sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Alunos da USP São Carlos participam de programa internacional para jovens líderes

Iniciativa norte-americana seleciona estudantes com potencial de liderança no futuro e oferece atividades de capacitação

Estudantes foram selecionados em programa internacional para jovens líderes
(crédito da imagem: Henrique Fontes/SEL-USP)

Um líder, normalmente, é aquela pessoa que coordena um grupo em determinado ambiente visando alcançar grandes objetivos. Os desafios para quem escolhe essa função são enormes, tanto do ponto de vista pessoal como do profissional, e os que vislumbram assumir uma posição de liderança sabem que o percurso é longo e demanda muito preparo. Em busca de qualificação para iniciar essa caminhada, três alunos da USP, em São Carlos, ingressaram no Cargill Global Scholars Program (CGSP), iniciativa internacional que capacita jovens com potencial de liderança no futuro.

Por meio de seminários, orientações individuais, estudos de caso, eventos de networking, entre outras ações, o Programa visa desenvolver habilidades de pensamento crítico nos participantes, além de formar uma rede global de estudiosos e ajudar a transformá-los na próxima geração de inovadores do mundo. “Eu sempre vi a liderança como uma oportunidade de me colocar na linha de frente de um problema e sair da zona de conforto. Isso permite que você desenvolva competências que antes nem imaginava ter”, explica João Marco Barros, um dos participantes da atividade e aluno do curso de Engenharia de Computação, oferecido em conjunto pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

Durante o CGSP, João Marco pôde desmistificar alguns conceitos que tinha sobre liderança e adquirir novos conhecimentos: “Além de aprender a ficar mais analítico e trabalhar com números, percebi que quando você coloca as pessoas na frente de suas decisões, os resultados começam a fazer mais sentido. O Programa ajudou a me reconstruir, pois eu pensava que ser líder era apenas ter uma posição de destaque e dar orientações a um grupo, mas a atuação é muito mais complexa”, diz o estudante, que sonha um dia em abrir uma empresa na área de tecnologia.

João Marco pretende gerenciar uma empresa de tecnologia no futuro
(crédito da imagem: Henrique Fontes/SEL-USP)

O jovem foi selecionado pelo Programa internacional em 2017, mas possui uma relação de longa data com a função de líder. Quando ainda cursava a segunda série do ensino médio, o aluno criou um projeto social em São Bernardo do Campo (SP), sua cidade natal, para dar aulas a quem não tinha condições financeiras. Na mesma época, fundou a iniciativa IUPI, na qual angariava recursos para distribuir a instituições carentes. Hoje, além de estar no último semestre do Cargill Global Scholars Program, ele faz parte do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart), organização que oferece bolsas em escolas particulares de excelência e acesso a programas de desenvolvimento para jovens talentos de baixa renda.

A participação em programas de qualificação é um grande diferencial para quem sonha em mergulhar no universo da liderança, ainda mais em um cenário mercadológico cada vez mais concorrido e competitivo. Oferecido pela empresa Cargill em parceria com o Instituto de Educação Internacional (IIE), o CGSP seleciona 10 estudantes de cada país habilitado a concorrer no Programa. São seis no total: Brasil, China, Índia, Rússia, Indonésia e Estados Unidos. Os candidatos devem possuir bom desempenho acadêmico, estudar em áreas de interesse da Cargill e enviar cartas de apresentação pessoal e recomendação. Se forem aprovados nessa etapa, os estudantes ainda devem passar por uma entrevista. Os selecionados recebem uma bolsa de estudos, tutoria mensal de carreira e participam de atividades nacionais e internacionais.

Existe uma fórmula para ser líder? – Diante da diversidade de perfis, visões, personalidades, temperamentos e posturas, é difícil imaginar que há um modelo pronto a ser seguido em busca da liderança. No entanto, um aspecto sobre o tema parece ser unanimidade entre os jovens da USP: “Antes de qualquer conquista ou resultado, o líder deve se lembrar de que está lidando com seres humanos”, ressalta Leandro Silva, aluno do curso de Engenharia de Computação.

Leandro Silva é diretor geral do SEMEAR, grupo da USP que desenvolve soluções na área de robótica
(crédito da imagem: arquivo pessoal)

O jovem, que sonha um dia gerenciar equipes na área de educação, fala com propriedade do assunto já que vivencia experiências de liderança. Hoje, por exemplo, atua como diretor geral do SEMEAR, grupo extracurricular da USP que desenvolve soluções em engenharia mecatrônica para aplicações na robótica. Simultaneamente, Leandro coordena a área comercial da Semana da Engenharia de Computação (SenC) da Universidade, que acontecerá entre os dias 22 e 26 de outubro.

“Estar na USP é um diferencial enorme, pois podemos participar de atividades de extensão e trabalhar com pessoas incríveis, o que qualifica nosso currículo e nos faz crescer na carreira”, afirma o aluno. Selecionado em julho para ingressar no Programa de jovens líderes, o estudante já participou de algumas atividades da Cargill no mês passado, quando passou uma semana em São Paulo acompanhando seminários e palestras com executivos da empresa.

Quem faz companhia a Leandro nessa jornada é Maria Luisa do Nascimento, estudante do curso de Engenharia de Computação que também foi aprovada no CGSP. Anteriormente, a jovem não vislumbrava atuar como líder, mas parece ter encontrado seu caminho na área e reconhece que o desafio é gigante: “Não basta ter apenas o conhecimento técnico, é preciso manter sua equipe engajada se quiser aspirar algo grande. Você precisa ser um exemplo para o seu time e confiar nas pessoas que o compõe”, explica a aluna.

Saber ouvir é uma das características de Maria Luisa que mais se encaixa com as de um líder
(crédito da imagem: arquivo pessoal)

Atualmente, a líder gerencia um projeto de pesquisa do ADA, grupo de extensão vinculado ao curso de Engenharia de Computação que oferece aos alunos conhecimentos técnicos, administrativos e interpessoais de forma organizada, bem como valoriza a profissão de engenheiro de computação frente à sociedade e o mercado de trabalho. Além de colaborar com o projeto, a estudante coordena a Women in Tech, atração da Semana da Engenharia de Computação que visa promover maior representatividade feminina nas áreas de tecnologia.

Referência dos amigos na forma como lida com as pessoas, Maria Luisa conta que uma de suas características que mais se encaixa com as de um líder é a de saber ouvir e aprender com o próximo. Nesse sentido, a estudante sugere que os futuros líderes procurem por alguém que já realizou algo diferente e se espelhe nos exemplos positivos. “Nunca iremos aprender algo novo se não tentarmos”, conclui a jovem.

Engajados com a missão de transformar a sociedade e assumir grandes responsabilidades, os estudantes da USP não se esqueceram de incentivar o surgimento de novos candidatos à líder: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”, estimula Leandro, citando a frase do ativista Mahatma Gandhi.

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL-USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373-9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 25 de setembro de 2018

ICMC e Campus Party estabelecem parceria

Com a iniciativa, alunos podem obter ingressos com desconto para participar do evento, que acontece de 12 a 17 de fevereiro de 2019, em São Paulo


Facilitar o acesso dos estudantes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, ao principal evento de internet e tecnologia do país. Esse é um dos objetivos da parceria estabelecida entre que o ICMC e a Campus Party Brasil. 

Ponto de encontro das mais importantes comunidades digitais do país, o evento atrai anualmente estudantes, empreendedores, gamers, cientistas e muitos outros profissionais criativos que se reúnem para interagir, compartilhar conhecimento, produzir novidades e acompanhar as centenas de atividades que acontecem durante a Campus Party. A 12ª edição acontecerá em São Paulo, de 12 a 17 de fevereiro de 2019, no Expo Center Norte. 

Com a parceria, os alunos do ICMC podem adquirir ingressos para o evento com descontos especiais. Para isso, basta acessar o link http://bit.ly/2wAK3qq e usar um código promocional que será enviado a todos os estudantes por e-mail. 

Para manter a comunidade da Campus Party na ativa, foi criada uma plataforma que funciona como uma rede social: o Campuse.ro (www.campuse.ro). Atualmente, existem 494 mil pessoas cadastradas na plataforma em todo o mundo, sendo mais de 150 mil no Brasil. A ferramenta é utilizada para integração e interface entre os participantes e permite acesso às transmissões ao vivo, aos conteúdos e aos vídeos de edições do evento. 



Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

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Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 
E-mail: comunica@icmc.usp.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Matemática, computação ou estatística: escolha sua área e faça pós-graduação na USP em São Carlos

ICMC está com inscrições abertas em três programas de pós-graduação



Quem sonha fazer mestrado, doutorado ou doutorado direto na melhor universidade do Brasil nas áreas de matemática, computação ou estatística pode se inscrever nos processos seletivos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Para ler os editais dos três programas de pós-graduação do Instituto que estão com inscrições abertas, ficar sabendo quais são os prazos para inscrição e como funcionará as etapas da seleção de cada um, basta acessar este link: www.icmc.usp.br/pos-graduacao/ingresso. Os selecionados ingressam nos programas no primeiro semestre de 2019. 

A oportunidade de conciliar a escolha por uma universidade de alto padrão, classificada como a melhor da América Latina em vários rankings, com uma ótima qualidade de vida tem atraído cada vez mais estudantes para a USP, em São Carlos. Entre as vantagens que os estudantes destacam está o fato de conseguirem morar perto da Universidade, gastando pouco tempo nos deslocamentos; poderem ser orientados por uma equipe de professores altamente qualificados, que atuam em 31 diferentes grupos de pesquisa; e, ainda, contar com uma infraestrutura capaz de suprir todas  as necessidades de um pós-graduando. 

Matemática – Um ambiente excitante para discutir e aprender matemática. É assim que o professor Daniel Smania define o ICMC. O Programa de Pós-Graduação em Matemática (PPG-Mat) do Instituto é um dos melhores da área no país, sendo reconhecido com nota máxima (7) na última avaliação trienal realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

“A tradição e qualidade do programa abre, ainda, oportunidades para bolsas, financiamentos, parcerias e intercâmbios, o que contribui para a formação de nossos alunos”, explica Smania, que coordena PPG-Mat. “O custo de vida é menor do que nas grandes cidades, então, as bolsas podem ser melhor aproveitadas. E o campus pequeno e convidativo ajuda muito na integração dos alunos”, completa Smania. 

As inscrições para mestrado e doutorado no PPG-Mat estão abertas até dia 25 de outubro. Saiba mais acessando este link: www.icmc.usp.br/pos-graduacao/ppgmat/ingresso

Computação – Em 2017, o Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional (PPG-CCMC) do ICMC também recebeu a nota máxima (7) na avaliação quadrienal realizada pela Capes. "A nota 7 é atribuída apenas a programas que têm excelência internacional, ou seja, que são equivalentes aos oferecidos pelas melhores universidades do mundo", explica o professor Adenilso Simão, vice-coordenados do Programa. 

Em todo Brasil, existem hoje 77 programas de pós-graduação na área de computação e apenas sete deles receberam a nota máxima da Capes. “Os doutores que se formam no ICMC têm atuado na criação de diversos outros programas de pós-graduação no Brasil e na América Latina”, completa o professor. 

As inscrições para ingressar no PPG-CCMC estão abertas: quem deseja fazer doutorado ou doutorado direto deve se inscrever até 27 de setembro; já aqueles que pretender entrar no mestrado têm até dia 24 de outubro para efetuar a inscrição. Saiba mais acessando este link: www.icmc.usp.br/pos-graduacao/ppgccmc/ingresso

Estatística – O Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs) é resultado de uma parceria entre o ICMC e o Departamento de Estatística da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O principal objetivo do PIPGEs é a formação de pesquisadores com atuação direta na modelagem, descrição e estimação de fenômenos aleatórios, assim como na sua aplicação na indústria e em áreas como medicina e biologia, dentre outras. 

As inscrições para ingressar no mestrado e no doutorado do PIPGES podem ser realizadas até dia 29 de novembro. Já as inscrições para o doutorado direto começam na segunda-feira, 24 de setembro, e também se estendem até 29 de novembro. Saiba mais acessando este link: www.icmc.usp.br/pos-graduacao/pipges/ingresso

Outros programas – Além desses programas, o ICMC oferece dois mestrados profissionais: o Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (MECAI) e o Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (ProfMat), oferecido em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). 

Este ano o Instituto criou, ainda, um novo curso de pós-graduação a distância para formar especialistas em computação aplicada à educação. Qualquer pessoa com formação universitária pode se inscrever nessa iniciativa, já que não é necessário possuir conhecimento prévio na área de computação e programação. 

Texto: Assessoria de comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638 
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Publicação mostra quais são os 31 grupos de pesquisa que atuam no ICMC

Novo catálogo de pesquisa facilita a obtenção de informações sobre as linhas de atuação do corpo docente do Instituto, que conta com 140 pesquisadores 

Para obter a versão impressa do material, os docentes devem ir à Seção de Apoio Institucional do ICMC

Facilitar a obtenção de informações sobre os grupos de pesquisa que atuam no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. É com essa finalidade que foi desenvolvido o novo catálogo de pesquisa do Instituto, uma publicação impressa com 68 páginas em inglês, que também está disponível eletronicamente neste link: www.icmc.usp.br/e/467bc

Os 31 grupos de pesquisa do Instituto, que realizam estudos nas mais diversas áreas da matemática, da computação e da estatística, são apresentados por meio da descrição das linhas de atuação de cada um. A publicação também especifica quais são os professores que fazem parte do grupo e disponibiliza o endereço de e-mail de cada um. 

Autoridades acadêmicas e pesquisadores, em particular os estrangeiros, são o principal público-alvo do material. Muitas vezes, esse público deseja estabelecer parcerias científicas com os brasileiros, mas encontram dificuldades na obtenção de informações. Por isso, a publicação impressa será entregue a pesquisadores e delegações que visitam o ICMC. 

Além disso, os professores que participam de eventos e missões no exterior podem levar o material para distribui-lo a possíveis interessados no estabelecimento de parcerias científicas. Para obter a versão impressa do material, os docentes devem ir à secretaria do seu respectivo Departamento ou à Seção de Apoio Institucional do ICMC, na sala 4-000, no bloco 4 do Instituto. 

O catálogo foi produzido pela Seção de Apoio Institucional, por iniciativa da Comissão de Relações Internacionais, com base nas informações fornecidas pela Comissão de Pesquisa e pelos grupos do Instituto. 

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Link para acessar a versão eletrônica do catálogo: www.icmc.usp.br/e/467bc
Seção de Apoio Institucional: (16) 3373.8914 
E-mail: rinst@icmc.usp.br

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Oportunidade para pós-doutorado em estatística é oferecida pela USP e UFSCar

Vaga é oferecida pelo programa de pós-graduação oferecido em parceria pelas duas Universidades



O Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs) está com inscrições abertas até o próximo domingo, dia 23 de setembro, no processo seletivo para uma bolsa de pós-doutorado. Oferecido em parceria pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o PIPGEs oferece a oportunidade no âmbito do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A pessoa selecionada atuará sob a supervisão de docente do núcleo permanente do PIPGEs, desenvolvendo trabalho na linha de pesquisa desse docente. A bolsa, no valor de R$ 4,1 mil mensais, terá duração de um ano, com início previsto para o mês de outubro deste ano. A seleção será realizada com base no projeto de pesquisa e no plano de trabalho apresentados, bem como no currículo. Todas as informações referentes à seleção estão em edital disponível no site do PIPGEs, em www.pipges.ufscar.br

O PIPGEs foi iniciado em 2013, a partir de uma associação entre os grupos de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USPde Probabilidade e Estatística do Departamento de Estatística (DEs) da UFSCar e . Suas linhas de pesquisa são: Análise de Sobrevivência; Inferência Bayesiana; Inferência Estatística; Modelos de Regressão; e Probabilidade. Mais informações podem ser conferidas no site do Programa, e dúvidas podem ser encaminhadas ao e-mail pipges@ufscar.br.

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC com informações da Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar


Mais informaçõesSeção de Pós-Graduação: (16) 3351.8292 / 3351.8241
Email: pipges@ufscar.br
Site do PIPGEs na UFSCar: www.pipges.ufscar.br

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Assessoria científica para governos: participe de workshop na USP

Evento acontecerá dias 29 e 30 de outubro com o objetivo de fortalecer a capacidade dos participantes em assessorar cientificamente os gestores públicos

Eventos similares já foram realizados na Argentina (imagem), Chile e Peru

Fortalecer o uso de evidências científicas nas decisões políticas que são tomadas em todas as esferas de governo. Esse é o principal objetivo do Workshop de Assessoria Científica a Governos, que acontecerá na USP, em São Paulo, nos dias 29 e 30 de outubro. Voltado para cientistas, funcionários públicos, técnicos de órgãos de fomento à pesquisa e inovação, o evento também é destinado a formuladores de políticas públicas residentes no Brasil, em países vizinhos e em países de língua portuguesa. 

Durante o workshop, os participantes discutirão modelos de assessoria científica e habilidades necessárias para trabalhar na interface entre ciência e política. “A ideia do evento é propiciar formação às pessoas para que sejam capazes de estabelecer ligações bem-sucedidas entre o meio acadêmico e o meio político. É fato que, quando um gestor público tem acesso a evidências científicas, pode compreender melhor o alcance de suas decisões e avaliar mais adequadamente o impacto das políticas públicas que pretende implantar”, explica o professor André de Carvalho. Ele coordena o evento em parceria com Marcos Silveira Buckeridge, presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) e professor do Instituto de Biociências da USP. 

“Durante o workshop, os participantes assistirão palestras, conhecerão casos de sucesso e, ainda, terão uma experiência prática, pois iremos convidá-los a se debruçarem sobre quatro problemas, a fim de que avaliem como poderiam assessorar cientificamente um gestor público em cada uma dessas situações”, completa Carvalho, que é professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Ele foi selecionado recentemente para uma vaga no comitê criado pela Rede Internacional para Assessoramento Científico Governamental (INGSA, na sigla em inglês) especialmente para debater os desafios de decisões governamentais baseadas em evidências e da diplomacia da ciência na América Latina e no Caribe. 

Uma das atividades da INGSA é a realização de workshops de capacitação tal como o que ocorrerá na USP. Eventos similares já foram organizados em Buenos Aires (2017), Santiago (2018) e Lima (2018), mas essa é a primeira vez que a iniciativa será promovida no Brasil. 

Inscrição e seleção – Para participar, os interessados devem realizar a inscrição, até 30 de setembro, via formulário eletrônico (icmc.usp.br/e/00815), além de enviar os seguintes documentos para o e-mail ingsabrasil@gmail.com: breve biografia; currículo detalhado; carta de motivação; carta de referência com apoio a sua participação no workshop; descrição das atividades atuais, dos motivos para participação no evento e relato sobre como pretende disseminar o que for aprendido no workshop. 

Como as vagas são limitadas a 40 pessoas, haverá um processo seletivo entre os inscritos. Será dada prioridade para cientistas em atividade; profissionais que demonstrem a relevância da sua área de pesquisa ou experiência profissional para a formulação de políticas públicas; profissionais vinculados a instituições de ensino superior, academias de ciência, sociedades científicas, instituições de pesquisa públicas ou privadas, instituições governamentais e órgãos não governamentais. 

Quem não puder participar do evento presencialmente, poderá acompanhar a transmissão ao vivo pelo site do IEA: http://www.iea.usp.br/aovivo. Organizado pela INGSA em parceria com o ICMC e com o Instituto de Estudos Avançados da USP, o workshop ocorrerá no auditório do IEA, na rua da Praça do Relógio, 109, na Cidade Universitária, em São Paulo. 

O evento é patrocinado pela USP, pela UNESCO, pelo International Council for Science (ICSU) e pelo International Development Research Centre (IDRC), além de contar com o apoio da ACIESP, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP. 

No workshop, participantes assistirão palestras, conhecerão casos de sucesso e, ainda, terão uma experiência prática

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Workshop de Assessoria Científica a Governos 
Site para informações e inscrições: http://www.iea.usp.br/eventos/ingsa-brasil
Quando: 29 e 30 de outubro, das 9 às 16 horas 
Onde: auditório do IEA, na rua da Praça do Relógio, 109, na Cidade Universitária, em São Paulo 
E-mail para contato: ingsabrasil@gmail.com

Saiba mais
Sobre a INGSA: https://www.ingsa.org/
Plano estratégico da INGSA: https://www.ingsa.org/about/strategic-plan/


Contato com a imprensa
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 
E-mail: comunica@icmc.usp.br

Ainda dá tempo de se inscrever no curso da USP de informática para idosos

Aulas começam dia 19 de setembro e acontecem às quartas-feiras, das 14 às 16 horas


Quem tem 60 anos ou mais e deseja se aproximar do mundo dos computadores pode se inscrever em um curso gratuito de informática básica para a terceira idade. A iniciativa é oferecida pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

O objetivo é ensinar aos alunos conhecimentos básicos de informática, para que elas tenham independência no acesso à informação, entretenimento, cultura e lazer por meio da internet. As aulas começam no dia 19 de setembro e terminam em 31 de outubro, sempre às quartas-feiras, das 14 às 16 horas. 

As inscrições já estão abertas e se encerram no dia 18 de setembro. Ainda há vagas disponíveis e, para se inscrever, é preciso comparecer ao Serviço de Apoio Acadêmico, que fica na sala 3-001 do ICMC, na área I do campus da USP. O horário de atendimento é das 9 às 11 horas e das 14 às 16 horas.

Como há uma grande demanda pelo curso, antes de ir ao Instituto fazer a inscrição, recomenda-se que os interessados se informem sobre a existência de vagas por meio do telefone (16) 3373-9146. Como forma de contribuição solitária, os alunos matriculados deverão trazer, no primeiro dia de aula, um litro de leite longa vida, que serão doados para asilos da cidade.

Coordenado pelos professores Marcelo Manzato e Ellen Barbosa, o curso é uma iniciativa conjunta do Programa de Educação Tutorial (PET-Computação) do ICMC, do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAPSoL) e do Centro de Competência de Software Livre (CCSL). O projeto foi especialmente desenvolvido para propiciar aos idosos um atendimento personalizado: alunos do ICMC vão ajudar a ministrar as aulas, atuando como monitores. A seguir, confira o conteúdo do curso. 

Noções básicas de hardware
  • CPU, mouse, teclado, monitor de vídeo
  • Periféricos: CD, DVD, pendrive, HD externo
  • Outros: Impressora, máquina fotográfica, scanner, celular, tablet, smartphone
Noções básicas de software
  • Organização e armazenamento de documentos
  • Editores de texto simples
  • Ferramentas de cálculo
Internet
  • Principais navegadores e ferramentas de busca
  • Ferramentas de comunicação e redes sociais (email, Facebook, Skype, whatsapp)
  • Calendário, agenda
  • Uso consciente: vírus e programas maliciosos
  • Sites de interesse do público-alvo
Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC-USP / Imagem: Marcos Santos


Curso de informática básica para a terceira idade
Inscrições: pessoalmente, no Serviço de Apoio Acadêmico do ICMC (sala 3-001)
Avenida Trabalhador são-carlense, 400, área I do campus da USP, no centro de São Carlos
Período de inscrições: até 18 de setembro ou enquanto houver vagas
Horário de atendimento: das 9 às 11 horas e das 14 às 16 horas
Telefone: (16) 3373.9146
E-mail: ccex@icmc.usp.br

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Congresso Brasileira de Software terá competição inédita na USP em São Carlos: inscreva-se

Participe gratuitamente do desafio de teste de software que acontecerá na próxima segunda-feira, 17 de setembro

Para participar, é preciso trazer um notebook


Quer participar de uma competição inédita sobre teste de software, que ocorrerá durante um dos maiores eventos de computação científica do mundo? Basta se inscrever no IEEE Testing Contest, iniciativa que acontece na próxima segunda-feira, 17 de setembro, na USP, em São Carlos. 

A iniciativa é dividida em duas etapas: das 9h30 às 12 horas, haverá a preparação e o treinamento para o desafio; à tarde, das 14 às 17 horas, é quando será realizada a competição. Trata-se da primeira edição desse desafio no Brasil, que é aberto a todos os interessados que tenham conhecimentos básicos em Java e JUnit. Para participar, é preciso trazer um notebook (com o navegador Chrome já instalado) e realizar a inscrição gratuitamente neste site: icmc.usp.br/e/e1ef1.

A competição faz parte da 9ª edição do Congresso Brasileiro de Software (CBSoft), que acontece de 17 a 21 de setembro. Realizado pela primeira vez na capital nacional da tecnologia, o evento é coordenado pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O desafio é realizado pelo ICMC em parceria com o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e com o departamento de Computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e será realizado no auditório professor Sérgio Mascarenhas do IFSC. 

Saiba mais sobre o evento acessando o site da CBSoft: 

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Seção de eventos do ICMC: (16) 3373.9622 
E-mail: eventos@icmc.usp

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Evento internacional na área de equações diferenciais acontecerá em fevereiro no ICMC

Pesquisadores se reunirão de 4 a 6 de fevereiro durante o ICMC Summer Meeting on Differential Equations 2019 Chapter




Um dos mais importantes eventos na área de equações diferenciais acontecerá no próximo ano, de 4 a 6 de fevereiro, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos: o ICMC Summer Meeting on Differential Equations 2019 Chapter

Além de debater as novas pesquisas que estão sendo desenvolvidas nessa área, o evento tem por objetivo promover a internacionalização dos diversos grupos que pesquisam equações diferenciais e atuam no Estado de São Paulo. Promovido anualmente pelo Instituto desde 1996, o encontro faz parte do calendário científico nacional e internacional. 

A programação contará com palestras, seções especiais temáticas e seções de pôsteres, em que pesquisadores já experientes e estudantes de pós-graduação de diversas partes do mundo apresentarão seus trabalhos. A iniciativa também faz parte do Programa de Verão em Matemática do ICMC. 

Quem deseja submeter trabalhos para o evento, pode enviar os resumos até 17 de dezembro por meio do site http://summer.icmc.usp.br/summers/summer19. Já as inscrições podem ser realizadas até dia 10 de janeiro no mesmo endereço. 

O ICMC Summer Meeting on Differential Equations é uma iniciativa do grupo de Sistemas Dinâmicos Não Lineares do ICMC, contando com o apoio das principais agências de fomento à pesquisa do Brasil.

Na imagem, grupo que participou do evento este ano

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Foto: Reinaldo Mizutani

Mais informações 
Setor de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622 

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Os cientistas explicam como as urnas eletrônicas podem ser mais seguras

Garantir o registro do voto em papel, além de eletronicamente, é apenas o primeiro passo rumo à adoção de novas tecnologias para aumentar a segurança nos processos eleitorais

O professor Mario Gazziro durante demonstração de um protótipo de urna eletrônica de terceira geração
 
O Brasil já se orgulhou de estar na vanguarda das tecnologias eleitorais. Quando, pela primeira vez, um terço dos eleitores do país escolheu os candidatos por meio da urna eletrônica, em 1996, a novidade do sistema de votação informatizado se tornou notícia no mundo. Naquele tempo, poucos brasileiros tinham familiaridade com o computador e a internet comercial sequer tinha chegado ao Brasil.

Depois de 22 anos, não é preciso ser um especialista para imaginar quantas novas tecnologias já foram desenvolvidas a fim de aprimorar a segurança – física e digital – dos processos eleitorais em todo mundo. Mas será que o Brasil continua na vanguarda da área sendo o único país em que os votos são registrados apenas eletronicamente?

A voz dos pesquisadores – Para o professor Mário Gazziro, pós-doutorando do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, resistir à implantação do voto impresso deixa o país parado no tempo. “Por que o registro em papel é um avanço? Porque é a única forma de garantir que os votos sejam auditados caso haja algum problema no registro eletrônico”, explica Mário, que faz parte de um grupo de cientistas brasileiros que pesquisa tecnologias eleitorais. 

Se você acredita que essa discussão sobre a necessidade do voto impresso é recente e só veio à tona nas vésperas das eleições de 2018, caiu em mais uma notícia falsa. No meio científico, o debate sobre a segurança das urnas existe desde 1996 e ganhou força a partir da realização dos testes públicos de segurança e da realização de eventos que acontecem desde 2013, quando Gazziro organizou o 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas no ICMC (clique e assista ao vídeo do evento na íntegra). Desde aquele momento, os cientistas alertam para as diversas vulnerabilidades encontradas no sistema eleitoral brasileiro. 

“Não estou dizendo que a urna já foi fraudada. Durante todos esses anos eu nunca vi provas convincentes deste tipo de fraude no Brasil, o que não quer dizer que não houve. Este é exatamente o problema: a urna sofre de uma falta de transparência muito séria. É tão mal concebida que a sua segurança não pode ser comprovada”, escreve o professor Jeroen van de Graaf, do departamento de Computação da Universidade Federal de Minas Gerais, no livro O mito da urna eletrônica – desvendando a (in)segurança da urna eletrônica

“Permitir a conferência do registro de voto do eleitor por meio da impressão em papel não é um retrocesso porque não significa inutilizar o voto eletrônico ou retornar à forma antiga de apuração manual”, garante Gazziro, que também é professor na Universidade Federal do ABC (UFABC). “O voto impresso permite ao eleitor saber se o voto gravado eletronicamente corresponde, de fato, ao voto dado”, adiciona o especialista. Ele diz ainda que, com a impressão, os votos podem ser auditados: “Isso não quer dizer que todos os votos impressos serão contados manualmente como fazíamos no passado, mas assegura que é possível sortear algumas urnas para auditar estatisticamente o resultado”. 

No artigo As urnas brasileiras são vulneráveis, publicado no Jornal da USP em maio deste ano, Walter Del Picchia, professor aposentado da Escola Politécnica da USP escreve: “O fato é que as urnas eletrônicas brasileiras são as mais atrasadas dentre as usadas na dezena de nações que praticam a eleição eletrônica. Elas não permitem saber se o voto gravado corresponde ao voto dado e não possibilitam auditoria”. 

Del Picchia explica detalhadamente, no texto, a evolução nos modelos das urnas eletrônicas utilizadas no mundo. As brasileiras fazem parte da primeira geração desse tipo de equipamento, são as chamadas DRE (Direct Recording Electronic ou Gravação Eletrônica Direta). Nesse caso, como diz o próprio nome, o voto é gravado apenas eletronicamente e a confiabilidade do resultado depende totalmente dos programas instalados no equipamento. 

“Há muita ênfase na possibilidade de danificarem a urna, mas acho que essa não é a principal ameaça. O problema não são apenas eventos acidentais, mas especialmente propositais, como a adulteração maliciosa do software. Por isso, o voto impresso não deve ser visto apenas como um backup, mas uma forma do sistema provar ao eleitor que está funcionando corretamente”, diz Diego Aranha, um dos maiores especialistas no assunto. 

Depois do Fórum de 2013, os pesquisadores da área voltaram a se reunir em 2014, no primeiro Workshop de Tecnologia Eleitoral. Duas outras edições do evento aconteceram em 2015 e 2017, todas coordenadas por Aranha. Seguindo o exemplo de muitos outros pesquisadores do país, ele se desvinculou do Instituto de Computação da Unicamp em junho deste ano e se mudou para a Dinamarca, onde é docente na Universidade de Aarhus. 

No dia 6 de junho, Aranha registrou assim sua despedida no Twitter: “Hoje marca um final triste de 6 anos de trabalho duro para provar que nosso sistema de votação é inseguro. Decidi me tornar um cientista com a firme convicção de que a ciência pode mudar e melhorar a sociedade e o mundo ao nosso redor, mas talvez eu fosse ingênuo demais para pensar que isso era possível no Brasil”. 

Diego Aranha no bate-papo "Posso confiar nas urnas eletrônicas?", realizado em São Carlos, durante o Pint of Science

A ilusão do sigilo – Um dos argumentos utilizados este ano pela Procuradoria Geral da República para contestar a implantação do mecanismo de impressão destaca que a mudança coloca em risco o sigilo do voto. Porém, Gazziro explica que o registro em papel não significa que o eleitor será identificado. “Independentemente do sistema eleitoral adotado, precisamos garantir que a autoria do voto seja mantida em sigilo e o conteúdo torne-se público. O problema é que, atualmente, a urna eletrônica brasileira não garante sequer o sigilo da autoria”. 

O professor revela que mesmo os votos sendo anônimos e embaralhados na urna eletrônica, ainda podem ser relacionados com o número do título de cada eleitor, que é digitado pelos mesários antes do cidadão ingressar na cabine eleitoral. “Veja que há um cabo unindo o terminal em que os mesários registram o número do título e a urna eletrônica. É esse cordão umbilical que permite relacionar o voto digitado sigilosamente na urna com o número registrado no terminal. Esse mecanismo faz com que apenas camadas de software internas da urna evitem que os votos sejam desembaralhados. O ideal seria eliminarmos esse elo”, conta Gazziro. 

Aranha acrescenta que o cabo de ligação não é a única ameaça ao sigilo do voto. Ele e sua equipe já participaram de vários testes públicos de segurança, que são realizados periodicamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Normalmente, participam da atividade cientistas, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, representantes de partidos políticos e de órgãos da sociedade civil. O objetivo desses testes, que são realizados com vários entraves e limitação de tempo, é identificar as vulnerabilidades do sistema. Nos quatro testes já efetuados (2009, 2012, 2016 e 2017), os profissionais da área de computação encontraram problemas que, na medida do possível, o TSE tenta eliminar. 

Em 2012, por exemplo, acessando a urna e o Registro Digital do Voto (RDV), que é uma lista emitida depois de todo o processo de votação e apuração dos votos, Aranha e sua equipe conseguiram quebrar o sigilo dos votos. Eles demonstraram, assim, que era possível reordenar os votos e recuperar a informação de como votou o primeiro eleitor, o segundo, o terceiro e, assim, sucessivamente. 

1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas aconteceu no ICMC em 2013

Mais vulnerabilidades – Outro problema identificado nos testes que parece não ter sido resolvido: todas as urnas eletrônicas brasileiras são protegidas por um mesmo código, um segredo criptográfico que impede o acesso de pessoas não autorizadas aos dados registrados. Ou seja, se uma urna é furtada e o criminoso descobre qual é seu segredo, terá em mãos o código que abre o acesso ao sistema de todas as urnas do país. “Qualquer pessoa que tenha acesso físico a uma urna eletrônica brasileira pode danificá-la. Por isso, os especialistas têm alertado que não basta manter a urna desconectada da internet para impedir um ataque hacker”, diz Mário. 

O professor alerta que, além dos furtos de urnas, há várias situações de risco que possibilitam a realização de fraudes. Antes da eleição, por exemplo, funcionários terceirizados são contratados para inserir os softwares nas urnas. O próprio momento de votação é crítico: nos poucos segundos em que o eleitor fica sozinho na cabine pode acontecer uma tentativa de danificar a urna. Se a fraude foi bem ou mal-sucedida é que será difícil descobrir. 

Também será impossível recuperar qualquer dado perdido, o que pode acontecer devido a uma fraude no equipamento ou simplesmente por causa de um problema técnico – lembrando que qualquer máquina está sujeita a mau funcionamento. Como não existem votos impressos para a checagem, tudo o que foi registrado naquela urna se perderá. “Eliminando os dados de duas urnas eletrônicas, algo em torno de 500 votos, é possível até mesmo mudar o resultado de uma eleição para vereador em cidades com menos de 200 mil eleitores. Nesses locais, é preciso cerca de 2 mil votos para eleger um vereador”, ressalta Mário. 

Público testou a urna eletrônica de terceira geração durante o Pint of Science

O futuro da urna – Para enfrentar as vulnerabilidades presentes nas urnas de primeira geração, pesquisadores de todo o mundo têm buscado soluções. Em 2000, surgiu a segunda geração, as chamadas urnas VVPAT (em português: Auditoria Conferível em Papel). “Nesses equipamentos pode-se conferir os votos através do voto impresso, tornando-os independentes do software”, escreve o professor Walter Del Picchia. 

“A partir de 2008, surgiram sistemas eleitorais independentes do software e que facilitam a auditoria. A Argentina (2010) criou uma cédula com um chip de radiofrequência embutido, em que, num só documento, estão presentes o registro digital e o registro impresso do voto. Há muita facilidade para se conferir o registro do voto, a apuração e a transmissão dos resultados”, acrescenta Del Picchia. 

No Brasil, o professor Gazziro também criou um protótipo de urna eletrônica de terceira geração. Apresentado durante o Simpósio Brasileiro em Segurança da Informação e de Sistemas Computacionais (SBSeg), realizado em 2017 em Brasília, o protótipo foi uma das atrações do bate-papo Posso confiar nas urnas eletrônicas?, realizado em maio, durante o festival de divulgação Pint of Science, em São Carlos. 

No evento, Gazziro simulou um processo eleitoral e convidou a plateia para registrar o voto na urna eletrônica. À medida que cada um terminava de digitar, era possível ver o papel sendo impresso. Nele, aparecia um código de barras e o nome do candidato escolhido, sem nenhuma identificação do eleitor. Essa é a grande novidade das urnas de terceira geração: possibilitar que o registro digital e impresso andem juntos, acoplados em um único meio físico, tornando o processo eleitoral independente de qualquer software, passível de auditoria e sigiloso. 

Diante de tantos avanços tecnológicos, pode soar contraditório os cientistas de computação dizerem que ainda é fundamental usarmos papel nos nossos processos eleitorais. No entanto, a aparente contradição deixa de existir quando compreendemos por que esses cientistas desistiram de buscar a segurança total dos sistemas computacionais: eles sabem que é impossível garantir 100% de segurança na área em que atuam. Eles lutam, agora, para que a segurança dos softwares por eles construídos ou por quaisquer outros especialistas seja tão passível de verificação quanto o voto de cada brasileiro. 

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Saiba mais 
Vídeo com a íntegra do bate-papo “Posso confiar nas urnas eletrônicas?”: 

Vídeo com a íntegra do 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas: https://www.youtube.com/watch?v=4_706EoJMjU

Livro “O mito da urna eletrônica – desvendando a (in)segurança da urna eletrônica”: 

Artigo de Diego Aranha publicado no Jornal O Globo: 

Artigo do professor Walter Del Picchia publicado no Jornal da USP: 

Artigo do presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais publicado no Jornal O Estado de S. Paulo: 

Reportagem do portal Olhar Digital: 

The Return of Software Vulnerabilities in the Brazilian Voting Machine:


Contato com a imprensa 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 

Inscrições para a Semana de Engenharia de Computação da USP já estão abertas

Todas as atividades acontecerão no campus da Universidade, em São Carlos, e são abertas ao público, que pode fazer sua inscrição até 16 de outubro

Evento acontecerá de 22 a 26 de outubro

Você sabe como é feito um computador? Sabe como programar um software ou integrar todas as peças necessárias para fazer a máquina funcionar? O engenheiro da computação sabe! Que tal conhecer mais sobre esse curso, as áreas de atuação e o mercado de trabalho desse profissional? Basta comparecer à 2ª edição da Semana de Engenharia de Computação (SEnC), que acontece de 22 a 26 de outubro, no campus da USP, em São Carlos.

Os interessados já podem fazer a pré-inscrição no site do evento: https://senc.icmc.usp.br. Nessa etapa, o participante fornece os dados pessoais e escolhe de quais atividades deseja participar, tendo em vista que há opções gratuitas e pagas. O período de pré-inscrição termina no dia 16 de setembro. Depois dessa data, os inscritos receberão um e-mail para efetivar a inscrição. 

De acordo com os organizadores do evento, a SEnC tem como objetivo fortalecer a identidade do engenheiro de computação, ressaltando sua relevância para a sociedade, já que o curso ainda é pouco conhecido, apesar do vasto campo de atuação. A iniciativa surgiu no ano passado, diante da necessidade de uma semana acadêmica que representasse por completo o perfil do profissional em engenharia de computação.

Ao longo dos cinco dias do evento, haverá palestras, minicursos, rodas de conversas, workshops, feira de oportunidades, apresentação de projetos e viagens técnicas. Nessa edição, uma das viagens será oferecida pela Embraer. Os alunos que participarem dessa atividade poderão conhecer uma das maiores empresas aeroespaciais e ainda aprender como um engenheiro de computação pode atuar na área de aviação.

Outro destaque da programação é a Women in Tech, iniciativa que pretende discutir, por meio de  uma palestra e de uma roda de conversa, a falta de interesse e representatividade de mulheres nos cursos tecnológicos. A programação completa da SEnC estará disponível em breve no site do evento.

A SEnC é organizada pelos alunos de Engenharia de Computação da USP em São Carlos, curso que é oferecido em parceria pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).


Texto: Talissa Fávero - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Engenheiro de Computação: ser ou não ser? Acesse a reportagem: www.icmc.usp.br/e/1b226
Site da SEnC: https://senc.icmc.usp.br/
SEnC no Facebook: https://www.facebook.com/semanaengenhariacomputacao/
Women in Tech no Facebook: https://www.facebook.com/events/231220254157980/
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373-9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

Contato para esta pauta
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Grupo de apoio psicopedagógico do ICMC: participe das atividades em prol da saúde mental e da prevenção do suicídio

Grupo formado por estudantes, professores e funcionários realiza e apoia eventos que promovem reflexões sobre saúde e bem-estar psicossocial; em setembro, mês mundial de prevenção do suicídio, diversas iniciativas vão debater o tema, que ainda é tabu 



O suicídio é segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por se tratar de um assunto que ainda é tabu, múltiplos setores da sociedade decidem escolher o silêncio, mas evitar falar sobre suicídio não faz o problema deixar de existir. Muito pelo contrário. Ainda de acordo com a OMS, a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. Todos os anos, mais de 800 mil pessoas decidem tirar a própria vida. Romper o silêncio é um dos principais objetivos do Setembro Amarelo, uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2014. 

Por isso, durante este mês, diversas atividades serão realizadas em São Carlos pelo Grupo de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. Composto por seis membros, dentre alunos, professores e funcionários, além de uma estudante de psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o grupo foi criado no início deste ano e tem como finalidade informar e promover reflexões sobre saúde e bem-estar psicossocial. De acordo com Fernanda Marreta, uma das colaboradoras, a ideia é desenvolver atividades durante todo o semestre sobre assuntos sugeridos pelos próprios alunos, como sofrimento psíquico, vício em mídias digitais, depressão e ideações suicidas. 

Para a professora Simone Souza, coordenadora do grupo, é de extrema importância desenvolver atividades preventivas de caráter psicopedagógico que promovam a saúde e o bem-estar psicológico, além de oferecer capacitação em estratégias de aprendizagem, comunicação e de resolução de problemas. As demandas da faculdade, uma rotina intensa de estudos e a pressão social podem contribuir para a redução da qualidade de vida dos estudantes, que muitas vezes começam a sentir sofrimento psíquico. Com informação e suporte da universidade, o aluno pode enfrentar com sucesso sua adaptação, permanência e atividades de estudo e, ainda, aprender a ter hábitos saudáveis que ajudam na prevenção de sofrimento. 

Segundo a estudante de psicologia Giuliana Mazota, que atua como estagiária no grupo, um dos fatores de risco mais comuns é a violência institucional: “Ela pode envolver diversos tipos de violência praticados no interior de uma instituição como, por exemplo, a universidade. Pode ter caráter de violência psicológica e física, mas também inclui assédio moral e sexual”. Giuliana explica que esses tipos de violência causam sofrimento psíquico e, consequente, podem gerar prejuízos à saúde mental, influenciando negativamente a autoestima e a motivação. 

“Outros fatores de risco que podem impactar a saúde mental são as dificuldades financeiras, a distância da família e as doenças crônicas”, acrescenta. De acordo com a estagiária, a comunidade universitária deve estar atenta a sinais de alerta como as situações em que uma pessoa repete constantemente frases negativas, indicando desejo de autolesão ou autorrecriminação. 

Programação – A campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria. O mês de setembro foi escolhido porque, internacionalmente, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio por iniciativa da International Association for Suicide Prevention. A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão. 

Em São Carlos, entre as atividades que o GAPsi promoverá está a roda de conversa Saúde mental na universidade: prevenção ao suicídio, que ocorrerá no dia 26 de setembro, às 19 horas, no saguão térreo da Biblioteca Achille Bassi do ICMC. O evento é gratuito, aberto a todos os interessados e não requer inscrição. 

O grupo também ajuda a divulgar atividades promovidas por outras instituições. É o caso da palestra Universidade, o que te adoece?, que será promovido pelo Escritório de Saúde Mental da USP, que acontecerá no dia 13 de setembro, às 13h30 horas, no anfiteatro Jorge Caron, na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). O Escritório presta apoio aos alunos através de uma plataforma, onde é realizado o primeiro contato para orientação e, posteriormente, agendam-se reuniões presenciais. Além disso, o Escritório oferece consultoria a unidades de ensino e pesquisa da USP que necessitam de auxílio e diálogo sobre a prevenção de suicídios e promove palestras. 

Já no dia 18 de setembro, às 19 horas, o anfiteatro Jorge Caron recebe a mesa redonda Saúde Mental e suicídio: você não está sozinho. Os alunos estão convidados a colocarem, em painéis disponibilizados nas bibliotecas do campus, suas sugestões, desabafos, mensagens de apoio e suporte. Esses comentários subsidiarão as discussões durante a mesa redonda. Confira a programação completa das demais atividades que acontecerão no campus da USP, em São Carlos, acessando este link: icmc.usp.br/e/50ef1

Ocorrerá, ainda, de 28 a 30 de setembro, o 2º Congresso de Saúde Mental da UFSCar. Voltado a todos os interessados no assunto, o evento tem como objetivo promover discussões, trocas de conhecimentos e experiências em tecnologias de cuidado em saúde mental, além de divulgar a pesquisa científica na área. As vagas para o evento estão esgotadas, mas é possível se inscrever na lista de espera disponível no site https://congressosm.wixsite.com/congressoufscar/inscricoes

Outro evento que já está com as vagas esgotadas é a palestra Planejamento de estudo dentro de ações preventivas da saúde mental. Promovida pela equipe do ProEstudo da UFSCar, a iniciativa acontecerá no dia 13 de setembro, às 19 horas, na sala 5-002 do ICMC. 

Para outubro, ainda com data e local a serem definidos, está sendo planejada outra roda de conversa, dessa vez com o tema Redução de Danos em contexto de festas, que será promovida pelo Coletivo de Redução de Danos de São Carlos. 

Mais iniciativas – Além dessas atividades, existem outras iniciativas na USP que podem ajudar quem está sentindo algum sofrimento psíquico. Entre elas está o Acolhe USP, um programa de assistência e prevenção ao uso problemático de substâncias psicoativas como álcool e outras drogas. 

Já o Teatro da USP e o Grupo de Trabalho dos Direitos Humanos, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP em Piracicaba, produziram um vídeo para conscientizar sobre o suicídio entre universitários, que está disponível no Facebook. O vídeo já foi visto mais de 4 milhões de vezes e termina com o seguinte alerta: “A cada 45 minutos, um brasileiro comete suicídio e muitos são estudantes universitários. 90% dos casos poderiam ser evitados. Quem quer chamar sua atenção, merece sua atenção.” 

Vídeo já alcançou mais de 4 milhões de visualizações


Texto: Denise Casatti e Talissa Fávero - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Saiba mais sobre suicídio
Cartilha informativa de prevenção de suicídio:
Centro de Valorização da Vida: https://www.cvv.org.br/

Mais informações 
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9641 
Grupo de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) do ICMC: gapsi@icmc.usp.br

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

ICMC abre inscrições para doutorado em Computação

Programa recebeu nota máxima na última avaliação realizada pela Capes; inscrições podem ser realizadas até 27 de setembro



O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, recebe até o dia 27 de setembro as inscrições para ingresso no curso de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional (PPG-CCMC). 

São oferecidas até 35 vagas e o processo seletivo será realizado em duas etapas, detalhada no edital disponível em www.icmc.usp.br/e/9bacb. As inscrições devem ser realizadas até dia 27 de setembro. 

O PPG-CCMC recebeu a nota máxima (7) na última avaliação quadrienal (2013-2016) dos programas de pós-graduação stricto sensu, realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). "A nota 7 é atribuída apenas a programas que têm excelência internacional, ou seja, que são equivalentes aos oferecidos pelas melhores universidades do mundo", explica o presidente da Comissão de Pós-Graduação do ICMC, Adenilso Simão. Em todo Brasil, existem hoje 77 programas de pós-graduação na área de computação e apenas sete deles receberam a nota máxima da Capes. 

"Vale lembrar ainda que, aqui na USP, em São Carlos, é possível conquistar a formação em uma universidade de alto padrão sem abrir mão de uma ótima qualidade de vida”, acrescenta Adenilso. Ele explica que muitos estudantes, inclusive estrangeiros, optam por estudar em São Carlos porque o custo de vida é menor, se comparado ao das grandes cidades brasileiras. "Além disso, existe a possibilidade de morar perto da Universidade e vir caminhando estudar ou chegar rapidamente de carro, sem precisar enfrentar os congestionamentos comuns nas metrópoles", conta o professor. 

No caso do doutorado, podem participar do processo seletivo os candidatos que tiverem seu título de mestre homologado até a data de matrícula. Confira no edital as linhas de pesquisa existentes.

Texto: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 


Mais informações
Edital ICMC 058/2018: www.icmc.usp.br/e/9bacb
Página do Programa: www.icmc.usp.br/ccmc
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373-9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br