segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Eles já estão soltando a voz no Coral do ICMC

Estudantes, funcionários e participantes sem qualquer vínculo com a USP se reúnem para cantar nas tardes de quinta-feira

Quase cem pessoas participam das aulas de coral às quintas-feiras no ICMC

É quinta-feira, horário do almoço na USP. Quase cem pessoas aquecem sua voz, preparam seus músculos vocais com um só objetivo: cantar. “A música é uma forma de compartilhar alegrias”, diz o funcionário Paulo Filho do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, um dos integrantes do novo Coral do ICMC, que estreou em outubro, mobilizando funcionários, professores, estudantes e participantes da comunidade são-carlense.

Promovida pela Comissão de Ação e Integração Social (CAIS) do ICMC, a iniciativa inédita no campus da USP em São Carlos é aberta à comunidade. Ela busca proporcionar interação e divertimento: “O coral do Instituto é uma oportunidade para a comunidade interna e externa se aproximar, além de favorecer uma integração maior da nossa Instituição, oferecendo um contato social mais efetivo”, explica Solange Rezende, presidente da Comissão de Cultura e Extensão  Universitária (CCEx) do ICMC.

As inscrições para o Coral foram abertas em setembro e cerca de 150 pessoas manifestaram interesse em participar, dessas, quase 100 estão no grupo. Houve um processo de seleção dos participantes realizado por meio de uma análise e classificação vocal feita pelo maestro responsável pelo coral, mas apenas os que não atingiram o mínimo de percepção auditiva não foram aprovados. Puderam participar da seleção pessoas a partir dos 13 anos de idade. 

O responsável pelo grupo é Sergio de Oliveira, maestro que desde muito cedo parecia ter nascido para comandar um coral: “Quando era criança, eu já brincava de ser maestro. Lembro-me de que, quando tinha uns 10 anos, meus colegas imitavam que tocavam piano enquanto eu estava regendo”, conta Oliveira. 

O maestro Sergio de Oliveira é o fundador do coral da USP em Ribeirão Preto
Ele começou a carreira como pianista quando tinha cerca de 15 anos e já cantava no coro do conservatório, o que fez ele vislumbrar essa nova faceta da música. Estudou música dois anos em Viena e, quando voltou, resolveu fazer regência. Ele é fundador do coral da USP em Ribeirão Preto e tem grande experiência musical, atuando principalmente em temas como canto coral, música coral, teatro musical, música popular, canção polifônica e coro cênico. O maestro já levou seus grupos a apresentações e turnês pelo Brasil e por países como Itália, Argentina e Grécia. “O interessante em reger um grupo grande como o daqui de São Carlos é a possibilidade de ter um maior repertório. Quando eu vi a potência vocal que essas quase 100 pessoas possuem juntas, dá para imaginar o que esse contingente pode trazer. Isso me surpreendeu bastante”, conta o maestro.

Um dos participantes do Coral do ICMC é Fabio Amorim, aluno de Ciências da Computação do Instituto e um amante da música erudita. Sua paixão pelo gênero musical teve início logo aos oito anos, quando começou a aprender violino e, desde então, passou a ouvir grandes ícones da música como Beethoven, Dvorak, Tchaikovsky e Bach. Amorim resolveu cantar no coral depois que os amigos o convidaram: “Não tem prazer maior do que você participar de um grupo musical, desde orquestra à coral. É algo que passa rápido mas, ao mesmo tempo, marca muitas pessoas”, diz o estudante.

Amorim é fã de música erudita
As aulas, que tiveram início no dia primeiro de outubro, acontecem todas as quintas-feiras, das 12h30 às 13h45, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. No coral, a possibilidade dos funcionários se reunirem e cantarem juntos favorece o bom clima no dia a dia: “O ICMC sempre procura alternativas para motivar, estimular e melhorar o relacionamento no ambiente de trabalho. Essa e outras iniciativas devem ser feitas em todas as unidades da USP, pois é uma forma de proporcionar algo diferente às pessoas”, diz Anderson Alexandre, presidente da CAIS.

“A música me ajuda a espairecer, relaxar e dar sequência no meu dia a dia”, completa Paulo Filho. Até hoje, ele era apenas um apreciador de canções: “Sempre gostei de música, mas sempre cantei sozinho, aquele popular cantor de banheiro. Então, quando surgiu a oportunidade, resolvi arriscar para ver se eu tinha uma chance”. Filho aprovou a experiência de participar do coral desde a primeira aula. “Foi fantástico, uma participação muito ativa das pessoas e o maestro tem uma ótima didática, isso já me deu muita alegria de estar aqui”, finaliza.

Filho sempre foi um amante da música mas nunca havia cantado em grupo 

Texto e fotos: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9146
E-mail: ccex@icmc.usp.br