Mostrando postagens com marcador egresso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador egresso. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

De aluno a reitor: ele sempre sonhou em seguir carreira acadêmica

O reitor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Marcelo Turine, fez mestrado e doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, em São Carlos: “foram seis anos de aprendizagem e enriquecimento científico”

O ex-aluno do ICMC Marcelo Turine durante a cerimônia de posse como reitor da UFMS

No dia em que completou 46 anos, 8 de novembro de 2016, Marcelo Turine se tornou o reitor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Naquele momento, sentiu uma mistura de emoção, responsabilidade e amor à vida. Quando iniciou a trajetória como professor na UFMS, em 2002, ele não imaginava que um dia se tornaria reitor da Instituição, mas sonhava levar a educação, a ciência, a tecnologia e a inovação do Estado de Mato Grosso do Sul ao patamar de referência nacional e internacional.

Na entrevista a seguir, ele revela, entre outras coisas, como a formação que obteve no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, contribuiu para que ele se tornasse o que é hoje.

Gostaria de compreender melhor os motivos que o levaram a fazer seu mestrado no ICMC. O senhor já conhecia o Instituto antes de estudar aqui? Lembra-se do primeiro dia em que esteve no Iocal? Quais foram as primeiras impressões?
Finalizei a minha graduação em Bacharelado em Ciência da Computação na Unesp/Ibilce em São José do Rio Preto/SP e meu sonho era continuar a vida acadêmica, ser professor, educador e cientista. Com 21 anos, eu e dois amigos, Marcus Vinicius Maltempi e Ricardo Hasegawa, decidimos fazer mestrado no ICMC em São Carlos. Como diz a música de Luiz Gonzaga “Pau de Arara”, só trazia a coragem e a cara. Nunca tinha visitado o Instituto, não conhecia nenhum professor ou a cidade de São Carlos. Cheguei em janeiro de 1992 e já fomos fazer a disciplina de Estrutura de Dados com a professora Agma Traina. Fui muito bem acolhido pela equipe da pós-graduação e colegas da disciplina e senti o potencial do Instituto nos primeiros dias: competência científica, seriedade acadêmica e qualidade do corpo docente. Entrei no mestrado logo após cursar a disciplina e conversei com vários professores para orientação. Importante destacar que as bolsas de mestrado não eram fáceis de conseguir. Somente depois de um ano que tive bolsa da Capes, um alívio e uma vitória.


Em que momento o senhor decidiu seguir carreira acadêmica e prosseguir seus estudos no mestrado, doutorado e pós-doutorado? Essa decisão foi tomada ainda quando estava na graduação?
É estranho falar sobre a programação da nossa vida. Como disse antes, já na graduação pensava em seguir a carreira acadêmica, ser professor de uma universidade pública brasileira, casar, ter filhos e ser feliz, um ingrediente essencial para a vida. O ICMC foi uma grande escola e casa cientifica para mim. Foram seis anos de aprendizagem e enriquecimento científico. Construí muitas amizades, amigos de que tenho saudades até hoje. Alguns ainda estão por São Carlos, outros se mudaram e outros já não estão no nosso meio. Não posso deixar de me lembrar do meu grande amigo, colega de república e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Mauro Biajiz, que nos deixou tão precocemente.

Como conheceu sua orientadora no mestrado, a professora Maria das Graças Volpe Nunes? Ela foi uma pessoa importante em sua jornada?
A professora Graça Nunes é uma pessoa especial e muita querida na minha vida. Me ensinou os primeiros passos de um planejamento científico, até como fazer revisão bibliográfica. Um exemplo de ética e respeito, que além de ensinar tratava com amor seus orientados. Obrigado Graça Nunes, sua orientação me acompanha ainda hoje na minha vida científica e de gestão universitária. Uma orientadora que realmente nos orientou e de início aceitou o desafio de orientar um grupo da UNESP de Rio Preto: a mim, Marcus Vinicius, Ricardo Hasegawa e Rosana Satie. Eu queria fazer um projeto na área de computação aplicada para educação e na área de Sistemas Tutores Inteligentes. Iniciei minha pesquisa com a orientação da Graça Nunes e coorientação da professora Maria Dolores Ceccato Mendes, da Matemática, e, em 1994, defendi o trabalho TEGRAM – Um sistema Tutor Inteligente Baseado no Tangram para Ensinar Conceitos de Geometria. Não posso deixar de agradecer aqui toda equipe do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), do qual fiz parte desde o seu início em 1993, em especial Graça Nunes, meu querido amigo Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Chu), Sandra Aluísio e Maria Cristina Ferreira de Oliveira.

O professor Paulo César Masiero, que também é professor aposentado do ICMC, foi seu orientador durante o doutorado no Instituto de Física da USP, em São Carlos. Ele também foi uma pessoa marcante na sua trajetória?
Sim, o Masiero é meu ídolo, referência na Engenharia de Software e amigo. Ainda não desisti de trazê-lo para Mato Grosso do Sul como professor visitante sênior na Faculdade de Computação da UFMS. Em 1994 não tinha doutorado no ICMC e todos o faziam no Instituto de Física. Eu queria continuar minha carreira científica e procurei o professor Masiero, que disse ter um desafio de trabalhar com modelagem de aplicações web com Statecharts. A Engenharia de Software não era minha praia, mas aceitei o desafio sob sua orientação. Como coorientadora tive novamente uma grande mulher e professora na minha vida, a professora Maria Cristina Ferreira de Oliveira, a Cris, com quem aprendi muitas coisas além dos ensinamentos acadêmicos: amor ao próximo, o sentido da família e muita humildade. Obrigado Graça Nunes, Cris e Masiero, vocês são exemplos para mim e amo vocês. Concluído o mestrado, fui aprovado no doutorado, realizado no período de 1994 a 1998. O doutorado foi muito bem planejado e organizado pelos meus orientadores: o respeito ao tema científico e prazos de conclusão foram, como deve ser, respeitados, ante a existência de investimento público.

De que forma a formação obtida no ICMC, as pessoas que conheceu e as oportunidades que surgiram aqui mudaram sua visão de mundo e o ajudaram a se tornar o que é hoje? Houve algum momento em que pensou em desistir?
A pesquisa desenvolvida no ICMC mostra a importância dos resultados decorrentes do emprego de recursos públicos, buscando qualidade e efetividade, dentro de um critério de valorização do mérito e num contexto humanizado. Essa visão formatou minha conduta profissional ao demonstrar que a frutificação da competência está intimamente ligada ao respeito às características humanas, sobretudo nas áreas da educação, pesquisa, extensão e inovação. As pessoas que conheci e as com que trabalhei mais proximamente, algumas já mencionadas, e outras tantas que fizeram parte importante da minha formação, se enquadravam dentro desse contexto. O tratamento dispensado ao aluno demonstrava sua importância e potencial, o que trago para a gestão da UFMS. Eu jamais pensaria em desistir, pois otimismo, fé e persistência são partes da minha essência.

Quais são os principais desafios que o senhor enfrenta atualmente em sua gestão frente à UFMS? Estudar no ICMC contribuiu de forma significativa para enfrentar esses desafios de hoje?
Assumi a gestão da UFMS em um momento político em que mudanças estão sendo realizadas, inclusive em relação à destinação e redução de recursos públicos, o que faz com que a forma de gestão tenha que ser modificada. Para assumir a reitoria da UFMS deixei os seis anos de presidência da FUNDECT (Fundação de Amparo ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), fundação como a FAPESP, autarquia em que os recursos são escassos e o bom resultado depende de muita racionalidade, mas que tem uma estrutura reduzida. O desafio é usar criatividade na gestão e motivação, para que o uso dos recursos disponíveis possam promover o desenvolvimento e a expansão do conhecimento, alavancando a UFMS nos cenários nacional e internacional. O ICMC já tinha essa característica ao tempo de minha pós-graduação, experiência que pretendo expandir na UFMS.

O professor Marcelo Turine (à direita) foi empossado como reitor da UFMS
no dia 4 de novembro pelo Ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho.
Já a cerimônia de posse aconteceu no dia 8 de novembro

O título da sua dissertação – TEGRAM – Um sistema Tutor Inteligente Baseado no Tangram para Ensinar Conceitos de Geometria – já indica que o senhor se preocupava com a formação dos professores para a educação básica. Em seu discurso de posse como Reitor, o senhor destacou que essa é uma responsabilidade fundamental da UFMS. Em sua opinião, de que forma os professores universitários podem contribuir para transformar o atual cenário da educação básica no Brasil?
Os professores universitários são os formadores dos profissionais que atuam ou atuarão na educação básica. Os profissionais a serem formados deverão estar aptos a promover nas nossas crianças o desenvolvimento de habilidades como comunicação na língua pátria e potenciais cognitivos, artísticos, culturais, esportivos, lógicos e matemáticos. O ensino deve contribuir para o desenvolvimento na criança e no adolescente de aptidão para análise crítica, sem implantação prematura de contornos ideológicos que ofusquem sua capacidade de pensar e agir livremente. Os valores humanos a serem transmitidos na educação básica devem ser agregadores, dentro de um projeto de harmonia nacional. Tudo isso começa na Universidade.

Durante a posse, o senhor também afirmou que é um apaixonado pelo papel da educação, da ciência, da tecnologia e da inovação como pilares para o desenvolvimento do Brasil e do Mato Grosso do Sul. Como o senhor pretende, durante sua gestão, estimular esse papel transformador da Universidade, o qual o motivou a ser reitor?
Para auxiliar nossos professores e cientistas nos novos desafios de pesquisa, será criada uma agência de desenvolvimento e inovação. É nosso papel institucional criar um ambiente motivador, inovador, empreendedor e com responsabilidade social e ambiental nas atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação, formando profissionais cidadãos prontos para auxiliar na resolução dos problemas de nossa sociedade e para que sintam a UFMS como um bom lugar para estudar, pesquisar e trabalhar. A mudança de paradigma na gestão universitária exige do corpo diretivo a abertura ao diálogo construtivo e permanente, a pavimentação de diretrizes e planos operacionais eficientes e eficazes e a transparência de todas as ações, bem como o respeito à diversidade. Pretendo ter uma gestão pautada no diálogo, na descentralização, na transparência e na governança pública com eficiência, bem como incentivar a criatividade, a ciência, a tecnologia, a inovação, a internacionalização e a comunicação, como alicerces para mudanças na prática acadêmica e na gestão administrativa.

Quer deixar alguma mensagem especial para os leitores?
Sou casado há vinte anos com uma mulher maravilhosa, desde 1996, e tenho três filhos queridos (Dhara, de 13 anos, Iago, com 7, e Davi, com 6). Olhando meus sonhos, posso dizer que Deus já me deu tudo que sonhava. Novos desafios profissionais surgem: ser reitor de uma das 63 universidades federais do Brasil e da maior universidade de Mato Grosso do Sul é um orgulho. Nunca sonhei ser reitor da UFMS, mas sonhava levar a educação, ciência, tecnologia e inovação do Estado de Mato Grosso do Sul ao patamar de referência nacional e internacional. A educação a serviço das políticas públicas. E agora tenho esse desafio e com trabalho em equipe e dedicação vamos percorrer o caminho necessário para tal finalidade.
Quero encerrar dizendo que tenho saudades da vida de estudante de mestrado e doutorado. Os dias passam e o importante são as amizades que conquistamos. Penso que devemos viver o presente, pensar o futuro e aprender com o passado. Nesse contexto, o ICMC fez parte da minha vida e ajudou a moldar o que sou. Por isso, agradeço a todos que comigo conviveram e que não conseguiria nominar, desde o responsável pela manutenção da ordem e limpeza do local que criavam, assim, condições para o desenvolvimento das habilidades intelectuais no Instituto, os profissionais da secretaria que tanto nos auxiliavam, até os orientadores, responsáveis pela formação intelectual dos estudantes.
Por fim, reforço para nossos jovens estudantes que não podemos deixar de sonhar. Nossos sonhos são a força espiritual que deve nos mover e nos unir aos nobres objetivos da sublime missão das universidades brasileiras: ensinar para a formação integral do cidadão, pesquisar para abrir novos horizontes do conhecimento e buscar todas as oportunidades para conversão do conhecimento em geração de riqueza e da tão carente geração de emprego para a massa de jovens que buscam na universidade pública brasileira a possibilidade de ascensão social.

Para Turine, ser reitor de uma das 63 universidades federais do Brasil e
da maior universidade de Mato Grosso do Sul é um orgulho


Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Fotos: Divulgação UFMS


Leia mais no especial "Um instituto e suas infinitas histórias"


Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Ele lançou novas bases para as ciências de computação no Peru

Na busca pelo sonho de fazer mestrado, um peruano encontrou uma segunda casa no Brasil e hoje ajuda a construir um plano nacional de infraestrutura de hardware e software para o governo do Peru


Para Ernesto, o ICMC é o ponto inicial de toda a mudança
que aconteceu na área de computação no Peru 

É dia 31 de dezembro, 21h30. A expectativa para a chegada do Ano Novo toma conta da cidade de São Carlos. Nos corredores vazios do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, um peruano chega com um sonho: fazer mestrado em computação. Depois de quatro dias viajando de ônibus e no trem da morte na Bolívia, ele está exausto e feliz a um só tempo. Concluiu a jornada, apesar de todas as dificuldades que encontrou pelo caminho, mesmo não compreendendo em que poltrona devia se sentar ao olhar para o primeiro bilhete de ônibus que comprou quando cruzou a fronteira com o Brasil, escrito em português, língua que não dominava.

O curso de verão no qual estava matriculado começava dia 2 de janeiro e Ernesto Cuadros-Vargas não fazia ideia do tempo que levaria para chegar à USP em São Carlos saindo de Arequipa, no Peru. Aliás, ele acreditava que o campus ficava em São Paulo e não no interior, a cerca de 230 quilômetros da capital do Estado. Por isso, passou o Natal com a família e embarcou em sua primeira ida ao Brasil no dia 27 de dezembro de 1995.

Naquela noite de Réveillon, quando saiu da rodoviária e pegou o táxi para o levar até a portaria principal da Universidade, não imaginava que começaria a ser desenhada ali uma história que iria impactar a vida de centenas de outros garotos peruanos. Um segurança do bloco E1 da USP lhe deu boas vindas e explicou como chegava ao ICMC, onde também só havia outro segurança. Com o carro que faz rondas na Universidade, ele deu uma carona para Ernesto e percorreram juntos os alojamentos do campus atrás de um colchão para acomodar o corpo cansado do jovem, que trazia consigo apenas US$ 400 e não queria ir para um hotel, pois sairia muito caro. Depois de encontrar o tal colchão, foi improvisado um quarto para o futuro estudante na sala de estudos da Biblioteca Achille Bassi. “Quando você está viajando quatro dias sem hotel e sem parar, aquilo é uma maravilha de colchão”, lembra Ernesto, que já percorreu o caminho entre Arequipa e São Carlos, por terra, 36 vezes.

O peruano na época em que estudava no ICMC

No dia seguinte, ao acordar, havia um sol maravilhoso e tudo brilhava. No dia 2 de janeiro, mais estudantes começaram a chegar ao Instituto e o curso teve início. Na primeira aula – Estrutura de Dados, com a professora Sandra Aluísio – ele já sentiu que havia tomado a decisão certa, embora ainda não conseguisse avaliar o impacto que isso teria em sua vida. “Nessa primeira aula do curso, eu aprendi mais do que tudo que haviam me ensinado sobre estrutura de dados na minha graduação no Peru”, revela.

A notícia de que tinha a oportunidade de fazer um curso de verão no ICMC e, depois, ingressar no mestrado, chegou a Ernesto por intermédio de um colega que trabalhava junto com ele em um instituto de informática, onde estavam desenvolvendo o projeto de um buscador de textos similar ao Google. O colega recebeu um e-mail de um rapaz peruano que estudava Ciências de Computação no Brasil. Como o amigo sabia que Ernesto tinha planos de estudar fora, encaminhou o e-mail a ele. Ao mesmo tempo, Ernesto sempre se lembrava de seu professor Wilber Ramos, que encoraja os estudantes a estudarem no exterior e a voltarem ao Peru. O professor também tinha um irmão que estudava na USP e recomendava a instituição.

Depois de tirar boas notas no curso de verão, Ernesto conseguiu um orientador, o professor André de Carvalho, mas teve problemas com o visto (que não tinha) e precisou voltar ao Peru para acertar a documentação antes de começar o mestrado. “Cheguei super feliz em Arequipa e voltei ao Brasil em agosto de 1996. Sentia que era algo fantástico que estava acontecendo comigo, eu nunca havia tido uma oportunidade como aquela”, destaca o pesquisador.

Para ele, estudar no ICMC foi uma das coisas mais importantes que aconteceu em sua vida: “É o lugar onde eu aprendi computação, é minha referência. Eu viajo muito, vou para muitos países, mas no Brasil eu sinto que continuo em casa”. Ernesto concluiu o mestrado em 1998 e já ingressou no doutorado, também no ICMC, que concluiu em 2004. No doutorado, foi orientado pela professora Roseli Romero, que também o apoiou muito. A experiência foi tão positiva que, logo depois, o irmão de Ernesto, Alex Cuardos-Vargas, veio ao Brasil e também fez mestrado, doutorado e pós-doutorado no Programa de Ciências de Computação e Matemática Computacional do ICMC.

Ao retornar ao Peru, em 2004, Ernesto tornou-se professor na Universidade Católica San Pablo (UCSP), onde criou e coordenou o curso de Ciências de Computação até este ano: “A UCSP é hoje reconhecida como a melhor universidade de computação do Peru. A maioria dos professores tem mestrado ou doutorado fora do país. Nada disso poderia ter sido feito sem aquela experiência no ICMC, o ponto inicial de toda a mudança na área de computação que aconteceu no Peru." E completa: "Agora posso dizer que mudamos a vida de muitas centenas de garotos e que estamos caminhando para sermos um país mais desenvolvido em termos de computação".

Nesse momento, Ernesto está embarcando em uma nova jornada. Ele está trabalhando na Universidade de Engenharia e Tecnologia (UTEC), em Lima, e também junto com o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski Godard, na construção de um plano nacional de infraestrutura de hardware e software para o governo do país. O objetivo é propiciar que todos os dados referentes aos serviços públicos oferecidos à população estejam disponíveis eletronicamente em tempo real e estejam conectados.

Os desafios que Ernesto tem pela frente não são poucos, será preciso criar centros de dados gigantes para armazenar todas as informações captadas bem como desenvolver novos sistemas. Mas ninguém duvida de que ele conseguirá. “Todos os problemas que tive e as dificuldades que enfrentei me fizeram ficar mais forte. A experiência de vida que tudo isso trouxe é o mais importante, não é só a conquista do diploma de mestrado e doutorado, mas o contato com as pessoas”, finaliza.

Ernesto já percorreu o caminho entre Arequipa e São Carlos, por terra, 36 vezes

Leia mais no especial "Um instituto e suas infinitas histórias": jornal.usp.br/especial/icmc

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC
Fotos: Arquivo pessoal


Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Participe do encontro de experiências em estágios e projetos do curso de Estatística do ICMC

Aberto a todos os interessados, evento gratuito acontecerá dia 16 de abril, das 8 às 12 horas

Primeiro encontro aconteceu dia 5 de dezembro do ano passado

Proporcionar a troca de experiências entre alunos, egressos e professores sobre a realização de estágios e projetos na área de estatística. Esse é o objetivo do Encontro de experiências em estágio e projetos – EEEP Best 2016, evento que acontecerá no dia 16 de abril, sábado, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. As inscrições, que são gratuitas, podem ser realizadas até o dia do encontro por meio deste link: icmc.usp.br/e/00777

Organizado pela coordenação do Bacharelado em Estatística, o evento começará com uma palestra do professor Adriano Suzuki, do ICMC, e prosseguirá com vários bate-papos com estudantes do curso de Estatística que estão estagiando em empresas sediadas em São Carlos e na região, em instituições financeiras em São Paulo e também realizando pesquisas no ICMC. Haverá, ainda, uma palestra com dois egressos do curso: Marco Oliveira, que trabalha no Hospital do Câncer de Barretos, e Gabriela Passos, que trabalha na Natura. Confira a programação completa na página do evento no Facebook.

O coordenador do curso de Estatística, Jorge Luis Bazan, está organizando o evento juntamento com os alunos das disciplinas de Estágio Supervisionado I e II. O encontro acontecerá no auditório Luiz Antonio Favaro do ICMC (sala 4-111), das 8 às 12 horas, e possibilitará que os estudantes relatem suas experiências para os alunos de outras turmas e demais interessados.

Mais informações
Inscrições: icmc.usp.br/e/00777
Página do evento no Facebook:
Seção de eventos do ICMC: (16) 3373.9622
E-mail: fernandakazawa@gmail.com