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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Brigada de arboristas: treinamento no ICMC ensina a cuidar das árvores e das pessoas

Com apoio da Superintendência de Gestão Ambiental e da Reitoria, Instituto é o primeiro a formar uma Brigada de Arboristas na USP para prevenir danos relacionados à queda de árvores

Treinamento durou três dias e envolveu diversos exercícios práticos
“Na medida em que você cuida de árvores, você está cuidando das pessoas”. É assim que o engenheiro agrônomo Joaquim Cavalcanti Neto começou a explicar o treinamento que realizou no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), na USP São Carlos, visando à formação da primeira Brigada de Arboristas da USP. O treinamento foi oferecido a 21 membros da comunidade universitária durante os dias 25, 26 e 27 de setembro. A ideia é que cada unidade da USP possa realizar um treinamento similar e formar a própria Brigada de Arboristas, seguindo os moldes das já existentes Brigadas de Incêndio.

Nessa fase piloto do programa, 10 vagas foram preenchidas por membros do ICMC, que formará a primeira Brigada de Arboristas, e as demais distribuídas da seguinte maneira: duas para a Escola de Engenharia de São Carlos; duas para a Prefeitura do Campus da USP de São Carlos; uma para o Instituto de Física de São Carlos; uma para o Instituto de Química de São Carlos; uma para o Instituto de Arquitetura e Urbanismo e mais quatro vagas foram preenchidas por um representante das prefeituras dos campi de Bauru, Pirassununga, Piracicaba e Ribeirão Preto.

Segundo Cavalcanti Neto, existem várias ferramentas que possibilitam cuidar das árvores e dar segurança às pessoas. Essas ferramentas não envolvem apenas a identificação de sinais e sintomas, mas também a atividade de planejamento e gestão da floresta urbana. Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Cavalcanti Neto possui certificação da Sociedade Internacional de Arboricultura e acredita que, antes de partir para as ações práticas, é preciso sensibilizar as pessoas.

“A partir do momento em que percebemos no nosso ambiente a existência de uma correlação de vida e de respeito com esses seres vivos, que são as árvores, podemos estender nosso amor a elas. A consequência disso é passarmos a agir de forma carinhosa. Ao transformarmos isso em ações técnicas, contribuímos para preservar a saúde das árvores e a segurança das pessoas”, explicou. Para que essa ação seja sustentável, o engenheiro agrônomo alerta que é preciso planejar levando em conta os lugares disponíveis para plantio, as espécies adequadas para aquele ambiente e a forma apropriada de fazê-lo. “Há um modo de cuidar da árvore pequena, um jeito adequado de realizar a poda para educá-la em seu crescimento, e uma maneira de lidar com a árvore na fase juvenil. Também é preciso respeitá-la quando se torna uma idosa e seus galhos começam a cair”, ensinou.

Cavalcanti Neto conta que, depois da sensibilização e do treinamento, a ideia é que os membros da Brigada de Arboristas se tornem capazes de compreender e interpretar as informações transmitidas pelas árvores, atuando na prevenção de possíveis riscos. “Depois do treinamento, deixa de ser estranho ficar olhando para uma árvore tentando identificar o que ela tem para nos falar. É o aprendizado de um novo vocabulário, pois a árvore se comunica conosco”. 

A funcionária da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Sirlene Valim, conta que foi um grande aprendizado participar do treinamento: “Conseguimos verificar que temos bastante trabalho pela frente. Podemos atuar preventivamente, evitando alguns riscos desde o plantio das árvores. Brevemente, o grupo vai se reunir para produzir um relatório, indicando as ações recomendadas e a prioridade das ações". Segundo Valim, a Brigada de Arboristas pode apoiar também o serviço de poda, ensinando a fazê-la de forma correta. "A prevenção é a chave e será 90% do nosso trabalho”, completou.

“O principal aprendizado é que a gente tem que preservar a vida tanto das plantas quanto das pessoas”, disse a funcionária do ICMC Juliana Merlotti. “Eu me surpreendi quando fomos ao jardim observar as árvores. É um local em que eu vou todos os dias para tomar café, mas eu nunca tinha visto daquela forma. Depois que o engenheiro começou a mostrar as árvores, eu percebi que era possível ter um novo olhar sobre aquele local”, contou Merlotti.

Na opinião do professor do ICMC Francisco José Monaco, o treinamento não foi só didático, mas inspirador. Para Marcela Machado Maia, funcionária do Instituto, a palavra-chave que norteou os três dias de treinamento foi convívio harmonioso. 

Sensibilização é fundamental segundo Cavalcanti Neto
Atualmente, considerando-se todos os campi da Universidade, existem mais de 30 mil árvores e praticamente 10% delas estão no campus de São Carlos. “A Brigada de Arboristas é um programa de gerenciamento de risco em função das árvores contidas nos espaços dos campi, criando condições para que membros da comunidade – professores, alunos e funcionários – possam identificar, avaliar e comunicar aos gestores os problemas encontrados”, afirmou o professor José Carlos Maldonado, diretor do ICMC e também presidente do Conselho Gestor do campus.

Maldonado destaca que essa ação deve impactar as diretrizes de replantio e de autorização de obras, no sentido de evitar espécies que promovam mais riscos por terem sido alocadas muito próximas a edifícios ou em locais de passagem ou permanência de pessoas. Segundo ele, o próximo passo é desenvolver essa ação com o Projeto Pequeno Cidadão e com as crianças da creche do Campus da USP de São Carlos.

Texto e fotos: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC

Mais informações
Gabinete de Planejamento e Gestão do ICMC
E-mail: plangest@icmc.usp.br
Telefone: (16) 3373.6605

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Iniciativa pioneira visa prevenir danos relacionados a queda de árvores

Com apoio da Superintendência de Gestão Ambiental e da Reitoria, ICMC será o primeiro a formar uma Brigada de Arboristas na USP

Existem mais de 30 mil árvores nos campi da USP e cerca de 10%
das espécies estão em São Carlos (crédito: Nilton Junior/ArtyPhotos)

Evitar os danos que podem ser causados pela queda de árvores ou de galhos por meio da detecção e avaliação de eventuais problemas existentes, preservando a segurança das pessoas e também das árvores. Esse é o principal objetivo da Brigada de Arboristas que será formada no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP de São Carlos.

“Depois de fatalidades que atingiram o Campus da USP de São Carlos, a busca por uma convivência harmoniosa com o meio ambiente e pela preservação da vida foram intensificadas, constituindo-se em pontos fundamentais nas ações do ICMC e do campus”, afirmou o professor José Carlos Maldonado, diretor do ICMC e também presidente do Conselho Gestor do campus. Ele destacou: “É a primeira iniciativa do gênero na USP. Esse é um conceito novo e traz mudanças culturais e de paradigma. Essa ideia, inspirada nas Brigadas de Incêndio, surgiu em conversa que tive com especialista da Plant Care durante trabalho de perícia técnica realizada no ICMC”. 

O diretor ressalta ainda o apoio recebido da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) e da Reitoria: “Agradeço ao Gabinete de Planejamento e de Gestão do ICMC, que soube bem equacionar essa ação de forma articulada com a SGA, com pleno apoio da Reitoria”.

Segundo Maldonado, a melhor forma de evitar os danos e promover a convivência harmoniosa com as árvores é criar uma sistemática contínua de diagnóstico e avaliação competente das espécies arbóreas, por meio da capacitação da comunidade. “Trata-se de um programa de gerenciamento de risco em função das árvores contidas nos espaços dos campi, criando condições para que membros da comunidade – professores, alunos e funcionários – possam identificar, avaliar e comunicar aos gestores os problemas apresentados pelas árvores”, explicou Maldonado. Ele salienta que essa ação deve ser desenvolvida com o Projeto Pequeno Cidadão e com as crianças da creche do Campus da USP de São Carlos.

A meta é que essa iniciativa piloto do ICMC seja estendida aos demais campi da USP, por meio da formação de Brigadas de Arboristas em todas as unidades. Atualmente, considerando-se todos os campi da Universidade, existem mais de 30 mil árvores e praticamente 10% delas estão no campus de São Carlos.

Maldonado destaca também que essa ação pode impactar diretrizes de replantio e de autorização de obras, no sentido de evitar espécies que promovam mais riscos por terem sido alocadas muito próximas a edifícios ou em locais de passagem ou permanência de pessoas.

Treinamento

Nessa fase piloto do programa, 21 vagas serão oferecidas a membros da comunidade USP em um treinamento que acontecerá dias 25, 26 e 27 de setembro no ICMC. Essas vagas foram distribuídas da seguinte maneira: 10 para o ICMC, que formará a primeira Brigada de Arboristas; duas para a Escola de Engenharia de São Carlos; duas para a prefeitura do Campus da USP de São Carlos; uma para o Instituto de Física de São Carlos; uma para o Instituto de Química de São Carlos; uma para o Instituto de Arquitetura de São Carlos e mais quatro vagas que serão preenchidas por um representante das prefeituras dos campi de Bauru, Pirassununga, Piracicaba e Ribeirão Preto.

“A qualificação que será oferecida por meio desse treinamento vai propiciar que as pessoas possam levar essa preocupação com a boa relação com as espécies arbóreas para outros ambientes fora da USP”, acrescentou Maldonado.

Segundo ele, outra vantagem do treinamento é promover a preservação das árvores, que passarão por inspeções regularmente pela própria comunidade, complementando desta forma os trabalhos tradicionais de preservação das espécies já realizados nos diversos campi.


Mais informações
Gabinete de Planejamento e Gestão do ICMC
E-mail: plangest@icmc.usp.br
Telefone: (16) 3373.6605