Time é o terceiro melhor de toda a América Latina e participará da final mundial, que será realizada no próximo ano na Tailândia
Equipe é formada por Tomás, Bruno e Danilo (da esquerda para a direita, de vermelho) e pela técnica Bianca Oe |
A consolidação de um ano de muito trabalho e dedicação. É assim que Bruno Sanches define a medalha de ouro conquistada por seu time durante a Maratona de Programação, que aconteceu no último final de semana em São Paulo. O evento consolidou o time do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, como o terceiro melhor da América Latina. Além de Sanches, os estudantes Tomás Fonseca e Danilo Tedeschi também fazem parte da equipe.
A conquista carimbou o passaporte dos estudantes para a Tailândia, já que garantiu uma vaga para o time disputar o mundial de programação no próximo ano, que será realizado entre os dias 15 e 20 de maio, na ilha de Phuket. “Essa medalha é uma conquista do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA)”, destaca Tedeschi. “A maior parte do que sabemos quem nos ensinou foi a Bianca Oe, o Luís Fernando Dorelli e o Bruno Adami durante as reuniões do Grupo”, completa o estudante. Bianca, Dorelli e Adami foram campeões brasileiros na Maratona em 2013 e estão treinando os atuais competidores, contribuído para disseminar a cultura das competições de programação no Instituto. Este ano, Bianca tornou-se a técnica do time do ICMC.
“Nosso maior desafio foi manter a calma. Nós tentamos nos concentrar e fazer a melhor prova que podíamos, sem nos preocuparmos com a posição final que alcançaríamos”, conta Sanches. “O que nos ajudou bastante também é que ninguém tinha expectativas tão altas com a nossa equipe. Nós achávamos que ficaríamos entre a 10ª e 6ª colocação no máximo”, adiciona Tedeschi. “Acho que o principal fator que contribuiu para o nosso resultado foi o trabalho em equipe. É muito importante, em provas como essa, que a equipe tenha certa afinidade. Isso nos levou a superar times com competidores que, individualmente, tinham uma qualidade muito superior à nossa”, revela o estudante.
Bianca, Luís, Tomás, João, Bruno e Danilo durante a abertura do evento, no vão livre do MASP, em São Paulo |
O professor João Batista, que coordena o GEMA, concorda que a afinidade é um fator fundamental durante esse tipo de competição. Na opinião dele, o Grupo exerce um papel crucial nesse aspecto ao reunir os estudantes, permitir que se conheçam, troquem informações e formem equipes com esse alto grau de afinidade. “Nas reuniões descontraídas, são discutidos aspectos teóricos e práticos que servirão de base para os estudantes resolverem a maioria dos problemas. O GEMA também realiza outras ações fundamentais para a formação dos alunos, como os simulados de programação mais avançados e os treinamentos específicos para os calouros”, explica Batista. Segundo o professor, essas ações estimulam os alunos, levando-os a dedicarem horas e horas do tempo livre à resolução de problemas de programação: “Como resultado, temos hoje calouros com conhecimentos avançados de programação, um conteúdo que eles ainda não viram nas disciplinas que cursam na graduação”.
No total, 639 equipes brasileiras inscreveram-se na Maratona Brasileira de Programação, mas apenas 62 chegaram à final, que aconteceu dias 14 e 15 de novembro, em São Paulo. Considerando-se toda a América Latina, foram 388 times competindo. A equipe do ICMC conseguiu resolver 10 dos 11 problemas propostos na final e obteve o primeiro lugar entre os participantes da região sudeste e o terceiro lugar na América Latina. O desafio agora é continuar a preparação para enfrentar os melhores do mundo na Tailândia.
Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
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