No dia 21 de novembro, cientistas terão a oportunidade de conhecer como funcionam os Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos durante duas palestras gratuitas e abertas a todos os interessados
Como um cientista deve agir para realizar uma pesquisa com seres humanos? Quais são as principais questões éticas que devem ser levadas em conta? Como funcionam os Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e quando é preciso que uma pesquisa seja aprovada por um desses comitês? Perguntas como essas serão respondidas em dois eventos que acontecerão no campus da USP, em São Carlos, na tarde de quinta-feira, 21 de novembro.
É neste dia que a professora Ana Paula Magalhães Tacconi, assessora de programas e eventos da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, falará sobre Ética na Pesquisa com Seres Humanos em dois diferentes espaços e momentos: das 14 às 15h45, ela estará no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC); das 16h15 às 18 horas, é a vez da professora falar no auditório Paulo de Camargo e Almeida, no Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU).
As duas atividades são abertas a todos os interessados, gratuitas e não demandam inscrições prévias. Além de assistir à apresentação, o público poderá esclarecer suas dúvidas diretamente com a especialista. Vinculada à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Ana Paula integra o Comitê de Boas Práticas em Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade e o Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Psicologia da USP.
“A boa pesquisa não se desenvolve sem a ética. Ela é parte integrante da ciência e pressuposto da atuação de todo pesquisador”, esclarece a professora. “A ética pauta nossas relações com nossos sujeitos e objetos de pesquisa e a integridade no tratamento dos dados e das publicações. Mas também perpassa nossa interação com nossos pares e com nossa própria biografia”, completa.
Contexto em mudança – Segundo Ana Paula, a ética na pesquisa, tanto quanto as demais manifestações da cultura humana, constituiu-se historicamente. Não é à toa que padrões de investigação empregados até bem pouco tempo atrás, nos dias de hoje, são considerados inaceitáveis. Por isso, é necessário que as instituições de ensino e pesquisa se empenhem em um trabalho de conscientização que implica informar e esclarecer os pesquisadores a respeito da agenda da ética em pesquisa.
“A moderna investigação científica pauta-se por padrões éticos rigorosos e bem definidos. Os códigos de conduta em instituições de ensino e pesquisa ao redor do mundo pressupõem, para além da boa conduta no manejo dos dados, a preservação da integridade física e psíquica dos participantes da pesquisa”, explica a docente.
Para ela, a relação entre ética e conhecimento comporta ao menos duas facetas: “Por um lado, na medida em que as condições para a solução de um determinado problema se encontram à disposição dos cientistas, eles têm o dever ético de empregar seu esforço no sentido de saná-lo. Por outro lado, ao passo que o conhecimento tende ao ilimitado, cabe à ética impor-lhe limites no sentido de preservar a integridade de pessoas e ecossistemas”.
Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC
Com apoio de Henrique Fontes, da Assessoria de Comunicação do IAU
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