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segunda-feira, 6 de maio de 2019

A ciência resiste no festival Pint of Science

Teorias e conceitos que revolucionaram a ciência continuam sendo debatidos até hoje na mesa do bar: entenda as contribuições que Einstein, Freud e tantos outros cientistas do passado e do presente têm para nos oferecer

Festival de divulgação científica propicia o contato direto entre os pesquisadores e a comunidade
(crédito da imagem: Nilton Junior)

A ciência é construída a partir do acúmulo de uma série de conhecimentos que a humanidade reúne ao longo do tempo em um processo contínuo sem fim. Há indícios de que, desde que a vida humana surgiu no planeta, já praticávamos a arte de compartilhar conhecimentos e experiências. Mas se antes o diálogo se dava no escuro das cavernas, agora temos a oportunidade de realizar esse ritual em espaços mais agradáveis. Levar os pesquisadores a compartilharem seus conhecimentos e experiências diretamente com o público em bares, restaurantes e espaços fora das universidades é exatamente o que propõe o festival de divulgação científica Pint of Science

Esta é a quinta vez que São Carlos, no interior de São Paulo, participa da iniciativa. Sob a coordenação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, os bate-papos científicos acontecerão nas noites de 20, 21 e 22 de maio, em sintonia simultânea com outras 86 idades brasileiras e com locais espalhados pelo mundo em 24 países. 

As contribuições que Einstein, Freud e tantos outros cientistas do passado e do presente podem oferecer à humanidade estão entre os temas que serão debatidos em três locais que sediarão a iniciativa em São Carlos: dois bares – La Casa Conveniência e Mandala – e o espaço de inovação ONOVOLAB. Cada espaço vai abrigar um bate-papo por noite, a partir das 19h30, totalizando nove oportunidades para quem quer compreender melhor como se faz ciência no Brasil. 

Os títulos da maioria dos bate-papos têm um viés divertido, já que a ideia do festival é abordar pesquisas das mais diversas áreas do conhecimento de um jeito descontraído. Na segunda, as atrações são O matemágico de 0s; Einstein não morreu: do eclipse ao buraco negro; e A ciência em campo: na vibe das AgriTechs. Já a terça é destinada a falar sobre O mito da criatividade: nem Freud explica; A tabelinha que deu certo; e Encontro marcado: como lidar com a morte. Finalmente, para encerrar as atividades, entram em cena Apertem os cintos, o cientista de dados sumiu; No meio do caminho tinha uma pegada fóssil; e Quando o ensino vai para o espaço. Para conferir a programação completa do evento, saber o que será discutido em cada bate-papo e conhecer os convidados, basta acessar o site https://pintofscience.com.br/events/saocarlos

São Carlos foi a primeira cidade brasileira a participar do Pint of Science em 2015, depois a ideia se espalhou pelo país (crédito da imagem: Paulo Arias)

Durante o festival, os pesquisadores vão conversar diretamente com o público e responder perguntas. Não há formalidades como inscrição ou emissão de certificados. Também não é preciso pagar entrada, apenas o que for consumido nos estabelecimentos que sediam o evento. “Realizar uma iniciativa de divulgação científica em um local menos formal do que o meio acadêmico é de extrema importância por dois motivos principais. O primeiro deles é desmistificar a figura dos cientistas, mostrando que são pessoas de carne e osso, que trabalham para gerar conhecimento e formar recursos humanos”, explica o coordenador do Pint of Science em São Carlos, professor Moacir Ponti, que preside a Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC. Ele continua: “O segundo objetivo do Pint é mostrar à sociedade os conhecimentos que são gerados dentro das universidades e dos centros de pesquisa e como isso impacta a vida das pessoas.” 

Para o professor, o Pint of Science contribui para evidenciar como as ciências básicas e as aplicadas podem contribuir para aprimorar a qualidade de vida da sociedade e para a construção de uma sociedade melhor. “Os motivos que atestam a importância do festival vão ao encontro de uma necessidade urgente da sociedade brasileira em conhecer quais seriam os impactos de uma redução nos investimentos no ensino superior e na pesquisa científica”, finaliza Moacir. 

Em São Carlos, o evento conta com o patrocínio da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da UFSCar (FAI.UFSCar), da Tokenlab e do Kamzoo Cookie Shop. Além disso, a iniciativa tem o apoio de mais quatro empresas (Raccoon, Birdie, Cia Peculiar e Folhetos & Cia), da Embrapa Pecuária Sudeste, da Embrapa Instrumentação e de dois centros de pesquisa vinculados à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP): o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) e o Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros (Certev). 



Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações
Página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/313624672645460/
Confira a programação em São Carlos: https://pintofscience.com.br/events/saocarlos
Você sabia que São Carlos foi a primeira cidade da América Latina a participar do Pint of Science? Conheça a história do festival: https://pintofscience.com.br/historia/
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 19 de março de 2018

Festival de divulgação científica ganha o país e deve atrair 50 mil pessoas

Edição de 2018 do Pint of Science será realizada em 56 cidades brasileiras

Em 2017, evento foi realizado em 22 cidades; na imagem, público lota bar em Goiânia

Cientistas de 56 cidades brasileiras se preparam para participar de um dos maiores eventos dedicados à divulgação da ciência no mundo: o Pint of Science. Nos dias 14, 15 e 16 de maio, eles vão se unir a pesquisadores de outros 20 países e deixarão as bancadas dos laboratórios para ocupar mesas de bares e conversar sobre suas pesquisas com a população. Apenas no Brasil, a expectativa é de que 50 mil pessoas de todas as regiões compareçam aos bate-papos.

O objetivo é criar um canal de comunicação direto entre os cientistas e a sociedade, explica Natalia Pasternak Taschner, coordenadora do festival no país: “As pessoas querem saber, têm sede de ciência, e os cientistas querem falar”. Durante o festival, os pesquisadores conversam com o público de forma descontraída, respondem perguntas e não há formalidades como inscrição ou emissão de certificados. Também não é preciso pagar entrada, apenas o que for consumido nos estabelecimentos que sediam o evento.

Esclarecer como a ciência funciona e mostrar a beleza existente em sua capacidade de investigar e explicar o mundo estão também entre as metas dos organizadores. “É um desafio ensinar conceitos em uma conversa no bar, mas, se conseguirmos encantar as pessoas, despertar sua curiosidade, elas buscarão o conhecimento. É esse encantamento que procuramos despertar no Pint of Science”, afirma a coordenadora.

Fórmula de sucesso - Realizado pela primeira vez no Brasil em 2015, quando foi trazido da Inglaterra pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o Pint of Science cresce a cada ano. Os 22 municípios da edição passada saltaram para mais de 50 e, com a entrada de cidades da região Norte, pela primeira vez o evento abrangerá todas as áreas do país.

“Para os municípios da região Norte, é interessante participar do Pint of Science porque podemos aumentar o intercâmbio e o fluxo de ideias, de troca de informações. Isso é fundamental para diminuir o preconceito com o trabalho de pesquisa que é realizado nessa parte do país e para ampliar a visibilidade dos nossos projetos”, afirma Adolfo Mota, professor da Universidade Federal do Amazonas que coordena o festival na região.

Além da coordenação nacional e regional, em cada um dos 56 municípios que participarão do festival há um coordenador local responsável pelo evento. A relação das cidades participantes já está disponível no site pintofscience.com.br e a programação em cada localidade poderá ser conferida a partir da segunda quinzena de abril.

Em Ribeirão Preto, festival acontece desde 2016

Confira mais imagens do evento no Flickr: icmc.usp.br/e/1bf73

Texto: Stefhanie Piovezan

Contato para a imprensa
Assessoria de comunicação nacional do Pint of Science
Telefone: (16) 3373-9666 (ICMC/USP)
E-mail: pintcomunica@gmail.com

Jornalistas responsáveis: 
- Denise Casatti ((11) 9-9125-9459)
- Stefhanie Piovezan - (11) 9-5206-2638

terça-feira, 31 de maio de 2016

Aproximando os cientistas da sociedade: sucesso de público marca Pint of Science na capital da tecnologia

Foram três noites de muita diversão e ciência para as cerca de 800 pessoas que participaram da segunda edição do evento em São Carlos

Para Edvaldo, o jornalismo literário transforma a ciência em uma grande história,
quebrando o mito e o distanciamento que tem da sociedade

Como aproximar a ciência da sociedade? "A estratégia é fazer com que a história do outro, nesse caso a história do cientista, se relacione também com a história de cada um de nós, criando conexões", explica o professor aposentado Edvaldo Pereira Lima, da Escola de Comunicações e Artes da USP, em um boteco chamado Vila Brasil, na rua XV de Novembro, em São Carlos. O público ali presente discute as possibilidades que temos à disposição para que o conhecimento científico seja comunicado de uma forma mais atraente e saborosa. Curiosamente, o bate-papo acontece durante a última noite do festival Pint of Science, que foi criado exatamente para aproximar os cientistas da sociedade. Este ano, a iniciativa mobilizou cerca de 800 pessoas em São Carlos.

A poucos metros dali, no restaurante Mosaico, o público escuta a sinfonia do universo escrita por Albert Einstein. “A Teoria da Relatividade Geral é um trabalho exclusivamente de Einstein e talvez tenha sido a maior produção que uma única mente fez em toda a história da humanidade”, diz o professor Adilson Oliveira, vice-reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A partir da compreensão da melodia criada pelo físico em 1916, o público é convidado a surfar nas ondas gravitacionais. 

“Repense os limites do que é possível”, diz a professora Solange Rezende, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), em outro canto da cidade, no Beatniks Road Bar. Aqui, a conversa é sobre os impactos da inteligência artificial e, para Solange, há um jeito simples de sentir sua presença em nosso dia a dia: basta pensar nos dispositivos criados para simular a capacidade humana. “O que era impossível poucos anos atrás, agora a inteligência artificial faz ser possível”, completa a professora. Ela cita um exemplo rotineiro: as sugestões personalizadas de compras que aparecem na tela do computador quando acessamos um site.

Mostrar essa ciência, nem sempre visível, presente no cotidiano das pessoas é também papel do festival Pint of Science, que nasceu na Inglaterra em 2013 com a ideia de levar os cientistas para falar diretamente com o público em ambientes descontraídos como bares e restaurantes. No ano passado, São Carlos fez jus ao seu título de capital da tecnologia: tornou-se a primeira cidade da América Latina a sediar o evento. Realizado pelo ICMC, o festival deu tão certo que se espalhou para mais seis cidades brasileiras este ano. 

Para Solange, podemos sentir os impactos da inteligência artificial no nosso cotidiano

Comunicar é preciso – “Se não existir comunicação científica, não existe ciência”. A frase de impacto do jornalista Fabricio Mazocco, que é assessor de comunicação na UFSCar, anunciou o início do bate-papo no Vila Brasil na noite do último dia 25 de maio. Ele explicou que, para ser considerado conhecimento científico, é preciso que um trabalho seja avaliado por outros cientistas e, para isso, precisa ser publicado. Nesse caso, trata-se de uma comunicação realizada para um público especializado. Por outro lado, há a comunicação que é realizada na sala de aula, nos museus e também pela mídia e pelas redes sociais, que é destinada, na maior parte das vezes, para um público que não tem qualquer conhecimento anterior sobre aquele assunto. “O grande desafio, nesse tipo de comunicação, é a linguagem a ser empregada: como transformar a ciência em um conteúdo compreensível, interessante e atraente para o público em geral?”, perguntou Fabricio.

Para o professor Edvaldo, o jornalismo literário usa instrumentos-chaves provenientes do campo da literatura, que podem contribuir para aprimorar a comunicação da ciência. "O jornalismo literário transforma a ciência em uma grande história, quebrando o mito e o distanciamento que a ciência tem da sociedade", afirmou. Segundo ele, é papel do jornalista ter a habilidade de contar uma boa história e fazer fluir a conexão com o leitor.

Em seguida, o jornalista Diego Freire falou sobre sua experiência como repórter da Agência Fapesp e os desafios que enfrenta alguém que exerce o papel de mediador entre os cientistas e a sociedade. Para ele, aos poucos, os obstáculos existentes na relação entre jornalistas e cientistas têm sido superados. Já o jornalista Reinaldo José Lopes, colunista da Folha de S. Paulo, ressaltou que existe, por parte das redações jornalísticas, a cultura de que as pessoas não se interessam por ciência. Porém, de acordo com ele, essa tese é contrariada ao analisar a significativa repercussão de conteúdos publicados na internet, em especial em canais como o YouTube. "O jornalista não pode ficar preso a um jornalismo clássico, que deixa o assunto apático, é preciso acrescentar novas ferramentas interativas para sair do óbvio e do tradicional", finalizou Lopes.

Ir além é preciso – Ir além do óbvio e do tradicional foi o que fez Albert Einstein em 1916 ao prever as ondas gravitacionais. “Passaram-se 100 anos para que desenvolvêssemos a tecnologia necessária para detectar as ondas gravitacionais. Isso mostra que, muitas vezes, a ciência é capaz de olhar para coisas que estão muito além da nossa capacidade tecnológica de verificação”, ressaltou Adilson.

Odylio, Cássio, Adilson e Daniel conduziram o bate-papo sobre ondas gravitacionais

Durante o bate-papo no Mosaico, o professor Daniel Vanzella, do Instituto de Física de São Carlos, explicou o que são as ondas gravitacionais e quais podem ser suas principais fontes. “O mais importante serão as descobertas que vão ser feitas a partir dessas ondas”, acrescentou Odylio Aguiar, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. “Elas trazem a assinatura de como era o universo em seus momentos iniciais. Essa assinatura pode nos mostrar que talvez tudo tenha começado mesmo com uma grande explosão, mas talvez tenha existido algo antes, um universo cíclico, por exemplo, que vive inflando e desinflando”, completou Cássio Barbosa, pós-doutor em astronomia e autor da coluna Observatório do portal G1.

Novas perspectivas para a compreensão do nosso mundo também foram trazidas pelo bate-papo sobre inteligência artificial, que mobilizou o público no Beatniks Road Bar. O professor Fernando Osório, do ICMC, destacou a relevância das ferramentas de inteligência artificial nos veículos autônomos. “Esses avanços científicos podem representar catástrofes no emprego ou inovação tecnológica sem precedentes?”, questionou o professor. Segundo ele, de fato, o desenvolvimento da área de inteligência artificial pode levar à diminuição ou à extinção de alguns empregos, muitos dos quais podem ser considerados perigosos ou não ideais para os seres humanos, comprometendo sua saúde e qualidade de vida. “Mas a possível geração de desemprego seria culpa mesmo da inteligência artificial ou dos seres humanos, que não estão pensando em alternativas de realocação desse pessoal?”, voltou a indagar o professor.

Dois sócios de startups são-carlenses que empregam recursos da área de inteligência artificial em suas empresas também participaram do evento: Marco Pereira, da Itera, e Thiago Christof, da Calamar Technology Brasil. Segundo Thiago, estamos vivenciando um novo momento na história da humanidade, em que as máquinas se tornam extensão das mentes dos seres humanos. Ele falou sobre a ampliação do uso de robôs nos serviços de atendimento ao consumidor, por exemplo, por meio do desenvolvimento de programas de computador que tentam simular um ser humano na conversação com as pessoas (chatbot). Será uma catástrofe ou o início de uma era de prosperidade sem precedentes? A ciência e o tempo nos dirão.

Em São Carlos, o Pint of Science conta com o apoio do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), da UFSCar e do IFSC. Em âmbito nacional, há ainda o patrocínio da Elsevier.



Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Com a colaboração de Suzana Xavier e Keite Marques

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E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Um brinde à ciência: sete cidades, três noites e um festival que vai tirar os cientistas das universidades

Levar os pesquisadores para conversarem sobre ciência em restaurantes, cafés e bares é o objetivo do Pint of Science, evento que vai mobilizar sete cidades brasileiras nos dias 23, 24 e 25 de maio e acontecerá simultaneamente em mais 11 países

Nas três noites do festival, mais de 100 cidades em todo o mundo vão brindar a ciência

Os cientistas vão invadir restaurantes, cafés e bares de sete cidades brasileiras nos dias 23, 24 e 25 de maio. Serão três noites dedicadas a brindar a ciência durante o festival internacional de divulgação científica Pint of Science, que acontecerá este ano em Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Dourados (MS), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), São Carlos (SP) e São Paulo (SP). O Brasil é o único país da América Latina a participar da iniciativa, que será realizada simultaneamente em mais 11 países.

Em cada uma das sete cidades brasileiras, um grupo de voluntários está trabalhando para organizar diversos bate-papos com pesquisadores. O desafio deles é levar à população o conhecimento sobre questões que têm desafiado os cientistas, possibilitar que as pessoas esclareçam suas dúvidas diretamente com quem faz ciência e mostrar que a jornada de um pesquisador é repleta de encantos e desencantos, tal como toda trajetória humana.

“Nesta época de obscurantismo e acesso fácil à desinformação, o Pint of Science surge como uma oportunidade de ser uma vela na escuridão, diminuindo o abismo entre os cientistas e a sociedade”, ressalta a coordenadora da iniciativa no Brasil, Natalia Pasternak. “O evento também cria a oportunidade de estabelecermos uma comunicação mais informal, descontraída e humana, a fim de que possamos, todos juntos, oferecer um brinde à ciência”, acrescenta.

A iniciativa segue o modelo dos grandes festivais de música, em que os artistas se apresentam simultaneamente em vários palcos a cada noite. Só que, nesse caso, os artistas são os pesquisadores e demais participantes convidados para conversar com o público em cada restaurante, café e bar que vai abrigar o Pint of Science. Em vez de música, a sinfonia que será ouvida nesses palcos está ligada a átomos, genes, vírus, cérebro, sociedade, tecnologia, sustentabilidade, planetas, galáxias e muito mais. Haverá uma verdadeira orquestra de temas, que serão discutidos por um coral de vozes. Para conferir a programação de cada cidade, basta acessar o site www.pintofscience.com.br. No Brasil, o evento é gratuito e as pessoas só pagarão o que consumirem nos locais em que acontecerão os bate-papos científicos, que começam sempre às 19h30.

Evento é gratuito e as pessoas só pagarão o que consumirem nos locais que vão abrigar o festival

Da Inglaterra para o mundo – A primeira edição do Pint of Science aconteceu na Inglaterra em maio de 2013. A ideia surgiu um ano antes, quando dois pesquisadores do Imperial College London, Michael Motskin e Praveen Paul, organizaram um evento chamado Encontro com pesquisadores. Nesse encontro, pessoas acometidas por Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla foram convidadas para conhecer os laboratórios dos pesquisadores e ver de perto o tipo de pesquisa que realizavam. A experiência foi tão inspiradora que os dois decidiram propor um evento em que os pesquisadores poderiam sair de seus laboratórios para conversar diretamente com as pessoas. Nasceu, assim, o Pint of Science

A iniciativa rapidamente foi se espalhando para outros países e, no ano passado, o evento aconteceu pela primeira vez no Brasil, na cidade de São Carlos. Em 2016, voluntários das sete cidades brasileiras que abrigarão o festival abraçaram a ideia e contam com o apoio de várias instituições. Em âmbito nacional, a Elsevier está apoiando o Pint of Science.

Além do Brasil, os outros 11 países que vão participar da iniciativa nos dias 23, 24 e 25 de maio são: África do Sul, Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Irlanda e Itália. Nas três noites do festival, uma rede global com mais de 100 cidades será construída especialmente para brindar a ciência.



Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP
Fotos: Paulo Arias

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