Mostrando postagens com marcador empresa nascente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador empresa nascente. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

ICMC marca presença na Campus Party Brasil

Lançamento da startup Busca Opiniões e palestra sobre as competições de robótica foram os destaques


Startup fundada por doutorando do ICMC foi uma das selecionadas para o evento

Alunos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, participaram de um dos maiores eventos de tecnologia do Brasil, a Campus Party Brasil, que terminou neste domingo, 8 de fevereiro, em São Paulo. Parte do evento, o Startup&Makers Camp contou com a inscrição de 600 empresas nascentes, as famosas startups, mas apenas 200 foram selecionadas para participar da Campus Party. Entre elas estava o Busca Opiniões, criado pelo doutorando do ICMC Pedro Balage Filho.

Com o objetivo de fornecer um mecanismo de busca online por opiniões de produtos e serviços, o Busca Opiniões foi selecionado juntamente com outras 100 iniciativas na categoria startups em estágio inicial. “Para mim, o que pesou na escolha foi, principalmente, o potencial empreendedor da proposta aliado à inovação que existe por trás dela”, avaliou o doutorando.

Ele explica que a meta é ajudar um internauta no momento de comprar um produto ou adquirir um serviço, uma vez que a startup possibilitará que sejam encontradas facilmente as opiniões de outros usuários e o internauta poderá avaliar se o produto ou serviço é realmente confiável. “A quantidade de avaliações, comentários e críticas existentes na web é imensa. Atualmente, vários sites são responsáveis por apresentá-las, entretanto, não existe ainda um mecanismo de pesquisa que possa indexar todas essas opiniões e fornecer ao usuário apenas o que é mais relevante sobre o item pesquisado”, ressaltou Balage Filho. Segundo ele, uma das ferramentas de busca mais conhecidas atualmente, o Google, emprega mecanismos de recuperação de informação clássicos que não são capazes de lidar com a tarefa de buscar e selecionar opiniões.

Para o doutorando, participar da Campus Party ofereceu uma excelente oportunidade de se conectar com entusiastas da proposta, parceiros e possíveis investidores, além de aumentar a visibilidade da startup. “As palestras e cursos voltados ao empreendedorismo também foram show de bola e ajudaram a direcionar a startup na direção correta”, acrescentou.

Além de Balage Filho, outros estudantes do ICMC estiveram na Campus Party. Onze deles visitaram o evento com o apoio da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC. Já o mestrando Adam Moreira Pinto participou da mesa redonda Competições da robótica e a disseminação da tecnologia, que aconteceu na noite do dia 4 de fevereiro.

Representando o Warthog Robotics, grupo de pesquisa e extensão vinculado ao ICMC e à Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), o mestrando relatou a experiência obtida pelo grupo ao participar frequentemente de competições de robótica nacionais e internacionais, tendo conquistados diversos títulos. O objetivo principal do Warthog é a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias associadas à robótica e a aplicação nos complexos ambientes de futebol e combate de robôs.

“Comentei também como a robótica me ajudou durante minha carreira acadêmica e o quanto pode contribuir para aqueles que desejam atuar em empresas. Muitos ex-integrantes do Warthog se destacam no mercado por possuírem como diferencial um conhecimento prático”, disse Moreira Pinto.



Conectando pesquisa e startup – Em seu projeto de doutorado no ICMC, que tem o apoio da FAPESP, Balage Filho investiga novos métodos para a análise de sentimentos e a extração das opiniões em textos sob a orientação do professor Thiago Pardo. “Na pesquisa acadêmica, o foco é puramente científico e o objetivo é gerar avanços no conhecimento. Como é uma pesquisa pública, todo conhecimento gerado será disponibilizado para quem quiser utilizá-lo futuramente”, conta o doutorando.

Já o Busca Opiniões compreende uma plataforma de coleta, agrupamento e processamento de opiniões da web. Dessa forma, as pesquisas realizadas por Balage Filho no doutorado serão empregadas na empresa na etapa de processamento de opiniões. “Como em toda startup, nosso foco principal reside na necessidade dos nossos clientes, enquanto no doutorado o foco é na resolução de um problema ou no avanço do conhecimento”, finaliza.

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Site do Busca Opiniões: www.buscaopinioes.com.br
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Startup criada por pesquisadores do ICMC e da Universidade Federal de Alagoas vence Olimpíada USP de Inovação

Empresa MeuTutor desenvolve sistemas educacionais inteligentes empregando técnicas de computação e de jogos para motivar o aprendizado online

Ideia de criar a startup nasceu quando Isotani estava no Japão
A inovação é a palavra de ordem na hora de criar ferramentas educacionais inteligentes para facilitar a aprendizagem. Esse é o desafio que move a MeuTutor (http://www.meututor.com.br), uma empresa nascente da área de tecnologia, ou seja, uma startup, criada por meio de uma parceira entre pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 

Este ano a iniciativa ganhou o primeiro lugar na Olimpíada USP de Inovação, na categoria empresa nascente e, também, o prêmio Alagoano Empreendedor Inovador. O professor do ICMC Seiji Isotani conta que a ideia de criar a empresa surgiu em 2007, quando atuava como pesquisador na Universidade de Osaka, no Japão, e conheceu o pesquisador Ig Ibert Bittencourt, atualmente professor na Universidade Federal de Alagoas. “Queríamos propor uma empresa de base tecnológica com foco no que estávamos pesquisando. Assim, poderíamos levar para sociedade os benefícios e resultados de nossas investigações acadêmicas mais rapidamente”, contou Isotani. Nasceu assim a MeuTutor, uma startup com sede em Alagoas e incubada na UFAL, que produz plataformas educacionais inteligentes e adaptativas focadas na qualidade do ensino e no desempenho dos alunos.

Uma das soluções criadas pela empresa chama-se MeuTutor-ENEM (https://www.youtube.com/watch?v=DDiqVoU83ig) e foi projetada como se fosse um jogo, disponibilizando os conteúdos das disciplinas que são abordadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por meio de mecanismos de pontos, níveis, rankings e missões. Segundo Isotani, o uso de técnicas de jogos para motivar o aprendizado online – gamificação – é uma das características inovadoras que diferenciam o projeto. “Desenvolver um jogo é custoso, demorado. Também não é fácil nem rápido alterá-lo ou atualizá-lo. Por isso, o mais indicado no contexto educacional é, em vez de criar um jogo, usar diferentes elementos que encontramos nos jogos”, explicou o professor.

Outro elemento inovador é a busca por construir plataformas educacionais que possibilitem o compartilhamento de experiências, assim o aprendizado online é realizado de forma colaborativa. Além disso, há também a preocupação de propiciar uma aprendizagem personalizada, adequando o conteúdo às necessidades específicas de cada aluno. Atuando no mercado há cerca de três anos, a MeuTutor já conta com 5 mil usuários ativos e registra um incremento médio de 100 usuários por dia.

De acordo com Isotani, o mercado de aplicativos e softwares educacionais tem crescido muito no Brasil, especialmente nos últimos cinco anos. Dados apresentados no estudo “Oportunidades em Educação para Negócios Voltados para a População de Baixa Renda no Brasil”, realizado em parceria pelas empresas Inspirare e Potencia Ventures, mostram que há um mercado potencial de R$ 60 bilhões para a educação, destacando que os cursos e objetos educacionais, como games e softwares, representam 78% desse mercado potencial. 

No ICMC, o crescimento do interesse por essa área de pesquisa pode ser verificado pelo número de estudantes envolvidos nos projetos desenvolvidos pelo Laboratório de Computação Aplicada à Educação (CAED). Em 2011, havia cerca de 4 alunos trabalhando em pesquisas relacionadas a tecnologias educacionais, hoje são mais de 20. 

Equipe da MeuTutor, resultado da parceria entre o ICMC e a UFAL
Olimpíada USP de Inovação – São abarcadas três categorias na Olimpíada USP de Inovação: ideias inovadoras, prova de conceito e empresa nascente. Realizada pela Agência USP de Inovação, a competição está em sua terceira edição e tem como objetivos estimular, reconhecer, apoiar e divulgar a criatividade e o empreendedorismo em âmbito nacional, contribuindo para o incremento das atividades de ciência e tecnologia para inovação tanto no Estado de São Paulo quando no Brasil.

Outro objetivo da competição é divulgar as atividades de empresas nascentes brasileiras com negócios de forte apelo social, inovadores e baseados em ciência e tecnologia. Os resultados das Olimpíadas podem ser conferidos nos links abaixo:

Em reportagem especial publicada hoje, 30 de maio, no jornal Valor Econômico, a startup MeuTutor é destaque, assim como outra iniciativa criada por alunos do ICMC, o Projeto3.com Leia aqui a matéria publicada pelo jornal: http://www.icmc.usp.br/e/86bdc

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC
E-mail: comunica@icmc.usp.br
Telefone: (16) 3373.9666

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Start-up fundada por egressos do ICMC receberá investimento do Governo Federal

Uma das escolhidas pelo Programa Start-up Brasil, Chegue.Lá foi fundada por egressos do ICMC com o objetivo de amenizar os problemas enfrentadas por quem viaja de ônibus

Ela conseguiu chegar lá: deixou 627 concorrentes para trás e receberá R$ 199,5 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para financiar bolsas de pesquisa e desenvolvimento para seus profissionais, um dos custos mais impactantes em uma start-up. Nascida pelas mãos de dois egressos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP São Carlos, a Chegue.Lá faz parte agora do seleto grupo de 45 empresas nacionais selecionadas pelo programa Start-Up Brasil.

Em setembro do ano passado, a empresa lançou a primeira versão do portal Chegue.Lá, oferecendo informações sobre as companhias que operavam trechos interestaduais diretos no Brasil, além de linhas dentro do Estado de São Paulo. Em março deste ano, o portal iniciou o serviço de venda de passagens rodoviárias diretamente pela internet.

Além das bolsas do CNPq, a empresa receberá investimento financeiro de uma das nove aceleradoras que participam do programa Start-Up Brasil. O objetivo de uma aceleradora é contribuir com o desenvolvimento das empresas nascentes, não só financeiramente, mas também por meio de mentorias, capacitações, assessoria jurídica, entre outros serviços.

“A base que o curso de Engenharia de Computação me forneceu foi fundamental para abrir a empresa, mantê-la até hoje e conquistar esse prêmio”, afirmou um dos sócios-fundadores da Chegue.Lá, Felipe Arenales. Ele se formou em 2010 na USP São Carlos, no curso que é oferecido em conjunto pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

“As experiências e oportunidades acadêmicas e profissionais que tive em São Carlos me possibilitaram conhecer meus sócios e abriram muitas portas”, disse o outro sócio-fundador da empresa, Gabriel Resende, que foi colega de turma de Arenales.

Eles enfrentaram juntos a dificuldade de cursar a universidade longe de suas famílias. O primeiro precisava viajar de ônibus com frequência para Presidente Prudente, também no interior de São Paulo, e o segundo voltava constantemente para Araxá, em Minas Gerais. “No começo de 2012, decididos a empreender algo em conjunto, começamos a pensar em vários modelos de negócio. Foi quando percebemos como o setor rodoviário era defasado em relação ao aéreo e decidimos tentar amenizar os problemas enfrentados por quem viaja de ônibus no Brasil”, contou Resende. 

A estimativa é de que, atualmente, menos de 1% das passagens de ônibus sejam adquiridas pela internet no país. Por isso, os jovens empreendedores, ambos com 25 anos, apostam no imenso potencial de crescimento desse mercado devido à popularização do comércio eletrônico no Brasil.

Vivendo em uma aceleradora

“Nós respiramos inovação e empreendedorismo aqui dentro”, contou Arenales ao relatar a experiência que a Chegue.Lá está obtendo neste momento, em que participa de um projeto desenvolvido pela Wayra, em São Paulo, uma aceleradora global do Grupo Telefonica que trabalha para identificar e reter talentos no país nas áreas de inovação e tecnologia.

A Chegue.Lá foi selecionada para participar do projeto da Wayra no início deste ano, depois de vencer um concurso da aceleradora na Campus Party. Durante o evento, Arenales e Resende estavam no começo de uma nova parceria com três outros colegas são-carlenses que trabalhavam, naquele momento, no projeto de uma outra start-up: Ricardo Pinto, Vinicius Rodrigues e Vitor Braga. O primeiro é engenheiro mecatrônico formado na EESC e os outros dois são graduados em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 

“Percebemos que havia sinergia e que trabalhávamos bem juntos em dezembro de 2012, quando participamos de uma Start-Up Weekend”, disse Resende. Ao notar o potencial da parceria, os dois grupos uniram as forças em prol do projeto da Chegue.Lá

O programa do Ministério

O Start-Up Brasil é uma iniciativa-chave do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que faz parte do programa TI Maior, o qual busca criar no Brasil um espaço especial para o surgimento de empresas com produtos e serviços de TI inovadores. Na segunda-feira, 29 de julho, foram anunciados os 45 projetos brasileiros e 11 internacionais selecionadas para participar do Start-Up Brasil, a partir da análise de 908 projetos inscritos (672 brasileiros e 236 estrangeiros) realizada por representantes do mercado, da academia e do governo.

Os projetos selecionados farão parte de um programa de aceleração a ser desempenhado por uma das nove aceleradoras habilitadas ao Start-Up Brasil. Durante 12 meses, cada startup tem acesso a até R$ 200 mil em recursos oferecidos através de bolsas de pesquisa e desenvolvimento para seus profissionais. Adicionalmente, as start-ups recebem investimentos financeiros das aceleradoras em troca de um percentual de participação acionária. As empresas também são acompanhadas por gestores do Start-Up Brasil.

Por: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC-USP