espaços com multiplicação, orientada pelo professor Achille Bassi. Fez pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), entre 1960 e 1962. No período de 1965 a 1966, foi professor visitante na Universidade Central da Venezuela. 

Entre 1962 a 1965, foi chefe do Departamento de Matemática da EESC e, de 1971 a 1976, coordenou nessa instituição o Programa de Pós-Graduação em Matemática. Tornou-se professor titular do ICMC em 1981, onde foi vice-diretor no período de 1982 a 1986 e se aposentou em 1987. A partir de 1990, durante 15 anos, foi professor colaborador e adjunto no IGCE da UNESP, em Rio Claro. 

“Para mim, é uma grande honra ter a oportunidade de chefiar o departamento em que o professor Loibel trabalhou praticamente a vida toda”, finaliza o professor Marcelo Saia, chefe do Departamento de Matemática do ICMC.

Mais informações
Assessoria de Comunicação ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Como ensinar matemática para pessoas com deficiência?

Professora do ICMC afirma que uma das grandes dificuldades dos professores é agir de acordo a necessidade individual desses alunos



Os desafios do ensino de matemática para pessoas com deficiência é um dos temas que permeiam as pesquisas realizadas pela professora Edna Zuffi no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Abordagem personalizada, sensibilização e mobilização da família são palavras-chaves nesse contexto, segundo a professora, que colabora em dois laboratórios no Instituto: o de Ensino de Matemática (LEM) e o de Educação Matemática (LEMa), coordenados pela professora Miriam Utsumi.

De acordo com a legislação vigente no país, são consideradas pessoas com deficiência aquelas que possuem um distúrbio de caráter permanente. Encaixam-se nessa definição os portadores de Síndrome de Down e de deficiências físicas como cegueira, surdez, paralisia cerebral, paraplegia, entre outras. Há, ainda, os alunos superdotados (com altas habilidades) e os portadores de Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), que afetam as habilidades de socialização, de comunicação e de interpretação do outro, como, por exemplo, os autistas, que demandam atenção especial.

Para aprimorar o ensino destinado a esse público-alvo, a professora do ICMC destaca que o primeiro passo é garantir o acesso à informação: “O professor deve conhecer o que a lei garante, o que o governo oferece e onde conseguir materiais, como recursos computacionais, softwares, materiais em braile, com cores diferenciadas, transcrições em áudio, etc.”

Em 2001, o Conselho Nacional de Educação (CNE) estabeleceu uma resolução (http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf) que obriga as escolas de ensino regular a aceitarem alunos, independentemente de serem ou não pessoas com deficiência. Desde então, aumentou a demanda por professores qualificados para atender essa nova realidade. Edna explica que, como a lei é recente, a grande maioria dos professores ainda estão despreparados e falta infraestrutura (como recursos, salas apropriadas e profissionais de apoio) na maior parte das instituições de ensino.

“É muito complexo começar um processo de inclusão sem prover o devido preparo. Podemos comprometer o desenvolvimento do deficiente e até mesmo prejudicar o andamento dos trabalhos de toda a classe”, ressaltou Zuffi. A professora destaca que há treinamento sendo oferecido pelo Ministério da Educação, mas que seu alcance ainda é restrito.

“Não existe um treinamento generalizado. Deveríamos ter especialistas mais próximos das escolas e possibilitar a interação entre as instituições especializadas em educação especial e as de ensino fundamental e médio”, completa a professora. Na opinião de Zuffi, apenas realizando um trabalho conjunto e investindo nessa questão é que o País poderia alcançar resultados produtivos para todos os envolvidos, pois a troca de experiências seria muito enriquecedora.

Da abordagem à sensibilização – Desde 2012, os alunos do ICMC do curso de Licenciatura em Matemática podem se matricular em uma disciplina optativa focada em preparar o futuro professor para desenvolver o conteúdo escolar de matemática com as pessoas com deficiência. A disciplina Ensino de Matemática para Alunos com Necessidades Especiais busca ensinar algumas ferramentas específicas.

“O futuro professor de matemática que optar por cursar essa disciplina não será um especialista, porém terá noção e visão da inclusão do ensino de matemática para esses alunos com necessidades especiais”, esclarece Zuffi. Ao cursar a disciplina, os futuros professores têm a oportunidade de examinar a literatura e legislação disponíveis sobre a temática da inclusão escolar e relacioná-la a questões específicas do ensino e aprendizagem de matemática nos níveis fundamental e médio.

Entre os assuntos abordados está a necessidade de que o professor desenvolva a habilidade de agir de acordo com as características individuais desses alunos. “O método de ensino que será utilizado pelo professor dependerá da forma como o aluno com necessidades especiais consegue interagir e o trabalho pode se tornar mais difícil quando falamos de pessoas com mais de um transtorno”, pontuou Zuffi.

A pesquisadora do ICMC relata que, muitas vezes, por não saber lidar com a pessoa com deficiência, o professor acaba não desenvolvendo a atividade pedagógica que deveria ser realizada e deixa esse aluno apenas cumprindo uma tarefa de forma não direcionada como, por exemplo, pintar ou desenhar sem um propósito.

Além disso, Zuffi destaca que é preciso desenvolver a capacidade de sensibilização dos professores: “Trabalhar apenas com conteúdo matemático, por si mesmo, muitas vezes não é o melhor caminho. O professor deve ser sensível para analisar as condições intelectuais daquele aluno, independentemente da sua idade, para compreender o que é possível ser realizado naquele caso e ampliar os ganhos no desenvolvimento da autonomia do aluno”. 

Outro fator importante na hora de ensinar matemática às pessoas com deficiência é a participação da família. “A família deve acompanhar e participar do desenvolvimento da criança porque, isoladamente, o professor não consegue identificar a necessidade do aluno”, reforça a pesquisadora. Ainda segundo a professora, umas das grandes dificuldades do profissional é que, às vezes, nem o núcleo familiar tem o diagnóstico exato do distúrbio que afeta o aluno. Nesses casos, é ainda mais difícil para o professor realizar seu trabalho e a relação estreita com esse núcleo se torna mais fundamental, para que seja dada continuidade ao trabalho de desenvolvimento da criança ou adolescente, também fora da sala de aula.

Texto: Denise Casatti e Ronaldo Castelli - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Foto: Reinaldo Mizutani - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Laboratório de Ensino de Matemática: http://lem.icmc.usp.br/
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

Palestras da semana - 24 a 28 de novembro



Seminários de Otimização
A robust approach for the assembly line balancing problem with heterogeneous workers
Palestrante: Mayron César de Oliveira Moreira (ICMC)
Quando: terça-feira, 25 de novembro, às 17h
Onde: sala 5-101
Clique para ver o resumo
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Palestra
Backpacker: ciência e tecnologia a serviço de um aprendizado mais prazeroso
Palestrante: Homero Barrocas Soares Esmeraldo (Backpacker)
Quando: quinta-feira, 27 de novembro, às 11h
Onde: sala 5-104
Clique para ver o resumo
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Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Manter excelência e expandir inserção social é o compromisso dos novos dirigentes do ICMC

Durante cerimônia de posse, que contou com a presença do reitor Marco Antonio Zago, diretor e vice-diretora relembraram trajetória na USP, destacando a necessidade do Instituto continuar avançando nas contribuições em ciência, tecnologia, inovação e políticas sociais, sempre buscando atender às necessidades de evolução das sociedades paulista e brasileira

Da esquerda para a direita: Maria Cristina, Zago, Nolasco de Carvalho e Ignácio Poveda

Quando ele se inscreveu no vestibular da FUVEST, imaginava que todas as unidades da USP ficavam no campus da USP em São Paulo, capital. Ao tomar posse como diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP nesta quarta-feira, 19 de novembro, Alexandre Nolasco de Carvalho relembrou o “deslize” que o fez vir do Espírito Santo para o interior paulista.

Natural de Divino de São Lourenço, o município menos populoso do Espírito Santo com cerca de 4,5 mil habitantes, Alexandre Nolasco de Carvalho foi estimulado a cursar a melhor universidade do país por sua irmã e seu cunhado, que moravam em São Paulo, capital, e enviaram o manual da Fuvest para o garoto. Era 1979 e, nesse tempo, o rapaz já morava em Vitória, onde cursava a Escola Técnica Federal do Espírito Santo e o curso preparatório para o vestibular no Colégio Salesiano.

Ao preencher a ficha de inscrição para o vestibular, viu que havia cursos de engenharia disponíveis na Escola Politécnica e na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Assinalou a EESC como primeira opção. Mas só descobriu que sua escolha implicava morar a 240 quilômetros da capital paulista quando passou no vestibular. “Vim a São Carlos para fazer a matrícula e descobri que não poderia solicitar remanejamento da vaga para São Paulo, pois havia passado em minha primeira opção”, conta o diretor.

Nesse dia, voltou a São Paulo sem se matricular e com a certeza de que não estudaria mais na USP. Convencido pela família, o jovem retornou a São Carlos e fez a matrícula no último dia. Foi morar no alojamento da Universidade, onde conheceu o amigo Paulo Ogata, que o apresentou ao problema da Braquistócrona*. Encantado com o assunto, engajou-se em um projeto de iniciação científica e nunca mais abandonou a matemática. Depois de concluir o curso de Engenharia Elétrica na EESC, veio fazer mestrado no ICMC em 1985, onde foi contratado em março de 1986 e trabalha até hoje.

Já a trajetória da vice-diretora do Instituto, Maria Cristina de Oliveira, é um exemplo da transformação que a educação pode trazer para a sociedade. “Foi a presença da USP e da UFSCar em São Carlos, minha cidade e de meus pais, que permitiu às cinco filhas de uma família sustentada por um pai motorista e uma mãe dona de casa formarem-se e obterem o grau de doutoras”, contou a professora em seu discurso de posse.

“Eu e minhas quatro irmãs sempre estudamos em escolas públicas, da pré-escola à universidade. Hoje, nós cinco somos docentes de universidades públicas”, completa a professora, que entrou no ICMC em 1982 para cursar Ciência da Computação. “Meus pais tiveram a sabedoria de eleger a formação das filhas como prioridade de vida, em uma época em que muitas famílias em condições socioeconômicas semelhantes ainda acreditavam que o melhor destino possível para uma mulher seria um bom casamento”, finaliza.



Patrimônio brasileiro – Durante a cerimônia de posse, o reitor Marco Antonio Zago ressaltou a necessidade de reafirmar com veemência que a USP é o maior patrimônio de ciência, tecnologia, humanidades e de educação superior do Brasil, destacando que seu impacto na vida do Estado de São Paulo é imenso. “Sem a USP, certamente nem São Carlos nem Ribeirão Preto seriam dois dos polos de educação superior e técnica mais expressivos do país, bem como também não haveria parque tecnológico em São Carlos”, afirmou o reitor.

Ele também lembrou que a reitoria e as unidades devem trabalhar juntas para fortalecer as atividades-fim da Universidade. “Quero reafirmar que o professor Nolasco e que a professora Maria Cristina podem contar com o decidido apoio da Reitoria, e com o meu apoio em particular, para fazer progredir o projeto acadêmico do ICMC”, finalizou.

Esse projeto acadêmico, na opinião do novo diretor e da nova vice-diretora, será baseado em sete aspectos fundamentais que devem caracterizar uma unidade de ensino e pesquisa com excelência acadêmica, como o ICMC: excelência em ensino; excelência em pesquisa; excelência em infraestrutura; excelência no corpo técnico-administrativo; envolvimento e comprometimento institucional; continuidade nas políticas institucionais; e inserção social.

“Mais do que o trabalho de gestão e administração em que nos engajamos, estou ciente da necessidade de atuar para que o ICMC possa cumprir cada vez melhor suas missões perante as sociedades paulista e brasileira, tanto no que concerne à formação de recursos humanos quanto à geração e transferência de conhecimento”, destacou Maria Cristina. Segundo ela, contribuir na busca de soluções para melhorar a qualidade de vida da população é um dos principais desafios do Instituto.

“O ICMC foi afortunado de ter, nos anos de sua existência, professores-pesquisadores que compreenderam a grandeza de sua tarefa e nos trouxeram ao estado atual. A continuidade dessa tarefa requer que nos engrandeçamos nos ombros desses gigantes, para que, em nossos ombros, cresçam os gigantes do futuro”, finalizou Alexandre Nolasco de Cavalho.




*Observação:
O nome “braquistócrona” se refere à curva que permite a um corpo em condições ideais realizar um mesmo percurso unindo dois pontos dados em menor tempo (Fonte: icmc.usp.br/e/5f3cf).


Fotos: Reinaldo Mizutani - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP


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Defesas e qualificações da semana - 24 a 28 de novembro



Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Modelagem computacional para reconhecimento de emoções baseada na análise facial
Aluno: Giampaolo Luiz Libralon
Orientadora: Roseli Aparecida Francelin Romero
Quando: segunda-feira, 24 de novembro, às 9h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro no ICMC-USP
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Classificação em Fluxo de Dados com Mudança de Conceito e Latência de Verificação Extrema
Aluno: Denis Moreira dos Reis
Orientador: Gustavo Enrique de Almeida Prado Alves Batista
Quando: segunda-feira, 24 de novembro, às 14h
Onde: sala 3-002
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Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Mineração de estruturas musicais e composição automática utilizando redes complexas
Aluno: Andrés Eduardo Coca Salazar
Orientador: Zhao Liang
Quando: quarta-feira, 26 de novembro, às 14h30
Onde: sala 3-002
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Spreading processes on complex networks
Aluno: Guilherme Ferraz de Arruda
Orientador: Francisco Aparecido Rodrigues
Quando: quinta-feira, 27 de novembro, às 10h
Onde: sala 3-002
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Investigação de teste de software sob a perspectiva da teoria de redes complexas
Aluno: Faimison Rodrigues Porto
Orientador: Adenilso da Silva Simão
Quando: sexta-feira, 28 de novembro, às 9h
Onde: sala 3-103
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Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
FlexPersuade - Explorando uma abordagem flexível em softwares de persuasão: um estudo de caso com players de música
Aluno: Leandro Yukio Mano Alves
Orientador: Jó Ueyama
Quando: sexta-feira, 28 de novembro, às 10h
Onde: sala 3-101
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Mais informações:
Agenda de defesas e qualificações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

Departamentos do ICMC oferecem bolsas de monitoria


Estão abertas as inscrições para bolsas de monitoria no departamento de Matemática Aplicada e Estatística (SME) e no departamento de Matemática (SMA) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

A monitoria é para o período de março a junho de 2015, o valor mensal das bolsas é de R$ 300,00 e a carga horária é de oito horas semanais. Podem se candidatar alunos de graduação e de pós-graduação, desde que não possuam outras bolsas e já tenham cursado a disciplina para a qual estão se candidatando como monitores ou outra(s) de conteúdo equivalente.

Como se inscrever no SME - Os interessados deverão comparecer à secretaria do departamento até 28 de novembro, levando o histórico escolar atualizado (imprimir do Sistema Júpiter ou Fênix). Na monitoria, das oito horas de trabalho, três são reservadas para o atendimento aos alunos. Quem está matriculado no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGES) não poderá se inscrever, pois ainda não está cadastrado no sistema da USP. Veja, abaixo, a relação das disciplinas para as quais estão sendo oferecidas as vagas de monitoria:
  • SME0230 – Introdução à Programação de Computadores
  • SME0301 – Métodos Numéricos para Engenharia I
  • SME0305 – Métodos Numéricos e Computacionais I – turma 1
  • SME0320 – Estatística I – turma 2
  • SME0320 – Estatística I – turma 1
  • SME0330 – Introdução à Programação de Computadores 
  • SME0340 – Equações Diferenciais Ordinárias – turma 1
  • SME0340 – Equações Diferenciais Ordinárias – turma 2
  • SME0340 – Equações Diferenciais Ordinárias – turma 6
  • SME0500 – Cálculo Numérico
  • SME0820 – Análise de Regressão
  • SME0876 – Teoria de Resposta ao Item
Como se inscrever no SMA - Os interessados deverão preencher a ficha de inscrição disponível no site do ICMC (icmc.usp.br/e/a3a65) e entregá-la na secretaria do departamento ou enviá-la por e-mail (sma@icmc.usp.br), juntamente com o histórico escolar atualizado e uma foto 3x4, até 2 de fevereiro de 2015. Na monitoria, das oito horas de trabalho, quatro são reservadas para o atendimento aos alunos. Veja, abaixo, a relação das disciplinas para as quais estão sendo oferecidas as vagas de monitoria:
  • SMA0301-Cálculo I
  • SMA0300-Geometria Analítica
  • SMA0334-Fundamentos para a Matemática do Ensino Superior
  • SMA0800-Geometria Analítica
  • SMA0801-Cálculo I
  • SMA0805-Tópicos de Matemática
  • SMA0505-Matrizes, Vetores e Geometria Analítica
  • SMA0508-Matemática Discreta
  • SMA0353-Cálculo I
  • SMA0332-Cálculo II
  • SMA0186-Prática de Ensino de Matemática I
  • SLC0612 - Estagio Supervisionado em Ensino de Matemática I
  • SMA0803-Cálculo III
  • SMA0333-Cálculo III
  • SMA0355-Cálculo III
  • SMA0356-Cálculo IV
  • Laboratório de Ensino de Matemática (LEM)

Mais informações
Departamento de Matemática Aplicada e Estatística: 3373-9175 – sme@icmc.usp.br
Departamento de Matemática: 3373-9711 / 3373-9621 – sma@icmc.usp.br

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Uma oportunidade para aprender a ensinar

Estão abertas as inscrições para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid)


Quem está cursando Licenciatura em Matemática ou Licenciatura em Ciências Exatas (núcleo geral ou habilitação em Matemática) pode se inscrever, até 30 de novembro, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) da Capes.

O valor da bolsa é de R$ 400,00 e, durante o período de sua vigência, o bolsista deverá dedicar-se, no mínimo, 30 horas mensais às atividades do Programa. O processo de seleção dos candidatos será baseado em critérios classificatórios que envolvem entrevista, análise de histórico escolar e disponibilidade. As entrevistas serão realizadas nos dias 4 e 5 de dezembro e, até 3 de dezembro, será divulgado o horário que cada candidato deverá comparecer para participar do processo. Já a divulgação dos selecionados acontecerá no dia 5 de dezembro.

Os interessados devem preencher a ficha de inscrição disponível no site do ICMC (icmc.usp.br/e/38e04) e enviá-la por e-mail (pibid.2015.1s@gmail.com), juntamente com o histórico escolar completo (incluindo as reprovações), conforme consta no edital do Programa.

Sobre o Pidid - O Programa é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. São concedidas bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino. Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.

Mais informações
Edital do Programa e ficha de inscrição: icmc.usp.br/e/38e04
Telefone: (16) 3373.9711

Oportunidade: bolsa de pós-doutorado em mineração de dados no ICMC


Desenvolver técnicas avançadas para mineração de grandes bases de dados, com possíveis aplicações em áreas como análise de dados de expressão gênica, análise de redes sociais, mineração de textos, sistemas de recomendação, entre outras. Esse é o principal objetivo do projeto de pesquisa resultante de parceria estabelecida entre docentes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e da Universidade de Alberta, no Canadá.

Para atuar nesse projeto, está sendo selecionado um pós-doutorando, que será co-supervisionado pelos professores Ricardo Campello, do laboratório de Análise de Padrões em Dados (LAPaD) do ICMC, e Jörg Sander, do departamento de Computação da Universidade de Alberta. Ao longo do 1º semestre de 2015, Sander permanecerá no ICMC como professor visitante.

Os candidatos devem ter doutorado ou equivalente, preferencialmente em uma das seguintes áreas: computação, estatística, matemática, engenharia computação/elétrica ou física. É necessário, ainda, ter experiência na área de aprendizado de máquina e extração de conhecimento a partir de bases de dados (KDD), especialmente em técnicas de aprendizado não supervisionado ou semi-supervisionado/ativo, com ênfase para agrupamento de dados (clustering), classificação de padrões, detecção de outliers e aplicações.

Para participar da seleção, basta enviar um e-mail para o professor Campello (campello@icmc.usp.br), anexando um currículo atualizado e uma breve descrição dos principais interesses de pesquisa. O candidato selecionado receberá uma bolsa no valor de R$ 4,1 mil do CNPq durante 11 meses, prorrogável por mais 1 ano. Dependendo do desempenho do pós-doutor, é possível solicitar uma bolsa de maior valor para a FAPESP. 

Mais informações
Email: campello@icmc.usp.br

terça-feira, 18 de novembro de 2014

PET-Cult promove debate sobre a saga As Crônicas de Gelo e Fogo


Os temas polêmicos que permeiam os três primeiros livros da saga As Crônicas de Gelo e Fogo serão o ponto de partida para o debate que o projeto PET-Cult promoverá amanhã, 19 de outubro, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O evento acontece das 19 às 21 horas no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (auditório do bloco 6).

Escritos pelo americano George R. R. Martin, os livros da série são um fenômeno editorial e foram parar na TV: foi o primeiro volume de As Crônicas de Gelo e Fogo que inspirou a série Game of Thrones. Apesar do componente fantasioso, os livros remetem à realidade da Idade Média, a Idade das Trevas, e abordam temas que inspirarão o debate no ICMC.

Sobre o PET-Cult – O projeto PET-Cult é promovido pelo Programa de Educação Tutorial (PET-Computação) do ICMC e tem o intuito de estimular o pensamento crítico e o desenvolvimento pessoal a partir de discussões motivadas por um livro, um filme ou um tema. O PET-Computação busca propiciar aos alunos, sob a orientação do professor Moacir Ponti Junior, condições para a realização de atividades extracurriculares.

Mais informações
Site do PET-Computação: http://pet.icmc.usp.br
Telefone: (16) 3373.9703

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

ICMC oferece Ênfase em Otimização

Alunos têm até 28 de novembro para se inscreverem no processo seletivo


O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, abriu as inscrições para a Ênfase em Otimização. São 5 vagas para o primeiro semestre de 2015 voltadas aos alunos de graduação do campus que queiram complementar sua formação básica e especializar-se em otimização.

Como pré-requisito o estudante deve ter cursado uma das seguintes disciplinas: otimização linear (SME0211); programação matemática (SME0110; SME0210; SME0610); introdução a pesquisa operacional (SME0510); pesquisa operacional I (SEP0401); ou métodos de otimização em sistemas (SEL0424).

Para participar, os interessados devem se inscrever, até 28 de novembro, na secretaria do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do ICMC. A seleção e classificação dos inscritos será efetuada considerando-se a média geral dos candidatos. Só serão aceitos para inscrição aqueles que possuírem média igual ou superior a 7,0 (sete).

Mais informações
Secretaria do SME: (16) 3373-9175

Palestras da semana - 17 a 21 de novembro






Palestra do Programa Unibral
About the Leuphana University and its Study-Model
Palestrante: Helmut Faasch (Universidade Leuphana, Luneburg, Alemanha)
Quando: terça-feira, 18 de novembro, às 16h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
Clique para ver o resumo
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Palestra do Programa Unibral
Robustness of Centrality Measures
Palestrante: Peter Niemeyer (Universidade Leuphana, Luneburg, Alemanha)
Quando: terça-feira, 18 de novembro, às 17h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
Clique aqui para ver o resumo
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Palestra do Programa Unibral
Computer Science and Sustainability
Palestrante: Helmut Faasch (Universidade Leuphana, Luneburg, Alemanha)
Quando: terça-feira, 18 de novembro, às 17h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
Clique para ver o resumo
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Seminários de Computação
(In)Segurança em redes sem fio
Palestrante: Daniel Henrique Negri Moreno
Quando: quarta-feira, 19 de novembro, às 14h20
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
Clique para ver o resumo
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Seminário PIPGEs - UFSCar/USP
STANOVA: A smoothed-ANOVA-based model for spatio-temporal disease mapping
Palestrante: Francisco Torres-Aviles (Universidad de Santiago de Chile)
Quando: sexta-feira, 21 de novembro, às 14h
Onde: sala 4-005
Clique para ver o resumo
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Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

Bicentenário da morte de Aleijadinho: visualize as principais obras do mestre barroco em 3D

Nesta terça-feira, 18 de novembro, completam-se 200 anos da morte do mestre barroco Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. É um momento oportuno para conferir o site www.aleijadinho3d.icmc.usp.br e visualizar as obras do famoso artista em 3D. 

Resultado de uma pesquisa realizada no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o site alia tecnologia e conectividade em prol da divulgação do patrimônio cultural brasileiro.

Como o projeto começou – Era julho de 2013 quando os professores José Fernando Rodrigues Jr , do ICMC, e Mário Gazziro, consultor do projeto, digitalizaram as obras de Aleijadinho nas cidades de Ouro Preto e Congonhas, ambas em Minas Gerais. As obras escolhidas para digitalização estão ao ar livre, sujeitas, portanto, a sofrerem um processo de deterioração. 

O equipamento empregado nesse processo foi um escâner tridimensional de alta precisão, fornecido sem custos por meio de uma parceria com a empresa suíça Leica Geosystems, cuja sede, no Brasil, localiza-se na cidade de São Carlos. O equipamento possibilitou que as obras fossem digitalizadas a uma distância entre 10 e 30 metros, sem a necessidade de providenciar qualquer isolamento dos locais. “Embora a digitalização de obras usando tecnologia de escaneamento 3D tenha sido aperfeiçoada e usada com maior frequência na última década, trata-se ainda de algo novo, que demanda especialistas e procedimentos especiais para sua realização”, explica Rodrigues.

O professor relata ainda que a digitalização das obras é apenas o primeiro passo de um longo processo. Os dados iniciais fornecidos pelo escâner 3D possuem falhas como buracos, ausência de detalhes, cores incorretas, além de serem extremamente grandes – uma única estátua bruta chega a ter mais de 200 megabytes de dados. Superar esses problemas foi o grande desafio do projeto, especialmente porque o objetivo era ter as obras exibidas via internet (por meio de computadores e dispositivos móveis).

Confira como os pesquisadores superaram os desafios tecnológicos que resultaram na criação do site e conheça a equipe responsável pelo projeto: icmc.usp.br/e/7701d

Mais informaçõesSite do projeto: www.aleijadinho3d.icmc.usp.br
Vídeo para download: http://aleijadinho3d.icmc.usp.br/videos/Aleijadinho3d.mp4
Site do coordenador do projeto: http://www.icmc.usp.br/pessoas/junio/Site/index.htm
Assessoria de Comunicação do ICMC/USP: 
(16) 3373.9666
E-mail: 
comunica@icmc.usp.br

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Defesas e qualificações da semana - 17 a 21 de novembro



Defesa de Doutorado em Matemática
Novos exemplos de NS-pares e de fibrações de Milnor reais não-triviais
Aluna: Maria Amelia de Pinho Barbosa Hohlenwerger
Orientador: Raimundo Nonato Araújo dos Santos
Quando: quinta-feira, 20 de novembro, às 8h
Onde: sala 3-103
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Defesa de Doutorado em Matemática
Fine ergodic properties of partially hyperbolic dynamical systems
Aluno: Gabriel Ponce
Orientador: Ali Tahzibi
Quando: sexta-feira, 21 de novembro, às 14h
Onde: auditório Jans Frans Willem Slaets do DTI (antigo CISC)
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Mais informações:
Agenda de defesas e qualificações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

Projeto de auxílio às pessoas com deficiência visual vence concurso Intel de tecnologia

Sistema permite a identificação de ambiente pelo som

Para auxiliar a realização das atividades diárias de pessoas com deficiência visual, pesquisadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAP-SoL), sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos desenvolveram um protótipo de sistema que permite ao usuário fazer a identificação de obstáculo e ambiente através do som.

A equipe de pesquisa é formada pelos doutorandos do programa de pós-graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional (PPG-CCMC) Renê de Souza, Heitor Freitas e Luiz Nunes, com a coordenação do professor Francisco Monaco, do laboratório de Sistemas Distribuídos e Programação Concorrente do departamento de Sistemas de Computação, todos do ICMC.

O programa computacional denominado GuideMe funciona em um dispositivo pequeno, ajustável à roupa e utiliza processamento de imagem e localização através do eco para reconhecer o ambiente. O sistema, por meio de fones de ouvido, estabelece comunicação com o usuário tanto verbalmente, com o uso de um sintetizador de voz, quanto por meio de sons tridimensionais.

“Imagine o deficiente visual aproximando-se de um balcão para pedir informações; se não houver ninguém para atendê-lo, o sistema diz: "ninguém à vista". Em outra situação, podemos imaginar o deficiente visual procurando por uma pessoa conhecida em um local público; caso a pessoa seja detectada pela câmera, o sistema aponta para a aproximação dela e pode inclusive guiar o usuário até o seu amigo”, explica o professor Monaco.

O professor menciona ainda que, em uma situação na qual o usuário caminhe por um corredor, em linha reta, ele deve ouvir um som (suave) que pareça vir de sua frente. Caso o usuário ande em direção a uma das paredes, o som modifica sua direção e passa a ser ouvido como se viesse do lado da parede. Assim, o usuário pode utilizar essa dica sonora para conhecer a geometria do ambiente e corrigir seus passos.

O sistema explora duas técnicas inovadoras. Uma é baseada em visão computacional que utiliza um webcam convencional e algoritmos de processamento de imagem para detectar a presença de pessoas e identificar rostos conhecidos.

A outra técnica é apoiada em psicoacústica (estudo da relação entre estímulos sonoros e suas sensações decorrentes) e utiliza sensores de ultrassom para localizar obstáculos. Porém, em vez de emitir bipes, como sensores de estacionamento utilizados em veículos, por meio de um algoritmo de geração de áudio 3D, o dispositivo produz um som que aparenta surgir da direção e da distância em que está o obstáculo.

O GuideMe utiliza conceitos de wearable computing (tecnologia portátil como peça de vestuário) e sensor fusion (geração de informação combinando múltiplos sensores) e em sua especificação completa, utilizará sensor GPS, bússola e conexão wireless para prover auxílio à locomoção em áreas abertas.

O objetivo inicial do projeto foi de aperfeiçoar os algoritmos que utilizam processamento espacial e de imagem. O protótipo atual foi produzido em um equipamento de hardware fornecido pela empresa de tecnologia Intel.

“Pretendemos migrar para um hardware menor, mais leve e com maior eficiência energética, para que possa ser utilizado por mais tempo com auxílio de bateria. Em longo prazo, pretendemos aprimorar a utilidade do dispositivo a partir da avaliação dos usuários”, explica Monaco.

Durante o desenvolvimento a equipe fez testes preliminares utilizando o sistema para guiar-se em corredores com outras pessoas presentes. As funções do dispositivo foram executadas como o esperado. O próximo passo é realizar testes em pessoas com deficiência visual.

O programa que foi desenvolvido em software livre será disponibilizado para a sociedade. “Todas as especificações, artefatos de software e aplicações são livres para beneficiar a população e, sobretudo, às pessoas que possam fazer uso do sistema”, afirma o pesquisador.

“Acreditamos nos conceitos de free open source software (software livre e de código aberto) e de free open source hardware (hardware livre de projeto livre e aberto) como facilitadores para que a pesquisa possa virar produto, este evolua livremente e chegue às pessoas a custos acessíveis”, complementa.

A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total, congênita ou adquirida da visão. Conforme dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de brasileiros, 23,9% da população total, possuem algum tipo de deficiência, (visual, auditiva, motora e mental ou intelectual) e 18,6% possuem a visual, sendo esta a maior ocorrência.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio do relatório World Report on Disability 2010 e Vision 2020, a cada cinco segundos uma pessoa fica cega no mundo e 90% dos casos de cegueira ocorrem em países subdesenvolvidos e emergentes.

A OMS aponta que mais de um bilhão de pessoas, 15% da população mundial, vivem com algum tipo de deficiência. Há de 40 a 45 milhões de pessoas cegas sendo que em 2020 serão mais de 75 milhões de pessoas cegas e mais de 225 milhões com baixa visão. O estudo mostra ainda que 80% dos casos poderiam ser evitados se ocorressem mais ações efetivas de prevenção.

Concurso Intel de Sistemas Embarcados 2014 - O protótipo desenvolvido alcançou o primeiro lugar no II Concurso Intel de Sistemas Embarcados realizado durante o IV Simpósio Brasileiro de Engenharia de Sistemas Computacionais (SBESC), de 4 a 7 de novembro, em Manaus (AM).

O concurso é destinado a estudantes de graduação e pós-graduação e tem a intenção de promover o desenvolvimento de sistemas inteligentes e inovadores com base em tecnologia embarcada.

O projeto também foi apresentado em uma feira aberta ao público, que recebeu a visita de estudantes da rede pública de ensino. “Abordar a pesquisa para o público em geral foi importante para ao fortalecimento da comunicação e divulgação científica na área”, menciona Souza.

A equipe fará uma visita técnica ao laboratório da Intel nos Estados Unidos, como parte da premiação, e integrará o programa Intel Developer Forum, além de estar pré-classificada para a edição de 2015.

A proposta apresentada para o concurso foi uma das aprovadas que recebeu uma placa de desenvolvimento (hardware) para produzir um protótipo em três meses. Para Souza, “a participação no concurso foi de grande importância para apresentar a pesquisa à comunidade acadêmica e industrial, esta, que tem investido expressivamente na área de sistemas embarcados e wearalbe computing”. 

Além da continuidade do projeto, a equipe visa a investir em pesquisa na área de acessibilidade. “O sistema de orientação psicoacústico utilizado é baseado em técnicas de processamento de áudio tridimensional estudados por pesquisadores na Alemanha. Em conjunto, pretendemos intensificar as pesquisas”, planeja Monaco.

Para conhecer os demais projetos ganhadores acesse aqui.

Por Flávia Cayres da Assessoria de Comunicação do NAP-SoL

Oportunidade: bolsa de pós-doutorado no ICMC na área de matemática


Estão abertas as inscrições no processo seletivo para preenchimento de uma posição de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Matemática do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

O candidato selecionado receberá uma bolsa mensal no valor de R$ 4,1 mil durante 12 meses. A bolsa faz parte do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) da CAPES e o início de sua vigência poderá acontecer entre 1º de fevereiro de 2015 e 30 de abril de 2015.

Podem se candidatar pesquisadores brasileiros e estrangeiros, desde que possuam doutorado em matemática – nesse caso, é preciso já ter apresentado a tese de doutorado no momento da candidatura à vaga.

Para participar da seleção, basta enviar o currículo e um projeto de pesquisa para o endereço posgrad@icmc.usp.br até 31 de janeiro de 2015. Para se informar sobre as linhas de pesquisa disponibilizadas pelo Programa de Pós-Graduação em Matemática do ICMC, acesse este link: icmc.usp.br/e/94d1b.

Mais informações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Homenagem ao professor Loibel acontece dia 20 no ICMC

Um ano depois do falecimento do pesquisador, Instituto inaugura espaço em sua homenagem


Gilberto Francisco Loibel foi um dos principais impulsionadores do ambiente de estudos e pesquisa em matemática no interior do Estado de São Paulo. Um ano após sua morte, o pesquisador será homenageado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, na quinta-feira, 20 de novembro.

Loibel foi responsável pela implantação da pesquisa em Topologia no interior do Estado, durante  a segunda metade do século passado. Ele também escreveu o primeiro livro sobre Teoria de Singularidades no Brasil, publicado em 1967, quando ministrou o primeiro curso sobre o assunto no 6º Colóquio Brasileiro de Matemática.

Segundo a professora Maria Aparecida Soares Ruas, do ICMC, que foi orientada por Loibel durante o mestrado, além de ser o introdutor da Teoria de Singularidades no Brasil, Loibel foi o fundador do Grupo de Singularidades de São Carlos. “Ele orientou os primeiros alunos de mestrado e doutorado nessa área, principalmente no período de 1970 a 1985. Muitas das dissertações e teses orientadas por Loibel foram pioneiras nos temas abordados, graças ao brilhantismo do orientador”, disse.

A cerimônia acontecerá às 14 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. Ao final do evento, o público se dirigirá ao hall da Biblioteca Achille Bassi, que receberá um novo nome: hiperespaço Professor Loibel. É necessário confirmar presença no evento entrando em contato com a Seção de Eventos por e-mail ou telefone (veja abaixo).

Mais informações
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Bacharelado em Matemática Aplicada e Computação Científica elege novo coordenador

Souza é o novo coordenador
O professor Leandro Franco de Souza é o novo coordenador do curso de Bacharelado em Matemática Aplicada e Computação Científica, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Seu mandato é de dois anos, contados a partir de 20 de outubro. A suplente é a professora Marina Andretta.

Souza possui graduação e mestrado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e doutorado em Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica. É professor no ICMC desde 2004. Tem experiência na área de engenharia mecânica e aeroespacial, com ênfase em instabilidade hidrodinâmica e aeroacústica, atuando principalmente nos seguintes temas: high order methods, direct numerical simulation - dns, hydrodynamic instability, compact finite differences, high resolution finite differences e spectral methods.

Mais informações
Serviço de Graduação
Telefone: (16) 3373.9639
E-mail: grad@icmc.usp.br

Palestras da semana - 10 a 14 de novembro



Tutoriais de Computação (Graduação)
Segmentação de imagens médicas: desafios e aplicações
Palestrante: Joao do E.S. Batista Neto (ICMC)
Quando: quarta-feira, 12 de novembro, às 14h20
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
Clique para ver o resumo
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Seminários de Probabilidades e Sistemas Complexos
Atividade espontânea e avalanches em dinâmica neural
Palestrante: Leonardo Maia (IFSC)
Quando: sexta-feira, 14 de novembro, às 16h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro
Clique para ver o resumo
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Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

Salvos pela ciência: computação pode evitar catástrofes em grandes eventos e complexos industriais

Grupo de pesquisadores brasileiros, alemães, austríacos e espanhóis está desenvolvendo uma solução inovadora empregando dispositivos móveis, técnicas de aprendizado de máquina e processamento de imagens para auxiliar centrais de controle em empresas e eventos

Comitê de Fomento Industrial de Camaçari é um dos parceiros do projeto

O que há em comum entre um estádio de futebol lotado com mais de 60 mil pessoas e um polo industrial com empresas químicas e petroquímicas? Para um consórcio com mais de 40 pesquisadores brasileiros, alemães, austríacos e espanhóis, esses dois universos, aparentemente tão díspares, unem-se quando o assunto é risco: caso ocorra um desastre em um desses lugares, os danos são de proporções equivalentes.

Criar um sistema que possibilite uma ação rápida e eficiente no gerenciamento de crises em grandes eventos esportivos ou polos industriais – evitando mortes, danos materiais e ao meio ambiente – é o desafio científico e tecnológico que move esses pesquisadores. Eles estão desenvolvendo uma plataforma computacional inteligente chamada RESCUER, capaz de aliar informações provenientes da multidão via dispositivos móveis, como tablets e smartphones, com dados obtidos da defesa civil e bombeiros, a fim de construir um mapa da situação e possibilitar a tomada de decisões. A pesquisa também inclui a elaboração de estratégias para instruir a população que está em risco e direcionar corretamente as forças de resgate e combate.


“Em cada etapa do desenvolvimento dessa plataforma, há desafios diferentes”, explica a coordenadora do projeto na Europa, Karina Villela, do Instituto Fraunhofer de Engenharia de Software Experimental (IESE), da Alemanha. Segundo ela, as informações provenientes da multidão (crowdsourcing) podem ser captadas, em tempo real, por meio dos sensores disponíveis nos smartphones ou por meio de um aplicativo, que está sendo desenvolvido especialmente para ser usado em situações de emergência. 

Na época em que aconteceu a Copa do Mundo de Futebol no Brasil, o protótipo do aplicativo foi testado com estudantes do campus da USP em São Carlos, com participantes do FIFA Fan Fest em Salvador e com torcedores que assistiam a um jogo da Alemanha no estádio Fritz-Walter, em Kaiserslautern. “O resultado da avaliação desse protótipo é valioso para que possamos aprimorar o aplicativo”, conta a professora Elisa Yumi Nakagawa, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, uma das nove instituições parceiras do projeto.

Nessa fase inicial de desenvolvimento, o aplicativo possibilita ao usuário selecionar uma das quatro opções disponíveis (fogo, explosão, pânico de massa ou outro) e alertar a respeito. Automaticamente, um mapa é exibido indicando a localização. Nesse mesmo mapa, o usuário pode usar uma seta para especificar o local exato onde está acontecendo a emergência. Depois, é hora de informar a gravidade da situação clicando em ícones. Por exemplo, no caso de um incêndio, pode ser escolhido um extintor (para uma situação menos grave), uma mangueira (situação um pouco mais grave) ou um carro de bombeiros (situação grave). A seguir, solicita-se ao usuário que informe se há pessoas feridas e descreva o fogo (informando a cor e a direção da fumaça). Por último, há a opção de enviar uma foto ou vídeo. 

Exemplo de uma das telas do aplicativo

Uma multidão de informações – Mas o que acontecerá se 60 mil pessoas usarem esse aplicativo ao mesmo tempo? “Não é possível que um ser humano consiga analisar todas as informações enviadas pela multidão, olhando cada imagem e vídeo. Nosso papel é fazer isso de forma semiautomática, para que possamos extrair o que é mais relevante dessa imensidão de dados”, explica o professor José Rodrigues Junior, do ICMC. 

Para isso, o grupo de pesquisadores do Instituto que participa do projeto RESCUER está mesclando conhecimentos de diferentes áreas da Ciência da Computação: processamento de imagens, aprendizado de máquina e banco de dados. “Um dos problemas que enfrentaremos é a variação da qualidade do material enviado. Na multidão, teremos pessoas correndo, sendo empurradas, em lugares muito escuros ou muito claros, e até mesmo com o celular de cabeça para baixo enquanto filma”, conta o professor.

“A tecnologia disponível para a análise de imagens estáticas já existe, mas quando se fala em vídeos, o desafio é maior”, acrescenta Karina Villela. Segundo Rodrigues Junior, outro obstáculo a ser enfrentado é o tempo de resposta, pois é preciso avaliar uma grande quantidade de dados o mais rápido possível. “Ainda não existe uma tecnologia de aprendizado de máquina suficientemente capaz de avaliar as informações com 100% de precisão. A melhor máquina para fazer isso ainda é o ser humano. No entanto, o computador é capaz de selecionar as melhores informações a serem apresentadas e também de aprender com o ser humano, nesse caso, com os especialistas da central de comando”, diz Rodrigues Junior. 

Por isso, entre as soluções de análise de dados propostas pela equipe está a atuação da central de comando, que receberá as informações extraídas da multidão: “Na central de comando, é um ser humano que irá olhar as informações encaminhadas pelo computador e decidir o que fazer com elas”. Assim, se a central começar a receber informações repetidas ou vídeos e imagens com qualidade muito baixa, basta registrar isso para que o sistema de análise automática dos dados seja aprimorado. “É assim que o computador aprende com o ser humano”, ensina Rodrigues Junior.

O kit de ferramentas que o RESCUER pretende fornecer à central de comando engloba ainda uma tela com um mapa apresentando de forma simples e em tempo real a situação de emergência. Estudos na área de visualização de informações estão sendo realizados para verificar qual a melhor maneira de mostrar as ocorrências nessa tela. 

Aplicativo já passou por testes

Da computação à psicologia – A complexidade do RESCUER está também na vastidão de áreas de conhecimento que devem ser abarcadas para que a plataforma alcance o sucesso almejado. Em um workshop realizado em Linz, na Áustria, com as forças de resgate e combate do polo que reúne as indústrias químicas da cidade, os pesquisadores tentaram compreender melhor como é a reação das vítimas no momento de uma emergência. 

“Como as pessoas vão interagir com seus dispositivos móveis em um contexto de estresse? Estamos estudando o comportamento humano para entender quanto a capacidade cognitiva das pessoas pode ser afetada e aprimorar o aplicativo”, conta Villela. A ideia é criar algo que possibilite, primeiramente, uma comunicação bastante rápida: “Estou em perigo!”. Depois, quando a pessoa estiver com um nível de estresse menor, poderá enviar uma foto e dar mais detalhes sobre o que está acontecendo.

Sintonia – Além de atuar em prol desse fluxo de informações que nasce da multidão e é direcionado para o centro de comando, o projeto também vai reger as interações que serão estabelecidas entre esse centro e seus vários públicos. Como em uma grande orquestra, o desempenho dos músicos depende de uma boa regência. O maestro aqui é o centro de comando que envia instruções precisas para os grupos de pessoas que estão em risco.

Também é fundamental comandar adequadamente as forças de resgate e combate: como fazer para que cada instituição mantenha sua independência e trabalhe de forma conjunta? Um dos caminhos apontados pelo RESCUER é fornecer a todos os envolvidos no resgate e combate uma visualização conjunta dos planos de ação propostos. Assim, cada um tem a liberdade de desenvolver seu plano, mas, ao visualizar a atuação do outro, poderá repensar sua estratégia.

Villela explica que, quando acontece um acidente em um polo industrial, há uma série de documentos a serem preenchidos pela empresa e enviados para comunicar oficialmente a ocorrência aos órgãos internos e externos (demais empresas, autoridades públicas e imprensa, por exemplo). Abre-se aqui outra frente de trabalho no RESCUER: a intenção é automatizar essa comunicação que a empresa precisa fazer, de forma individualizada, com esses diferentes públicos, empregando técnicas e recursos da área de gerência de variação.

Diante de tantos desafios multidisciplinares, a previsão é de que o projeto seja finalizado no primeiro semestre de 2016. Financiada pela União Europeia e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa conta com mais sete instituições parceiras além do IESE e do ICMC: a Universidade Federal da Bahia (coordenadora do projeto do lado brasileiro); a Universidade Politécnica de Madri; o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari; as empresas MTM Tecnologia, Vomatec e FireServ; e o Centro de Pesquisa Alemão em Inteligência Artificial (DFKI).

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Infográfico: Thiago Zanetti e Yasmim Reis - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Fotos: Divulgação

Mais informações
Site do projeto: www.rescuer-project.org
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br