Além de conhecer os oito cursos oferecidos pelo ICMC, estudantes esclareceram dúvidas conversando com professores, assistiram a um seminário, participaram de uma mostra tecnológica e ainda puderam visitar o museu de computação e a biblioteca
Estudantes lotaram o Salão de Eventos da USP, em São Carlos |
“Eu me apaixonei pelo ICMC e pela USP”. A declaração do estudante Gabriel Ribeiro, 18 anos, sintetiza a experiência vivenciada pelos cerca de 90 jovens que conheceram o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, durante a visita monitorada ao campus, realizada nesta quarta-feira, 1 de abril. Ele está fazendo cursinho e, após a visita, foi reforçada sua intenção de cursar Ciências de Computação no ICMC: “Eu me identifiquei com o lugar e as pessoas”.
Este ano, a abertura da visita monitorada foi realizada juntamente com as outras cinco unidades do campus da USP em São Carlos no Salão de Eventos – pela manhã, a atividade começou às 9 horas e, à tarde, às 14 horas. Após a abertura, os estudantes do ensino médio foram convidados a participar das atividades realizadas por cada unidade.
Quando os jovens chegarem ao auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no ICMC, receberam o guia Faça parte do futuro (disponível online em PDF e no ISSUU), desenvolvido especialmente para esclarecer as possíveis dúvidas dos vestibulandos. Depois, assistiram a uma palestra em que foram apresentados os cursos oferecidos pelo Instituto: Ciências de Computação, Sistemas de Informação, Matemática, Matemática Aplicada e Computação Científica, Estatística, Ciências Exatas e Engenharia de Computação.
Guia Faça parte do futuro foi desenvolvido especialmente para esclarecer as dúvidas dos vestibulandos |
A seguir, começou a diversão com uma edição especial do Seminário de Coisas Legais. Evento já tradicional no ICMC, o seminário normalmente acontece às sextas-feiras, às 13h13, sendo destinado a todos os estudantes do campus que querem mergulhar no universo curioso da matemática. Desta vez, a edição especial do evento foi pensada para combinar com a inusitada data em que aconteceu a visita monitorada: 1º de abril.
Aproveitando a oportunidade, o professor Leandro Aurichi apresentou aos estudantes uma série de problemas matemáticos que parecem mentira, mas não são. Entre eles está o divertido e famoso problema do sofá. Considere que, para entrar em uma sala, o sofá precisará passar por um corredor, com um ângulo de 90 graus e um metro de largura. O grande drama é que, até hoje, nenhum matemático conseguiu identificar exatamente qual a maior área do sofá que é possível passar por esse corredor, levando em conta que não é possível levantar o sofá, pois só estamos lidando com duas dimensões (altura e largura). “Existe uma estimativa de que essa área deve ser algo em torno de 2,2195 e 2,8284, mas ninguém sabe a reposta exata”, explicou Aurichi, que é coordenador do curso de Bacharelado em Matemática do ICMC.
“Eu não achava que tinha tanta coisa para ser descoberta em matemática”, surpreendeu-se o estudante Junior Martins, 16 anos, que está no segundo ano do ensino médio em um colégio de Rio Claro. Como adora matemática e física, Martins veio ao ICMC para compreender melhor as perspectivas de carreira na área de matemática e ficou encantado com o Seminário de Coisas Legais.
No Museu, estudantes se surpreenderam com um interessante objeto, o disquete flexível |
Mostra e tour – Logo após conhecer alguns problemas matemáticos sem solução, foi a vez dos estudantes participarem de uma mostra tecnológica e conhecerem o Museu de Computação Odelar Leite Linhares e a Biblioteca Achille Bassi. Curioso, Bruno Caravieri não perdeu a chance de se sentar no computador e programar, pela primeira vez, um robô humanoide. “Eu curso mecatrônica, aqui em São Carlos, e já tenho alguns conhecimentos sobre programação. Por isso, busquei explorar mais detalhes, queria ver o robô fazendo o que eu estava mandando”, contou Caravieri, que também cursa o terceiro ano do ensino médio.
Robô humanoide NAO encantou estudantes |
Além dos projetos da área de robótica, diversas outras iniciativas foram apresentadas durante a mostra tecnológica (veja a lista dos projetos no final deste texto). Para o professor de física Alessandro Fernandes, vale a pena trazer os estudantes à visita monitorada: “Ao permitir o acesso dos nossos alunos à Universidade, despertamos a curiosidade deles para os cursos que aqui são oferecidos e eles se mobilizam para estudar”.
Outro objetivo da visita monitorada é favorecer a tomada de decisão dos estudantes. “Com a visita aqui no ICMC, consegui confirmar a minha vontade de fazer Licenciatura em Matemática, que é minha paixão. Eu gosto bastante de ensinar as outras pessoas e muitos amigos já me pedem auxílio quando o professor está ocupado”, disse Mariana Silva, 16 anos, que está no terceiro ano do ensino médio de um colégio em Catanduva.
“Eu tinha muitas dúvidas a respeito do curso que escolheria dentro da área de exatas, mas vindo aqui consegui escolher o de Ciências Exatas, que oferece tudo o que eu gosto: matemática, física, química e biologia”, disse Júlia Cobra, 16 anos, que está no terceiro ano do ensino médio em uma escola de Piracicaba. “Acho importante a oportunidade que a USP nos dá de aprofundar nossos conhecimentos sobre os cursos e entender como eles funcionam. Essa escolha será algo para o resto de nossas vidas”, finaliza Júlia.
Júlia: essa escolha será algo para o resto de nossas vidas |
Texto: Denise Casatti com a colaboração de Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do ICMC
Mais informações
Assessoria de Comunicação: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br
Relação de projetos e de grupos de pesquisa e extensão que se apresentaram aos estudantes:
- Um sistema de reconhecimento de objetos incorporado a um robô humanoide aplicado na educação
- Filteryedping: digitando com os olhos
- Vídeo e espelho: uma aplicação para fisioterapia
- Pesquisas desenvolvidas pelos laboratórios da área de Educação Matemática
- Grupo Fellowship of the Game (FoG)
- Grupo Warthog Robotics