quarta-feira, 6 de março de 2013

ICMC participa de operação do Projeto Rondon na Bahia

Equipe formada por professores e alunos desenvolveu ações de integração e transferência de  conhecimento à comunidade local


A cidade de Cabaceiras do Paraguaçu (BA) recebeu, entre os dias 19 de janeiro e 4 de fevereiro, uma equipe formada por alunos e professores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da USP em São Carlos. A atividade fez parte da Operação 2 de Julho, do Projeto Rondon. 

A equipe, formada por oito estudantes e dois professores do campus, ficou responsável pelas atividades de comunicação, tecnologia e produção, meio ambiente e trabalho. Uma segunda equipe, formada por alunos do curso de Medicina da Faculdade Evangélica do Paraná, trabalhou junto ao grupo do Instituto. 

Durante os 17 dias de execução do projeto, foram apresentadas oficinas em diversas áreas para a população local, sempre com o objetivo de transferir conhecimento para a comunidade. “As oficinas tiveram cunho de capacitação. O Projeto Rondon não é assistencialista, é um projeto de capacitação”, explicou o professor Mário Gazziro, um dos docentes do ICMC que participou da missão. 

Dentre as atividades, foram realizadas oficinas de informática, oferecidas com o intuito de apresentar aos professores locais ferramentas da Internet que podem contribuir com o aprendizado, além de exibição de filmes para estimular o entretimento, educação ambiental para crianças, feira de ciências, confecção de brinquedos com materiais recicláveis e oficinas de leitura. 

Além disso, foi construída uma fossa séptica biodigestora, projeto da Embrapa de São Carlos que propõe a utilização dos resíduos da fossa na irrigação, que contém nutrientes que adubam a terra. O objetivo foi tentar diminuir a incidência de doenças transmitidas pela água e melhorar as condições higiênicas da população, sobretudo a população rural, uma vez que, com a fossa séptica, evita-se o contato de esgoto com mananciais de água e, por consequência, sua contaminação. 

O professor Dilvan Moreira, que também participou do projeto, explicou que a construção da fossa séptica foi uma das experiências mais difíceis durante a operação. “O terreno em que fizemos a fossa era de caatinga, a terra era muito dura. Então, abrir o buraco no chão foi um trabalho difícil”, disse. 

Sobre o Projeto Rondon

O Projeto Rondon foi criado em 1967 e é coordenado pelo Ministério da Defesa. Envolve integração social e a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população. O lema do Projeto Rondon é “integrar para não entregar”. 

Conhecido como Marechal Rondon, Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Mimoso, no estado do Mato Grosso, no dia 5 de maio de 1865. Aos 16 anos ingressou na carreira militar, teve um papel ativo no movimento pela proclamação da República. Em 1907 começou a construir a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira, a obra mais importante de sua carreira. A comissão do Marechal foi a primeira a alcançar a região amazônica. Em 1955, o Congresso Nacional conferiu-lhe a patente de Marechal. E no ano seguinte, o então estado de Guaporé, passou a ser chamado de Rondônia em homenagem ao seu desbravador.

Texto: Fernanda Vilela - Assessoria de Comunicação
Fotos: Mário Gazziro