quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Oportunidade na USP São Carlos: cursos preparam professores para Olimpíada Brasileira de Robótica

Quatro cursos serão oferecidos aos sábados no ICMC nas áreas de programação e robótica; atividades começam dia 16 de março e se estendem até 27 de abril


Considerando experiências prévias, professores podem se inscrever até em dois cursos, desde que horários não sejam conflitantes
Os professores das escolas públicas e particulares da região de São Carlos poderão aprimorar os conhecimentos em computação e robótica nos cursos que serão oferecidos pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. Em três cursos (Robótica I, II e III), o foco é o desenvolvimento de atividades práticas de montagem e programação de robôs. Haverá, ainda, uma opção (Computação I) para quem deseja aprender conceitos de programação, conhecer as linguagens utilizadas na área e as estruturas de construção de algoritmos. 

Todas as atividades serão realizadas aos sábados, na área I do campus da USP, em São Carlos, com início no dia 16 de março e término em 27 de abril. Quem não possui conhecimento prévio sobre programação de computadores e robôs pode se inscrever em dois cursos: Computação I, em que vai adquirir conhecimentos sobre a linguagem de programação C; e Robótica I, em que aprenderá a montar e programar robôs utilizando kits PETE. Aqueles que já têm experiência prévia podem escolher entre aprimorar as habilidades com foco nos kits robóticos Lego Mindstorms (Robótica II) ou aprofundar os conhecimentos com foco nos kits Arduino (Robótica III). Haverá kits PETE e Lego à disposição dos professores, mas quem se inscrever na opção Robótica III deverá trazer o próprio kit Arduino para a sala de aula do ICMC. 

O público-alvo das iniciativas são, prioritariamente, os professores de ensino fundamental e médio. Caso as 30 vagas oferecidas em cada curso não sejam totalmente preenchidas, poderão ser destinadas a outros interessados. A partir desta quarta-feira, 27 de fevereiro, as inscrições online estarão abertas a todos e poderão ser realizadas até 13 de março ou enquanto houver vagas. É possível se inscrever em mais de um curso, desde que os horários não sejam conflitantes. 

O custo da taxa de inscrição é de R$ 40 e cada curso poderá ter até três inscritos gratuitamente, desde que solicitem isenção na taxa. Para isso, basta efetuar a inscrição online e enviar, até terça-feira, 5 de março, um e-mail para ccex@icmc.usp.br, informando de qual curso deseja participar, com uma justificativa sobre o pedido de isenção. A solicitação será avaliada até quarta-feira, 6 de março, quando os inscritos receberão uma resposta por e-mail. 

A professora Roseli Romero, coordenadora das atividades, explica que o objetivo dos cursos é contribuir para que os professores sejam capazes de treinar os estudantes que participarão da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Este ano, as escolas poderão se inscrever na OBR a partir de 18 de março. 

Vale lembrar que os professores da rede estadual de ensino poderão validar o certificado dos cursos (30 horas cada) junto à Diretoria Regional de Ensino de São Carlos. Ressalta-se, ainda, que nenhum desses quatro cursos é apropriado para crianças e adolescentes, esse público poderá participar de outra iniciativa preparatória para a OBR, que será realizada em maio e cujas informações serão divulgadas futuramente no site do ICMC. 

Confira, a seguir, como realizar sua inscrição passo a passo: 

1. Faça o cadastro no sistema Apolo da USP, por meio de um desses links: 
2. Envie o comprovante de pagamento da taxa de inscrição junto com um documento atestando vínculo com a instituição de ensino em que atua (por exemplo: holerite, declaração da escola, cadastro funcional) para o e-mail ccex@icmc.usp.br

3. Aguarde o recebimento de um e-mail com a confirmação da matrícula no curso.

Custo da taxa de inscrição é de R$ 40 e cada curso poderá ter até três inscritos gratuitamente, desde que solicitem isenção

Texto e fotos: Denise Casatti– Assessoria de Comunicação ICMC/USP 


Mais informações 
Saiba mais sobre a OBR: www.obr.org.br
Confira a percepção dos professores sobre o curso oferecido em 2017: icmc.usp.br/e/5520f 
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9146 
E-mail: ccex@icmc.usp.br

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Exposição destaca os artigos científicos mais citados com autoria de pesquisadores do ICMC

Indicadores da Web of Science foram utilizados como critério para destacar o impacto internacional da produção científica do Instituto


Na terceira edição da exposição, oito artigos estão em destaque

Está de volta ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, a exposição Highly Cited and Hot Papers: a produção científica do ICMC na Web of Science. Exposta na vitrine da Biblioteca Achille Bassi, no andar térreo, a mostra fica em cartaz até 18 de março. 

Em sua terceira edição, a exposição apresenta os artigos de autoria de pesquisadores que, atualmente, possuem vínculo ativo com o ICMC. A categoria hot papers lista os artigos que foram publicados nos últimos dois anos e que receberam citações suficientes para colocá-los como 0,1% dos principais artigos de seu campo acadêmico. Já a categoria highly cited papers abrange os artigos publicados nos últimos 10 anos e que receberam citações suficientes para colocá-los como 1% dos principais artigos em seu campo acadêmico, com base no limite dos mais citados em cada ano e área. 

Para fazer a seleção dos artigos, foi utilizado o Essential Science Indicators, uma ferramenta que analisa indicadores científicos a partir da base de dados internacional Web of Science. O objetivo da seleção é mostrar que os pesquisadores do ICMC produzem trabalhos que são referência nacional e internacional nos campos de pesquisa em que atuam. A exposição tem o apoio da Comissão de Biblioteca do ICMC e foi inspirada em uma iniciativa semelhante do Instituto de Física de São Carlos. 

Abaixo, é possível acessar a versão online dos artigos selecionados para a terceira edição da exposição: 

Mais informações 
Biblioteca Achille Bassi: (16) 3373.9634 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Começa a Technovation Summer School for Girls

A diretora do ICMC, professora Maria Cristina Ferreira de Oliveira, deu as boas-vindas às garotas

No último sábado, 23 de fevereiro, as garotas de 10 a 18 anos invadiram o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Elas começaram a trilhar uma nova jornada: uniram-se em grupos com até cinco meninas e criaram ideias para solucionar problemas por meio de um aplicativo. 

Sob orientação de uma mentora ou de um mentor, elas terão mais quatro sábados para continuarem a desenvolver seus aplicativos durante esta primeira edição da Technovation Summer School for Girls.




Confira as imagens no Google Fotos e no Facebook!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Confira as imagens do Workshop de Métodos Estatísticos e Probabilísticos


A sétima edição do Workshop on Probabilistic and Statistical Methods aconteceu de 13 a 15 de fevereiro no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O evento foi parte do Programa de Verão em Estatística 2019, atividade do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs), resultado de uma parceria entre o ICMC e a UFSCar. 

O workshop contou com a presença de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que participaram de palestras, sessões de pôsteres e um minicurso. O objetivo principal da iniciativa, realizada anualmente, é difundir novos resultados em estatística, probabilidade e suas aplicações, com o intuito de estimular a troca de experiências entre os participantes. 

Confira o álbum de fotos do evento no Google Fotos e no Facebook!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Chega mais: aperta o play e vem jogar BixoQuest

Aplicativo desenvolvido no ICMC está disponível na web; meta é contribuir para a integração dos novos alunos

Nas missões de check-in, estudantes devem visitar presencialmente alguns locais do campus para obter pontos

O objetivo do jogo BixoQuest é simples: levar os estudantes a concluírem um álbum virtual de figurinhas. A inovação está no tipo de desafio que leva à conquista dessas figurinhas: os alunos precisam realizar missões de check-in, em que são convidados a visitar presencialmente locais do campus da USP, em São Carlos; e missões de evento, que demandam presença nas atividades da Semana de Recepção aos Calouros do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC)

“Quando as missões são concluídas, o jogador conquista uma senha ou um QRCode e ganha pontos que podem ser utilizados para comprar os pacotes de figurinhas”, explica o estudante Gabriel Toschi, que cursa Ciências de Computação no ICMC e é um dos veteranos que participou da concepção e criação do aplicativo. A cada página virtual que é completada, o jogador ganha um pôster exclusivo para se lembrar para sempre da sua primeira semana como um aluno da USP. 

A ideia surgiu durante as reuniões de uma comissão formada por professores, funcionários e alunos, responsável por organizar as atividades de boas-vindas aos calouros. Para criar o jogo cooperativo, disponibilizado na web por meio de um aplicativo, uma parceria foi estabelecida entre o grupo de desenvolvimento de jogos Fellowship of the Game (FoG) e o grupo de inovação tecnológica USPCodeLab Sanca

“A partir do mote que a USP propôs para a recepção aos calouros deste ano – Chega Mais – decidimos que a melhor estratégia era usar o conceito de gamificação, que consiste em empregar técnicas e métodos provenientes da área de jogos em atividades que não estão tipicamente relacionadas com o mundo dos games”, conta Toschi. 

Inspiração - Não é por acaso que os jogos eletrônicos serviram de inspiração para as atividades que acontecem de 18 a 22 de fevereiro, durante a Semana de Recepção aos Calouros do ICMC. As áreas de atuação do Instituto estão intimamente relacionadas a campos do conhecimento fundamentais para o desenvolvimento dos jogos digitais. Inicialmente considerados apenas como entretenimento, os games têm ganhado destaque no mercado e na academia, onde se tornaram objeto de pesquisa. 

“Nada melhor do que os jogos eletrônicos para motivar a participação dos calouros nessa importante semana”, destaca a professora Sarita Bruschi, que preside a comissão responsável por organizar as atividades boas-vindas aos calouros do ICMC. “Nosso objetivo é proporcionar aos alunos ingressantes várias atividades para que eles possam se ambientar à vida acadêmica e ao campus, local que será como uma segunda casa nos próximos anos”, adiciona a professora. 

E você, está pronto para começar a jogar? Basta entrar em bixoquest.icmc.usp.br, fazer seu cadastro e iniciar as missões para juntar pontos e trocar pelas suas primeiras figurinhas. 



Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Programação da Semana no ICMC: http://calouros.icmc.usp.br
Serviço de Graduação do ICMC: (16) 3373.9639 
Disque-trote: 0800.012.1090 ou disquetrote@usp.br

Contato para esta pauta 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Resgatando dados da lama: como a computação pode ajudar Brumadinho

Uma ex-aluna do ICMC, que é professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, está coordenando o esforço de pesquisadores da área de computação que buscam desenvolver soluções para facilitar detecção de corpos na lama e reunir informações sobre pessoas desaparecidas

Entre os voluntários digitais estão pós-doutorandos e doutorando do Laboratório de Análise Massiva de Dados do ICMC

Eles também são mineradores. Decidiram voluntariamente se unir aos incontáveis outros mineradores, familiares e demais profissionais que sentiram na pele ou na alma a dor da tragédia que atingiu Brumadinho, em Minas Gerais, dia 25 de janeiro. O minério que eles buscam na lama é o mais valioso de todos: os resquícios que podem ajudar a encontrar as centenas de corpos ainda soterrados. Eles são os mineradores de dados da lama: cerca de 50 pesquisadores da área de computação que pertencem às melhores universidades brasileiras e enfrentam o desafio de encontrar as técnicas científicas mais adequadas para solucionar problemas urgentes, tais como a detecção de sinais de corpos na lama e reunir informações sobre pessoas desaparecidas, já que pode haver casos em que ninguém se manifestou em busca de um corpo. 

Quem lidera o grupo de voluntários é uma pesquisadora que tem voz de menina e, há dois anos, é professora na Universidade Federal de Juiz de Fora. Aos 35 anos, Vânia de Oliveira Neves não imaginava que, ao se tornar parte da comunidade Voluntários digitais SOS Brumadinho, ela acabaria assumindo uma liderança natural no grupo responsável por desenvolver soluções computacionais. Mesmo trabalhando à distância, ela mantém constante contato com a equipe de resgate e demais voluntários atuantes em Brumadinho, que compartilham a dor de estar lá e também o medo, pois muitos vivem nas proximidades de outras barragens. “Quando desanimo, logo penso nas famílias que ainda não conseguiram enterrar os corpos de seus parentes e ganho força para seguir em frente”, revela a pesquisadora. 

Para lidar com a forte carga emotiva que acompanha as atividades, Vânia tem a sorte de contar com a escuta compreensiva de amigas de longa data, a professora Simone Souza e a pós-doutoranda Lina Garcés, ambas do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Antes de partir para Minas, Vânia fez parte do Laboratório de Engenharia de Software (Labes) do ICMC por oito anos, tempo em que foi orientada pelo professor Paulo Cesar Masiero no mestrado e no doutorado. “Tudo só aconteceu porque passei pelo ICMC”, conta Vânia. 

No Instituto, ela abriu os olhos para o papel crucial dos sistemas computacionais inseridos em contextos que podem colocar em risco vidas humanas, equipamentos e recursos de alto custo. São os chamados sistemas embarcados críticos, que Vânia passou a conhecer ao participar do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), projeto sediado no ICMC de 2009 a 2014. O Instituto possibilitou também que ela compreendesse como funciona uma grande rede de colaboração em pesquisa, que culminou com a realização do doutorado com um período sanduíche na Itália, no Instituto Politecnico di Milano

As experiências vividas no ICMC acenderam em Vânia o desejo de aproximar as universidades da sociedade. Em julho do ano passado, ela criou o programa de extensão MinasDevTest - Desenvolvimento de softwares e aplicativos para a comunidade. Aliar o programa à iniciativa em prol de Brumadinho foi mais um passo natural na jornada. Recém-criado, o MinasDevTest conta apenas com três alunos de graduação e alguns professores apoiadores. Por isso, para enfrentar os desafios existentes em Brumadinho, Vânia começou a angariar uma comunidade de voluntários. 

“Já temos muitos desenvolvedores de software atuando como voluntários. Para possibilitar que todos participem, optamos por construir as soluções usando o modelo de microsserviços. Assim, cada um pode desenvolver uma parte da tarefa e usar a linguagem de programação que julgar mais conveniente”, explica a pesquisadora. “O desafio agora é gerenciar o trabalho de todos esses desenvolvedores, integrar as diversas soluções e construir um modelo de entrega contínua”, acrescenta. 

Parte da comunidade Voluntários digitais SOS Brumadinho, um projeto que nasceu logo após a tragédia e já conta com diversas ações em diferentes frentes de conhecimento, o grupo de voluntários coordenado por Vânia chama-se dev.sosbrumadinho. É a equipe responsável por desenvolver e entregar todo o tipo de software e aplicações tecnológicas que possam ajudar pessoas e iniciativas em geral voltadas a amenizar os impactos da tragédia. Nessa equipe, ainda faltam especialistas na área de gerenciamento de projetos, gerenciamento de projetos open source, especialistas em arquitetura de software, arquitetura de microsserviços e DevOps

Por isso, Vânia faz um pedido aos profissionais que têm experiência nesses campos e queiram contribuir com o projeto: basta escrever um e-mail para vaniaon@icmc.usp.br ou entrar em contato via Twitter ou Facebook. “Além disso, precisamos de infraestrutura adequada para colocar essas soluções em funcionamento como, por exemplo, serviços de hospedagem na nuvem, já que estamos trabalhando com microsserviços. Algumas grandes empresas já nos contataram, mas ainda estão verificando se irão nos apoiar”, conta.

Vânia (a quarta da esquerda para a direita) durante a defesa de sua tese de doutorado no ICMC; professora na Universidade Federal de Juiz de Fora, ela está prestes a mudar para a Universidade Federal Fluminense, onde foi aprovada recentemente em concurso público

Desenterrando dados – São quase 580 quilômetros que separam Brumadinho e a cidade de São Carlos, no interior de São Paulo. Mas a distância não impossibilitou que Edesio Alcobaça, Leandro Mundim, Luís Paulo Faina Garcia, Saulo Martiello Mastelini, Tiago Botari e Victor Hugo Barella se aproximassem da dor das famílias que ainda tentam localizar os parentes desaparecidos na lama. Eles fazem parte do Laboratório de Análise Massiva de Dados (Analytics) do ICMC e, sob coordenação do professor André de Carvalho, estão voluntariamente enfrentando um grande desafio: construir um modelo computacional capaz de identificar as áreas encobertas pela lama em que há maior probabilidade de ainda ser localizado o que restou dos corpos das vítimas. 

Três deles são pós-doutorandos – Leandro, Luís e Tiago – e os outros três fazem doutorado. “Nossa especialidade é extrair padrões, conhecimento, a partir da análise de dados”, explica Luís. “O grande problema é que ainda não tivemos acesso a dados sobre os corpos que já foram resgatados em Brumadinho. Assim, estamos construindo um modelo baseados apenas em simulações”, completa Saulo. 

Na corrida contra o relógio, é fundamental que as equipes de resgate atuem de forma otimizada, dirigindo os esforços para as áreas em que há mais probabilidade de encontrar algo, pois quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna esse trabalho de localizar e identificar os corpos. Victor explica que, para construir um modelo capaz de contribuir com as buscas, é preciso, ao menos, trabalhar com as informações dos corpos que já foram resgatados: “Se soubermos onde cada uma das vítimas estava no momento da tragédia, o quanto a lama fez com que seus corpos se deslocassem para outro local e em que direção, poderemos, a partir desses exemplos, identificar o que provavelmente aconteceu com outras vítimas que estavam nos mesmos locais”. 

Essa identificação só é possível a partir do uso de técnicas da área de aprendizado de máquina. Ao inserir os dados reais no modelo computacional criado, é como se o computador ganhasse o poder de “aprender”, a partir da trajetória percorrida pelos corpos resgatados, os prováveis caminhos que os corpos não encontrados devem ter construído por debaixo da lama. Esse aprendizado possibilita construir modelos capazes de prever em quais áreas as equipes de resgate terão chances de localizar mais corpos. 

Enquanto os dados reais não chegam, o grupo trabalha com bancos de dados já existentes tentando adiantar a construção do modelo computacional. No momento em que puderem inserir os dados reais, terão como identificar se a ferramenta construída tem potencial para contribuir com as buscas. “Já temos uma aplicação online funcionando a partir de simulações que fizemos. No entanto, ainda não há certeza se esse modelo será capaz de fazer previsões de forma confiável. Isso também dependerá da qualidade dos dados que nos enviarem”, adiciona Luís. 

No momento, o grupo precisa da colaboração voluntária de pesquisadores da área de mecânica de fluidos. São esses especialistas que poderão ajudar a compreender melhor como se deu o deslocamento da lama no terreno de Brumadinho. Quem desejar contribuir basta enviar uma mensagem para o e-mail lpgarcia@icmc.usp.br

Enquanto esses mineradores se dedicam voluntariamente às demandas urgentes, pensam no quanto a tecnologia tem potencial para evitar futuras tragédias como a de Brumadinho ou, pelo menos, reduzir seus impactos nefastos. Resta saber se o conhecimento científico será levado em conta nas futuras decisões que guiarão a humanidade na construção de políticas e práticas capazes de evitar desastres.

O professor André de Carvalho orienta o trabalho voluntário dos seis pesquisadores do ICMC

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações
Facebook do MinasDevTest: https://www.facebook.com/minasdevtest
Site (ainda em desenvolvimento): https://sosbrumadinho.github.io


Contato para esta pauta 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Pesquisador desenvolve roupas inteligentes inspiradas em livros de ficção científica

Aluna da USP que cursa Licenciatura em Ciências Exatas participou de desfiles usando dois modelos criados em projeto que uniu estudantes da USP e da UFABC

Mia é uma das modelos que desfilou com as roupas inteligentes

Você já imaginou como seriam as roupas do futuro? O pesquisador Mário Gazziro deu asas à imaginação e tornou essa fantasia realidade quando fez pós-doutorado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Mario, que também é professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, contou também com a criatividade e participação de seus alunos para desenvolver o que eles chamam de roupa cibernética. 

Transformar a arte da moda em ciência é um desafio. De uma forma bastante simplificada, as roupas funcionam por meio de sensores eletrônicos e centenas de micro LEDs que são conectados por uma rede mesh – uma espécie de rede de dados sem fio, assim como o Wi-Fi, mas em frequência diferente e com maior capacidade de alcance. A intenção original era construir um material que pudesse, não só servir como vestimenta, mas que também fizesse um monitoramento da saúde do usuário e, ao mesmo tempo, interagisse com o meio ambiente. Um exemplo dessa interação seria o uso de sensores musculares para monitorar o esforço físico diário acumulado pelo usuário, porém o custo desse material é muito alto e, por isso, ainda não foi integrado às roupas. 

Desde a ideia inicial, há dois anos, quatro peças de roupas inteligentes foram produzidas pelo professor e pelos alunos. Todas elas são inspiradas nos livros de ficção científica do escritor americano Willian Gibson. A trama de seus livros era construída em um futuro distópico, no qual haveria baixa qualidade de vida, mas os níveis tecnológicos seriam muito altos e acessíveis. “O modo como nossa sociedade tem evoluído demonstra o caráter profético das obras, que foram escritas ainda nos anos 80. Não é incomum, hoje em dia, haver lugares em que existem acesso a redes sem fio rápidas em locais ainda sem saneamento básico, por exemplo”, comenta Mário.

Antes de serem desenvolvidas, as roupas foram desenhadas em croquis (crédito: Gaby Sá e Alice Cavalcanti)

Apelo sustentável - A tecnologia, em geral, tem mudado a forma como se fabricam produtos e como eles são consumidos e com a moda não é diferente. Um dos principais benefícios das roupas tecnológicas é a diminuição no impacto ambiental. De acordo com a reportagem Qual é a indústria que mais polui o meio ambiente depois do setor do petróleo?, da BBC Brasil, o poliéster é a fibra sintética mais usada na indústria têxtil atualmente. Para ser produzido, são necessários 70 milhões de barris de petróleo anualmente e o material demora cerca de 200 anos para se decompor. “Ao invés de a pessoa trocar a peça inteira da roupa, ela poderia apenas trocar pelo software da moda. Essa realidade pode ser distante, mas essa interação sensorial é um apontador de tendências para essa futura realidade, ainda mais quando se pensa em todo apelo sustentável que já existe hoje em dia”, complementa Mario. 

Talvez as roupas cibernéticas demorem para chegar às lojas, mas elas já estiveram na passarela. A primeira vez em São Carlos aconteceu no Pint of Science, um festival que propõe debater ciência de forma descontraída em bares e restaurantes. Na segunda vez, o desfile foi realizado no extenso corredor vermelho da UFABC, em dezembro do ano passado.

Carolina (à esquerda) e Izis enquanto desfilam na UFABC 

Uma das primeiras modelos a experimentar as novas tecnologias vestíveis foi Carolina Cerne, estudante de licenciatura em Ciências Exatas da USP, curso que é oferecido em parceria pelo ICMC, pelo Instituto de Física de São Carlos e pelo Instituto de Química de São Carlos. Para ela, a experiência foi diferente e empoderadora: “Eu usaria as peças no futuro. Os dois modelos que usei eram roupas leves e confortáveis. O modelo afinou minha cintura. Adorei”, avalia a estudante.

Texto: Talissa Fávero - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informaçõesAssessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Quem tem mais de 60 anos também pode estudar e se divertir na USP

Há cursos, atividades culturais e esportivas além de vagas em disciplinas regulares na graduação; oportunidades são oferecidas no campus da Universidade em São Carlos e em mais seis cidades do Estado de São Paulo



A USP abriu as inscrições para as atividades do primeiro semestre de 2019 do programa USP Aberta à Terceira Idade (UATI). Há cursos, palestras, excursões, práticas esportivas e didático-culturais, além de mais de 5 mil vagas em disciplinas regulares oferecidas nos cursos de graduação. Comparando com o segundo semestre de 2018, houve um aumento de 23% no número de vagas.

As atividades acontecem no campus da USP, em São Carlos, e nos demais campi da Universidade em Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Paulo. Uma das atividades mais procuradas em São Carlos é o curso que ensina os idosos a utilizarem smartphones e tablets, oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

Nas Práticas com Tablets e Celulares, os participantes aprendem, por exemplo, a realizar chamadas telefônicas, enviar mensagens, criar e gerenciar contatos, alarmes, diários, tirar fotos e fazer vídeos, enviar e-mails, brincar com jogos e até navegar nas redes sociais. O primeiro módulo do curso é destinado ao aprendizado de conceitos básicos e são oferecidas duas turmas com 15 vagas cada. O mesmo número de turmas e vagas é disponibilizado no módulo avançado do curso.

As aulas acontecem uma vez por semana, sempre às quartas-feiras à tarde, com início no dia 27 de fevereiro e término em 26 de junho. Para participar, é necessário trazer seu próprio smartphone ou tablet, habilitado para navegar na internet e com sistema operacional Android 4.4 ou superior. No momento de efetuar a inscrição, os idosos farão uma avaliação para saber qual módulo (básico ou avançado) é mais apropriado para cada indivíduo. Por isso, é importante ressaltar que os interessados devem trazer RG, CPF e o celular ou tablete, além de não ser possível fazer a inscrição em nome de outra pessoa.

As inscrições devem ser realizadas presencialmente no dia 22 de fevereiro e as vagas são limitadas. As senhas serão distribuídas a partir das 8h na sala 3-009, no bloco 3 do ICMC. No período da tarde, caso ainda hajam vagas, as senhas serão entregues a partir das 14 horas na sala 3-011, também no bloco 3 do ICMC.

O curso é gratuito, solicita-se apenas que os participantes tragam, na primeira aula, fraldas geriátricas para serem doadas a asilos da cidade. As atividades são coordenadas pelas professoras Maria da Graça Pimentel e Renata Pontin, do ICMC, que desenvolvem pesquisas na área de integração usuário-computador.

Já o curso Informática Básica para Terceira Idade acontecerá em abril. As informações sobre matrícula serão oferecidas futuramente no site do ICMC.

Aula com os jovens – Já os idosos que desejam aprofundar os conhecimentos em uma determinada área científica, além de trocar informações e experiências com os jovens, podem se inscrever em diversas disciplinas regulares que são oferecidas em cursos de graduação da USP.

No ICMC, por exemplo, é possível aprender mais sobre matemática, estatística e computação, em disciplina como introdução à programação de computadores, introdução à modelagem matemática, introdução à inferência estatística e cálculo. O pré-requisito para participar de uma das disciplinas é ter, pelo menos, ensino médio completo.

No total, há vagas em 11 disciplinas e as inscrições devem ser realizadas pessoalmente na Secretaria da Comissão de Cultura e Extensão do ICMC a partir desta segunda, 11 de fevereiro, até a próxima sexta-feira, 15 de fevereiro, das 9 às 12 horas e das 14 às 16 horas.

A Prefeitura do Campus USP de São Carlos também oferece atividades físico-esportivas aos idosos como “Voleibol para a Terceira Idade” e “Atividade Física integrada à Terceira Idade”. Nesse caso, a inscrição deve ser realizada pessoalmente no Centro de Educação Física, Esporte e Recreação (CEFER) do campus, também de 11 a 15 de fevereiro, das 8 às 16 horas. Mais informações podem ser consultadas pelo telefone: (16) 3373-9107.

Para ver todas as oportunidades oferecidos aos idosos no campus da USP, em São Carlos, acesse este link: http://prceu.usp.br/3idade/sao-carlos/


Sobre o programa - Criado pela professora Ecléa Bosi em 1994, o programa USP Aberta à Terceira Idade completou 25 anos de atividades ininterruptas. Promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP, o programa proporciona um intercâmbio geracional com os alunos da Universidade e se posiciona como um polo de discussão sobre o tema do envelhecimento, com atividades e parcerias que vão além das disciplinas abertas especificamente a esse público.


Mais informações
E-mail: ccex@icmc.usp.br
Telefone: (16) 3373-9146

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Com informações de Elcio Silva - Assessoria de Comunicação da PRCEU

Participe do Coral da USP São Carlos: inscreva-se até 28 de fevereiro


Iniciativa gratuita para quem deseja soltar a voz, Coral realiza ensaios sempre às quintas-feiras, das 12h30 às 13h45 

Iniciativa é aberta à participação de todos os interessados, não é necessário ter qualquer vínculo com a USP 

Se você adora cantar e quer um ótimo passatempo para relaxar, pode fazer parte do Coral da USP São Carlos. A iniciativa conta com participantes da comunidade são-carlense, além de funcionários, professores e alunos do campus. 

Para participar do processo seletivo do coral, é preciso ter acima de 15 anos. As inscrições podem ser realizadas até 28 de fevereiro por meio do formulário eletrônico disponível neste endereço: icmc.usp.br/e/6d267

A seleção será efetuada por meio de uma análise e classificação vocal, a ser agendada posteriormente com os inscritos via e-mail ou celular. Apenas os que não atingirem o mínimo de percepção auditiva serão reprovados. Os selecionados deverão participar dos ensaios às quintas-feiras, das 12h30 às 14 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-000), no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, no centro de São Carlos.

História - A trajetória do coral começou em outubro de 2015 a partir de uma ação promovida pela Comissão de Ação e Integração Social do ICMC. Desde então, o grupo é coordenado e regido pelo maestro Sergio Alberto de Oliveira, fundador do coral da USP Ribeirão Preto. Formado em Composição e Regência pela Universidade Estadual de Campinas, Oliveira possui mestrado em artes e doutorado em música pela mesma instituição e atua principalmente nos seguintes temas: canto coral, música coral, teatro musical, música popular, canção polifônica e coro cênico. 

Diretor artístico e regente titular da USP, o maestro já levou seus grupos corais a turnês e apresentações pelos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e por países como Grécia, Itália e Argentina. Também participou de congressos, palestras e apresentações na Áustria, Finlândia, Estados Unidos, Portugal, Espanha e Índia. 

Para os atuais integrantes do Coral da USP São Carlos, a participação no grupo garante benefícios que não se restringem à oportunidade de soltar a voz: a atividade também contribui para a diminuição do estresse, a melhoria do relacionamento interpessoal, do trabalho em equipe, da comunicação e da disciplina. 

A iniciativa conta com o apoio da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do campus da USP em São Carlos. 

Desde 2015, o grupo é coordenado e regido pelo maestro Sergio Alberto de Oliveira.

Crédito da imagem: divulgação Coral da USP São Carlos

Coral da USP São Carlos 
Inscrições: preencha o formulário (icmc.usp.br/e/6d267) até 28 de fevereiro. 
Ensaios: sempre às quintas-feiras, das 12h30 às 14 horas no ICMC (avenida Trabalhador são-carlense, 400, no campus I da USP, no centro de São Carlos). 
Mais informações: cais@icmc.usp.br

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Confira as imagens do ICMC Summer Meeting on Differential Equations

Evento foi realizado de 4 a 6 de fevereiro, no ICMC (crédito: Reinaldo Mizutani ICMC/USP)

Um dos mais importantes eventos na área de equações diferenciais aconteceu esta semana no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos: o ICMC Summer Meeting on Differential Equations 2019 Chapter

No total, 210 pesquisadores de diversos países compareceram ao encontro, que foi realizado de 4 a 6 de fevereiro. Além de debater as novas pesquisas desenvolvidas nessa área, o evento contribuiu para promover a internacionalização dos diversos grupos que pesquisam equações diferenciais e atuam no Estado de São Paulo. 

A iniciativa, que faz parte do Programa de Verão em Matemática do ICMC, é promovida anualmente desde 1996 e faz parte do calendário científico nacional e internacional. 

Confira o álbum de fotos do evento no Google Fotos e no Facebook!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Chega mais: a aventura dos calouros está prestes a começar

Os jogos digitais inspiraram as atividades que o ICMC preparou para recepcionar os novos alunos: acompanhe a contagem regressiva e participe dessa aventura



Meta: ingressar na USP. Desafio: conquistar a aprovação no vestibular da Fuvest e/ou fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e entrar na Universidade via Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Você aperta “play” e comemora cada fase do jogo que supera. Quando vê seu nome na lista de aprovados, logo pensa: fim de jogo! Não se iluda: a partida está apenas começando. Depois de ingressar na USP, é hora de mergulhar em novos desafios e viver a aventura de fazer parte da melhor universidade pública do país. 

Não é por acaso que os jogos eletrônicos serviram de inspiração para as atividades que acontecerão durante a Semana de Recepção aos Calouros do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Uma comissão formada por alunos, professores e funcionários foi formada para planejar todas as ações de boas-vindas aos calouros. “Nosso objetivo é proporcionar aos alunos ingressantes várias atividades para que eles possam se ambientar à vida acadêmica e ao campus, local que será como uma segunda casa nos próximos anos. Nada melhor do que os jogos eletrônicos para motivar a participação dos calouros nessa importante semana”, destaca a professora Sarita Bruschi, que preside a comissão. 

Para cumprir a missão de estimular os calouros, integrando os ingressantes na comunidade e nos espaços do ICMC e da USP, um grupo de estudantes ficou responsável por criar um jogo cooperativo chamado “BixoQuest”. Por meio de um aplicativo, que será disponibilizado na web, os “bixos” serão desafiados a realizar diversas missões. Ao realizar cada etapa com sucesso, poderão receber recompensas. 

“A partir do mote que a USP propôs para a recepção aos calouros deste ano – “Chega Mais” – decidimos que a melhor estratégia era usar o conceito de gamificação, que consiste em empregar técnicas e métodos provenientes da área de jogos em atividades que não estão tipicamente relacionadas com o mundo dos games”, explica o estudante Gabriel Toschi, que cursa Ciências de Computação no ICMC. Ele é um dos quatro veteranos que estão participando da concepção e criação do aplicativo. O trabalho envolve uma parceria entre o grupo de desenvolvimento de jogos Fellowship of the Game (FoG) e o grupo de inovação tecnológica USPCodeLab Sanca

Abertura da Semana de Recepção será às 8 horas, no dia 18, no salão de eventos do campus da USP, em São Carlos

Programe-se – Entre as 18 atividades previstas na programação do ICMC para a Semana de Recepção aos Calouros, que acontece de 18 a 22 de fevereiro, estão uma feira de oportunidades, um bate-papo com alunos experientes que darão dicas valiosas aos recém-chegados, uma noite de jogos e diversas atrações culturais. Para conferir a programação completa do evento, basta acessar o site http://calouros.icmc.usp.br

O início da partida se dará na segunda-feira, dia 18, às 8 horas, em conjunto com as demais quatro unidades que compõem o campus da USP em São Carlos. É quando acontecerá a abertura oficial da Semana, no salão de eventos do campus, que contará com uma trilha sonora exclusiva do Coral da USP São Carlos. Às 10 horas, é a vez dos pais e responsáveis entrarem no jogo: eles terão a oportunidade de esclarecer todas as dúvidas com os professores do ICMC, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. 

No mesmo auditório, a partir das 19 horas, os ingressantes do período noturno estão convidados para as boas-vindas e poderão fazer um tour pelas dependências do ICMC. Essa atividade se repete na manhã de terça-feira, a partir das 9 horas, para os calouros dos cursos diurnos. Durante a semana, haverá, ainda, diversas aulas introdutórias e debates sobre a vida acadêmica. 

Informe-se – Quem é calouro sempre tem dúvidas e, para ajudar a esclarecê-las, a USP desenvolveu o Manual do Calouro, um portal que reúne as informações mais relevantes que o recém-chegado precisa saber para aproveitar as oportunidades que a Universidade oferece. No portal, é possível tirar dúvidas sobre os auxílios disponibilizados, tal como moradia, alimentação, transporte e livros, por exemplo. Também é possível baixar diversos aplicativos desenvolvidos pela USP para facilitar a vida universitária. O manual pode ser acessado neste link: http://usp.br/manualdocalouro



Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC 

Mais informações 
Programação completa: http://calouros.icmc.usp.br
Manual dos calouros da USP: http://usp.br/manualdocalouro
Serviço de Graduação do ICMC: (16) 3373.9639 
E-mail: grad@icmc.usp.br 
Disque-trote: 0800.012.1090 ou disquetrote@usp.br

Sinta como é ser um aluno USP: assista aulas de matemática aplicada e estatística em São Carlos

Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do ICMC promove a iniciativa Aulas Abertas, que permite a qualquer interessado assistir a aulas de graduação e de pós-graduação

Aulas da graduação começam dia 18 de fevereiro e de pós-graduação no dia 11 de março


Que tal sentir na pele como é ser um aluno da USP em São Carlos? Você pode passar por essa experiência por meio do programa Aulas Abertas, oferecido gratuitamente pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). A iniciativa do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística permite que qualquer cidadão assista a algumas aulas ministradas por professores do ICMC aos estudantes de graduação e de pós-graduação.

O objetivo do programa é promover a aproximação do ICMC com a comunidade, possibilitando que os participantes experimentem como é a vida acadêmica na USP e como são as aulas de um curso regular, além de promover a interação com os alunos matriculados nesses cursos. Nessas aulas, os professores fazem uma descrição geral das disciplinas e das técnicas a serem aprendidas, ressaltando sua importância para o curso e para a vida profissional dos alunos.

A participação é gratuita e não requer inscrição prévia. Podem participar da iniciativa estudantes do ensino médio, vestibulandos, alunos de outras universidades, docentes, pesquisadores e toda a comunidade da região. Para assistir às aulas, que têm duração de 50 minutos cada, basta comparecer nos locais, dias e horários especificados, de acordo com as informações disponíveis nos links a seguir. As aulas de graduação começam dia 18 de fevereiro e as de pós-graduação no dia 11 de março.

Texto: Assessoria de Comunicação ICMC/USP


Mais informações
Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do ICMC: 
(16) 3373.8121
E-mail: sme@icmc.usp.br

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Dia da Internet Segura: Grupo da USP usa conscientização como arma para proteger dados

Se poucos sabem que 5 de fevereiro é Dia da Internet Segura, é menor ainda o número de pessoas que reconhecem o quanto estamos vulneráveis no mundo digital

Conscientizar sobre a necessidade de proteção de dados e sistemas é a missão do grupo Ganesh 

Qual a relação entre a crescente importância da segurança da informação na vida atual e o deus Ganesh, uma das divindades mais veneradas pelo hinduísmo? À primeira vista, não é possível identificar qualquer ligação, mas alguns estudantes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP conseguiram ver além. Buscando inspiração em Ganesh, conhecido como símbolo das soluções lógicas e destruidor de obstáculos, os alunos se uniram para cumprir uma missão para lá de desafiadora: difundir a conscientização sobre a necessidade de proteção de dados e sistemas. 

Foi assim que nasceu oficialmente o grupo de extensão Ganesh, em 2016. Vinculado ao ICMC, a iniciativa conta hoje com 50 membros que realizam atividades de pesquisa, ensino e extensão relacionadas à segurança digital. Sob a orientação da professora Kalinka Castelo Branco, o grupo é coordenado por Estevam Arantes, que faz Engenharia de Computação, curso oferecido pelo ICMC em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). 

Nesta terça-feira, 5 de fevereiro, quando é celebrado o Dia da Internet Segura, nada mais propício do que estimular o uso da tecnologia com responsabilidade, respeito e criatividade. Nesta entrevista, Estevam revela como podermos construir uma experiência positiva e segura diante da internet. 

Em outubro, membros do grupo participaram do Hackers to Hackers Conference, que aconteceu em São Paulo: eventos como esse possibilitam à equipe entrar em contato direto com o desenvolvimento da área de segurança por meio de treinamentos e palestras; Estevam é o último à direita em pé.


Um grupo de alunos como o Ganesh pode trazer quais benefícios para a sociedade? 
Estevam: Acredito que o principal benefício que trazemos para a sociedade é a conscientização. É senso comum que as pessoas não devem ser preocupar com a segurança de seus dados, pois pensam que não serão alvo preferencial de qualquer ataque ou identificam que isso é algo muito distante das suas vidas. O que o Ganesh busca mostrar é que ataques à segurança são mais comuns do que vemos no dia a dia e que estamos mais vulneráveis do que parece. 

Qual o público-alvo do grupo? Quem vocês querem conscientizar? 
Estevam: Queremos atingir principalmente estudantes, tanto do ensino superior quanto do ensino médio, e a comunidade de São Carlos e região. 

Que tipo de atividades de extensão o Ganesh realiza? 
Estevam: A principal finalidade das atividades de extensão é repassar o conhecimento sobre segurança para a comunidade, tanto da USP quanto da sociedade em geral, de modo a conscientizar a população sobre a importância da área de segurança digital. Entre as atividades de extensão que realizamos estão a promoção de minicursos e palestras, tanto internas quanto externas à universidade, e a participação em feiras de profissões e de apresentação de projetos, quando podemos falar sobre essa área do conhecimento para estudantes universitários, do ensino fundamental e médio, professores e interessados da comunidade de forma geral. 
Também participamos de eventos na área de segurança de dados, como a H2HC e a Roadsec, os dois maiores da América Latina, em que fazemos apresentações sobre vulnerabilidades em segurança e assistimos a palestras. 

Por que vocês decidiram criar um blog
Estevam: O nosso blog de divulgação científica possui dicas, artigos e alguns conceitos básicos sobre segurança da informação. É a maneira que encontramos para levar educação digital para as pessoas. A iniciativa é voltada principalmente para pessoas que desejam se conscientizar sobre a necessidade de proteção de dados e sistemas digitais. 

Por que é importante o constante desenvolvimento de técnicas para assegurar a segurança digital? 
Estevam: Querendo ou não, estamos todos conectados hoje em dia, seja diretamente ou indiretamente. Aliás, boa parte de nosso patrimônio se baseia em dados e informações digitais. Por conta disso, é necessário que exista a segurança dessas informações. É aí que a segurança digital entra: prevenindo roubos, fraudes, garantindo a disponibilidade e a confidencialidade dessas informações. 

A falta de conhecimento sobre o uso da internet pode, de alguma forma, prejudicar a segurança digital dessas pessoas? 
Estevam: Sim. Atualmente, a maioria dos ataques bem-sucedidos gira em torno do aproveitamento da ignorância ou da inocência das pessoas, existe até um termo que serve para descrever esse método de ataque: engenharia social. 

O que essas pessoas devem fazer para não serem vítimas desse tipo de golpe? 
Estevam: Os golpes mais comuns hoje em dia são aqueles que, de alguma forma, “enganam” os usuários. Por exemplo: é enviado um link de uma página falsa de um banco ou um e-mail em que o autor tenta se passar por um conhecido, enviando arquivos maliciosos. O meio de se prevenir é conhecer esse tipo de golpe e sempre suspeitar de sites pouco confiáveis, links que podem ser falsos, e-mails de supostos bancos ou mensagens de estranhos que enviam anexos. 

Você poderia dar algumas dicas de segurança adicionais? 
Estevam: Há algumas medidas simples e eficazes que podem fazer diferença: 
  • Usar senhas grandes, misturando caracteres especiais, maiúsculas, minúsculas e números. Não utilizar, preferencialmente, nomes e datas importantes; 
  • Evitar utilizar a mesma senha em vários diferentes serviços; 
  • Tomar cuidado com redes wi-fi públicas. Toda a sua informação que trafega na internet está sujeita a ser interceptada nessas redes; 
  • Ficar atento a links parecidos com os originais e anexos em e-mails. Um site que recomendamos para treinar esse tipo de identificação: https://phishingquiz.withgoogle.com.

Se alguém identificar uma atividade na internet que não é cidadã nem responsável, quais são os caminhos para denúncia? 
Estevam: Como a maioria dos casos ocorrem nas redes sociais, elas já possuem meios próprios para a denúncia de uma postagem imprópria. No entanto, caso seja algo grave, a pessoa pode denunciar através do site https://new.safernet.org.br. Também é possível denunciar pessoalmente na delegacia mais próxima, que pode ser localizada neste link: https://new.safernet.org.br/content/delegacias-cibercrimes
A denúncia é simples. Basta selecionar a categoria em que se enquadra a atividade e colocar o link de onde ocorreu o problema. No caso de ir pessoalmente, é aconselhável também levar a página impressa como comprovante. 

Por que você decidiu participar do Ganesh? Quais os principais aprendizados que obteve? 
Estevam: Desde antes de entrar na USP tenho interesse na área de segurança. Quando o grupo começou, em 2016, logo quis participar para conseguir aprender mais. Além da boa convivência entre os membros do grupo, consegui aprender bastante sobre redes, sistemas operacionais, funcionamento da web de modo geral. O que acredito ser o principal aprendizado é adquirir um modo diferente de pensar nos sistemas que nos rondam, levando em conta as possíveis falhas e brechas. 

Se alguém tiver interesse em participar do grupo, quais são os critérios? Existe previsão para abrir um processo seletivo? 
Estevam: Não existem critérios para a participação do grupo. Alunos do campus São Carlos da USP podem participar como membros e pessoas externas como colaboradores. No início do ano, costumamos disponibilizar um formulário para inscrição no nosso processo seletivo. Ministramos aulas sobre diversos temas relacionados a segurança, assim, cada novo membro que entra no grupo já tem uma base razoável de conhecimento em diferentes áreas e pode escolher seu foco de atuação. 

Grupo conta hoje com cerca de 50 participantes

Texto: Denise Casatti e Talissa Fávero – Assessoria de Comunicação do ICMC 

Mais informações
Saiba mais sobre o Dia da Internet Segura: http://www.safernet.org.br/site/sid2019/o-que-e

Contato para esta pauta 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Computação também é coisa de menina: aprenda a fazer aplicativos na USP

Em São Carlos, garotas de 10 a 18 anos terão a oportunidade de aprender mais sobre computação e empreendedorismo em uma escola de verão que acontecerá durante cinco sábados: é a Technovation Summer School for Girls

A ideia de criar uma escola de verão surgiu depois do sucesso de uma iniciativa realizada no ano passado no ICMC, quando 74 garotas desenvolveram projetos de novos aplicativos ao longo de um sábado inteiro de trabalho

Se você é uma garota, tem de 10 a 18 anos, e está curiosa para descobrir como os aplicativos são desenvolvidos, não pode perder esta oportunidade: a USP oferecerá uma escola de verão gratuita para mostrar que computação não é um bicho de sete cabeças. O objetivo da iniciativa é ensinar as garotas a transformarem ideias em aplicativos, apresentando as diversas possibilidades de carreira nas áreas de tecnologia e empreendedorismo, além de prepará-las para participarem de uma competição global, o Technovation Challenge

As atividades da escola de verão serão realizadas durante cinco encontros aos sábados, das 9 às 18 horas, começando no dia 23 de fevereiro. Para participar, não é preciso ter nenhum conhecimento prévio de computação, apenas motivação e acreditar em seu potencial criativo. Voltada a todas as interessadas, a iniciativa é destinada, preferencialmente, para garotas da rede pública de ensino. 

Há 200 vagas disponíveis e as inscrições devem ser realizadas até 14 de fevereiro, ou enquanto houver vagas, por meio do formulário online disponível neste link icmc.usp.br/e/83ed5. Durante os encontros, serão oferecidos lanches e refeições a todas as inscritas. Quem participar das atividades concorrerá também a prêmios: as equipes que criarem os melhores projetos ganharão cursos de dois meses para aprender a desenvolver aplicativos na escola Happy Code, uma das apoiadoras do evento. 

 A professora Kalinka é a coordenadora da escola de verão e do Grupo de Alunas nas Ciências Exatas


Inclusão feminina – A ideia de promover a escola surgiu depois do sucesso de uma iniciativa realizada no ano passado no ICMC, quando 74 garotas, de 10 a 18 anos, formaram grupos e desenvolveram 15 projetos de novos aplicativos depois de um sábado inteiro de trabalho. A dedicação e a empolgação das garotas surpreenderam a professora Kalinka Castelo Branco, coordenadora do evento, que decidiu ampliar a iniciativa este ano. “Com a escola de verão, vamos aumentar o tempo dedicado às atividades: cada sábado será destinado ao aprendizado de uma temática. Assim, as garotas poderão compreender novos conceitos durante as apresentações dos especialistas e, logo depois, terão tempo hábil para colocar em prática os conhecimentos adquiridos”, explica a professora. 

Kalinka coordena o Grupo de Alunas nas Ciências Exatas (GRACE), que é responsável pela realização da escola de verão. Recém-criado, o grupo de extensão é ligado ao ICMC e tem como objetivo desenvolver atividades na área de tecnologia e ciências exatas voltadas para o público feminino. Fazem parte do grupo estudantes de graduação e de pós-graduação da USP que darão apoio às garotas inscritas na escola de verão, as quais também contarão com a ajuda de mentores voluntários: profissionais e estudantes da área de tecnologia, engenharia ou negócios que acompanharão de perto o trabalho que elas desenvolverão ao longo dos cinco encontros. 

“Queremos mostrar para as adolescentes e jovens que elas têm tanta capacidade quanto os meninos de atuar na área de ciências exatas, ressaltando que a computação não é algo restrito ao mundo masculino”, ressalta Kalinka. Na escola, as garotas terão a oportunidade de conhecer diversas mulheres que trabalham na área e que estão dispostas a ajudar quem deseja ingressar no universo das ciências exatas. 

A primeira edição da Technovation Summer School for Girls é uma das ações de um amplo projeto, que prevê a realização de diversas outras iniciativas em escolas de ensino fundamental e médio de São Carlos e região, voltadas especificamente à inclusão feminina no ensino superior de ciências exatas. Recém-aprovado em uma chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para estimular a participação e a formação de meninas e mulheres para as carreiras de ciências exatas, engenharias e computação, o projeto é um dos 78 selecionados em todo o país e terá à disposição R$ 95 mil durante um ano. O projeto conta, ainda, com o apoio da Diretoria de Ensino de São Carlos e da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), por meio do programa Meninas Digitais

Kalinka apresentou projeto ao CNPq e conquistou R$ 95 mil para a realização de diversas ações voltadas à inclusão feminina no ensino superior de ciências exatas

Competição global – Uma das metas da escola de verão é estimular que as equipes participem do Technovation Challenge, uma competição global, voltada a estudantes do ensino fundamental e médio, em que as equipes participantes devem desenvolver um aplicativo que solucione um problema social. Por isso, nos encontros realizados no ICMC, as meninas formarão grupos e receberão orientações para participar desse desafio. 

Quem decidir ingressar na competição global e conquistar um lugar entre as equipes finalistas poderá viajar para o Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde apresentará os aplicativos e planos de negócios para investidores. Já a equipe que vencer o Technovation Challenge receberá um prêmio de 10 mil dólares e suporte para finalizar e lançar o aplicativo no mercado. Em 2018, mais de 19 mil garotas em todo o mundo se inscreveram no desafio global. 

Texto e imagens: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação do ICMC 
Cartaz: Fernando Mazzola - - Assessoria de Comunicação do ICMC

I Technovation Summer School for Girls 
Quem pode participar: meninas do ensino fundamental e médio (10 a 18 anos) 
Quando: aos sábados, das 9 às 18 horas, nos dias 23/02, 09/03, 16/03, 06/04 e 13/04 
Formulário para inscrições: icmc.usp.br/e/83ed5
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro, no bloco 4 do ICMC, na área I do campus da USP. Endereço: avenida Trabalhador São-carlense, 400. Centro. 
Site do Grupo de Alunas de Ciências Exatas (GRACE): http://grace.icmc.usp.br
Site do Technovation Challenge: www.technovationbrasil.org 
Setor de Eventos do ICMC: (16) 3373. 9622 

Contato com a imprensa 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373. 9666