Mostrando postagens com marcador Gutierrez. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Gutierrez. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Quando a matemática das bolhas de sabão ajuda a explicar os problemas da vida real

Ao estudar uma simples bolha de sabão, os matemáticos abrem caminhos para compreender, por exemplo, o que acontece em volta dos buracos negros e também no interior das ligas metálicas

Calcular matematicamente o tamanho dessas diferentes estruturas que nascem a partir de uma experiência com água e sabão não é algo trivial
(crédito da imagem: Pinterest)
O que há em comum entre a bolha de sabão que uma criança assopra no ar, as ligas metálicas que sustentam uma construção e os arredores dos buracos negros que nos rondam? Há um elo invisível que os conecta: a matemática, uma ciência capaz de aproximar os mais diferentes fenômenos na busca por compreendê-los. 

Os primeiros matemáticos que se dedicaram ao estudo das bolhas de sabão não imaginavam que seus conhecimentos um dia poderiam ser utilizados para investigar fenômenos celestes tão inusitados quanto os buracos negros, mas essa é outra característica dessa ciência: a imprevisibilidade de suas futuras aplicações. Com a suspeita de que a matemática das bolhas de sabão se assemelha à que permeia os arredores dos buracos negros, há ainda mais motivos para pesquisar as bolhas de sabão, muito mais acessíveis e seguras. 

Essas superfícies que encantam as crianças podem ser estudadas em praticamente todo lugar: basta misturar água e sabão em uma concentração tal que, ao pegar um arame com o formato clássico do círculo, e mergulhá-lo na solução, uma película fina, flexível e resistente surgirá. Ao assoprar essa película, que está grudada nas bordas do arame, você poderá formar uma bolha de sabão e, se tiver alguma habilidade, ela se desprenderá e voará pelo espaço até estourar. Continue a experiência matemática usando sua criatividade para moldar o arame em diversos formatos. Note que uma película surge unida às bordas toda vez que o objeto metálico é mergulhado na solução e, à medida que você muda o formato do arame, altera-se também o formato da película. 

No entanto, calcular matematicamente o tamanho dessas diferentes estruturas que nascem a partir da experiência com água e sabão não é algo trivial. “A tentativa de entender essas superfícies mínimas foi o que motivou a construção de áreas novas de pesquisa”, explica Pedro Henrique Gaspar Marques da Silva, 27 anos, formado em matemática pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. “Os matemáticos têm sido desafiados a pensar sobre essas superfícies mínimas há mais de um século”, completa o rapaz, que está fazendo pós-doutorado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. 

Ele voltou ao ICMC no dia 27 de agosto para receber o Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado, que reconhece, a cada ano, a melhor tese em matemática defendida no Brasil no ano anterior: “Meu trabalho está no meio do caminho entre a geometria e as equações diferenciais. Aliás, os matemáticos construíram a ponte entre essas duas áreas exatamente para tentar entender as superfícies mínimas”. 

Pedro durante sua palestra no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano
(crédito da imagem: Denise Casatti)

Depois de receber a premiação, Pedro ministrou uma palestra no auditório Fernão Stella Rodrigues Germano, em que abordou os principais resultados de sua tese. Na plateia, professores e participantes do Workshop de Teses e Dissertações do ICMC acompanhavam atentos às explicações técnicas. A seguir, subimos até o terceiro andar da Biblioteca Achille Bassi para admirar, de perto, o Ipê Amarelo florido. Ao nos sentarmos em uma das mesas, Pedro volta a explicar, pacientemente, alguns conceitos matemáticos com os quais trabalha. Diante de uma jornalista, depara-se com a impossibilidade de usar os mesmos termos e equações que apresentou na palestra. Mas isso não o incomoda: perspicaz, Pedro encontra metáforas e exemplos para compartilhar o que sabe. 

Aliás, ele tem essa facilidade para ensinar desde criança, revela o avô materno, Paulo Afonso Marques. Presente na cerimônia de premiação, Paulo conta que, quando o neto estava no ensino fundamental e o semestre próximo do fim, o garoto continuava indo à escola. Então, o avô perguntava: “Pedro, você já eliminou todas as matérias, pra que está indo à escola?” O garoto respondia: “Meus colegas não terminaram ainda, tenho que ajudá-los”. 

A mãe, Ana Paula Gaspar Marques da Silva, completa: “Ele sempre gostou muito de ensinar. Quando estava no ensino médio, minha casa vivia cheia de amigos e colegas”. Para ela, a qualidade mais marcante do garoto, desde sempre, é a humildade.

Pedro abraçado à mãe, Ana Paula, acompanhado pelo pai e os avós
(crédito da imagem: Denise Casatti)

Forças em equilíbrio – Mas o que torna as películas de sabão atraentes aos olhos dos matemáticos e aos olhos de Pedro, em especial? “Essas superfícies são resultado de um estado de equilíbrio de forças físicas: há pressão de um lado e de outro da película. E a forma final adquirida pela superfície é resultado do equilíbrio dessas forças”. Nesse estado de equilíbrio, a película adquire também uma interessante propriedade geométrica: possui a menor área entre todas as superfícies que são limitadas por uma curva fechada. É daí que vem o nome desses objetos matemáticos: superfícies mínimas. 

Há muitas situações do cotidiano em que as superfícies mínimas aparecem e os conhecimentos matemáticos da área podem ser aplicados. Pedro cita como exemplo o desafio de unir várias antenas, receptores ou radares, de maneira a otimizar a captação de sinais. Outro exemplo vem da arquitetura: “Imagine que você tem um palito na mão e vai girá-lo, sem completar a volta, e deslocá-lo para cima. A superfície que será criada pela trajetória descrita por esse palito é uma superfície mínima. Então, se eu fizer uma casa cujo telhado tem esse formato, terei que calcular matematicamente onde colocar as vigas para manter a estrutura em equilíbrio”. 

O nome dessa simpática superfície descrita por Pedro é helicoide e, para recriá-la, basta modelar um arame em formato de espiral e mergulhá-lo no mesmo recipiente com água e sabão usado para produzir as bolhas. Se você quiser pesquisar ainda mais as interessantes propriedades matemáticas desse estranho objeto, pode construí-lo usando palitos de picolé. Os palitos farão você visualizar com clareza que, em cada ponto do helicoide, passa uma reta, a qual está inteiramente contida nessa superfície mínima. 

Helicoide: modele um arame em formato de espiral e o mergulhe em um recipiente com água e sabão
(Crédito da imagem: Paul Nylander)

O helicoide de palitos de picolé foi um dos muitos experimentos que encantou um grupo de estudantes do segundo ano do ensino médio da Escola Antonio Raimundo de Melo, na cidade de Carnaubal, no Ceará. A pesquisadora Lucimara Andrade realizou uma série de atividades com esses alunos para discutir as propriedades básicas das superfícies mínimas. O projeto é fruto do mestrado profissional em matemática (PROFMAT) que Lucimara desenvolveu na Universidade Federal do Ceará, sob orientação do professor Marcelo Melo. O trabalho resultou também na publicação do artigo Superfícies mínimas e bolhas de sabão no Ensino Médio, na revista Thema. 

“O estudo contribuiu muito para a formação educacional dos estudantes, possibilitando a eles um contato teórico e prático com tópicos matemáticos voltados quase exclusivamente para alunos de pós-graduação em matemática”, ressaltam Marcos e Lucimara no artigo. “Esta experiência comprova que com iniciativa e criatividade, a matemática (mesmo aquela matemática que aparentemente faz parte apenas da rotina de pesquisadores de alto nível) pode deixar de ser temida e rejeitada por muitos estudantes, e passar a ser vista como uma ferramenta indispensável e presente no dia a dia dos alunos do ensino médio”, concluem os autores. 

Imagem da helicoide com palitos de sorvete feita pelos alunos da professora Lucimara Andrade
(crédito da imagem: arquivo da professora)

Dimensões além – Se estudar as superfícies mínimas no planeta Terra já é desafiador, imagine só fazer isso em outro planeta. A questão parece totalmente fora de propósito, mas é usando essa brincadeira que Pedro nos lança para outras dimensões: “Uma criança entediada, que está em outro planeta, no qual há várias dimensões, resolve fazer uma bolha de sabão. Em vez de sair uma esfera voando, a bolha tem um formato estranho, que se parece com o que a gente chama de hipersuperfíceis”. 

Para entender uma hipersuperfície, precisamos mesmo usar nossa imaginação. Isso acontece porque, aqui na Terra, bastam três números para definirmos matematicamente os objetos tridimensionais que vemos. Pense em uma caixa, para saber o espaço que ela ocupa, é só identificar a largura, a profundidade e a altura, ou seja, suas três dimensões. Então, por que os matemáticos insistem em pensar em mais dimensões se no nosso mundo tem só três? 

Pedro explica: “Cada dimensão pode ser considerada como uma quantidade que a gente quer medir. Imagine que vamos estudar o problema de uma empresa: ela quer minimizar o quanto gasta para produzir um produto e tem um monte de fatores para levar em consideração – custo de materiais, das pessoas, do transporte do material, do transporte do produto final até o local de venda, etc. Bem, cada um desses fatores pode ser considerado como se fosse uma dimensão. Para tentar achar um valor ótimo, temos que estudar mais dimensões além de três”. 

Se você achava que bastavam três dimensões para resolver os problemas do nosso mundo, acaba de descobrir que já vivemos em um planeta que demanda pesquisar muitas outras dimensões, mesmo que elas sejam invisíveis. O que Pedro estudou em sua tese é como o calcular o espaço ocupado pelas superfícies mínimas quando temos mais do que três dimensões: “Para criar uma liga de metal, por exemplo, várias substâncias são unidas e, olhando para o interior desse material, podemos localizar espaços em que as substâncias estão em equilíbrio. A superfície que aparece entre esses diferentes materiais se parece com aquelas que ocorrem nas bolhas de sabão.” 

Para compreender as hipersuperfícies, é preciso usar a imaginação
(Crédito da imagem: Paul Nylander)

De volta ao começo – Ao receber o Prêmio Gutierrez pela tese de doutorado A equação de Allen-Cahn e aspectos variacionais de hipersuperfícies mínimas, defendida no IMPA e orientada pelo professor Fernando Codá, Pedro se lembrou de seus primeiros passos em matemática: “Voltar para o ICMC é quase como voltar para casa. Foi realmente onde eu comecei a gostar de fazer matemática. Um dos fatores fundamentais que construíram a ponte para o que aconteceu depois – o meu doutorado – foi a iniciação científica”. 

Sob orientação do professor Fernando Manfio, do ICMC, Pedro desenvolveu projetos de iniciação científica durante três anos, todos com bolsas de estudo: um ano com recursos provenientes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e dois com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). “A iniciação científica me abriu várias portas, possibilitando ir a eventos, simpósios, conferências, workshops”. 

Quando visitou o ICMC pela primeira vez, um pouco antes de ficar sabendo que havia sido aprovado no vestibular da Fuvest, Pedro se encantou pelo ambiente acolhedor. “Algo que se confirmou ao longo da graduação: é um ambiente quase familiar, os professores são muito acessíveis e os colegas de turma dispostos a ajudar”. Foram as forças desse espaço, em equilíbrio, que possibilitaram a Pedro explorar muitas superfícies matemáticas. 

A professora Maria Aparecida Soares Ruas falou sobre a relevância do pesquisador Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon durante a cerimônia de premiação; à esquerda, estão o professor Daniel Smania, Pedro e o professor Fernando Manfio
(crédito da imagem: Denise Casatti)

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Leia mais 
Ex-aluno do ICMC é reconhecido pela melhor tese de doutorado em matemática, defendida no IMPA: 
Pedro Gaspar defende tese na área de Análise Geométrica:
Dissertação Superfícies mínimas e bolhas de sabão no ensino médio:
Artigo Superfícies mínimas e bolhas de sabão no ensino médio:
Vídeo sobre superfícies mínimas:
Vídeo sobre a quarta dimensão (Isto É Matemática):

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Workshop de Teses e Dissertações em Matemática do ICMC abre inscrições

Um dos destaques do evento é a cerimônia de entrega do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado, que será na tarde do dia 27

As inscrições estão abertas e devem ser realizadas até dia 18 de agosto

De 26 a 28 de agosto, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, realizará a nova edição do Workshop de Teses e Dissertações em Matemática (WTD). O objetivo do evento é promover a divulgação de pesquisas do Programa de Pós-Graduação em Matemática do ICMC. 

Outra meta do workshop é estimular uma maior interação entre pós-doutorandos, egressos e alunos de mestrado e doutorado do Programa. O evento também busca encorajar aqueles que estão em fase final de elaboração de teses ou dissertações a ministrarem palestras, divulgando os resultados obtidos em suas pesquisas. 

As inscrições estão abertas e devem ser realizadas até dia 18 de agosto. Para participar, basta preencher o formulário disponível neste link: icmc.usp.br/e/dc131. O valor da taxa de inscrição é de R$ 35 e deve ser pago, até o dia 23, diretamente na área de comunicação e eventos do ICMC, na sala 4-000, no bloco 4. 

Os alunos que desejarem apresentar trabalhos devem enviar seus resumos até 18 de agosto, seguindo os modelos disponibilizados no site do evento e enviá-los, via e-mail, para o endereço wpgmat@icmc.usp.br. 

Programação - Durante o evento, estudantes de doutorado e mestrado do Programa de Pós-Graduação em Matemática do ICMC apresentam palestras e pôsteres sobre seus projetos de pesquisa. Outro destaque da programação é a cerimônia de entrega do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado, que acontecerá no dia 27, às 14 horas. O Prêmio reconhece, a cada ano, a melhor tese em matemática defendida no Brasil. Todas as atividades do WTD acontecem no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC (sala 6-001). 

Texto: Assessoria de Comunicação ICMC/USP 

Mais informações 
Site do evento: icmc.usp.br/e/40444
Link para inscrição: icmc.usp.br/e/dc131

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Inscrições abertas para Prêmio Gutierrez 2019 de melhor tese em matemática

Cerimônia de premiação será realizada dia 27 de agosto no ICMC


Estão abertas, até 1º de abril, as inscrições para o Prêmio Professor Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon 2019. A iniciativa reconhece a melhor tese de doutorado na área de matemática defendida no Brasil no ano anterior. Organizada pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática, a premiação concede R$ 3 mil ao vencedor. A cerimônia de premiação será realizada no dia 27 de agosto, às 14 horas, no auditório Fernão Stella Rodrigues Germano do ICMC.

Para se inscrever, o autor ou orientador do trabalho deve enviar o arquivo em formato PDF da tese defendida e aprovada, bem como artigos provenientes, para o e-mail premiogutierrez@icmc.usp.br. Também é necessário enviar um texto, de até 25 linhas, que defenda e justifique, com base em padrões científicos de qualidade, por que a tese merece receber o prêmio. O edital completo está disponível no site premiogutierrez.icmc.usp.br.

Última edição - O vencedor da edição de 2018 do Prêmio Gutierrez foi o colombiano Plinio Murillo por sua tese On arithmetic manifolds with large systole. Hoje, com 28 anos, Plinio já tem o título de doutor pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Em sua tese, orientada pelo professor Mikhail Belolipetsky, foram estudados dois elementos geométricos – os cumprimentos de curvas e o volume – em espaços que têm forte ligação com teoria dos números, chamados variedades aritméticas. “O resultado principal é calcular a relação explícita entre o volume e o menor comprimento de uma curva fechada num tipo particular desses espaços”, detalha Murillo, contando que, desde cedo, gostou de combinar geometria e álgebra.

Plinio Murilo, vencedor da edição de 2018, recebe o prêmio das mãos da diretora do ICMC, Maria Cristina Oliveira
(foto: Denise Casatti - ICMC/USP)

Sobre o Carlos Gutierrez – o Prêmio Gutierrez foi criado para homenagear o pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008). O objetivo é reconhecer a melhor tese defendida e aprovada na área de matemática no Brasil, no ano anterior ao ano da premiação, considerando os quesitos originalidade e qualidade.

Gutierrez chegou ao Brasil em 1969 para estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology. Após deixar o IMPA, ele atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização do grupo de pesquisa em Sistemas Dinâmicos. Em sua carreira, publicou mais de 70 artigos, orientou sete alunos de doutorado e 20 de mestrado.

Por: Assessoria de Comunicação do ICMC-USP

Mais informações
Link do edital: premiogutierrez.icmc.usp.br
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: premiogutierrez@icmc.usp.br

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Prêmio Gutierrez 2015: confira a tese de doutorado em matemática que será premiada

Ex-aluno do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, Lucas Ambrozio é o vencedor do prêmio; já a menção honrosa será concedida ao professor Marcelo Amaral, que defendeu sua tese na Universidade Federal do Ceará

Ambrozio é o vencedor do Prêmio

Duas teses de doutorado defendidas em 2014 serão reconhecidas na próxima segunda-feira, 31 de agosto, às 14 horas, durante uma cerimônia no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. É quando acontecerá a entrega do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado 2015, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. O evento é gratuito, aberto a todos os interessados e faz parte do Workshop de Teses e Dissertações em Matemática.

Na ocasião, o vencedor do prêmio, Lucas Ambrozio, ministrará uma palestra sobre sua tese de doutorado Constant mean curvature foliations and scalar curvature rigidity of three-manifolds. Nascido no Rio de Janeiro, Ambrozio concluiu o Bacharelado em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2008. Dois anos depois, finalizou o mestrado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e, no ano passado, defendeu seu doutorado na mesma instituição, sob a orientação do professor Fernando Marques. Atualmente, Ambrozio faz pós-doutorado no Imperial College London, na Inglaterra.

Outro convidado que participará do evento é o professor Marcelo Amaral, que receberá uma menção honrosa por sua tese Problemas de Transmissão com Fronteira Livre. Ele também ministrará uma palestra sobre sua pesquisa durante o evento. Nascido em Caucaia, que integra a região metropolitana de Fortaleza, no Ceará, Amaral concluiu a Licenciatura em Matemática em 2007 na Universidade Federal do Ceará, onde também finalizou seu mestrado em 2010. No ano passado, defendeu seu doutorado na mesma instituição, sob a orientação de Eduardo Teixeira. Atualmente, é professor na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

Amaral receberá menção honrosa

Sobre o Prêmio - Apoiado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), o Prêmio homenageia o renomado pesquisador peruano Carlos Teobaldo Gutierrez Vidalon (1944-2008). Gutierrez veio ao Brasil em 1969, quando conseguiu uma bolsa de estudos para estudar no IMPA, onde se titulou mestre e doutor em matemática. Nessa instituição, na qual trabalhou até 1999, começou como professor assistente e chegou à posição de titular. Durante o período, visitou vários importantes centros em matemática como a University of California, em Berkeley, e o California Institute of Technology.

Após deixar o IMPA, Gutierrez atuou como professor titular no ICMC, contribuindo com a fundação e organização de um novo grupo de pesquisa. Em sua carreira, publicou mais de setenta artigos, orientou sete alunos de doutorado e vinte de mestrado. 

Mais informações
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br