O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da USP em São Carlos, é conhecido por desenvolver veículos aéreos e terrestres autônomos, ou não-tripulados, capazes de executar diversas tarefas como monitoramento de áreas e reconhecimento de terrenos, dentre outras funções. Atualmente, o INCT-SEC iniciou também uma linha de pesquisa e desenvolvimento em veículos não-tripulado destinado a ambientes aquáticos.
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A pesquisa a cerca do novo tipo de veículo está sendo realizada pelo
Grupo de Trabalho em Veículos Aquáticos e Subaquáticos Autônomos (GT5), que envolve pesquisadores do ICMC e da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Os primeiros testes iniciaram-se no inicio de março deste ano, na Represa do Lobo (popular Represa do Broa) em Itirapina-SP. Os testes contaram com o auxílio de uma embarcação e 16 pés (equivalente a 5 metros de comprimento) e instrumentado para telecomando computatorizado, um dos protótipos da EESC.
Nesta primeira etapa de experimentações foram realizadas medições da dinâmica da embarcação, de sensores de localização e de controle de navegação. “Os dados coletados servirão para estabelecer os parâmetros dos modelos e das equações utilizados no sistema de simulação do veículo náutico autônomo, em desenvolvimento”, explica o professor Francisco Monaco, do ICMC, um dos participantes do projeto.
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O objetivo é criar um veículo aquático que possua sistema de propulsão eólico-solar, ou seja, que se locomova utilizando a energia gerada tanto pelo sol quanto pela movimentação do ar, com autonomia para realizar missões de longa duração (por exemplo, de meses) sem necessidade de retorno a base. A embarcação destina-se a pesquisas oceanográficas, monitoramento ambiental, defesa costeira, dentre outras aplicações. Além dos pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação do ICMC e EESC envolvidos no projeto puderam conferir de perto os testes.
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