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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Semana da Licenciatura em Ciências Exatas da USP discute a formação docente frente à realidade escolar

Evento gratuito e aberto a todos os interessados acontecerá de 23 a 26 de setembro, das 19 às 22h40, no campus da Universidade, em São Carlos




Destinada a alunos de licenciatura, professores e profissionais da área de educação, a 14ª Semana da Licenciatura em Ciências Exatas (SeLic) da USP São Carlos começa na próxima segunda-feira, 23 de setembro, e se estenderá até quinta, dia 26. Entre as atrações do evento, que é gratuito, estão mesas redondas, oficinas, minicursos, palestras e apresentações de trabalhos. Todas as atividades acontecem das 19 às 22h40. 

Para participar, basta se inscrever no site da SeLic. No caso dos minicursos e das oficinas, o interessado deverá escolher uma das atividades oferecidas em cada período, já que são simultâneas. Por exemplo, na noite de abertura do evento, o participante poderá se inscrever em um desses três minicursos: A inclusão e seus desafios: possibilidades de materiais didáticos adaptados no ensino de ciência; Rompendo as barreiras para a aprendizagem: experiências e possibilidades; Ensino de física para deficientes visuais. Já na noite de quarta, a escolha deve ser realizada entre uma dessas três oficinas: Recursos tecnológicos em sala de aula; Adaptações curriculares para alunos com deficiência; Jogos matemáticos

A formação docente frente à realidade escolar é o tema que permeia toda a programação da SeLic deste ano, a qual pode ser consultada no site do evento. Na quinta-feira, haverá a mesa redonda Realidades da escola brasileira, com o professor Reginaldo Anselmo Teixeira e a secretária municipal de Educação de Oeiras, Tiana Tapety. A cidade, que fica no sertão do Piauí, é reconhecida por ter obtido um verdadeiro salto na educação, atestado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). 

Coordenada por alunos do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, que é oferecido em parceira pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC), a SeLic não tem taxa de inscrição. Solicita-se apenas que os participantes façam a doação de 1 kg de alimento não perecível, na abertura do evento, que será encaminhado à comunidade Divina Misericórdia, entidade que oferece apoio e abrigo a pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social em São Carlos. 

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Professores da USP recebem homenagem da Câmara Municipal e do Centro do Professorado Paulista de São Carlos


A professora Maria das Graças e o professor Osvaldo (segurando as placas) receberam a homenagem dia 24 de outubro


A Câmara Municipal e o Centro do Professorado Paulista de São Carlos promoveram uma sessão solene para a entrega de diversas homenagens a professores da cidade na noite da última quarta-feira, 24 de outubro. Entre os homenageados estavam dois pesquisadores da USP: a professora Maria das Graças Volpe Nunes, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), e o professor Osvaldo Novais Oliveira Júnior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC). 

Os dois receberam o Prêmio Palmiro Menucci em reconhecimento aos serviços prestados à educação: eles coordenaram a pesquisa que resultou na criação de um corretor ortográfico de língua portuguesa, o qual é atualmente empregado no editor de texto Word (saiba mais). 

Instituído pelo Centro do Professorado Paulista de São Carlos em 2009, o Prêmio é uma homenagem ao educador Palmiro Menucci, que foi presidente do Centro e dedicou sua vida em prol da defesa dos professores e da educação pública de qualidade. Anualmente, o prêmio é concedido a personalidades que contribuíram para o avanço da educação no Brasil.

Na oportunidade também foram premiados os professores Wagner Henrique Bellasalma, que recebeu o Troféu Professor João Jorge Marmorato; e Lilian Catie Bottene Perchedo, que recebeu o Troféu Professora Benedicta Stahl. Houve ainda homenagens aos professores Edson Carlos Gallucci, Elvânia Campitelli Bezerra, Leonilda Aparecida Tonin Hidalgo, Maria Ivana da Silva Munhoz e Neise Talarico Saia. A solenidade foi realizada na sala de eventos do Hotel Nacional Inn São Carlos.

Confira o álbum de fotos no Facebook e no Flickr!

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

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Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Professores da USP recebem homenagem de alunos de Engenharia de Computação

Evento que marcou reconhecimento aconteceu na área 2 do campus da USP, em São Carlos

Cinco professores da USP, em São Carlos, foram homenageados pelos alunos do curso de Engenharia de Computação por sua didática, transparência, carisma e profissionalismo durante as aulas ministradas aos estudantes no segundo semestre do ano passado. A homenagem é uma iniciativa da Secretaria Acadêmica de Engenharia de Computação (SAEComp).

Entre os homenageados estão três professores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC): Cristina Ciferri, João Batista Neto e Maria do Carmo Carbinatto. Os docentes Adilson Gonzaga, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), e Jean-Claude M'Peko, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) completam a lista dos homenageados.

Para definir os professores que serão reconhecidos, a Secretaria gera, no final de cada semestre, um formulário online, o qual é respondido pelos alunos. Para a escolha, só estão aptos à votação professores do semestre anterior ao atual. Os critérios de escolha são, por exemplo, o empenho do professor com a turma (que engloba o preparo de aula, preocupação do aprendizado, confecção de listas, etc.), o ensino (que abarca tanto o domínio da disciplina quanto a qualidade dos trabalhos pedidos) e características como carisma e humildade.

A cerimônia foi realizada dia 18 de maio, no auditório do prédio da Engenharia de Computação, na área 2 do campus da USP. Como símbolo da homenagem, os alunos confeccionaram, molduraram e entregaram a cada professor escolhido um certificado de menção honrosa com palavras de agradecimento. O curso de Engenharia de Computação é oferecido em parceria pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

Confira o álbum de fotos no Facebook e no Flickr

Fotos: Reinaldo Mizutani - Assessoria de Comunicação do ICMC

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O futuro da ciência dos materiais com a aprendizagem de máquina

Em texto publicado em revista internacional, professores da USP discutem o futuro do aprendizado de máquina

Inteligência artificial é tema de editorial assinado por professores da USP em periódico internacional

Destacar o uso do aprendizado de máquina em ciência dos materiais é o objetivo do editorial Shaping the Future of Materials Science with Machine Learning, publicado recentemente em um volume especial da revista científica Ceramics International, do grupo Elsevier. O texto é de autoria de três pesquisadores da USP em São Carlos: o professor Osvaldo Novais de Oliveira Jr., do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), e os professores José Fernando Rodrigues Junior e Maria Cristina Ferreira de Oliveira, ambos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). 

No editorial, eles presentam um volume que compila 24 artigos publicados em várias revistas científicas, entre 2007 e 2016, apresentando como o aprendizado de máquina é usado na área de ciência dos materiais. O aprendizado de máquina pode ser compreendido como o emprego de técnicas para ensinar tarefas a sistemas computacionais por meio de processos interativos comumente denominados de “treinamento”.

Novais explica que o texto discute o impacto do que ele denomina “quinto paradigma da ciência e tecnologia”, que define a era em que os sistemas artificiais, ou seja, as máquinas, poderão gerar conhecimento com pouca ou nenhuma intervenção humana. Para ele, há diversas razões que sustentam essa previsão, haja vista as metodologias denominadas big data e o aprendizado de máquina, que têm possibilitado armazenar um vasto conteúdo de dados em uma única máquina, a qual pode ser treinada para executar tarefas variadas. “De fato, os desafios em armazenar, gerenciar, compartilhar e extrair enormes quantidades de dados estão longe de ser triviais. São necessárias várias camadas de recursos e ferramentas, incluindo amplo armazenamento, segurança de dados, gerenciamento de informação e, em geral, inteligência artificial eficaz”, destaca o editorial.

Para Novais, dentro de cinco ou dez anos já existirão máquinas
com nível de compreensão textual elevado 
Na última década, houve um rápido desenvolvimento na compreensão de fala e texto por máquinas, o que melhorou, por exemplo, a qualidade dos tradutores automáticos. Para Novais, esse avanço permitirá que, dentro de cinco ou dez anos, já existam máquinas com nível de compreensão textual elevado. Segundo ele, o início do quinto paradigma se dará com a soma dessa habilidade com as novas metodologias, que permitem armazenar dados facilmente processados por máquinas.

O docente do IFSC afirma, ainda, que a ciência dos materiais continuará sendo central para as novas tecnologias, pois materiais cada vez mais sofisticados serão necessários para construir e alimentar com dados as máquinas inteligentes. Exemplos são os nanomateriais para diagnóstico e terapia em medicina, e a produção de sensores e materiais apropriados para veículos autônomos. O convite para assinar o texto foi feito por editores da Elsevier, que conheceram o docente durante visita ao IFSC há alguns meses e souberam de seu interesse no uso de inteligência artificial para editoração científica.

Maria Cristina, do ICMC, é uma das autoras do artigo

Previsões imprecisas - Segundo José Fernando Rodrigues Junior, da carroça ao ônibus espacial, ou do ábaco ao supercomputador, a humanidade sempre foi beneficiada com os resultados que os meios tecnológicos lhe proporcionaram. No entanto, ele afirma que, apesar de haver especulações sobre os cenários futuros decorrentes das novas tecnologias, as previsões não são precisas. Elas se baseiam na configuração existencial do tempo presente, tentando-se prever os fatos de uma realidade que ainda não se consolidou.

Para o docente do ICMC, a geração de conhecimento advindo de máquinas deve levar a uma nova configuração existencial guiada pela tecnologia. “As consequências são imprevisíveis. Mas pode-se especular, mesmo sabendo que se irá errar. Imagine, por exemplo, uma existência onde computadores sejam capazes de programar computadores. Se isto ocorresse hoje, teríamos uma cadeia de acontecimentos semelhante ao que ocorreu com os datilógrafos devido ao advento de editores de texto eletrônicos. Mais rápidos, sem fadiga e com memória ilimitada, os computadores alcançariam descobertas científicas em horas. O cenário é indescritível com os conhecimentos atuais.”

Ainda na opinião de Rodrigues, tal realidade está mais perto do que se imagina, pois a evolução científico-tecnológica ocorre de maneira supralinear, autoalimentando-se e resultando em um avanço exponencial. “Já há resultados significativos, como os algoritmos de deep learning (aprendizado profundo) e os tradutores de idiomas baseados em muitos exemplos e em probabilidade bayesiana”, explica o docente. Ele menciona também que a consolidação do novo paradigma depende de aperfeiçoamentos nos algoritmos de aprendizado de máquina, sensores de dados, modelos matemáticos, descrições de fenômenos físicos e de avanços na ciência de materiais que resultem em dispositivos computacionais mais robustos.

Caso as previsões dos autores estejam corretas, daqui a 20 anos as máquinas inteligentes poderão “sair” das páginas das histórias em quadrinhos, dos livros e filmes de ficção científica para, talvez, formular novas teorias físicas ou resolver problemas complexos de química e engenharia.

Para José Fernando, a geração de conhecimento advindo de máquinas deve
levar a uma nova configuração existencial guiada pela tecnologia

Confira o editorial na íntegra: icmc.usp.br/e/7cb99

Editado a partir do texto de Rui Sintra e Thierry Santos da Assessoria de Comunicação do IFSC

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Professores são homenageados por alunos de Engenharia de Computação

Seis professores da USP, em São Carlos, foram homenageados pelos alunos do curso de Engenharia de Computação por sua didática, transparência, carisma e profissionalismo durante as aulas ministradas aos estudantes no primeiro semestre deste ano. A homenagem é uma iniciativa da Secretaria Acadêmica de Engenharia de Computação (SAEComp).

Entre os homenageados estão quatro professores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC): Adenilso Simão, Paulo Sérgio Lopes de Souza, Simone Senger de Souza e Katiane Silva Conceição. Os docentes Woodrow Nelson Lopes Roma, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), e Richard Charles Garratt, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) completam a lista dos homenageados.

Para definir os professores que serão reconhecidos, a Secretaria gera, no final de cada semestre, um formulário online, o qual é respondido pelos alunos. Para a escolha, só estão aptos à votação professores do semestre anterior ao atual. Os critérios de escolha são, por exemplo, o empenho do professor com a turma (que engloba o preparo de aula, preocupação do aprendizado, confecção de listas, etc.), o ensino (que abarca tanto o domínio da disciplina quanto a qualidade dos trabalhos pedidos) e características como carisma e humildade.

A cerimônia foi realizada dia 27 de setembro, no auditório do prédio da Engenharia de Computação, na área 2 do campus da USP. Como símbolo da homenagem, os alunos confeccionaram, molduraram e entregaram a cada professor escolhido um certificado de menção honrosa com palavras de agradecimento. O curso de Engenharia de Computação é oferecido em parceria pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).


Mais informaçõesAssessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Computação a serviço da medicina: desafio de construir um sistema de saúde mais eficiente une pesquisadores

Desenvolver software para diagnóstico médico e usar métodos computacionais para armazenar e analisar grandes volumes de dados da área da saúde são algumas das contribuições que a computação já traz à medicina

Segundo José Fernando, modelos tradicionais de diagnóstico médico serão substituídos 

Tornar o sistema de saúde mais eficiente é um desafio que está mobilizando um grupo de pesquisadores da USP, em São Carlos. Os professores Fernando Vieira Paulovich, José Fernando Rodrigues Junior e Maria Cristina de Oliveira, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), e o professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), estão trabalhando para unir tecnologias e somar conhecimentos que vão da nanotecnologia ao big data. 

Na perspectiva de José Fernando, com o avanço tecnológico, os modelos tradicionais de diagnóstico médico devem ser substituídos e acontecerá um processo de transformação similar ao que ocorreu em outras áreas. Um exemplo são as cartas, que perderam espaço para os telefones, os quais, posteriormente, foram substituídos pelos e-mails, antecedendo a comunicação por meio das redes sociais. "Acredito que algo semelhante ocorrerá na medicina, porque o modelo atual utilizado para fazê-la é muito caro e ineficiente, e não se adapta à velocidade das mudanças na sociedade, em virtude das tecnologias disponíveis", afirma José Fernando, acrescentando que o alto custo da medicina é uma motivação para que aconteçam mudanças significativas na área.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as despesas relacionadas ao sistema de saúde dos Estados Unidos, em 2009, corresponderam a 17,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), esses custos estão relacionados principalmente a gastos ineficazes decorrentes de decisões mal comunicadas e má gestão. Segundo os autores, a racionalização de recursos com a melhora na qualidade de diagnóstico requer uniformização de dados de pacientes. José Fernando explica que não há, por exemplo, um método padrão para que médicos registrem informações referentes a diagnósticos. E essa liberdade, de acordo com o docente, é prejudicial para a integração de dados. "Têm surgido padrões que levarão esses especialistas a descrever um determinado tratamento de maneira mais sistemática, normalizada e padronizada".

Segundo os pesquisadores, três pilares são fundamentais para aprimorar o sistema de saúde, tanto no Brasil como em outros países. O primeiro deles se refere à nanotecnologia, área em que se estudam substâncias e materiais em nível atômico e molecular. Atualmente, os nanomateriais são essenciais para produzir sensores e biossensores voltados, por exemplo, para o diagnóstico de doenças como diabetes, dengue, hipertensão arterial, câncer, entre outras.

O segundo pilar está ligado à área de big data, em que se destaca a necessidade de usar métodos computacionais para armazenar e analisar grandes volumes de dados médicos. Já o terceiro pilar relaciona-se aos métodos que permitem integrar diversas ferramentas e técnicas computacionais, de modo que a grande quantidade de informação produzida ou capturada se transforme em conhecimento. Nesse campo, o aprendizado de máquina é essencial e pode ser compreendido como uma área da computação em que se desenvolvem técnicas que, a partir de treinamento, podem capacitar os computadores a exercerem tarefas antes exclusivas dos seres humanos.

Uma síntese do trabalho que os quatro pesquisadores vêm realizando está no artigo On the convergence of nanotechnology and Big Data analysis for computer-aided diagnosis, publicado recentemente pela revista científica Nanomedicine.

Mais desafios - Para os quatro pesquisadores, existem grandes desafios no sentido de desenvolver um sistema de integração capaz de analisar dados de pacientes obtidos via big data e de transformar essas informações em conhecimento. Para Maria Cristina Oliveira, os obstáculos a serem enfrentados não são apenas científicos, mas também políticos e sociais. "Acho que os desafios maiores não são exatamente os técnicos, mas sim aqueles em que você precisa fazer com que as pessoas aceitem mudanças e cheguem em um consenso para viabilizar o uso desse tipo de sistema de integração de tecnologias e dados".

Para Maria Cristina, os desafios maiores não são técnicos

Para Osvaldo Novais de Oliveira Junior, a medicina já tem passado por transformações ao longo dos últimos anos. Atualmente, médicos têm suporte tecnológico que não existia há trinta ou quarenta anos. "Hoje a atuação de um profissional da saúde é muito diferente, porque em geral ele não emite uma opinião antes de analisar resultados de exames. Então, de certa forma, essa mudança já está ocorrendo", diz o docente do IFSC, complementando que essa possível futura transformação exigirá que os profissionais da área médica aprendam a lidar cada vez mais com novas tecnologias. 

Permitir que dados clínicos de pacientes sejam armazenados em nuvem é outro ponto crucial na visão dos pesquisadores. Afinal, ao serem armazenados dessa maneira, esses dados poderão ser compartilhados com outros médicos, o que facilitará futuras consultas. "Com as informações distribuídas e integradas, talvez seja possível obter antecipadamente dados suficientes para tentar entender, por exemplo, onde podem ocorrer novos surtos e epidemias", revela a professora Maria Cristina.

Outra mudança que poderá acontecer está relacionada à substituição de médicos por máquinas para algumas tarefas de diagnóstico, por exemplo. "Obviamente, há casos mais complexos na medicina, nos quais talvez nunca seja possível substituir um especialista por um equipamento", comenta Fernando Paulovich. Ele acrescenta que, hoje, algumas buscas na internet – em sistemas com dados confiáveis – já podem fornecer informações semelhantes àquelas que se obtêm na avaliação de um médico. Além disso, Paulovich enfatiza que alguns procedimentos, como ir a um consultório simplesmente para buscar um resultado de exame, já deveriam ser substituídos, uma vez que os dados dos exames podem ser obtidos online ou via e-mail.

Fernando afirma que alguns procedimentos já deveriam ser substituídos

Parcerias e futuro – Um projeto para analisar as dificuldades dos especialistas está sendo desenvolvido em parceira entre o professor José Fernando e o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor/HC/FM/USP) por meio do armazenamento e processamento de dados de pacientes. Por outro lado, em parceria com o Hospital de Câncer de Barretos, os professores Osvaldo, Fernando e Maria Cristina têm atuado conjuntamente no desenvolvimento de técnicas de visualização de informação a fim de melhorar o desempenho de biossensores para análises clínicas de doenças tropicais e câncer.

Além disso, um dos objetivos dos entrevistados é aproximar grupos de pesquisadores no Brasil de diferentes áreas – computação, medicina, física, química, biologia, ciência dos materiais, farmácia –, para ações conjuntas que levem ao desenvolvimento de sistemas de diagnóstico assistidos por computador. Segundo Osvaldo Novais de Oliveira Junior, as propostas apresentadas no artigo podem abrir caminhos para pesquisas que não tenham relação só com a medicina. Os mesmos conceitos apresentados no artigo podem ser usados para desenvolver sistemas aplicados na predição de poluição, no monitoramento do uso de armas químicas e biológicas e até de eventuais ataques terroristas. 

Segundo Osvaldo, as propostas apresentadas no artigo podem abrir novos caminhos

Texto: editado por Denise Casatti a partir de informações da Assessoria de Comunicação do IFSC/USP
Fotos: Assessoria de Comunicação do IFSC/USP

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Link para o artigo: icmc.usp.br/e/46f19
Texto original: icmc.usp.br/e/7c985
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quarta-feira, 16 de março de 2016

Professores do ICMC recebem homenagem de alunos do Instituto de Física de São Carlos

Mirzaii e Sueli foram homenageados

Dois professores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, receberam o Prêmio Horácio Carlos Panepucci, promovido anualmente pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC). Os homenageados foram Sueli Aki e Behrooz Mirzaii, ambos do Departamento de Matemática do ICMC.

A cerimônia foi realizada no dia 15 de fevereiro, às 20h, no auditório Sérgio Mascarenhas do IFSC. Sueli recebeu a homenagem dos alunos do curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares por ter ministrado a disciplina Cálculo I. Já Mirzaii, ganhou o prêmio da turma do curso de Bacharelado em Física Computacional por ministrar a disciplina Complementos de Geometria e Vetores.

Sobre o prêmio - O Prêmio Horácio Carlos Panepucci é promovido anualmente pelo IFSC, juntamente com o Prêmio Paulo Freire, e consiste em homenagens aos melhores professores da graduação, eleitos pelos estudantes por meio de votação ocorrida no ano anterior.

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Alunos desenvolvem jogo sobre circuitos elétricos

Focado na montagem de circuitos elétricos, o jogo Circuitrohms torna divertido o estudo da Física
Estudar Física nem sempre é uma tarefa divertida para estudantes do ensino médio. Com o intuito de desmistificar o assunto e ensinar essa disciplina de forma prazerosa e dinâmica, Paulo Henrique Chiari, estagiário da Secretaria Acadêmica da Licenciatura em Ciências Exatas (SACEx) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e aluno do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, Habilitação em Matemática, e Lucas Wehmuth, estudante do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP e desenvolvedor de games, criaram o jogo intitulado Circuitrohms, que consiste na montagem de circuitos elétricos, através de fases e até competições.

Paulo Chiari, de 23 anos, que auxilia diversos projetos do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, explica que elaborou os exercícios do jogo, em conjunto com alguns bolsistas do ensino médio que atuam no IEA: “Eles pesquisaram os primeiros exercícios e selecionei os restantes”, diz ele, que acrescenta que toda a parte envolvendo a programação foi desenvolvida por Lucas Wehmuth.

O principal objetivo do Circuitrohms é estimular, nos jovens alunos, a prática de exercícios de circuitos elétricos, melhorando o desempenho desses estudantes no vestibular. “Os circuitos estão sempre presentes em nosso cotidiano. Sabemos que existem, mas não pensamos muito em interagir com eles. Estudamos esse tema no ensino médio e depois deixamos isso de lado… Ou seja, não praticamos”, afirma Chiari, que já é docente no colégio Objetivo São Carlos há três anos.

Torre dos Desafios - O Circuitrohms consiste em 19 fases, divididas em três categorias, sendo elas circuito simples, circuito em série e paralelo e circuitos mistos — esta abrange todas as outras. Além disso, há A Torre dos Desafios, um atalho para obter pontos, onde o jogador deve completar cinco fases com circuitos bem mais complexos. Ao concluir cada fase dessa etapa, a pontuação do estudante aumenta bem mais do que nas outras, porém, qualquer erro pode resultar na perda de duas energias — nas demais etapas, perde-se uma energia.

O jogador também pode competir com seus colegas, uma vez que há como salvar a pontuação final no game. Chiari também explica que a demora nas respostas das questões, reflete na perda de tempo, vida e pontuação desse estudante. “Quanto mais ele treinar, melhor será seu desempenho no game. A ideia é incentivar o aluno a registrar o nome no jogo e competir com os colegas, estudando física de forma descontraída”, acrescenta, destacando que existem algumas fórmulas que podem ser consultadas durante o jogo. “Se ele não entender o conteúdo, dificilmente conseguirá jogar”, conclui.

Esse game não é o único desenvolvido por Paulo Chiari. Ele também participou da elaboração de um jogo de matemática, em forma de tabuleiro, onde os jogadores — no máximo quatro — têm que responder a questões matemáticas, também de vestibulares. Além de matemática e física, os jovens membros do IEA já desenvolveram jogos sobre biologia e química. O Circuitrohms também poderá ser uma excelente ferramenta em sala de aula, já que professores podem organizar competições entre seus alunos, uma vez que as pontuações dos jogadores são salvas no próprio game.
Rui Sintra - Assessoria de Comunicação do IFSC
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quarta-feira, 18 de março de 2015

USP em São Carlos receberá estudantes para visita monitorada no dia 1º de abril

Visita monitorada: oportunidade para estudantes conhecerem cursos e projetos da USP em São Carlos

Fornecer informações qualificadas para que os estudantes do ensino médio possam escolher uma carreira profissional com mais segurança e facilidade. Esse é o principal objetivo da visita monitorada que acontecerá no Campus da USP em São Carlos, no próximo dia 1º de abril, em dois horários: às 9 horas e às 14 horas.


A visita monitorada é uma oportunidade para que os estudantes conheçam professores e alunos da USP em São Carlos e obtenham informações sobre as perspectivas para a carreira de quem escolhe um dos 23 cursos de graduação oferecidos pelo Campus. Serão apresentadas as principais atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas e alguns dos espaços físicos da Universidade.

A iniciativa faz parte do Programa USP e as Profissões, coordenado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP e promovido pelo Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e Extensão do Campus da USP em São Carlos.

Após o evento de abertura conjunta, no Salão de Eventos, cada unidade terá uma programação específica. As inscrições para visitas em grupo e individuais são gratuitas e devem ser realizadas online nos seguintes endereços:

Centro de Divulgação Científica e Cultural - CDCC 
Clique aqui para inscrição pela manhã 
Clique aqui para inscrição no período da tarde 

Escola de Engenharia de São Carlos - EESC
Clique aqui para inscrição pela manhã 
Clique aqui para inscrição no período da tarde

Instituto de Arquitetura e Urbanismo - IAU
Clique aqui para inscrição pela manhã 
Clique aqui para inscrição no período da tarde

Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - ICMC
Confira aqui a programação e inscreva-se!

Instituto de Física de São Carlos - IFSC
Clique aqui para inscrição pela manhã 
Clique aqui para inscrição no período da tarde

Instituto de Química de São Carlos - IQSC
Clique aqui para inscrição pela manhã 
Clique aqui para inscrição no período da tarde

Visita Monitorada ao Campus da USP em São Carlos 
Quando: 1º de abril, quarta-feira, às 9 horas e às 14 horas (acesso pela Rua dos Inconfidentes, 85)
Entrada gratuita
Mais informações: (11) 3091-3511 e 3091-3513

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Núcleo pesquisa ferramentas de suporte à escrita científica e atrai pesquisadores estrangeiros

Representantes da Universidade de Bath vieram ao Brasil conhecer as pesquisas do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional sobre ferramentas de suporte à escrita científica, além de buscar parcerias para o desenvolvimento conjunto de cursos de escrita científica em inglês

Pesquisadoras da Universidade de Bath participaram de uma série de reuniões no Brasil
Como aprimorar a capacidade dos alunos em redigir textos científicos em inglês? Esse é um dos desafios que motiva as pesquisas realizadas pelo Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O trabalho que vem sendo realizado no NILC em prol do desenvolvimento de ferramentas de suporte à escrita científica em inglês tem atraído a atenção de pesquisadores estrangeiros. 

Uma grande equipe multidisciplinar, formada por linguistas e cientistas da computação, atua hoje no NILC. Eles fazem parte de diversas unidades da USP, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Estadual de Maringá, do Instituto Federal de São Paulo, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e da Universidade de Sheffield, na Inglaterra.

Durante este mês de agosto, duas pesquisadoras da Universidade de Bath, do English Language Centre (www.bath.ac.uk/elc) – Magdalen Ward Goodbody e Jackie Dannatt – estiveram no Brasil participando de uma série de reuniões com as instituições que fazem parte do Núcleo, a fim de conhecer as dificuldades dos brasileiros na escrita científica em inglês e buscar parcerias para o desenvolvimento conjunto de cursos de escrita.

Além disso, a professora Ethel Schuster, do Northern Essex Community College, dos Estados Unidos, também visitou São Carlos e ministrou workshops sobre escrita científica no ICMC e na UFSCar. No caso da UFSCar, o workshop foi parte das ações que estão sendo desenvolvidas na UFSCar rumo à criação de um Instituto de Línguas, previsto para 2015, sendo organizado pela professora Eliane Augusto-Navarro, do Departamento de Letras, e pela Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSCar, professora Débora Cristina Morato Pinto.

Schuster já esteve no país em duas ocasiões anteriores (2004/2005 e 2012/2013) desenvolvendo pesquisas em parceria com o NILC e foi a responsável pela criação de um curso online na plataforma Moodle sobre escrita científica em inglês (http://ead.cisc.usp.br/), instrumentalizado com as ferramentas desenvolvidas no NILC e com o conteúdo dos cursos de escrita ministrados no Instituto de Física (IFSC). Ela também é uma das editoras do livro que será lançado em breve ("Writing Scientific Papers in English Successfully: Your Complete Roadmap"), escrito em colaboração com vários membros do NILC e demais pesquisadores que trabalham com escrita científica na USP.

“O objetivo das representantes de Bath foi trocar experiências de instrumentalização de cursos de ensino de escrita científica em inglês, com vistas à criação conjunta de um Writing Center com a USP. É muito bom constatarmos que a nossa Universidade está exportando ideias para o mundo”, explicou a pesquisadora do NILC, Sandra Aluísio, professora do ICMC.

Professores Osvaldo (em pé) e Sandra (no computador) com as pesquisadoras de Bath

Desde que chegaram, as representantes da Universidade de Bath cumpriram uma agenda cheia. Elas visitaram a USP em São Paulo, a Universidade de Campinas, a UFSCar e, no campus da USP em São Carlos, estiveram no IFSC e no ICMC. Na manhã do dia 14 de agosto, as pesquisadoras foram recepcionadas no ICMC pelo vice-presidente da Comissão de Relações Internacionais do Instituto, professor Seiji Isotani, e pela professora Mariana Cúri. Isotani apresentou informações gerais a respeito da USP, do campus da Universidade em São Carlos e mostrou as diversas áreas de pesquisas existentes no ICMC. “É muito interessante ver a abrangência das áreas de pesquisas abarcadas pelo Instituto”, surpreendeu-se Dannatt.

Já a professora Mariana Cúri apresentou as pesquisas que têm realizado com o objetivo de construir um teste adaptativo informatizado para avaliar a proficiência em inglês acadêmico de alunos de mestrado do ICMC. Esse teste se beneficia dos dados e do exame de avaliação de inglês instrumental proposto pelo NILC em 2000, o qual é utilizado até hoje na avaliação da proficiência em inglês para o mestrado do Programa de Ciências de Computação e Matemática Computacional do ICMC.

No final do encontro, a professora Sandra Aluísio e o professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do IFSC, apresentaram mais detalhes do curso online instrumentalizado com ferramentas de suporte à escrita. Oliveira Junior é presidente do Comitê Gestor do Portal da Escrita Científica do Campus da USP de São Carlos (www.escritacientifica.sc.usp.br), onde pode ser encontrado um exemplo do elenco das ferramentas de suporte à escrita desenvolvidas no NILC.

Texto e fotos: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

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Site do NILC: www.nilc.icmc.usp.br
Comissão de Relações Internacionais do ICMC
Telefone: (16) 3373. 8120