Exposição coletiva apresenta obras que usam a arte da aquarela para construir novas possibilidades de estar no mundo
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A obra Floresta Interior III é uma das que poderão ser vistas na exposição Lugares Possíveis, até 30 de novembro
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A exposição Lugares Possíveis chegou às vitrines da Biblioteca Achille Bassi, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. A mostra reúne obras de três mulheres que usam a arte da aquarela para construir novas possibilidades de estar no mundo: a artista visual Adelle Trevisan, a jornalista Denise Casatti e a socióloga Silvia Maria do Espírito Santo.
Originalmente,
Lugares Possíveis fez parte da
24ª Semana de Arte e Cultura USP São Carlos, que aconteceu de 16 a 22 de setembro, ficando exposta no Centro Cultural da USP São Carlos. Ao chegar às vitrines da Biblioteca, a mostra foi ampliada e incorporou mais três obras da série
Via Satélite, de Denise Casatti. Analista de Comunicação no ICMC, a artista produziu a série em 2010, quando expôs duas das obras em uma exposição coletiva realizada em São Paulo pelo projeto
Universo
da Aquarela, na Associação Comercial de São Paulo.
Além das paisagens imaginárias que compõem Via Satélite, o público que visitar a Biblioteca do ICMC poderá conferir mais quatro obras da artista, todas da série Floresta Interior, de 2019. Entre as muitas camadas de tinta que habitam cada uma das aquarelas, em meio a espaços vazios e delicados, por entre galhos e folhas, espreita um fogo sombrio. “Pelos recortes dessa floresta interior em ebulição, somos convidados a nos aproximar e nos distanciar, na busca por estabelecer um diálogo entre o real e o imaginário, entre o que há dentro e fora de nós”, escreve a jornalista.
“As aquarelas são feitas pelas e nas efemeridades do tempo, que se completam na busca da calma resistente e, quando vividas, não são eternas, mas são, ao contrário, pequenas possibilidades transformadoras do estado de alma”, afirma a socióloga Silvia Maria do Espírito Santo. Autora de quatro obras da mostra, Silvia é professora na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLR) da USP. A artista usou aquarela e lápis para criar Desejo e autonomia da mulher I, Desejo e autonomia da mulher II, Lucy Ball e Lula. “As quatro aquarelas simbolizam o que se rompe. Assim como no gesto tradicional da aquarela, os trabalhos tomam o desenho e, diferentemente da técnica secular, surgem do movimento do pincel, aqui, não adequado, quando subverte a leveza imposta pela virtuosidade”, diz a artista.
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Desejo e autonomia da mulher II: obra de socióloga Silvia Maria do Espírito Santo
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Já a artista visual Adelle Marques Trevisan traz à exposição coletiva uma realidade construída na perfeita geometria que invade suas quatro obras em lápis de cor e aquarela: Prismas em movimento; Fragmentos Poli dimensionais, Ipê Central e Solitário. Moradora de Campinas, a artista acabou de concluir a Licenciatura em Artes Visuais pela UNESP. Estudante de violino, Adelle criou as obras expostas na Biblioteca do ICMC inspirada pelas composições em mi maior do compositor Johann Sebastian Bach. Nao é à toa que suas aquarelas guardam uma relação profunda com a matemática, uma ciência tão presente na música.
Gratuita e aberta a todos os interessados, a exposição Lugares Possíveis permanece em cartaz até dia 30 de novembro e pode ser visitada a qualquer hora. A iniciativa conta com o apoio do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão da USP São Carlos, do Centro Cultural da USP São Carlos e da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC.
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Fragmentos poli dimensionais: obra de Adelle Marques Trevisan
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Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Exposição coletiva Lugares Possíveis Quando: até 30 de novembro
Onde: vitrine da Biblioteca Achille Bassi, na área I do campus da USP, em São Carlos
Endereço: avenida Trabalhador São-carlense, 400 – Parque Arnold Schimidt
Mais informações: (16) 3373.9641 ou ccex@icmc.usp.br