Foto: Flávia Cayres |
Com o objetivo de produzir ciência aplicada, estabelecer o relacionamento entre universidade e empresa para transferência tecnológica e difundir o conhecimento, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciou a criação de 17 novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), os quais receberão um investimento estimado no valor de US$ 680 milhões ao longo de 11 anos.
Os novos centros foram apresentados ao Governo do Estado de São Paulo, no último dia 6 de junho, no Palácio dos Bandeirantes, em evento que reuniu pesquisadores e autoridades de diversas áreas do conhecimento. Dos 17 novos centros, sete estarão na cidade de São Paulo, sendo seis no campus da Universidade de São Paulo (USP) e um no Instituto Butantan (IB). Os demais ficarão espalhados pelo interior do Estado: quadro deles terão sede em São Carlos, sendo que três serão estabelecidos na USP e um na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); três serão sediados na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas; um ficará na Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Araraquara e outros dois no campus da USP em Ribeirão Preto.
Já em relação ao campo de atuação, foram aprovados oito CEPIDs na área de saúde, sete em engenharias, ciências naturais e matemática e dois em ciências humanas e sociais. De acordo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, “o programa abrange áreas de interesse do desenvolvimento social e econômico do Estado e também do País, inclusive com pesquisa de reconhecimento internacional”. O governador afirmou ainda que a distribuição geográfica desses centros pelo Estado faz difundir melhor a ciência, além de estimular ainda mais a universidade e a criação de novos centros.
Já em relação ao campo de atuação, foram aprovados oito CEPIDs na área de saúde, sete em engenharias, ciências naturais e matemática e dois em ciências humanas e sociais. De acordo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, “o programa abrange áreas de interesse do desenvolvimento social e econômico do Estado e também do País, inclusive com pesquisa de reconhecimento internacional”. O governador afirmou ainda que a distribuição geográfica desses centros pelo Estado faz difundir melhor a ciência, além de estimular ainda mais a universidade e a criação de novos centros.
Nos CEPIDs, haverá pesquisadores do Estado de São Paulo e de outros países, cada um será companhado por um comitê internacional e avaliado no segundo, quarto e sétimo anos de vigência. Segundo o coordenador do Programa CEPID, Hernan Chaimovich, a FAPESP almeja que sejam criados, em pouco tempo, centros de excelência de classe mundial: “Esperamos que a pesquisa seja capaz de produzir ciência de primeiro nível na fronteira do conhecimento e, ao mesmo tempo, transferi-lo e difundi-lo para a sociedade. Estou convicto de que, depois de um processo longo de avaliação, relativamente lento, daqui a cinco anos teremos grandes resultados.”
Além do incentivo à ciência e tecnologia, o programa prevê a expansão da divulgação científica para maior aproximação entre ciência e sociedade. Para o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, hoje há a consciência, em todas as áreas da ciência brasileira, de que, sem comunicação clara e correta com a sociedade, a ciência brasileira não terá como progredir.
“A ciência precisa ser incorporada ao cotidiano das pessoas e, para isso, é fundamental que não apenas as instituições se preocupem, mas que cada cientista compreenda que a nossa missão é difundir o conhecimento. Produzir e obter resultados faz parte do trabalho do pesquisador, mas se comunicar com a sociedade está intrinsecamente relacionado”, destaca Oliva.
CEPID CeMEAI
Um dos novos CEPIDs de São Carlos será o Centro de Matemática Aplicada à Indústria (CeMEAI), que terá sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP São Carlos. Esse novo centro atuará de maneira interdisciplinar em prol da aplicabilidade da matemática, estatística e ciência da computação para a sociedade.
Conforme o coordenador do CeMEAI, José Alberto Cuminato, a proposta é promover uma mudança cultural em relação à área. “Pretendemos trabalhar com empresas para mostrar que é possível aplicar a matemática para o benefício social e treinar pessoas para que se dediquem a isso. No Brasil treinamos academicamente, mas precisamos ter pesquisadores atuando em conjunto com a indústria”.
O centro receberá aproximadamente R$ 15 milhões para seu desenvolvimento, conta atualmente com 40 pesquisadores e a inclusão de novos cientistas está em processo. "Uma de nossas intenções é incluir nos programas de pós-graduação o estágio na indústria para que o aluno possa ter o contato direto com o mercado e desenvolver mais flexibilidade no aprendizado da linguagem necessária para atuar”, salienta o coordenador.
Conforme o coordenador do CeMEAI, José Alberto Cuminato, a proposta é promover uma mudança cultural em relação à área. “Pretendemos trabalhar com empresas para mostrar que é possível aplicar a matemática para o benefício social e treinar pessoas para que se dediquem a isso. No Brasil treinamos academicamente, mas precisamos ter pesquisadores atuando em conjunto com a indústria”.
O centro receberá aproximadamente R$ 15 milhões para seu desenvolvimento, conta atualmente com 40 pesquisadores e a inclusão de novos cientistas está em processo. "Uma de nossas intenções é incluir nos programas de pós-graduação o estágio na indústria para que o aluno possa ter o contato direto com o mercado e desenvolver mais flexibilidade no aprendizado da linguagem necessária para atuar”, salienta o coordenador.
O centro possuirá também a divisão de Educação e Difusão do Conhecimento e a de Transferência Tecnológica, coordenadas por José Carlos Maldonado e Francisco Louzada Neto, respectivamente. O CeMEAI contará com a participação do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) da UFSCar, do Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica (IMECC) da UNICAMP, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP São Paulo, do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) de São José dos Campos, além do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE) da UNESP de São José do Rio Preto e da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da UNESP de Presidente Prudente.
Texto e foto: Flávia Cayres para o CEPID-CeMEAI