quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Iniciativas de ciência e tecnologia para inclusão social são apresentadas na USP São Carlos

Secretário Nacional de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social proferiu palestra no ICMC destacando as principais iniciativas da Secretaria e enfatizando a necessidade de desenvolver pesquisas com foco na melhoria da qualidade de vida da população


Secretário falou sobre o esforço para fomentar tecnologia assistiva
Popularizar a ciência e a tecnologia e promover a inclusão produtiva e social são os dois principais eixos de atuação da Secretaria Nacional de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS) segundo o Secretário da instituição, Oswaldo Baptista Duarte Filho. Ele proferiu a palestra Programas de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP São Carlos na última sexta-feira, 30 de agosto.

A convite do Conselho Gestor do Campus de São Carlos, o Secretário destacou as principais iniciativas da SECIS em seus dois eixos principais de atuação. De acordo com Duarte Filho, a Semana Nacional de Ciências e Tecnologia é uma das ações mais relevantes no que se refere à popularização da ciência e da tecnologia. “Hoje, posso dizer que temos 5.560 municípios no Brasil e, este ano, somente 36 municípios pequenos não participarão da Semana”, afirmou.

No que tange à promoção da inclusão produtiva e social, Duarte Filho mencionou o apoio da SECIS aos grandes programas de inclusão social existentes no âmbito do governo federal. Nesse sentido, um dos projetos que está sendo estudado é a instalação de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) nos grandes conjuntos habitacionais do “Minha Casa, Minha Vida”. Ele contou que, atualmente, existem 300 CVTs no país, que são destinados à capacitação de populações em risco. “As universidades têm que se apoderar desse instrumento poderosíssimo que é o CVT”, reforçou.

O presidente do Conselho Gestor do campus e diretor do ICMC, José Carlos Maldonado, questionou se é possível instalar um CVT na área 2 do campus. O Secretário respondeu afirmativamente e, ao ser informado sobre o projeto de criação de um centro de inclusão social no campus 2 – projeto já aprovado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP –, elogiou a iniciativa.

Maldonado ressaltou também a importância da aproximação da Universidade com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). “Todas as universidades devem estar engajadas na busca pela inclusão social, que é o alicerce para uma sociedade mais justa e bem fundamentada”, disse.

Maldonado destacou relevância da aproximação com MCTI
O Secretário mencionou ainda os esforços empreendidos na busca por fomentar a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de tecnologia assistiva. Ele citou a criação, em 2012, do Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA), sediado no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas. A tarefa do Centro é articular nacionalmente uma rede cooperativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de tecnologia assistiva e trata-se de um mecanismo de implantação do Plano Viver sem Limite (Plano Nacional dos direitos das pessoas com deficiências) lançado em 2011.

A tecnologia assistiva é constituída por produtos, estratégias, metodologias e serviços que visam prover às pessoas com deficiência uma maior autonomia com menos barreiras para sua inclusão na sociedade brasileira. “Aqui, na USP São Carlos, muitos pesquisadores trabalham com robótica e outras tecnologias que podem ser voltadas para essa área”, pontuou o Secretário.

Nomeado para assumir a SECIS em abril deste ano, Duarte Filho é engenheiro químico, foi reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e prefeito do município. “Quando a gente desenvolve pesquisa precisamos ter a preocupação de pensar em como podemos levar os resultados do nosso trabalho para melhorar a qualidade de vida da população”, finalizou o Secretário.

Texto e fotos: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC