Secretário Nacional de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social proferiu
palestra no ICMC destacando as principais iniciativas da Secretaria e enfatizando
a necessidade de desenvolver pesquisas com foco na melhoria da qualidade de
vida da população
Popularizar a ciência e a tecnologia
e promover a inclusão produtiva e social são os dois principais eixos de
atuação da Secretaria Nacional de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS)
segundo o Secretário da instituição, Oswaldo Baptista Duarte Filho. Ele proferiu
a palestra Programas de Ciência e
Tecnologia para Inclusão Social, no auditório Fernão Stella de
Rodrigues Germano, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC)
da USP São Carlos na última sexta-feira, 30 de agosto.
Secretário falou sobre o esforço para fomentar tecnologia assistiva |
A convite do Conselho Gestor do
Campus de São Carlos, o Secretário destacou as principais iniciativas da SECIS
em seus dois eixos principais de atuação. De acordo com Duarte Filho, a Semana
Nacional de Ciências e Tecnologia é uma das ações mais relevantes no que se
refere à popularização da ciência e da tecnologia. “Hoje, posso dizer que temos
5.560 municípios no Brasil e, este ano, somente 36 municípios pequenos não
participarão da Semana”, afirmou.
No que tange à promoção da
inclusão produtiva e social, Duarte Filho mencionou o apoio da SECIS aos
grandes programas de inclusão social existentes no âmbito do governo federal.
Nesse sentido, um dos projetos que está sendo estudado é a instalação de Centros
Vocacionais Tecnológicos (CVTs) nos grandes conjuntos habitacionais do “Minha
Casa, Minha Vida”. Ele contou que, atualmente, existem 300 CVTs no país, que
são destinados à capacitação de populações em risco. “As universidades têm que
se apoderar desse instrumento poderosíssimo que é o CVT”, reforçou.
O presidente do Conselho Gestor
do campus e diretor do ICMC, José Carlos Maldonado, questionou se é possível instalar
um CVT na área 2 do campus. O Secretário respondeu afirmativamente e, ao ser
informado sobre o projeto de criação de um centro de inclusão social no campus
2 – projeto já aprovado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP –,
elogiou a iniciativa.
Maldonado ressaltou também a
importância da aproximação da Universidade com o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI). “Todas as universidades devem estar engajadas na busca
pela inclusão social, que é o alicerce para uma sociedade mais justa e bem
fundamentada”, disse.
O Secretário mencionou ainda os
esforços empreendidos na busca por fomentar a pesquisa, o desenvolvimento e a
produção de tecnologia assistiva. Ele citou a criação, em 2012, do Centro
Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA), sediado no Centro de
Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas. A tarefa do Centro é articular
nacionalmente uma rede cooperativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação na
área de tecnologia assistiva e trata-se de um mecanismo de implantação do Plano
Viver sem Limite (Plano Nacional dos direitos das pessoas com deficiências)
lançado em 2011.
Maldonado destacou relevância da aproximação com MCTI |
A tecnologia assistiva é constituída
por produtos, estratégias, metodologias e serviços que visam prover às pessoas
com deficiência uma maior autonomia com menos barreiras para sua inclusão na
sociedade brasileira. “Aqui, na USP São Carlos, muitos pesquisadores trabalham
com robótica e outras tecnologias que podem ser voltadas para essa área”, pontuou
o Secretário.
Nomeado para assumir a SECIS em
abril deste ano, Duarte Filho é engenheiro químico, foi reitor da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar) e prefeito do município. “Quando a gente
desenvolve pesquisa precisamos ter a preocupação de pensar em como podemos
levar os resultados do nosso trabalho para melhorar a qualidade de vida da
população”, finalizou o Secretário.
Texto e fotos: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC